Piadas e Noticias do FUTEBOL PORTUGUÊS
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LAGARTO EVADE-SE; FOGE PARA A LIBERDADE!!!!!!!!!
Última Hora
2007-05-30 - 12:57:00
A fazer exames médicos no Besiktas
Rodrigo Tello aparece na Turquia
O futebolista chileno Rodrigo Tello, que ontem faltou aos exames médicos que tinha marcados com os responsáveis clínicos do Sporting, sem apresentar qualquer justificação, ‘apareceu’ esta quarta-feira na... Turquia.
Segundo revela a imprensa turca, o defesa esquerdo, de 28 anos, viajou ontem para Istambul, onde se encontra a realizar exames médicos no Besiktas.
De acordo com o que revela esta quarta-feira o jornal ‘Fanatik’, Rodrigo Tello, caso passe nos exames médicos, deverá assinar um contrato válido para duas temporadas com o clube turco.
De acordo com a edição desta quarta-feira do diário desportivo ‘Record’, o jogador chileno manteve-se incontactável durante todo o dia de terça-feira, não tendo sido possível apurar as razões do seu ‘desaparecimento’.
Ontem, Tello era esperado em Alvalade pela SAD ‘leonina’ para acertar e renovar o seu contrato com o Sporting até 2011, antes de viajar para o Chile, fim de integrar os trabalhos da selecção do seu país.
O jogador chileno deveria ter feito exames médicos em Alvalade para avaliar a extensão de uma lesão muscular na coxa esquerda contraída durante o jogo na final da Taça de Portugal, frente ao Belenenses.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=21&p=200
ao menos no Benfica há disciplina
Última Hora
2007-05-30 - 12:57:00
A fazer exames médicos no Besiktas
Rodrigo Tello aparece na Turquia
O futebolista chileno Rodrigo Tello, que ontem faltou aos exames médicos que tinha marcados com os responsáveis clínicos do Sporting, sem apresentar qualquer justificação, ‘apareceu’ esta quarta-feira na... Turquia.
Segundo revela a imprensa turca, o defesa esquerdo, de 28 anos, viajou ontem para Istambul, onde se encontra a realizar exames médicos no Besiktas.
De acordo com o que revela esta quarta-feira o jornal ‘Fanatik’, Rodrigo Tello, caso passe nos exames médicos, deverá assinar um contrato válido para duas temporadas com o clube turco.
De acordo com a edição desta quarta-feira do diário desportivo ‘Record’, o jogador chileno manteve-se incontactável durante todo o dia de terça-feira, não tendo sido possível apurar as razões do seu ‘desaparecimento’.
Ontem, Tello era esperado em Alvalade pela SAD ‘leonina’ para acertar e renovar o seu contrato com o Sporting até 2011, antes de viajar para o Chile, fim de integrar os trabalhos da selecção do seu país.
O jogador chileno deveria ter feito exames médicos em Alvalade para avaliar a extensão de uma lesão muscular na coxa esquerda contraída durante o jogo na final da Taça de Portugal, frente ao Belenenses.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... l=21&p=200
ao menos no Benfica há disciplina
Triste sina ter nascido português
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2007-06-13 - 00:00:00
Pinto da Costa Acusado por Morgado no jogo do Estrela
Após ser notificado, líder dos azuis e brancos terminou abruptamente as miniférias em Vila Nova de Cerveira e regressou ao Porto. Foi acusado, em conjunto com o seu número dois, Reinaldo Teles, de corrupção desportiva. Depoimento de Carolina Salgado foi fundamental.
Pinto da Costa, presidente da SAD portista, o número dois Reinaldo Teles e o ex-árbitro Jacinto Paixão foram acusados pela equipa do Ministério Público, liderada por Maria José Morgado, dos crimes de corrupção desportiva, no âmbito do processo que envolve o jogo FC Porto-Estrela da Amadora. Foram também acusados o empresário António Araújo e os árbitros auxiliares José Chilrito e Manuel Quadrado. As suspeitas que recaíam sobre o árbitro Luís Lameira, que intermediou os contactos entre António Araújo e Jacinto Paixão, foram arquivadas. Um segundo arquivamento ilibou o árbitro Paulo Silva de suspeitas.
O despacho terá sido ontem notificado aos arguidos e o CM sabe que Pinto da Costa foi um dos dirigentes a ser notificado, o que motivou um ‘rápido’ final de férias. Pinto da Costa deixou ontem a casa de campo, em Vila Nova de Cerveira, tendo-se imediatamente dirigido ao Porto, onde terá contactado o seu advogado. O causídico é Gil Moreira dos Santos que ontem também passou todo o dia no Tribunal de S. João Novo, a defender Espregueira Mendes, administrador da Portocomercial e acusado de burla qualificada.
O despacho visando Pinto da Costa foi concluído no final da semana passada. E a equipa que investiga as certidões do ‘Apito Dourado’ conta também terminar a maioria das investigações pendentes até ao final deste mês.
Neste caso, que motivou a acusação dos principais dirigentes azuis e brancos, estão em causa eventuais suspeitas de corrupção à equipa de arbitragem, liderada por Jacinto Paixão. O processo foi reaberto no início deste ano, depois das declarações de Carolina Salgado. Num despacho datado de 16 de Janeiro, Maria José Morgado sustentava que os esclarecimentos da ex-mulher do dirigente portista permitiam descodificar as escutas telefónicas e estabelecer o nexo de causalidade que permitiria indiciar os arguidos pelos referidos crimes.
As autoridades tinham também reunido diversa prova testemunhal e documental ao longo da investigação. Desde as escutas telefónicas onde Jacinto Paixão pedia a António Araújo que lhe arranjasse “fruta” (o Ministério Público defende que estavam a falar de prostitutas), até ao pagamento do jantar, à equipa de arbitragem, tudo feito com um cartão de crédito da SAD portista. A PJ ouviu também, durante o inquérito, as referidas prostitutas, que confirmaram o encontro com o trio de arbitragem. O relatório da equipa de peritos indicia também que o FC Porto terá sido beneficiado. O Ministério Público sustenta que a “oferta” de serviços aos árbitros tinha como “propósito falsear o resultado da competição”.
Quanto ao depoimento de Carolina Salgado, que acabou por consolidar a prova, a equipa de Morgado definiu-o como credível: “A credibilidade da testemunha resulta da razão de ciência dos seus conhecimentos e não de outras considerações mais ou menos estranhas ao processo”.
O QUE DISSE CAROLINA SALGADO AOS PROCURADORES
O depoimento de Carolina Salgado foi fundamental para permitir a reabertura do processo. No despacho datado de 16 de Janeiro e assinado por Maria José Morgado, pode ler-se que a ex-mulher de Pinto da Costa afirmou que as visitas dos árbitros a casa do mesmo não eram de mera cortesia, mas tinham “como pano de fundo os desafios de futebol em que fosse interveniente o FC Porto”.
Carolina Salgado disse também que era António Araújo quem contactava directamente com os árbitros, sempre a mando de Pinto da Costa. E que os encontros serviam depois para combinar prendas, em dinheiro ou em objectos, como favores sexuais. A testemunha explicou ainda que os termos “fruta”, “fruta de dormir” e “café com leite” correspondiam aos pagamentos feitos aos árbitros, configurado no serviço de prostitutas.
OUTROS PROCESSOS PENDENTES
Pinto da Costa também deverá ser acusado no processo que envolve o jogo Beira-Mar-Porto, a contar para a época 2003/2004. O árbitro foi Augusto Duarte.
ESCUTAS
"Quer fruta para dormir. (...) O homem que vai ter consigo esta tarde. (...) O JP. Pediu-me rebuçados para a noite. E café com leite.” António Araújo, falando com Pinto da Costa, já no dia do jogo
"Só estou a dar-lhe... dar conhecimento ao presidente, se não isto fica.... eu estou sempre ao dispor, também não há necessidade.” António Araújo, ainda em conversa com Pinto da Costa
“Já mandei a fruta. (...) Diga que sim senhor. A fruta já foi mandada.” Pinto da Costa, para António Araújo
MP DO PORTO GARANTIA NÃO HAVER PROVA
O despacho que inicialmente arquivou as investigações assegurava não haver prova. Dizia então o procurador que não cabia “ao MP julgar sob o ponto de vista ético os divertimentos que o António Araújo proporciona e quem deles se aproveita”, assegurando ainda o magistrado serem condutas banais no “complexo mundo de futebol”.
O despacho referia ainda existirem falta de provas e lembrava que sem elas era impossível obter “um grau de certeza razoável, de que os serviços foram oferecidos como contrapartida de uma actuação fraudulenta dos árbitros”.
ÁRBITRO
Jacinto Paixão abandonou a arbitragem após ter sido envolvido no processo ‘Apito Dourado’. Em entrevistas televisivas, garantiu que estava inocente e assegurou que o processo teve efeitos devastadores na vida pessoal.
CRONOLOGIA DO PROCESSO
24/01/04
O FC Porto jogou com o Estrela da Amadora. Ganhou por 2-0 num jogo apitado por Jacinto Paixão.
30/11/04
PJ vai a casa de Pinto da Costa, com mandados de busca e detenção. Líder do FC Porto não estava em casa.
03/12/04
Pinto da Costa apresenta-se no Tribunal de Gondomar e é formalmente detido pelo procurador.
24/04/06
MP do Porto arquivou o processo por considerar que as escutas não permitiam detectar o “nexo de causalidade”.
16/01/07
Maria José Morgado assina despacho onde reabre oficialmente processo. Justifica-o com declarações de Carolina.
12/06/07
Pinto da Costa é notificado da primeira acusação contra si deduzida. Há outros processos pendentes.
TRÊS MILHÕES DE PREJUÍZO
Os Dragões Sandinenses exigem uma indemnização de três milhões de euros pelos prejuízos sofridos por não terem ascendido à II Liga, na época 2003/2004. O campeonato foi disputado até à última jornada, mas as escutas telefónicas revelam um compadrio com diversos árbitros para que o clube de Gondomar fosse beneficiado.
O pedido de indemnização agora junto ao processo será discutido no julgamento que será marcado em Gondomar e onde 24 arguidos, entre eles Valentim Loureiro, serão julgados por dezenas de crimes de corrupção. No pedido cível que o CM consultou, os Dragões Sandinenses requerem ainda que a Olivedesportos informe o tribunal de qual o montante médio de receitas televisivas nos jogos televisionados das II e I Ligas.
NOTAS
ÁRBITROS À ESPERA
A investigação à classificação da arbitragem, que envolve mais de uma dezena de árbitros da 1.ª categoria, ainda não está terminada
INSTRUÇÃO NA FIGUEIRA
Nos próximos dias deverá ser lida a decisão instrutória, na Figueira da Foz, no processo de corrupção que envolve Valentim Loureiro e Paulo Baptista.
GONDOMAR SEM DATA
O julgamento em Gondomar, cuja instrução pronunciou 24 arguidos, só deve começar em Outubro. O tribunal ainda não marcou qualquer data.
Octávio Lopes / Tânia Laranjo
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Exclusivo CM
2007-06-13 - 02:37:00
'D. Branca': BCP financiou SAD do Porto
António Rilo
Nuno Espregueira Mendes tem acompanhado o julgamento no Tribunal de S. João Novo, onde não esboça qualquer reacção
Um negócio paralelo ao sistema bancário, onde se ofereciam juros altos, mas também empréstimos sem garantias ou contrapartidas. Terá sido assim no balcão das Antas do Banco Mello (agora BCP), entre 1998 e 2000, onde o economista Espregueira Mendes, administrador de uma empresa associada à SAD do FC Porto, era gerente.
Fique a saber tudo sobre este caso na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
2007-06-13 - 02:37:00
'D. Branca': BCP financiou SAD do Porto
António Rilo
Nuno Espregueira Mendes tem acompanhado o julgamento no Tribunal de S. João Novo, onde não esboça qualquer reacção
Um negócio paralelo ao sistema bancário, onde se ofereciam juros altos, mas também empréstimos sem garantias ou contrapartidas. Terá sido assim no balcão das Antas do Banco Mello (agora BCP), entre 1998 e 2000, onde o economista Espregueira Mendes, administrador de uma empresa associada à SAD do FC Porto, era gerente.
Fique a saber tudo sobre este caso na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
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Joe Berardo lança OPA sobre a Benfica SAD
2007-06-15 14:34
Efeito da OPA
Acções da Benfica SAD já subiram quase 25%
Pouco tempo depois da abertura do mercado, cada acção já valia esta sexta-feira mais de 3,50 euros.
[ Última actualização às 14:34 do dia 15/06/2007
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada por Joe Berardo fez subir de imediato o preço das acções da Benfica SAD, em quase 25%.
Antes do anúncio da Oferta Pública de Aquisição, cada acção tinha um preço abaixo dos 2,75 euros.
Pouco tempo depois da abertura do mercado, a subida foi clara. Antes do meio-dia desta sexta-feira, cada acção já valia mais de 3,50 euros.
TVI
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=821423
...........
2007-06-15 13:34
Benfica SAD
Joe Berardo lança OPA sobre 60% do capital
Empresário oferece 3,5 euros por acção, numa operação avaliada em mais de 31 milhões de euros.
[ Última actualização às 13:34 do dia 15/06/2007 ]
O empresário Joe Berardo lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre 60% do capital da SAD do Benfica. Berardo oferece 3,5 euros por cada acção, o que avalia a operação em mais de 31 milhões de euros. O empresário, conhecido como um especulador bolsista, quer todas as acções que não estão nas mãos do clube e que têm direitos especiais.
É mais uma operação surpresa de Joe Berardo. Desta vez, o empresário madeirense, conhecido pelas jogadas na Bolsa, decidiu lançar uma Oferta Pública de Aquisição sobre a Sociedade Anónima Desportiva do Benfica.
Berardo quer comprar as 9 milhões de acções de categoria B da SAD, ou seja, as que não pertencem ao clube. E para isso oferece 3,5 por acção, o que representa um prémio de 30% face à cotação de fecho de quinta-feira. A operação está avaliada em 31,5 milhões de euros.
Dificilmente Berado conseguirá o controlo da SAD do Benfica. O clube tem 6 milhões de acções de categoria A, ou seja com direitos especiais, e ainda mais 10% das acções da categoria B, o que garante o controlo de 50% da SAD.
Joe Berardo põe como condição da oferta a aquisição de pelo menos 30% da SAD benfiquista. A Sociedade Anónima Desportiva «encarnada» entrou em Bolsa há menos de um mês e, desde então, as acções acumulavam perdas de mais de 50%, uma situação agora invertida com o lançamento desta oferta.
TVI
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=821396
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
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QUEM É JOE BERARDO
OPA ao Benfica avança
2007-06-18 00:05
Como Berardo chegou aos 1,9 mil milhões
Chegou vestido de encarnado mas vestiu-se de preto para as fotografias. História, na primeira pessoa, de Berardo.
Bruno Faria Lopes
“Tive uma vez um motorista que um dia roubou a carteira de alguém que ia no carro comigo”, contou Joe Berardo, na entrevista que deu ao Diário Económico no sábado passado. Feita a descoberta, o milionário madeirense que se lança agora sobre o capital do Benfica foi rápido a decidir. “Pensei: é um homem novo, e disse à minha mulher que o ia mandar a um psiquiatra para o ver. Às vezes todos nós temos os nossos momentos mais infelizes”, admite.
O diagnóstico foi claro – o psiquiatra disse que não havia nada a fazer. “Mas porquê?, perguntei eu”. O jovem motorista era cleptomaníaco, um caso perdido. “Tive de mandar o homem embora. Mas eu gosto sempre de dar margem de progressão às pessoas e também margem para ‘mistakes’”, afirma. “Afinal, até Deus teve três enganos: pôs chuva a cair no mar, a lua durante o dia e‘mamas’ no homem!”, remata.
Joe Berardo, 62 anos, o homem que tritura o português, o inglês e o afrikaaner numa mesma sopa linguística, é assim: simples e descontraído, pragmático e implacável, nos negócios e nas decisões difíceis, rápido a escolher e a confiar nas pessoas que lhe interessam. É, também, o milionário do momento no pequeno país que é Portugal, onde uma fortuna avaliada em 570 milhões de euros, segundo a revista Exame, e um perfil pouco convencional são suficientes para ir causando pequenos terramotos mediáticos.
Sobre a dimensão da sua fortuna total – superior, segundo as contas do DE, a 1,9 mil milhões de euros, contando com as participações que detém na PT, no BCP e na Sonae, entre outros–, Berardo recusa-se a fazer medições e ironiza. “Se fosse a analisar essas coisas parava de trabalhar, e eu adoro o trabalho”.
Entre 2006 e 2007, Joe Berardo esteve envolvido enquanto accionista nas duas maiores batalhas empresariais dos últimos anos (as ofertas públicas de aquisição [OPA] lançadas pela Sonae e BCP sobre a Portugal Telecom e o BPI, respectivamente), comprou 30% da Sogrape (os accionistas da maior empresa portuguesa de vinhos e distribuição de bebidas tentam em tribunal contrariar a aquisição) e, na semana passada, lançou uma OPA surpreendente de 31,5 milhões de euros sobre o Benfica, o seu “clube do coração”.
Pelo caminho, sentou o Governo de Sócrates à mesa – o mesmo a quem propôs comprar a ‘golden-share’ na PT por 200 milhões de euros – e firmou um acordo que não só mantém a sua colecção de arte contemporânea (avaliada em 316 milhões de euros pela leiloeira Christie’s) em Portugal, como deixa ao Estado português uma opção de compra sobre o total.
Mas quem é e como trabalha este homem da Madeira que, aos 13 anos, largou a escola? De onde vem a sua fortuna? E o que o faz correr?
O início de Berardo
O comendador Joe Berardo – condecorado em 1979 por Ramalho Eanes e em 2004 por Jorge Sampaio – é o sétimo filho de uma família de princípios rígidos de uma Madeira onde a pobreza e o conservadorismo eram a norma.
Cedo, a família foi marcada por uma desgraça financeira: o Banco Henrique Figueira, onde o pai tinha grande parte das suas poupanças, abriu falência.
“O meu pai era um‘expert’ em contas romanas, mas não sabia ler. Enquanto foi buscar a minha mãe, que sabia ler, a Santa Luzia para assinar os papéis, o banco fechou as portas”, conta.
Uma meia hora fatídica, com marcas negativas no bolso, mas positivas na atitude. “Os meus pais nunca esqueceram, mas olharam sempre para a frente”, sublinha Berardo.
Desde cedo que, perante a riqueza exibida pelos emigrantes que visitavam a Madeira, o jovem José Manuel (Joe, de “Big Joe”, ficou dos tempos de África do Sul), sonhava com outras paragens.
“Enquanto adolescente, ia muitas vezes ao topo das montanhas mais altas da minha terra para poder alcançar um horizonte mais alargado”, conta na nota autobiográfica que acompanha a apresentação da sua colecção de arte.
Esse horizonte encontrou-o na África do Sul, para onde partiu aos 18 anos, depois de cinco anos na Madeira a ganhar dinheiro a rotular garrafas na Madeira Wine, a servir à mesa nas reuniões do conselho de administração da empresa e em biscates vários. Com esta experiência, contou ao DE, aprendeu o valor das gorjetas.
“Quando eu trabalhava na Madeira Wine, vinham muitos turistas americanos e os que me deixavam uma boa gorjeta eram sempre mais bem servidos que os outros. ‘As simples as that’”, lembra. Hoje, deixa boas gorjetas. “Dou a gorjeta sempre no princípio, não no fim”, sublinha.
Já na África do Sul, em 1968, passou uma fase inicial de travessia do deserto, durante a qual aprendeu as línguas locais (o inglês e o afrikaaner) e entrou como assalariado num negócio de venda de legumes.
“Conheci-o na década de 60, quando ele estava numa loja de frutas em Joanesburgo, chamada a Pérola”, recorda José Quintal, presidente da Casa da Madeira de Joanesburgo. “Era muito dinâmico, lembro-me que ia num camião Mercedes Benz para vender. Sempre foi um jovem de brincar com as miúdas”, revela.
Sobre essa fase, Berardo viria a confessar ao Expresso: “estava farto de festas, (…), a minha vida estava vazia, acordava com mulheres diferentes todos os dias, de quem nem sabia o nome”.
Tal iria acabar antes de 1969, com o namoro e casamento com a companheira de sempre, Carolina Gonçalves, a mais velha de doze irmãos, filha de emigrantes madeirenses. Os filhos, Renato (36 anos) e Cláudia (34) trabalham hoje com o pai e vão produzindo netos. “Vou ter mais dois, vai para cinco agora”, conta. “Espero que cheguem a uma dúzia. Não sou Opus Dei, quero é mais pessoas para trabalhar comigo”.
Berardo foi alargando o seu círculo de amizades – conquistar contactos e ter habilidade para fazer dinheiro são faces da mesma moeda. “As pessoas são tudo. Afinal o que é que eu sei fazer? Nem ler eu sei bem”, atira, provocador. Rui Cartaxana, ex-director do jornal Record, do qual Berardo foi proprietário, conhece este talento. “Tem muitos méritos, mas não dá uma ‘gravata’ a ninguém. Só entra onde pode fazer dinheiro e só apoia quem lhe pode ser útil”, diz. A sua azáfama social resultava sempre em convidados inesperados para as refeições em casa, a tal ponto que Carolina passou a ter sempre pronto um tacho de guisado para acomodar os convidados-surpresa.
Berardo acabou por conhecer quem queria: o ministro sul-africano das Minas, P. Botha, e um empresário judeu ligado ao negócio. Já há algum tempo que o português sonhava com o aproveitamento dos ‘gold dumps’, montes artificiais feitos da terra arrancada nas explorações mineiras – a ideia nasceu a partir das vendas de legumes para os trabalhadores das minas – e, com a ajuda de um engenheiro, apresentou um plano de negócio. A empresa arrancou em 1977 e o ouro foi aparecendo a partir daquilo que parecia ser apenas um monte de desperdício. No início dos anos 80, com a escalada do preço do ouro, Berardo soube que tinha acertado no vinte. “Foi o grande passo, o negócio que me salvou”, reconhece. Dos tempos da África do Sul – com contornos algo opacos e que renderam todo o tipo de história mais ou menos mitológicas – esta é aquela que Berardo gosta mais de recordar.
O instinto matador
A partir do golpe do ouro, dinheiro foi produzindo mais dinheiro, à medida que Berardo foi entrando em vários negócios: diamantes, petróleo, papel, banca, mármores, e outros. Cozinhar vários negócios ao mesmo tempo foi sempre um hábito, fruto do instinto e energia que os amigos lhe gabam. “É um inconformista nato, um homem alegre, cheio de iniciativa”, aponta Horácio Roque, presidente do Banif, amigo e companheiro de negócios.
O jovem empresário foi gozando da sua dose de sorte: no dia em que visitava a primeira mina de diamantes, acabada de comprar, foi encontrada uma pedra enorme que pagava de imediato grande parte do investimento. Mas Berardo não acredita na sorte. “Dá muito trabalho”, contrapõe.
No final dos anos 80, com o clima social a ficar mais agreste e o regime sul-africano a entrar em desagregação, o empresário começa a diversificar os investimentos e a aproximar-se de Portugal. Berardo já era, então, uma destacada figura no país, tendo no currículo o facto de ser o único português a ter integrado o conselho consultivo do presidente Pieter Botha.
Seguindo a estratégia de ir buscar pontas-de-lança madeirenses para investir na região, Alberto João Jardim foi o primeiro a seduzir o português – assim como Horácio Roque e Dionísio Pestana – para regressar. Berardo respondeu afirmativamente ao convite, passando a contar mais com a ajuda do irmão e braço-direito Jorge, que passou a ser o seu representante na ilha (ver “O outro Berardo”). Ao líder político da Madeira, o empresário não poupa, elogios. “A Madeira deve ao Alberto João Jardim o sacrifício que fez para dirigir a região”. Significa que gosta de líderes autoritários? A resposta é clara: “Nos negócios em que eu ando só pode haver um patrão”.
Pleno da liquidez gerada em África, Berardo entra em força num Portugal a renascer das cinzas: com Horácio Roque compra, em 1987, a Empresa Madeirense de Tabacos, entra no capital da Caixa Económica do Funchal (Banif) e compra o Monte Palace, uma quinta abandonada que restaurou e que atrai hoje mais de 200 mil turistas por ano. Compra, também com Roque, o Hotel Savoy, o negócio mais emotivo em Portugal. “Quando era miúdo fui lá e fiquei muito impressionado. Lembro-me de pensar que um dia, o hotel seria meu”.
Ao mesmo tempo que vai diversificando pelo mundo fora - Canadá, Nicarágua - reforça a aposta em Portugal, desta feita no continente. Compra 20% dos supermercados Inô à Jerónimo Martins, passo que lhe renderia mais de 3,5 milhões de euros de mais-valias em dois meses. Nada que o tenha impressionado: “Os negócios em Portugal nunca têm uma escala internacional”. Vira-se em 1995 para a comunicação social, área da sua apetência, comprando a falida Investec – dona do Record e da revista Máxima – ao Estado. Mais tarde venderia a empresa – juntamente com a participação de 18% na SIC de Pinto Balsemão – à Cofina do empresário Paulo Fernandes. “O Francisco Capelo é que fez todo o planeamento do investimento e preparou o pacote”, conta Rui Cartaxana.
Francisco Capelo (ex-membro do partido comunista), Jorge Berardo e o advogado André Luiz Gomes (da Gonçalves Pereira Castelo Branco) fazem parte do núcleo duro de decisão de Berardo que, contudo, recusa revelar nomes. “Houve uma altura em que comecei a dizer quem me ajudava e numa semana perdi oito pessoas! No way!”, atira.
Além dos incondicionais, Berardo tem por hábito recolher opiniões de quem sabe sobre os assuntos nos quais se envolve – quando encontra alguém com capacidade, não hesita. “Este é o ‘gift’ que ‘God gave me: to choose people to be with me”, admite, em mistura bilingue. “Quando tenho confiança na pessoa, é confiança, não tenho meio termo”, diz. “Se estou como accionista a pagar a alguém para dirigir o meu negócio, ‘let them fucking work!’”. Em todos os negócios que tem – nas várias empresas, em ramos tão diferentes como a cortiça, as rações, o cabo, o turismo ou a paixão dos vinhos (JP Vinhos, proprietária da Quinta da Bacalhôa, entre outras) –, Berardo coloca os avançados e, apesar da margem que confessa dar, pede-lhes resultados. “Quero é pessoas que gostem do que estão a fazer.” Só não delega quando se trata de especular na bolsa, onde se dá muito bem desde os tempos de África do Sul. “Isso é tratado por mim e pelo meu filho”, diz.
No meio de toda a hiperactividade sobra sempre algum tempo para as maiores paixões: a família, os vinhos e, claro, a arte, que colecciona avidamente. Berardo é, aliás, um coleccionador compulsivo: tem a maior colecção privada de azulejos do mundo e uma extensa colecção de cruzes e cristos de marfim. Sobra também tempo para as férias: nunca mais de uma semana seguida. Miami e Caraíbas fazem parte dos destinos eleitos, mas Porto Santo é o local favorito, onde tem uma casa em cima do mar. “Agora já não se poderia construir ali”, confessa.
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Carlos Alberto? Aquele que era do porto?
Bah, se as vossas fuentes forem tão fidedignas como as de cá, em que o Benfica contrata pelo menos 3 jogadores/dia
Ah, e já agora informo que cada jogador referenciado como potencial reforço do Benfica é imediatamente contratado pelo .....porto
Vamos levá-los á falência sem eles darem por ela
POR ACASO NENHUM CLUBE DAÍ QUER o fernando santos?????
é um grande treinador...cofcofcof..engenhero do penta, caraigu...
Bah, se as vossas fuentes forem tão fidedignas como as de cá, em que o Benfica contrata pelo menos 3 jogadores/dia
Ah, e já agora informo que cada jogador referenciado como potencial reforço do Benfica é imediatamente contratado pelo .....porto
Vamos levá-los á falência sem eles darem por ela
POR ACASO NENHUM CLUBE DAÍ QUER o fernando santos?????
é um grande treinador...cofcofcof..engenhero do penta, caraigu...
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Abençoada Lagartagem
Sporting
2007-06-21 - 00:00:00
Derlei
Ninja vai ganhar 50 mil euros/mês
O avançado de 31 anos vai chegar ao Sporting a custo zero, depois de se desvincular do Dínamo de Moscovo, com o qual tinha contrato até ao final deste ano - os últimos pormenores da desvinculação foram concluídos no início da noite de ontem. O CM soube que houve abertura total do Dínamo, até porque o clube de Moscovo ainda tinha contas por saldar com o Sporting, da transferência do central nigeriano Enakarhire, no final da temporada 2004/05.
Ontem, Derlei era esperado em Lisboa para fazer testes médicos, apurou o CM, mas essa formalidade foi adiada para hoje, tendo em conta o tempo que demorou a desvinculação do Dínamo.
Entre o Sporting e Derlei, o acordo é total. O jogador vai ganhar 600 mil euros por ano, Em Moscovo, ganhava três milhões.
Derlei passou o dia de ontem em reuniões com o seu representante, Jorge Mendes, para resolver os pormenores que faltavam para a rescisão de contrato com o Dínamo de Moscovo.
O avançado é o primeiro de dois reforços que vão chegar a Alvalade para Paulo Bento. Derlei é uma paixão antiga do Sporting – a primeira vez que motivou o interesse do clube foi em Dezembro de 2001, ainda jogava no Leiria. Nessa altura era o jogador desejado pelo técnico Lazlo Boloni para para substituir o romeno Niculae que se tinha lesionado gravemente no joelho esquerdo.
Apesar da contratação de Derlei estar praticamente assegurada, a SAD leonina continua no mercado à procura de mais um avançado. O CM sabe que o brasileiro Alecsandro deixou de ser hipótese para os dirigentes sportinguistas, por considerarem excessivo o valor (três milhões de euros) pedido pelo Cruzeiro de Belo Horizonte.
Entretanto, ontem, Luís Loureiro rescindiu com o Sporting (tinha contrato até 2009). No ano passado, o jogador esteve emprestado ao E. Amadora.
"TENHO MUITO PARA DAR" (Dérlei faz exames médicos e assina hoje pelo Sporting)
Triste sina ter nascido português
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acompanhe aqui a evolução das acções do BENFICA
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Apito: terceira acusação a Pinto da Costa, pelo Nacional-Benfica
[ 2007/06/22 | 15:41 ] Redacção MaisFutebolPinto da Costa foi acusado de mais um crime de corrupção desportiva activa no âmbito do processo Apito Dourado. A terceira acusação ao presidente do F.C. Porto diz respeito ao Nacional-Benfica de Fevereiro de 2004, avança o Portugal Diário.
O Ministério Público decidiu levar a julgamento também o presidente do Nacional, Rui Alves, e o empresário António Araújo, pelos mesmos crimes. O árbitro Augusto Duarte é acusado de corrupção desportiva passiva.
A acusação entende que António Araújo se prontificou, em conversa com Rui Alves, a falar com o juiz para beneficiar o Nacional frente ao Benfica. O agente esteve reunido quatro dias antes do jogo com Pinto da Costa, o que leva o Ministério Público a considerar que Araújo estava «duplamente mandatado» pelos dois presidentes para aliciar o árbitro.
redação Mais Futebol
....
Pinto da Costa: terceira acusação
2007/06/22 | 15:10 || Cláudia Rosenbusch
MP decidiu levar a julgamento o processo Nacional/Benfica
O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, foi acusado pelo crime de corrupção desportiva activa no processo relativo ao jogo Nacional/Benfica, soube o PortugalDiário.
O Ministério Público do Funchal decidiu ainda levar a julgamento, pelo mesmo crime, o presidente do Nacional, Rui Alves, e o empresário António Araújo. Por seu lado, o árbitro Augusto Duarte foi acusado pelo crime de corrupção desportiva na forma passiva.
Em causa está o jogo Nacional/Benfica realizado a 22 de Fevereiro de 2004, da época 2003/04, e arbitrado por Augusto Duarte, da Associação de Futebol de Braga.
De acordo com o Ministério Público, em conversa telefónica com o presidente do Nacional, Rui Alves, o empresário António Araújo ficou a saber que o árbitro da partida seria Augusto Duarte. De imediato, o empresário prontificou-se a falar ao juiz da partida para que beneficiasse o Nacional frente ao Benfica. «Sim. Toca a andar, está?», desafiou Rui Alves, ao que o empresário respondeu de imediato: «Pronto. Eu toco a andar mesmo. Viu?».
Nesse mesmo dia, o António Araújo contactou o árbitro com quem marcou um encontro.
Um «serviço» muito importante para o FCP
O Futebol Clube do Porto tinha interesse no resultado, dado que o Benfica se encontrava em terceiro lugar na classificação e ainda não estava arredado do título.
António Araújo e Pinto da Costa estiveram reunidos a 18 de Fevereiro, facto que leva o MP a referir que o empresário estaria «duplamente mandatado» pelos presidentes do Nacional e do FCP para aliciar o árbitro Augusto Duarte.
No mesmo dia, 18 de Fevereiro, Araújo é escutado ao telefone com um membro da SAD portista a quem diz «estive a tratar com o presidente aquela situação do Nacional». Também a 18 de Fevereiro, o empresário informa o presidente do Nacional de que já tinha falado com o árbitro: «Mas já tratei do . . do que aquilo que tinha que tratar».
No dia seguinte, António Araújo volta a dizer ao membro da SAD do FCP que andava a fazer um «serviço» muito importante para o FCP.
Nessa noite, o empresário encontrou-se com o árbitro, em Braga, junto ao café «Ferreira».
O Nacional venceu o jogo por 3-2 e segundo o relatório de peritagem foram apontados dois erros à equipa de arbitragem, um em benefício do Nacional e outro em benefício do Benfica.
Após o jogo, empresário e árbitro combinaram assistir juntos ao jogo Porto-Manchester United, a 25.2.2004 no estádio do Dragão. António Araújo arranjou o bilhete do árbitro, que daria acesso à zona VIP, com direito a «comes e bebes». O árbitro veio mesmo a assistir ao referido jogo na companhia do empresário.
Nessa ocasião, Araújo e Duarte iriam tratar das contrapartidas pela actuação do árbitro no Nacional/Benfica. «Nós na quarta-feira, eu . . .portanto . . .junta-se, junta-se a fome à vontade de comer», referiu o empresário.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Em conversa com o presidente do Nacional, o empresário António Araújo comenta a actuação do árbitro do Nacional/Benfica com a expressão: «Manda quem pode, obedece quem tem juízo». Na mesmo diálogo interceptado, o Rui Alves relata a conversa mantida com Pinto da Costa a respeito do jogo em causa. O presidente portista teria ficado radiante, tendo mesmo exclamado «Esses, já não nos vão chatear mais».
O presidente do Nacional concluiu a conversa dando a entender que o empresário seria compensado pela sua actuação. «Depois falamos sobre isso», referiu.
Segundo o MP, a 27 de Fevereiro de 2004, António Araújo fala com Fernando Gomes, da SAD portista, a quem pede dinheiro para pagar ao árbitro, presumivelmente, Augusto Duarte.
Fernando Gomes respondeu que apenas poderia disponibilizar a verba na segunda-feira, 1 de Março. Ao que o empresário respondeu que iria ligar ao «fiscal» (árbitro) para marcar «a vistoria» (pagamento) para terça-feira.
Esta é a terceira acusação, após as anteriores relativas aos jogos FCP/Estrela da Amadora e Beira-Mar/Porto
http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291
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Não tarde nada o pintinho é vizinho do Paisano
[ 2007/06/22 | 15:41 ] Redacção MaisFutebolPinto da Costa foi acusado de mais um crime de corrupção desportiva activa no âmbito do processo Apito Dourado. A terceira acusação ao presidente do F.C. Porto diz respeito ao Nacional-Benfica de Fevereiro de 2004, avança o Portugal Diário.
O Ministério Público decidiu levar a julgamento também o presidente do Nacional, Rui Alves, e o empresário António Araújo, pelos mesmos crimes. O árbitro Augusto Duarte é acusado de corrupção desportiva passiva.
A acusação entende que António Araújo se prontificou, em conversa com Rui Alves, a falar com o juiz para beneficiar o Nacional frente ao Benfica. O agente esteve reunido quatro dias antes do jogo com Pinto da Costa, o que leva o Ministério Público a considerar que Araújo estava «duplamente mandatado» pelos dois presidentes para aliciar o árbitro.
redação Mais Futebol
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Pinto da Costa: terceira acusação
2007/06/22 | 15:10 || Cláudia Rosenbusch
MP decidiu levar a julgamento o processo Nacional/Benfica
O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, foi acusado pelo crime de corrupção desportiva activa no processo relativo ao jogo Nacional/Benfica, soube o PortugalDiário.
O Ministério Público do Funchal decidiu ainda levar a julgamento, pelo mesmo crime, o presidente do Nacional, Rui Alves, e o empresário António Araújo. Por seu lado, o árbitro Augusto Duarte foi acusado pelo crime de corrupção desportiva na forma passiva.
Em causa está o jogo Nacional/Benfica realizado a 22 de Fevereiro de 2004, da época 2003/04, e arbitrado por Augusto Duarte, da Associação de Futebol de Braga.
De acordo com o Ministério Público, em conversa telefónica com o presidente do Nacional, Rui Alves, o empresário António Araújo ficou a saber que o árbitro da partida seria Augusto Duarte. De imediato, o empresário prontificou-se a falar ao juiz da partida para que beneficiasse o Nacional frente ao Benfica. «Sim. Toca a andar, está?», desafiou Rui Alves, ao que o empresário respondeu de imediato: «Pronto. Eu toco a andar mesmo. Viu?».
Nesse mesmo dia, o António Araújo contactou o árbitro com quem marcou um encontro.
Um «serviço» muito importante para o FCP
O Futebol Clube do Porto tinha interesse no resultado, dado que o Benfica se encontrava em terceiro lugar na classificação e ainda não estava arredado do título.
António Araújo e Pinto da Costa estiveram reunidos a 18 de Fevereiro, facto que leva o MP a referir que o empresário estaria «duplamente mandatado» pelos presidentes do Nacional e do FCP para aliciar o árbitro Augusto Duarte.
No mesmo dia, 18 de Fevereiro, Araújo é escutado ao telefone com um membro da SAD portista a quem diz «estive a tratar com o presidente aquela situação do Nacional». Também a 18 de Fevereiro, o empresário informa o presidente do Nacional de que já tinha falado com o árbitro: «Mas já tratei do . . do que aquilo que tinha que tratar».
No dia seguinte, António Araújo volta a dizer ao membro da SAD do FCP que andava a fazer um «serviço» muito importante para o FCP.
Nessa noite, o empresário encontrou-se com o árbitro, em Braga, junto ao café «Ferreira».
O Nacional venceu o jogo por 3-2 e segundo o relatório de peritagem foram apontados dois erros à equipa de arbitragem, um em benefício do Nacional e outro em benefício do Benfica.
Após o jogo, empresário e árbitro combinaram assistir juntos ao jogo Porto-Manchester United, a 25.2.2004 no estádio do Dragão. António Araújo arranjou o bilhete do árbitro, que daria acesso à zona VIP, com direito a «comes e bebes». O árbitro veio mesmo a assistir ao referido jogo na companhia do empresário.
Nessa ocasião, Araújo e Duarte iriam tratar das contrapartidas pela actuação do árbitro no Nacional/Benfica. «Nós na quarta-feira, eu . . .portanto . . .junta-se, junta-se a fome à vontade de comer», referiu o empresário.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Em conversa com o presidente do Nacional, o empresário António Araújo comenta a actuação do árbitro do Nacional/Benfica com a expressão: «Manda quem pode, obedece quem tem juízo». Na mesmo diálogo interceptado, o Rui Alves relata a conversa mantida com Pinto da Costa a respeito do jogo em causa. O presidente portista teria ficado radiante, tendo mesmo exclamado «Esses, já não nos vão chatear mais».
O presidente do Nacional concluiu a conversa dando a entender que o empresário seria compensado pela sua actuação. «Depois falamos sobre isso», referiu.
Segundo o MP, a 27 de Fevereiro de 2004, António Araújo fala com Fernando Gomes, da SAD portista, a quem pede dinheiro para pagar ao árbitro, presumivelmente, Augusto Duarte.
Fernando Gomes respondeu que apenas poderia disponibilizar a verba na segunda-feira, 1 de Março. Ao que o empresário respondeu que iria ligar ao «fiscal» (árbitro) para marcar «a vistoria» (pagamento) para terça-feira.
Esta é a terceira acusação, após as anteriores relativas aos jogos FCP/Estrela da Amadora e Beira-Mar/Porto
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Apito Dourado: Camacho pode ser campeão
FC PORTO EM RISCO DE PERDER TÍTULO CONQUISTADO EM 2004
O que pode acontecer ao FC Porto se Pinto da Costa for condenado em pelo menos um dos três processos em que está acusado de corrupção desportiva activa? Segundo o Regulamento Disciplinar da Liga, a consequência directa é a suspensão do dirigente de 2 a dez anos e a descida de divisão do clube eventualmente favorecido. Situação transformará automaticamente o Benfica em campeão nacional 2003/2004, época em que foi orientado por José Antonio Camacho.
Mas a lei desportiva prevê também a punição de qualquer tentativa de corrupção, penalizando com a perda de 3 pontos e a derrota no jogo em causa (menos 3 pontos) no jogo que estiver em causa. Ora, há 3 jogos por ora em questão. Fazer-se prova num deles apenas de que foi feita uma tentativa de desvirtuar a verdade desportiva não bastará ao Benfica para ser campeão.
São cenários que estão no horizonte da lei mas que por ora só podem ser considerados do ponto de vista teórico num cenário em que o FC Porto terminou o campeonato com 8 pontos de vantagem sobre o Benfica, depois de ter ultrapassado o Sporting na recta da meta.
Por agora será preciso esperar pela instrução destes processos, que pode só ficar concluída no início do próximo ano, avançando-se a seguir para julgamento... ou não.
Na memória do nosso futebol está a descida do Leça FC à II Divisão após o caso que foi baptizado com o nome do árbitro José Guímaro.
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