Iraque - Noticias de Guerra

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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EDSON
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#586 Mensagem por EDSON » Qua Mai 09, 2007 12:26 am

Os americanos sair do Iraque?

Eu quero que eles fiquem lá por um longo tempo. :cry: Ai que dó. :lol:

Os Turcos não vão gostar disso, porque os americanos prometeram um estado unido, não com os curdos autônomos com reservas de petróleo, com dinheiro suficiente para alimentar guerrilhas separatistas.

Se os americanos saírem os Turcos irão a guerra, pois se não irem estão condenados a ela em seu território, se forem derrotados no Iraque ou em casa não fará diferença, eles têm que tentar.

A guerrilha Iraquiana está sendo adestrada, por uma tropa que usa os meios tecnlógicos mais sofisticados os que sobreviverem a essa guerra serão uma nata de mujahideens terríveis com longo conhecimento de combate, forjados a ferro e fogo temperados por inúmeros combates, os mais perigosos sem dúvida serão da Al Qaeda.

A Síria e o Irã o que pensam?

O Iraque é um estado fragmentado, interesse direto da Síria e do Irã, que aumentaram sua área de influência.

Quêm sabe eles não têm interesse direto em, anexar territórios, não tanto o Irã mais sim a Síria que têm no oeste do Iraque uma população de etinia parecida com a sua.

Os americanos deviam é ter saudades do Saddam?

Olha se eles têm saudades eu não sei mas, com certeza eles devem estar pensando em outro ditador.




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soultrain
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#587 Mensagem por soultrain » Qua Mai 09, 2007 6:48 am

Boas,

1º ser responsabilidade do congresso é uma grande treta. Foi a melhor saída para o GW Bush.

Desde o inicio que as tropas no terreno estávam mal preparadas (em numero e em equipamento) para o TO. Lembrem-se que desde o inicío, desde o soldado ao General, todos se queixaram do mesmo. O pior foi o comportamento como força invasora e não libertadora, como fora prometido.

O mundo ocidental tem de achar uma solução para este problema custe o que custar e tentar reparar algumas da burradas dos EUA, pois estamos dependentes do petróleo por mais algumas decadas e ninguem quer homens bomba espalhados pelo mundo. Não acredito que pura e simplesmente se deixe o Iraque à sua sorte nas mãos da Síria e do Irão, ou de algum extremista.

Essa humilhação de GW Bush o mundo não precisa, é mau para todos.

Acho que é hora de os EUA admitirem a derrota, acabarem as negociátas com empresas Americanas, deixarem a ONU entrar, financiarem a brincadeira toda, com injecção brutal de dinheiro, apostar-se nas necessidades básicas das populações (àgua, comida), a segurança virá logo a seguir, posteriormente ajuda na reconstrução de infrastruturas.

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Kratos
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#588 Mensagem por Kratos » Qua Mai 09, 2007 12:23 pm

soultrain escreveu:Boas,

1º ser responsabilidade do congresso é uma grande treta. Foi a melhor saída para o GW Bush.

Desde o inicio que as tropas no terreno estávam mal preparadas (em numero e em equipamento) para o TO. Lembrem-se que desde o inicío, desde o soldado ao General, todos se queixaram do mesmo. O pior foi o comportamento como força invasora e não libertadora, como fora prometido.

O mundo ocidental tem de achar uma solução para este problema custe o que custar e tentar reparar algumas da burradas dos EUA, pois estamos dependentes do petróleo por mais algumas decadas e ninguem quer homens bomba espalhados pelo mundo. Não acredito que pura e simplesmente se deixe o Iraque à sua sorte nas mãos da Síria e do Irão, ou de algum extremista.

Essa humilhação de GW Bush o mundo não precisa, é mau para todos.

Acho que é hora de os EUA admitirem a derrota, acabarem as negociátas com empresas Americanas, deixarem a ONU entrar, financiarem a brincadeira toda, com injecção brutal de dinheiro, apostar-se nas necessidades básicas das populações (àgua, comida), a segurança virá logo a seguir, posteriormente ajuda na reconstrução de infrastruturas.

[[]]'s


É exatamente o que eu penso que os Estados Unidos devem fazer, como força de ocupação eles são um 0 a esquerda, como Força de Invasão poucos países conseguem frear uma invasão americana. O negócio aí é pedir ajuda pra ONU.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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#589 Mensagem por P44 » Qui Mai 10, 2007 9:23 am


US Marine 'shot unarmed Iraqis'

Imagem
The US marines say they came under fire after a roadside bombing

A US Marine who led the unit accused of killing 24 Iraqi civilians in Haditha shot five men as they stood with their hands in the air, another marine said.
Staff Sgt Frank Wuterich then told his comrades to lie about it and blame the Iraqi army, a court heard on Wednesday.


Sgt Sanick Dela Cruz was speaking at a hearing for one of the four officers charged with dereliction of duty for not investigating the killings.

Three other marines have been charged with second-degree murder.

Iraqi witnesses say the shootings were in retaliation for a roadside bomb that had killed Lance Cpl Miguel Terrazas as his convoy drove through Haditha, 240km (150 miles) north-west of Baghdad, on 19 November 2005.

'Bad thing'

Sgt Dela Cruz also told the military courtroom at Camp Pendleton in California that he urinated on the body of an Iraqi civilian.




US inquiries into Iraq deaths

He told the court of the distress he felt after discovering the explosion had ripped Lance Cpl Terrazas, known as TJ, in half.

"I know it was a bad thing what I've done, but I done it because I was angry TJ was dead and I pissed on one Iraqi's head," he said.

He also testified that after the explosion Staff Sgt Frank Wuterich had shot dead five men as they stood by a white car with the hands in the air.

"They were just standing, looking around, had hands up," he said.

"Then I saw one of them drop in the middle."

"Looked to my left, saw Sgt Wuterich shooting."

Afterwards Sgt Dela Cruz said he himself had "sprayed" the bodies with gunfire.

"I knew they were dead, I wanted to make sure," he explained.

Immunity

Sgt Wuterich then shot each of the men in the upper body and head, Sgt Dela Cruz testified.

He told me that if anybody asked, [we should say] they were running away and the Iraqi army shot them

Sgt Sanick Dela Cruz

"He went to every single one of them, sir, and shot them," he added.

"He told me that if anybody asked, they were running away and the Iraqi army shot them."

Sgt Wuterich's lawyer, Neal Puckett, said Sgt Dela Cruz's account was "false" and that he had told investigators up to five different versions of the events.

"It's unfortunate that in exchange for his freedom he's being forced to testify against his brothers," Mr Puckett told the Associated Press.

In April, the Marine Corps dropped all charges against Sgt Dela Cruz and granted him immunity in exchange for his testimony.

If found guilty, the three marines charged with second-degree murder could face life imprisonment.

The Haditha inquiry is just one of a number the US military has been conducting into incidents of alleged unlawful killings by US forces in Iraq.



http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6641843.stm




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#590 Mensagem por P44 » Sáb Mai 12, 2007 4:19 pm

Desde 2003
Iraque: relatório detecta buraco de milhares de milhões de dólares na produção de petróleo
12.05.2007 - 15h19 PUBLICO.PT, Agências


Um relatório do US Government Accountability Office, comparável ao tribunal de contas em Portugal, dá conta de um buraco de milhares de milhões de dólares no valor total da produção iraquiana de petróleo ao longo dos últimos quatro anos, avança hoje o jornal "The New York Times".

O documento, que deverá ser publicado na próxima semana, indica a falta de entre cem mil e 300 mil barris de petróleo por dia dos dois milhões de barris produzidos todos os dias no Iraque.

A discrepância foi avaliada em entre cinco milhões e 15 milhões de dólares por dia (com base num cálculo médio de 50 dólares por barril) desde a invasão do Iraque pelas forças norte-americanas e britânicas, em Março de 2003.

O "New York Times" escreve que recebeu o relatório das mãos de outro gabinete da Administração norte-americana que não o US Government Accountability Office (GAO) e sublinha que os responsáveis deste organismo não quiseram comentar os números avançados.

Segundo o jornal, o relatório do GAO não exprime certezas sobre o destino final da quantia em falta e admite várias explicações que não passam apenas pelo contrabando ou pela corrupção, como a hipótese de o governo iraquiano ter declarado uma produção de petróleo superior à que realmente se verificou e até de roubo.


http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=16




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#591 Mensagem por P44 » Sex Mai 18, 2007 7:56 am

"Iraque está à beira do colapso"

O Iraque está à beira do colapso e da fragmentação, segundo o relatório, ontem divulgado, da consultora britânica em política internacional Chatham House.

O documento afirma que o Governo iraquiano perdeu poder e é praticamente irrelevante em várias partes do país.

A Chatham House faz um apelo para que EUA e Grã-Bretanha mudem a sua estratégia no Iraque, inclusive consultando mais os países vizinhos e tentando aliar-se politicamente com o clérigo xiita Moqtada Al-Sadr, até agora tratado como inimigo.

Esta não é a primeira vez que a organização sedeada em Londres critica a maneira como norte-americanos e britânicos estão a conduzir o conflito no Iraque.

Gareth Stansfield, autor do relatório, argumenta que é cada vez maior a possibilidade de o Iraque simplesmente se dividir. Segundo ele, em várias regiões, o Governo não tem poder, e facções rivais disputam a supremacia local.

"Não existe 'uma' guerra civil no Iraque, mas sim muitas guerras civis e rebeldes envolvendo várias comunidades e organizações que lutam pelo poder", diz o relatório. Stansfield afirma ainda que, apesar de a al-Qaeda ser atacada em várias regiões, as suas actividades estão ganhar força.


http://jn.sapo.pt/2007/05/18/mundo/iraq ... lapso.html




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#592 Mensagem por Clermont » Sex Mai 18, 2007 6:26 pm

MAS QUEM ESTAVA CERTO – RUDY OU RON?

By Patrick J. Buchanan – 18 de maio de 2007.

Esse foi o momento decisivo do debate na Carolina do Sul.

Ouvindo o Representante Ron Paul recitar as razões para o ressentimento árabe e islâmico contra os Estados Unidos, incluindo 10 anos de bombardeio e sanções que trouxeram morte à milhares de iraquianos após a Guerra do Golfo, Rudy Giuliani perdeu a compostura e explodiu:

“Esse é mesmo um pronunciamento extraordinário, para alguém que viveu através do ataque do 11 de Setembro, que nós provocamos o ataque porque estávamos atacando o Iraque. Eu não acho que já ouvi algo assim antes, e eu tenho escutado muitas explicações bem absurdas para o 11 de Setembro.

“Eu perguntaria ao congressista para retirar esse comentário e nos dizer o que ele, realmente, quis dizer com isso.”

O aplauso para a réplica de Rudy foi tempestuoso – o melhor momento da campanha de Rudy.

Após o debate, no programa “Hannity and Colmes" da Fox News, aconteceu um desses deliciosos momentos da televisão ao vivo. Enquanto Michael Steele, porta-voz do GOP. (”Grand Old Party”, apelido do Partido Republicano), estava dizendo que Paul deveria, provavelmente, ser cortado de futuros debates, a contagem de votos dos telespectadores da Fox News estava mostrando que Ron Paul, com 30 %, era o ganhador do debate.

Irmão Hannity parecia estarrecido e perplexo pelos votos sendo enviados aos milhares para a Fox News dizendo que Paul tinha ganho, Romney estava em segundo, Rudy em terceiro e McCain na rabeira com 4 %.

“Eu perguntaria ao congressista para ... nos dizer o que ele quis dizer,” declarou Rudy.

Uma questão justa e crucial.

Quando Ron Paul disse que os matadores do 11 de Setembro estavam “aqui porque nós estávamos lá”, ele não estava desculpando os assassinos em massa de 3 mil americanos. Ele estava explicando as raízes do ódio das quais vieram os matadores-suicidas.

Não esqueçamos, Osama bin Laden estava entre os mujahedeen que nós, na década Reagan, estávamos ajudando quando eles lutavam para expelir o Exército Vermelho do Afeganistão. Nós enviamos para eles mísseis Stinger, morteiros espanhóis, fuzis de tocaieiro. E eles empurraram os russos para fora.

O que Ron Paul estava discutindo era a questão do que transformou os aliados que nós ajudamos em odiadores dos Estados Unidos. Foi o fato de eles descobrirem que nós temos liberdade de expressão ou separação entre igreja e estado? Eles nos odeiam por causa do que somos? Ou eles nos odeiam por causa do que nós fazemos?

Osama bin Laden, em sua declaração de guerra, nos anos 1990, disse que eram as tropas dos EUA em solo sagrado da Arábia Saudita, o bombardeio e as sanções dos EUA sobre um esmagado povo iraquiano, e o apoio dos EUA à perseguição de Israel contra os palestinos que eram as razões para ele e seus mujahedeen estarem declarando guerra contra nós.

Em outra parte, ele mencionou Sykes-Picot, o acordo secreto franco-britânico que traiu os árabes que haviam lutado por sua liberdade, ao lado de Lawrence da Arábia e foram recompensados com um quarto de século de dominação e humilhação imperial franco-britânica.

Quase todos concordam que, horrível como foi, o 11 de Setembro não foi um ato anárquico de terror. Ele foi terrorismo político, realizado com um motivo político e um objetivo político.

O que Rudy Giuliani pensa sobre o motivo para o 11 de Setembro?

Foi por nós sermos bons e eles maus? Foi porque eles odeiam a nossa liberdade? É assim tão simples?

Ron Paul diz que Osama bin Laden está deleitado com a nossa invasão ao Iraque.

Esse homem não tem um ponto? Os Estados Unidos estão, agora, atolados em uma sangrenta guerra de guerrilhas no Oriente Médio, e cada vez mais odiados nos países árabes e islâmicos, onde, outrora, nós éramos enormemente admirados como a primeira e a maior das nações anti-coloniais. Alguém pensa que Osama está triste com o que nos está acontecendo no Iraque?

Dos 10 candidatos no palco, na Carolina do Sul, o Dr. Paul, somente, se opôs a guerra. Ele, sozinho, votou contra a guerra. Como se não apenas tivessem os últimos cinco anos o justificado, quando dois terços da nação, agora, concordam com ele de que a guerra foi um erro, e jornalistas e políticos da esquerda e da direita estão murmurando em confissão, “Se eu apenas soubesse o que sei agora...”

Rudy insinuou que Ron Paul era antipatriota por sugerir que a violência contra nós vinda do Oriente Médio possa ser uma reação à política dos EUA lá. Foi o presidente Hoover, antipatriota quando, no dia seguinte à Pearl Harbor, escreveu a amigos, “Você e eu sabemos que esse contínuo enfiar de alfinetes em cascavéis, finalmente, iria fazer esse país ser mordido.”

Pearl Harbor veio do céu azul, mas também veio de uma tormentosa história de relações nipo-americanas, recuando 40 anos. O ataque de Hitler à Polônia foi uma agressão nua. Mas, para compreendê-la, nós temos de compreender o que foi feito em Versalhes – após os alemães deporem as armas, baseados nos 14 Pontos de Wilson. Nós não desculpamos – mas precisamos compreender.

Ron Paul não é nenhum debatedor de TV. Mas, lá no alto do palco em Colúmbia, ele estava falando verdades intoleráveis. Compreensivelmente, os Republicanos não o querem de volta, contando como o partido nos empurrou, tolamente, para essa guerra sem pé e nem cabeça.

Por todos os meios, irão tirar do debate o único homem que estava correto, desde o começo, no Iraque.




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#593 Mensagem por EDSON » Qua Mai 23, 2007 10:03 pm

23/05/2007
Tropas americanas engajam-se em busca perigosa por soldados desaparecidos no Iraque

Damien Cave*
Em Mahmudiya, Iraque

A terra explodiu sob um céu cinzento durante o alvorecer. Poeira, destroços, sangue e equipamentos militares se espalharam pelo ar, e a cena só tornou-se clara vários segundos depois, quando foi revelada uma cena frenética de horror.


No local onde se encontrava o sargento Justin Wisniewski, 22, havia agora uma cratera de 1,5 metro de diâmetro e um metro de profundidade. O seu corpo jazia ao lado do buraco. Os feridos estavam espalhados à sua volta.

Os soldados praguejavam.

"Foi o Ski", disse um deles, usando o apelido do sargento.

O sargento Joshua Delgado, 23, o médico da unidade, se apressou em cuidar do soldado que apresentava os ferimentos mais graves, com estilhaços na face, no braço e na lateral do corpo. Dois outros norte-americanos e um iraquiano também ficaram feridos.

Um dos feridos, o sargento Robert Simonovich, 31, ajoelhou-se para a direita. Ele retirou o seu colete de proteção e, usando apenas uma camiseta, ficou claro que não tinha caminhado o suficiente para suar. Com as mãos sobre os joelhos, a sua cabeça se inclinou para o lado. Com os olhos fechados, ele disse que não conseguia enxergar.

"Não é um dos nossos companheiros, é?", perguntou ele. Ninguém respondeu.

O capitão Blake Keil, 31, que comandava o grupo de 11 norte-americanos que trabalhavam com cerca de 50 iraquianos, pediu um helicóptero para a evacuação dos feridos.

Vagarosamente, a realidade da ameaça tornou-se evidente: as áreas que os soldados vinham atravessando durante vários meses poderiam ser agora tão perigosas quanto as estradas que eles aprenderam a evitar. Aquilo que eles tinham acabado de observar - um dispositivo explosivo improvisado desmontado, uma mina terrestre de fabricação caseira - poderia estar em qualquer lugar.

Foi a terceira bomba plantada fora de uma estrada que a unidade descobriu naquela semana. As outras duas feriram alguns soldados iraquianos e mataram uma vaca.

Alguns soldados começaram a se movimentar mais lentamente. Buscando cobertura, eles pisaram sobre as pegadas dos companheiros até chegarem a uma casa abandonada. Simonovich continuou ajoelhado sozinho.

"Estou preocupado com o cara que estava a minha frente, o sargento Wisniewski", disse ele. O seu sotaque de Ohio é forte o suficiente para que ele quase passe por sulista. Havia sangue espalhado pela sua face, que estava machucada, mas intacta. "Tenho uma pergunta", disse ele ao repórter, apontando para o lado esquerdo da cabeça. "A minha orelha ainda está aqui?".

O exército tem um credo - nenhum soldado é deixado para trás - que manteve a organização coesa em períodos problemáticos. Os soldados do Segundo Pelotão, Bateria Alfa, Força Tarefa 2-15, Segunda Brigada de Equipe de Combate, Décima Divisão de Montanha perderam um dos seus integrantes no sábado na tentativa de seguir este credo. Wisniewski, 22, morreu no início do percurso de 16 quilômetros entre fazendas e canais com o objetivo de encontrar três soldados norte-americanos desaparecidos seqüestrados durante uma emboscada em 12 de maio.

Tanto a emboscada - que matou quatro outros norte-americanos e um soldado iraquiano - quanto a bomba que explodiu por debaixo de Wisniewski refletem a dinâmica de mudança que os soldados enfrentam em uma área que conta com um terreno único e com um novo conjunto de táticas norte-americanas elaboradas para garantir o controle desse terreno.

Aqui, um pouco a leste do Rio Eufrates, ao sul de Bagdá, o deserto iraquiano dá lugar a uma vegetação de um verde exuberante. As tribos sunitas são dominantes e os canais de irrigação talvez sejam a característica definidora da área. Desde 2003, os insurgentes utilizaram bombas para atacar veículos, a fim de minar a ocupação norte-americana. A maioria desses dispositivos foi instalada ao longo das principais estradas capazes de suportar o peso dos veículos dos Estados Unidos. As crateras aparecem por toda parte, e as tropas norte-americanas batizaram várias delas, transformando-as em marcos para orientação.

Devido ao risco e ao redobrado esforço da insurgência, as tropas passaram cada vez mais a trocar as bases avançadas de operação por postos menores nos quais podem se movimentar a pé.

Mas a mudança para as patrulhas a pé gerou baixas progressivamente maiores à medida que os insurgentes se ajustaram às novas táticas e passaram a instalar bombas ao longo das trilhas e estradas vicinais. Desde que assumiram o comando em setembro, 42 soldados da Segunda Brigada da Décima Divisão de Montanha foram mortos em ataques da resistência. Desses 42, 14 morreram durante patrulhas a pé. A busca fez com que aumentassem os riscos.

"Não estou aqui para ganhar medalhas", afirma o capitão Michael Abercrombie, líder do pelotão da Bateria Bravo, que tem a nada invejável tarefa de substituir a unidade de Keil. "Se alguém se deparar com terra fofa, dê a volta".

Os soldados iraquianos e norte-americanos se deslocam lentamente pela área, lembrando um ao outro de caminhar a uma distância de três metros dos companheiros de modo que, se houver uma explosão, as baixas não sejam tão grandes. Após 15 minutos, eles chegam a uma vasta casa de pedra de um andar com um grande gramado, um curral de gado e cinco rapazes que os soldados iraquianos colocaram contra um muro de pedra. Os seus nomes foram verificados para ver se eles não fazem parte de uma lista de insurgentes procurados por suspeita de terem participado do ataque de maio.

Nenhum dos nomes apareceu, mas Abercrombie ordenou que eles fossem presos assim mesmo. "Estou prendendo todos", afirmou. "Isso é devido ao fato de estarem muito próximos do local da explosão".

Ski, como era conhecido, era um piadista sarcástico. Nativo de Standish, no Estado de Michigan, ele era alto, louro e decidido. Era jovem para a patente de sargento de pelotão. Os seus comandantes o promoveram devido à sua capacidade de estimular os outros. E também de incitá-los a lutar.

Os seus amigos contam que certa vez ele fez com que seus soldados usassem os capacetes e os óculos de proteção na base - onde ninguém usa esse material - a fim de que eles se lembrassem de usá-los todas as vezes em que saíssem em patrulha.

Em troca, no seu vigésimo segundo aniversário, os amigos lhe deram um presente que acharam que ele apreciaria: jogaram-no em um contêiner de lixo.

O fato de terem perdido Ski e visto três outros amigos feridos gerou uma mistura incomum de honestidade e raiva no pelotão. Imediatamente após a explosão, eles xingaram e chutaram tudo o que encontraram. Um deles disse que queria vingança.

Mas o uso da frase "I love you, man" foi algo bem mais comum. Homens grandes e fortes caminhavam juntos e se abraçavam, com as lágrimas descendo pelas faces. Quando não ficava claro que o soldado gravemente ferido no chão sobreviveria, o "I love you" era proferido repetidamente. Uma frase falada abruptamente, como se fosse algo que eles desejassem ter dito a Wisniewski, algo que quisessem que os companheiros soubessem.

Quando um dos soldados feridos pediu a eles que parassem, insistindo que o sentimentalismo tinha ido muito longe, houve uma resistência amigável. "O que? Agora eu não posso mais amar alguém?", questionou um soldado. "Eu te amo", disse ele. "E posso dizer que te amo se quiser".

Os integrantes do grupo combatem juntos há dez meses. Ao circular pela região central de Mahmudiya e por partes da área circunjacente, eles foram atacados com foguetes, tiros, morteiros, granadas e bombas de beira de estrada. Eles sembre sobreviveram. Ski foi o primeiro morto em ação.

"Eu realmente não aceitei o fato", disse Simonovich um dia depois, após retornar à sua unidade com pequenos ferimentos provocados por estilhaços na face e um tímpano rompido. "Não aceitei o que aconteceu".

Os seus olhos estavam abertos e intactos. Ele estava usando os seus óculos de proteção quando a bomba explodiu.

*Diana Oliva Cave contribuiu para esta matéria de Latifiya, no Iraque

Tradução: UOL




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#594 Mensagem por P44 » Sex Mai 25, 2007 11:41 am

Fiery anti-U.S. cleric reappears in Iraq
By RAVI NESSMAN, Associated Press Writer
6 minutes ago



BAGHDAD - Radical Shiite cleric Muqtada al-Sadr appeared in public for the first time in months on Friday, delivering a fiery anti-American sermon to thousands of followers and demanding U.S. troops leave Iraq.


It was not immediately clear why he chose to return now to his base in the Shiite holy city of Najaf from Iran. His speech had new nationalist overtones, calling on Sunnis to join with him in the fight against the U.S. presence. He also criticized the government's inability to provide reliable services to its people.

Al-Sadr's reappearance, four months after he went underground at the start of the U.S.-led Baghdad security crackdown, came just hours before his Mahdi Army militia lost its top commander in the southern city of Basra in a gunbattle with British soldiers, Iraqi police said.

The 33-year-old al-Sadr is believed to be honing plans to consolidate political gains and foster ties with Iran — and possibly trying to take advantage of the absence of a major rival, Supreme Islamic Council of Iraq leader Abdul-Aziz al-Hakim, who was recently diagnosed with lung cancer and went to Iran for treatment.

The U.S. military also announced Friday that six U.S. soldiers were killed in a series of attacks across Iraq in recent days. The deaths put May on pace to be one of the deadliest months for U.S. forces here in years.

Al-Sadr traveled in a long motorcade from Najaf to the adjacent holy city of Kufa on Friday morning to deliver his sermon before 6,000 worshippers.

"No, no for Satan. No, no for America. No, no for the occupation. No, no for Israel," he chanted in a call and response with the audience at the start of his speech.

He repeated his long-standing call for U.S. forces to leave Iraq.

"We demand the withdrawal of the occupation forces, or the creation of a timetable for such a withdrawal," he said. "I call upon the Iraqi government not to extend the occupation even for a single day."

He also condemned fighting between his Mahdi Army militia and Iraqi security forces, saying it "served the interests of the occupiers." Instead, he said the militia should turn to peaceful protests, such as demonstrations and sit-ins, he said.

In Washington, National Security Council spokesman Gordon Johndroe expressed hope that al-Sadr's reappearance signaled that he wanted "to play a positive role inside Iraq."

"He has an opportunity to be a part of the political reconciliation process. We'll see if he and his followers participate," he said.

Al-Sadr's Mahdi Army fought U.S. troops to a virtual standstill in 2004, but to avoid renewed confrontation he ordered his militants off the streets when the U.S. began its security crackdown in the Baghdad area 14 weeks.

His associates say his strategy is based partly on a belief that Washington will soon start reducing troop strength, leaving a void in Iraq's security and political power structure that he can fill.

Al-Sadr also believes that Shiite Prime Minister Nouri al-Maliki's government may soon collapse under its failure to improve security, services and the economy, al-Sadr's aides say. A political reshuffle would give the Sadrist movement, with its 30 seats in the 275-member parliament, an opportunity to become a major player.

In a move that could hasten the collapse, al-Sadr pulled his supporters out of al-Maliki's government last month over the prime minister's refusal to call for a timetable for a U.S. withdrawal.

The Mahdi Army received a severe blow Friday when its 23-year-old Basra leader, Wissam al-Waili, was shot and killed along with his brother and two aides during a battle with British forces Friday afternoon, police said.

The battle began about 4 p.m. when British forces attempted to arrest al-Waili after he left a mosque in a residential area in central Basra, police said. Al-Waili and his three companions opened fire and were killed when the British troops shot back, police said. Spokesmen for the British forces could not immediately be reached for comment.

Meanwhile, three U.S. soldiers were killed in roadside bombings in the capital and the surrounding areas, the military said Friday. Two others were killed in explosions north of Baghdad, and a sixth soldier was hit by gunfire in the volatile Diyala province, the military said.

The killings raised the American death toll for the month to at least 88. Last month, 104 U.S. troops were killed in Iraq.

Military officials have warned that U.S. casualties were likely to rise as more troops deployed to Iraq and the military pushed ahead with its Baghdad security crackdown.

"We have more people on the ground, this leads to an opportunity for more contact, more conflict, more clashes," said Lt. Col. Christopher Garver, a U.S. military spokesman.


http://news.yahoo.com/s/ap/20070525/ap_on_re_mi_ea/iraq




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#595 Mensagem por manuel.liste » Seg Mai 28, 2007 8:01 am

Tres jefes militares italianos irán a juicio por no defender su base en Irak

Dos generales y un coronel eran los mandos en Nasiriya cuando murieron 19 compatriotas

(Firma: María Signo | Lugar: corresponsal | roma)
Los tres militares italianos responsables de la base de Nasiriya (Irak), en la que el 12 de noviembre del 2003 murieron 19 personas, serán juzgados por un tribunal militar.

El fiscal militar de Roma, Antonino Intelisano, los acusa de no haber protegido a sus hombres de manera adecuada, ya que no adoptaron todas las precauciones posibles para defender la base de un ataque terrorista. Para el fiscal, los tres acusados, dos generales y un coronel del cuerpo de Carabineros, omitieron de manera culpable «afrontar una serie de medidas idóneas para defender la base».

Los generales del Ejército Vincenzo Lops y Bruno Stano, y el coronel de Carabineros Georg Di Pauli, comandante de la MSU, unidad especializada de los Carabineros, que precisamente tenía su cuartel general en la base de Nasiriya, tendrán que responder a un artículo previsto en el Código Penal Militar italiano, que castiga «al comandante que, por su culpa, omite proveer de medios necesarios para la defensa de la tropa de la que tiene el mando o no la prepara para resistir al enemigo».

La base, que fue objetivo de un camión bomba kamikaze, al parecer, carecía de los necesarios controles, como guardabarreras, así como otros tipos de defensa ante la posibilidad de un atentado suicida.

A esta conclusión se ha llegado tras cuatro años de investigación, en la que diversos testimonios denunciaron la insuficiente seguridad de la base, lo que permitió un fácil acceso al camión bomba. El propio Abu Omar, terrorista de Al Qaida arrestado por los norteamericanos y que se ha confesado organizador del atentado, declaró que la base italiana fue elegida precisamente por ser un objetivo fácil.

En el atentado de Nasiriya del 2003, en el que murieron 19 italianos, entre ellos 12 carabineros, 4 soldados y dos civiles, los terroristas lanzaron un camión bomba contra los edificios de la base de los italianos en la zona. Con anterioridad, un camión había traspasado el puesto de control para distraer a los militares en un tiroteo. La explosión destruyó tres pisos del edificio.

Por otro lado, George W. Bush aseguró ayer que el próximo verano será crítico en Irak y dijo que hay que esperar que se produzcan «fuertes enfrentamientos» en ese país durante las próximas semanas. El presidente de EE.?UU. agregó que «este verano será crítico para la nueva estrategia en Irak», y recordó que los iraquíes están saliendo de «años de dictadura» y por lo tanto, la situación allí no puede ser fácil.

«Hay que esperar más bajas, tanto de EE.?UU. como de Irak», dijo el presidente, quien rehusó pronunciarse respecto a cuándo se podría empezar a pensar en el regreso de las tropas a Estados Unidos. Bush insistió en que su país está en Irak porque así lo quiere el Gobierno iraquí, y aseguró que si los iraquíes no quisieran que EE.?UU. estuviera allí, «nos iríamos, pero los resultados serían catastróficos».

Bush anticipó que los enfrentamientos se acrecentarán en Irak durante los próximos meses porque los soldados allí destinados empezarán a entrar en zonas nuevas, en las que se producirán altercados.

La Voz de Galicia




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Oito soldados americanos mortos e queda de hicóptero

#596 Mensagem por mau_geografia » Ter Mai 29, 2007 10:32 am

Oito soldados americanos morreram em um ataque e na queda de um helicóptero na província de Diyala, ao norte de Bagdá, anunciou nesta terça-feira o Exército dos Estados Unidos.

"Seis soldados da Força Tarefa Lightning morreram quando várias bombas explodiram perto de seus veículos na província de Diyala, segunda-feira", afirma um comunicado do Exército americano.

Outros três soldados ficaram feridos no ataque, acrescenta a nota.

Além disso, dois soldados americanos faleceram na queda de um helicóptero, também na segunda-feira na mesma província.

Diyala, cuja capital Baaquba fica 60 km ao norte de Bagdá, pode ser considerada uma representação do Iraque, com sunitas, xiitas e curdos. A violência sectária é praticamente diária e a facção iraquiana da Al-Qaeda está bem implantada na província.




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#597 Mensagem por Patton » Ter Mai 29, 2007 10:12 pm

Eu acho que nao gosto do Rumsfeld. Agora estou comecando a acreditar que a maior parte das problemas no inicio da guerra era por causa dele. Estou consado, vou explicar mais, mais tarde.




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#598 Mensagem por Bolovo » Ter Mai 29, 2007 10:19 pm

Garoto iraquiano se protege atrás de soldado americano após explosão de carro-bomba.

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A young boy seeks shelter behind a soldier with the U.S. Army's 82nd Airborne division after gunshots rang out at the scene where just a few minutes earlier a suicide car bomber blew himself up in a busy commercial district in central Baghdad on Monday, May 28, 2007, killing at least 21 people and wounding 66, police and hospital officials said.




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#599 Mensagem por Petrovski » Qua Mai 30, 2007 12:51 am

Acho que esse tipo de ação não deve ser rara em trocas de tiros :roll:




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#600 Mensagem por Kratos » Qua Mai 30, 2007 11:23 am

Patton escreveu:Eu acho que nao gosto do Rumsfeld. Agora estou comecando a acreditar que a maior parte das problemas no inicio da guerra era por causa dele. Estou consado, vou explicar mais, mais tarde.


Tem algo a ver com o fato do Powell ter desejado um número imenso de soldados no Iraque enquanto o Rummy quis fazer uma blitzkrieg com pouca gente?




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