Duarte:
O Dieneces tem razão:
A UNITA tinha uma base étnica que a sustentava e tinha inspiração maoista, era intolerante para com os outros, e teve apoios os mais díspares desde a China Popular até à África do Sul e dos EUA, quando os EUA deixaram cair a FNLA.
Esta teve por base a UPA que foi responsável pelos massacres de Março de 61, e na altura o Holden nem sabia falar português.
O MPLA era de facto marxista, mas era o único partido inter-racial, urbano e multi-étnico.
Quanto á aliança entre a UNITA e os militares portugueses foi um facto e for organizado pelo Gen. Costa Gomes que assim arranjou um "amigo" local para guerrear contra a FNLA que se reforçou no leste com a dissenção no MPLA liderada pelo Daniel Chipenda, e da FNLA que era apoiada pelo menos até à chegada de Nixon ao poder pelos EUA.
A PIDE teve também o seu papel na recolha de informações (que era o seu papel natural) e na formação dos "Flechas", que lutavam ao lado dos potugueses, e depois do 11 de Novembro, foram integrados como unidade especial pelo sul-africanos, enquanto ocuparam a Namíbia.
O Brasil e a guerra em Angola
Moderador: Conselho de Moderação
- Rui Elias Maltez
- Sênior
- Mensagens: 13951
- Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
- Localização: Sintra, Portugal
- Agradeceram: 1 vez
- Contato:
Rui Elias Maltez escreveu:Duarte:
O Dieneces tem razão:
A UNITA tinha uma base étnica que a sustentava e tinha inspiração maoista, era intolerante para com os outros, e teve apoios os mais díspares desde a China Populçar até á África do Sul e dos EUA, quando os EUA deixaram cair a FNLA.
Esta teve por base a UPA que foi responsável pelos massacres de Março de 61, e na altura o Holden nem sabia falar português.
O MPLA era de facto marxista, mas era o único partido inter-racial, urbano e multi-étnico.
Qunato á alinaça entre a UNITA e os militares portuguese foi um facto e for organizado peo Gen. Costa Gomes que assim arranjou um "amigo" local para guerrear contra a FNLA que se reforçou no leste com a dissenção no MPLA liderada pelo Daniel Chipenda, e da FNLA que era apioiada pelo menos até à chhgada de Nixon ao poder pelos EUA.
A PIDE teve também o seu papel na recolha de informações (que era o seu papel natural) e na formação dos "Flechas", que lutavam ao lado dos potugueses, e depois do 11 de Novembro, foram integrados como unidade especial pelo sul-africanos, enquanto ocuparam a Namíbia.
Eu estou completamente de acordo, não estava a questionar nada do que afirmou, a minha única objecção era chamar Savimbi de peão de quem quer que seja. Ela era um homem bastante inteligente e nunca teve problemas em cooperar com outras forças parar combater um inimigo comun. Julgo que teria feito um pacto com o diabo se este lhe ajudasse!
Era só. Mas, peão não era..
DITOSA PÁTRIA MINHA AMADA
- Rui Elias Maltez
- Sênior
- Mensagens: 13951
- Registrado em: Ter Nov 16, 2004 1:38 pm
- Localização: Sintra, Portugal
- Agradeceram: 1 vez
- Contato:
Duarte:
O Jonas Savimbi era uma figura muito controversa e governava a UNITA com mão de ferro, como se viu.
Era inteligente e sabia o que queria.
Pareceu para todos evidente que ele queria tomar o poder em Angola sem reparti-lo com ninguem.
Por isso dclarou a independência do país a 11 de Novembro de 1975, não em Luanda de onde havia sido expulso, mas em Nova Lisboa, e depois foi a guerra civil que se seguiu.
Não reconheceu os resultados eleitorais, em 1992, e como se viu, a UNITA só depôs as armas depois dele ter sido morto numa emboscada, já depois de ter perdido os apoios ocidentaisde de que gozara durante anos.
Morreu sozinho, acompahado por menos de meia dúzia de fiéis, e até o Paulo Gato após a sua morte, sentou-se à mesa das negociações para o desarmamento do movimento.
Savimbi recusou inclusive a oferta para ser vice de Angola em 1996, e estava já sem controle sobre a UNITA que aceitara sentar-se no Parlamento.
Eles só queria o poder, e aliava-se com Deus e com o Diabo para o conseguir.
O Jonas Savimbi era uma figura muito controversa e governava a UNITA com mão de ferro, como se viu.
Era inteligente e sabia o que queria.
Pareceu para todos evidente que ele queria tomar o poder em Angola sem reparti-lo com ninguem.
Por isso dclarou a independência do país a 11 de Novembro de 1975, não em Luanda de onde havia sido expulso, mas em Nova Lisboa, e depois foi a guerra civil que se seguiu.
Não reconheceu os resultados eleitorais, em 1992, e como se viu, a UNITA só depôs as armas depois dele ter sido morto numa emboscada, já depois de ter perdido os apoios ocidentaisde de que gozara durante anos.
Morreu sozinho, acompahado por menos de meia dúzia de fiéis, e até o Paulo Gato após a sua morte, sentou-se à mesa das negociações para o desarmamento do movimento.
Savimbi recusou inclusive a oferta para ser vice de Angola em 1996, e estava já sem controle sobre a UNITA que aceitara sentar-se no Parlamento.
Eles só queria o poder, e aliava-se com Deus e com o Diabo para o conseguir.
- Tigershark
- Sênior
- Mensagens: 4098
- Registrado em: Seg Jul 09, 2007 3:39 pm
- Localização: Rio de Janeiro - Brasil
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 1 vez
Re: O Brasil e a guerra em Angola
Valor Econômico
Assunto: Brasil
Título: BNDES libera US$ 1,5 bi para Angola
Data: 10/06/2008
Crédito: Chico Santos
Chico Santos
A linha de crédito criada pelo BNDES em 2006 para financiar a compra de equipamentos brasileiros para obras de infra-estrutura em Angola atingiu nos cinco primeiros meses deste ano US$ 1,5 bilhão aprovados, metade já contratada, sendo US$ 300 milhões, desembolsados. Como a linha total é de US$ 1,75 bilhão, restam US$ 250 milhões para serem aprovados. A chefe do Departamento de Comércio Exterior 2 do banco, Luciene Ferreira Machado, disse que, por enquanto, não está prevista a ampliação da linha, voltada para projetos do governo angolano. Enquanto isso, o banco prepara-se para aprovar o primeiro projeto direto ao setor privado, uma usina de açúcar para a Odebrecht.
A recente reclassificação pela OCDE, organização que reúne os países mais ricos do mundo, do risco de investimentos em Angola, de nível 7, o mais baixo, para nível 6, estimulou a corrida que vários países do mundo, tendo à frente China, Brasil e Portugal, já travam para participar da reconstrução daquele país africano, destruído por quase 30 anos de guerra civil e que nos últimos cinco anos vem crescendo economicamente a taxas elevadas. Foram incríveis 19,8% em 2007, escoltados por não menos espantosos 18,6% no ano anterior, na esteira do aumento da produção e do preço do petróleo bruto.
"Não temos pretensão de concorrer com a China, até porque não temos meios", conforma-se Luciene. "Nossa lógica é a da preservação do espaço conquistado pelo Brasil, mas cientes de que estamos atuando em um ambiente de competição muito forte", acrescenta. Somente pelos mecanismos semelhantes à linha do BNDES, a China mantinha no ano passado US$ 4,5 bilhões para financiar obras e equipamentos em Angola, mas este valor pode chegar a US$ 9 bilhões quando somado a outros mecanismos de fomento.
Os recursos do BNDES estão sendo usados em 16 projetos de estradas eleitos como prioritários pelo governo angolano. A linha inicial de US$ 750 milhões ganhou mais US$ 1 bilhão durante a segunda viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Angola, em outubro de 2007. Segundo a técnica do BNDES, os novos valores aprovados foram, basicamente, ampliação de recursos para os mesmos projetos.
Está em fase final de análise de crédito pelo BNDES um financiamento de US$ 70 milhões para a construção de uma usina de açúcar às margens do lago da hidrelétrica de Cabinda. O projeto é uma parceria da Odebrecht (40%) com as angolanas Damer (40%) e Sonangol, a estatal do petróleo (20%). Ele está orçado em US$ 260 milhões e estão previstas exportações brasileiras de US$ 150 milhões.
Ontem, esteve em visita ao BNDES uma delegação do Banco Africano de Desenvolvimento, do qual o Brasil é sócio extrarregional desde 1982. Na semana passada, a delegação realizou um seminário sobre a infra-estrutura africana para os sócios da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e da Indústria de Base (Abdib).
Com o BNDES, Luciene avalia que os contatos podem desembocar em um memorando de entendimento mais amplo do que outro acordo assinado nos anos 1980, podendo chegar a um acordo de co-financiamento. Com sede na Costa do Marfim e escritórios técnicos na Tunísia, o banco tem 53 sócios africanos, capital de US$ 32 bilhões, e é considerado uma referência para instituições, como o BNDES, interessadas em financiar exportações de produtos e serviços para a África.
Assunto: Brasil
Título: BNDES libera US$ 1,5 bi para Angola
Data: 10/06/2008
Crédito: Chico Santos
Chico Santos
A linha de crédito criada pelo BNDES em 2006 para financiar a compra de equipamentos brasileiros para obras de infra-estrutura em Angola atingiu nos cinco primeiros meses deste ano US$ 1,5 bilhão aprovados, metade já contratada, sendo US$ 300 milhões, desembolsados. Como a linha total é de US$ 1,75 bilhão, restam US$ 250 milhões para serem aprovados. A chefe do Departamento de Comércio Exterior 2 do banco, Luciene Ferreira Machado, disse que, por enquanto, não está prevista a ampliação da linha, voltada para projetos do governo angolano. Enquanto isso, o banco prepara-se para aprovar o primeiro projeto direto ao setor privado, uma usina de açúcar para a Odebrecht.
A recente reclassificação pela OCDE, organização que reúne os países mais ricos do mundo, do risco de investimentos em Angola, de nível 7, o mais baixo, para nível 6, estimulou a corrida que vários países do mundo, tendo à frente China, Brasil e Portugal, já travam para participar da reconstrução daquele país africano, destruído por quase 30 anos de guerra civil e que nos últimos cinco anos vem crescendo economicamente a taxas elevadas. Foram incríveis 19,8% em 2007, escoltados por não menos espantosos 18,6% no ano anterior, na esteira do aumento da produção e do preço do petróleo bruto.
"Não temos pretensão de concorrer com a China, até porque não temos meios", conforma-se Luciene. "Nossa lógica é a da preservação do espaço conquistado pelo Brasil, mas cientes de que estamos atuando em um ambiente de competição muito forte", acrescenta. Somente pelos mecanismos semelhantes à linha do BNDES, a China mantinha no ano passado US$ 4,5 bilhões para financiar obras e equipamentos em Angola, mas este valor pode chegar a US$ 9 bilhões quando somado a outros mecanismos de fomento.
Os recursos do BNDES estão sendo usados em 16 projetos de estradas eleitos como prioritários pelo governo angolano. A linha inicial de US$ 750 milhões ganhou mais US$ 1 bilhão durante a segunda viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Angola, em outubro de 2007. Segundo a técnica do BNDES, os novos valores aprovados foram, basicamente, ampliação de recursos para os mesmos projetos.
Está em fase final de análise de crédito pelo BNDES um financiamento de US$ 70 milhões para a construção de uma usina de açúcar às margens do lago da hidrelétrica de Cabinda. O projeto é uma parceria da Odebrecht (40%) com as angolanas Damer (40%) e Sonangol, a estatal do petróleo (20%). Ele está orçado em US$ 260 milhões e estão previstas exportações brasileiras de US$ 150 milhões.
Ontem, esteve em visita ao BNDES uma delegação do Banco Africano de Desenvolvimento, do qual o Brasil é sócio extrarregional desde 1982. Na semana passada, a delegação realizou um seminário sobre a infra-estrutura africana para os sócios da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e da Indústria de Base (Abdib).
Com o BNDES, Luciene avalia que os contatos podem desembocar em um memorando de entendimento mais amplo do que outro acordo assinado nos anos 1980, podendo chegar a um acordo de co-financiamento. Com sede na Costa do Marfim e escritórios técnicos na Tunísia, o banco tem 53 sócios africanos, capital de US$ 32 bilhões, e é considerado uma referência para instituições, como o BNDES, interessadas em financiar exportações de produtos e serviços para a África.