ESTRATÉGIA NAVAL

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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ESTRATÉGIA NAVAL

#1 Mensagem por Marino » Qui Mai 17, 2007 7:53 pm

Muito se fala e discute sobre "hardware", equipamentos com suas características, capacidades, "coleiras", etc, mas pouco se discute sobre Estratégia.
Vou tentar, com cuidado, escrever sobre Estratégia Naval e buscar, se conseguir, tirar as dúvidas que aparecerem.
Para iniciar, alguem pode dizer o que fazer se começar uma guerra no mar?
Destruir a Esquadra inimiga? Com qual objetivo? E depois?
Somente a Esquadra?
Vamos começar por este tópico.

ELEMENTOS BÁSICOS DA ESTRATÉGIA NAVAL

São quatro os elementos básicos da Estratégia Naval:
- A Força Organizada;
- A Posição Estratégica;
- As Comunicações Marítimas; e
- As “Interferências”.


Os três primeiros são, também, objetivos naturais da estratégia naval e quem a concebe e aplica é obrigado a conjugá-los, com o propósito, entre outros, de alcançar o controle do mar. Qualquer outro objetivo consiste em uma interferência imposta a seu condutor.

Vamos discutir primeiro a Força Organizada, passando depois para os outros tópicos.
2.1 - A FORÇA ORGANIZADA

2.1.1 - Considerações gerais

O emprego da força corresponde ao campo operacional.
No âmbito estratégico, a força corresponde a chamada “Força Organizada”, que recebe este nome por estar organizada para enfrentar a força correspondente do inimigo.
Para os antigos estrategistas, a Força Organizada era integrada pelos navios capitais, que formavam a linha de batalha, por ocasião dos combates. Como exemplo de navios capitais, podem ser citados os encouraçados. Outros meios, não integrantes da Força Organizada, contribuíam para seu êxito, incluídos dentro da manobra ou produzindo a diversão de meios adversários. Estas últimas ações somente eram efetivas quando desviavam maiores forças que as empregadas na diversão.
Se o combate acarretar perdas e avarias de tal monta que incapacitem quem as sofreu para qualquer ação posterior significativa, é denominado de batalha decisiva.

2.1.2 – Validade do conceito de Força Organizada

O conceito de Força Organizada ainda é válido, apesar da incorporação de novas armas e unidades ao Poder Naval. As inovações, apenas, influem e alteram os procedimentos estratégicos adotados para seu emprego.
Até a Segunda Guerra Mundial o canhão era a arma principal e decisiva, e a linha de batalha (formatura em coluna) se constituía na formação mais eficaz para o combate, pela sinergia de concentrar o poder de fogo sobre o inimigo. O aparecimento do navio-aeródromo transformou os combates navais em aeronavais. Como conseqüência, modificaram-se as formaturas e dispositivos para a batalha, a fim de facilitar ou contrapor a ação das aeronaves, cujas bombas e torpedos passaram a ser o armamento principal para o engajamento.
Depois daquela guerra, surgiram as armas nucleares e os mísseis. Outra vez se desenvolveram novos procedimentos e dispositivos, orientados para atacar ou defender as unidades com os ditos engenhos, ou executar outras tarefas. Todavia, controlar o mar continua a ser uma das tarefas da Força Organizada. Entretanto, as dimensões da área controlada ficaram condicionadas pelas especificidades do teatro de operações e pela capacidade combatente das forças em oposição.
A tarefa da Marinha norte-americana de “Controle do Mar” e da então Marinha soviética de “Armada contra Armada”, parecem confirmar a assertiva anterior.

“A Batalha, cujo fim é eminentemente estratégico, em sua materialização é essencialmente tática. Este fato determina que a forma em que se desenvolve é extraordinariamente variável de acordo com as novas tecnologias introduzidas nas unidades navais e em seu armamento, controle e características gerais, o que tende a confundir as formas com o fim”.

As Forças Organizadas, hoje integradas por unidades de superfície, submarinas e aéreas, podem variar os procedimentos para o combate, mas perdura através dos tempos a necessidade de controlar o mar, para usá-lo em proveito próprio e negar seu uso ao inimigo.
Um exemplo de Força Organizada são as forças norte-americanas nucleadas em navios-aeródromos (“carrier battle group”)

2.1.3 – Características intrínsecas das forças navais

Forças navais possuem características próprias, que as tornam o instrumento preferencial de emprego de força em apoio à política externa, na paz, em crise ou na guerra.

“Sua importância desde a paz é facilmente apreciável e o respaldo à política exterior do Estado é exercido permanentemente por sua existência, por sua presença em áreas de interesse, o que resulta exeqüível unicamente para o poder naval, em conseqüência de seus atributos”

As características desembocam em um simbolismo político-estratégico e concedem aos dirigentes políticos a capacidade de graduação de poder de extraordinário valor. A presença de uma força naval, carregada de simbolismo, demonstra a disposição do governo de proteger os interesses nacionais afetados e influir nos acontecimentos como protagonista e não como espectador. O estado tem a faculdade de graduar a violência a ser utilizada para dissuadir um adversário ou levá-lo à mesa de negociações. Hoje, mais do que nunca, é válida a frase do Almirante Wegener: “A Marinha e o Ministério de Relações Exteriores se convertem em verdadeiros irmãos gêmeos para a causa da estratégia”.

Depois de tentar sanar qualquer dúvida, como escrevi em vermelho no texto, seguimos adiante.




Editado pela última vez por Marino em Sex Mai 18, 2007 8:48 am, em um total de 2 vezes.
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#2 Mensagem por Marino » Qui Mai 17, 2007 9:59 pm

Continuando com o segundo Elemento Básico da Estratégia Naval:

2.2 - A POSIÇÃO ESTRATÉGICA

A estratégia não concebe soluções sem antes considerar fatores e características da área onde será aplicada.

“Tudo o que se relaciona com o relevo submarino, climatologia, marés, correntes, etc. forma parte, evidentemente, da geografia. As vantagens ou inconvenientes que resultam, para a navegação, destas particularidades hidrográficas, devem incluir-se entre os fatores geográficos que exercem influência sobre as operações.”

Na guerra naval, o fator geográfico fundamental reside na posição estratégica, que é uma área geográfica cuja localização e conformação permite que a força naval que nela se apoia possa se projetar sobre os objetivos estratégicos que se podem conquistar ou preservar mediante o emprego do Poder Naval.
Quando a posição estratégica afeta as linhas de comunicações marítimas vitais dos beligerantes, sua influência pode ser decisiva para um conflito de caráter marítimo.
Na guerra no mar convém ter presente a dualidade do poder naval: força e posição.

“Com a posição estratégica somente não é possível ganhar uma guerra, certamente que não, mas tampouco unicamente com a esquadra. As duas coisas se complementam.”


De fato, a posição, em si, carece de influência efetiva. A força que dela se vale lhe outorga valor estratégico.
A posição estratégica é função, dentre outras variáveis, da localização do oponente e dos objetivos estratégicos dos beligerantes. Há países cujo território constitui uma posição. Tal é o caso da Grã-Bretanha em relação ao Atlântico e Mar do Norte, da Itália em relação ao Mediterrâneo e de Chile e Argentina em relação à passagem interoceânica entre o Pacífico e o Atlântico. Essa situação geográfica, aproveitada pelo Estadista e seu povo, outorga à nação favorecida uma enorme relevância política, econômica e estratégica. Se este aproveitamento não ocorrer, os benefícios se perdem e inclusive se transformam em desvantagens, pois as grandes potências sempre pretenderam seu domínio. Mahan, sem eufemismos, assinala:

“O controle dos mares, especialmente ao largo das grandes rotas traçadas pelo interesse nacional, ou pelo comércio nacional, é o principal dos elementos puramente materiais da potência e da prosperidade das nações ... Para assegurar tal controle, é indispensável apoderar-se, quando isto puder ser feito corretamente, daquelas posições marítimas que contribuam para assegurar o domínio.”

Estas reflexões incentivaram os EUA a tomarem posse de Havaí, Filipinas, Porto Rico, Cuba e Panamá.
Como exemplo podemos citar mais uma vez o Almirante Wegener que , a respeito da Primeira Guerra Mundial assim se manifesta:

“Ao iniciar o conflito, a Inglaterra se encontrava em uma posição estratégica extraordinariamente favorável. As artérias de seu comércio se encontravam no Atlântico, fora do alcance da esquadra alemã, baseada no Elba. Ao contrário, as rotas do tráfego marítimo alemão podiam ser interrompidas facilmente no Canal da Mancha e nas proximidades da Escócia.”

2.2.1 – Significado estratégico da posição

A posição estratégica é um dos três objetivos estratégicos naturais da estratégia naval, um dos diretamente relacionados com o controle do mar. Sua maior relevância consiste em permitir a permanência da força na área de operações. Para tanto, precisa oferecer à esquadra um mínimo de apoio que, em certas circunstâncias, pode ser reduzido a um fundeadouro. A posição encerra, também, um conceito logístico: quanto maior é a capacidade de apoio, de maior importância se reveste a posição. Em conseqüência, ela está associada a noção de base.
Mas uma base nem sempre constitui uma posição. Na Segunda Guerra Mundial, a base americana de São Francisco não era uma posição estratégica e, no entanto, a base naval de Pearl Harbor era a posição estratégica norte-americana no Pacífico Central.

No aspecto estratégico, uma boa posição pode favorecer a ofensiva contra os objetivos do adversário ou facilitar a defesa dos objetivos que se deseja preservar. Além disso, uma boa posição, ou um conjunto de posições, concede flexibilidade à manobra estratégica.

2.2.2 – Requisitos de uma posição

Os requisitos a serem atendidos por uma posição possuem natureza estratégica (localização), tática (capacidade de autodefesa) e logística (capacidade de apoio).
A localização é o requisito básico que dá valor real a uma posição. Diz respeito a sua situação em relação aos objetivos estratégicos. Os demais, ainda que importantes, são, apenas, complementares.
A capacidade de autodefesa contra ameaças de superfície (terrestres ou navais) submarinas e aéreas é outro requisito a ser atendido para a escolha da posição. A posição não deve se transformar em mais um encargo para a força que a utiliza, nem limitar sua liberdade de ação. Para tanto, necessita ter capacidade de autodefesa e oferecer segurança efetiva para a força que dela se vale. Isto facilita à força manter-se na posição sem desgastar os equipamentos, máquinas e armamento de suas unidades. Como conseqüência, a esquadra pode permanecer, por longo tempo, operativa e pronta para fazer-se ao mar.
A capacidade de apoio logístico tem efeito direto no aumento da permanência da força na área de operações. A existência de facilidades logísticas valoriza a posição.
Qualificamos de deficiente uma posição mal localizada, com pequena capacidade de autodefesa ou de segurança, ou com baixa capacidade de apoio logístico.

2.2.3 – A posição e a atitude estratégica

A formulação de uma estratégia naval exige do planejador a definição de uma atitude estratégica em relação aos objetivos para os quais se volta: a Força Organizada, as posições estratégicas e as comunicações marítimas. Portanto, é conveniente determinar a influência da posição em relação a cada um. Esta análise facilita a adoção da atitude estratégica perante cada um dos objetivos mencionados.

A Força Organizada- Uma boa posição simplifica o ataque contra a Força inimiga.

Exemplo: Guerra Russo-Japonesa
A posição do Japão facilitou a Togo o aniquilamento da esquadra russa em Tsushima.

A Posição- Quando não se dispõe de uma posição estratégica ou esta é muito
deficiente, gera-se o dilema estratégico de conquistá-la ou melhorá-la. Para conquistar, é necessário assumir uma atitude estratégica ofensiva. Em um conflito, a materialização da aludida atitude, se traduz em uma ofensiva estratégica, que pode ser implementada, por exemplo, por meio de uma operação anfíbia. Caso uma posição satisfatória esteja disponível, deve-se defendê-la da ação inimiga.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial
A ofensiva estratégica dos EUA no Pacífico Central esteve orientada para melhorar a posição para seu poder naval e assim isolar maritimamente o Japão, o que se alcançou com a conquista das Filipinas.

As Comunicações Marítimas- Uma posição facilita o ataque às comunicações
marítimas do inimigo e, simultaneamente, a proteção das linhas de nosso interesse.
No aspecto ofensivo, uma boa posição caracteriza-se por estar interposta entre os portos de origem da carga e o litoral adversário. Nestas circunstâncias, a força que se vale da posição encontra-se em condições de interromper, com vantagens, as comunicações marítimas inimigas.
No defensivo, a posição deve amparar o sistema geral de comunicações marítimas de interesse, interpondo-se entre a força adversária e o tráfego marítimo a proteger. Nesta situação, as forças inimigas estão obrigadas a ultrapassá-la, a fim de atacar o tráfico mercante, e fica, assim, sujeita à ação da força que se apoia na posição.

Exemplo: Primeira Guerra Mundial
“ A posição estratégica que a Inglaterra ocupava ao iniciar a guerra era excelente, em Scapa Flow. Sua esquadra não somente dominava linhas de comunicações britânicas, desde o oceano e desde o Skagerrak, como, ao mesmo tempo, cortava as linhas alemães com o Atlântico e protegia as Ilhas Britânicas do risco da invasão. Ademais, unida às forças que operavam mais ao sul, cobria os transportes que através do Canal da Mancha conduziam tropas ao continente.”




Editado pela última vez por Marino em Sex Mai 18, 2007 8:42 am, em um total de 1 vez.
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#3 Mensagem por Marino » Sex Mai 18, 2007 7:55 am

Que ótimo que não há dúvidas. Continuemos então:

2.3- AS COMUNICAÇÕES MARÍTIMAS

2.3.1 – Considerações gerais

Mahan afirmou que: “O mar é o maior dos meios de comunicação de todo o mundo” , mas no mar não existem caminhos reais para o comércio exterior ou interno, senão incontáveis rotas por onde trafegam os navios desde seus portos de origem até os de destino. As comunicações marítimas não são vias físicas, somente se materializando quando existem navios de transporte navegando com suas cargas. São cortadas quando são destruídos ou capturados os navios e seu carregamento, ou se impede o trânsito em alguma área, com a ameaça da destruição ou da captura. São protegidas quando se defendem navios de carga específica. Ao não compreender esta realidade são cometidos graves erros na condução da guerra no mar. Geralmente as comunicações marítimas polarizam a estratégia naval e seu controle, em incontáveis oportunidades, corresponde ao móbil principal que a anima.
Cada nação atribui importância às linhas de comunicações marítimas segundo o seu grau de dependência. Se para um Estado são vitais em épocas normais, seu controle se converte em uma necessidade imperiosa em tempos de conflito. Além disso, há que se considerar a importância das comunicações marítimas nas operações militares e sua influência no resultado final da guerra. A importância econômica e militar, para ambos os beligerantes, determinará o esforço a ser realizado para manter as próprias comunicações marítimas e interromper as do adversário.

2.3.2 – Características das comunicações marítimas

Nos interessa verificar um dos aspectos destas características, a influência da geografia. Ainda que as linhas de comunicações marítimas, quanto ao trânsito, não estejam subordinadas à geografia, esta influi com o incremento do trafego em certas áreas. Para a guerra no mar, faz-se necessário determinar, com precisão, estas áreas, denominadas áreas focais, nas quais irão se concentrar as operações de ataque e defesa das linhas de comunicação marítimas. Em geral, constituem áreas sensíveis para os beligerantes e seu controle pode definir a guerra no mar, com grande efeito na sorte do conflito.




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#4 Mensagem por Marino » Sex Mai 18, 2007 8:46 am

Coloquei em negrito algumas frases que considero importante destacar.




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#5 Mensagem por Delta Dagger » Sex Mai 18, 2007 10:10 am

Marino escreveu:Muito se fala e discute sobre "hardware", equipamentos com suas características, capacidades, "coleiras", etc, mas pouco se discute sobre Estratégia.


Ótima iniciativa. É muito pertinente a observação, muito falamos de equipamento em sí e pouco sobre como, quando e onde e porque utiliza-lo. Vou ler o tópico com bastante atenção. :wink:




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#6 Mensagem por ferrol » Sex Mai 18, 2007 10:27 am

Marino escreveu:Vou tentar, com cuidado, escrever sobre Estratégia Naval e buscar, se conseguir, tirar as dúvidas que aparecerem.
Para iniciar, alguem pode dizer o que fazer se começar uma guerra no mar?
Destruir a Esquadra inimiga? Com qual objetivo? E depois?
Somente a Esquadra?
Hola Marino. Paréceme interesante o tema, pero, antes de nada quixera aclara-lo detalle referente ó tipo de estratexia que se supón imos discutir aquí. Polo que entendo da acotación superior, estamos a falar de estratexias navais puras, é dicir unha forza naval contra outra forza naval en alta mar co obxectivo do dominio naval, ¿nonsi?




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#7 Mensagem por Marino » Sex Mai 18, 2007 10:42 am

ferrol escreveu:
Marino escreveu:Vou tentar, com cuidado, escrever sobre Estratégia Naval e buscar, se conseguir, tirar as dúvidas que aparecerem.
Para iniciar, alguem pode dizer o que fazer se começar uma guerra no mar?
Destruir a Esquadra inimiga? Com qual objetivo? E depois?
Somente a Esquadra?
Hola Marino. Paréceme interesante o tema, pero, antes de nada quixera aclara-lo detalle referente ó tipo de estratexia que se supón imos discutir aquí. Polo que entendo da acotación superior, estamos a falar de estratexias navais puras, é dicir unha forza naval contra outra forza naval en alta mar co obxectivo do dominio naval, ¿nonsi?

Caro Ferrol
Por enquanto ainda estamos nas noções básicas, ou seja, o que fazer quando estoura um conflito, contra o que usar a Força Naval.
Parte de sua dúvida foi respondida nos post em que falei sobre Posição Estratégica e Comunicações Marítimas.
Outras dúvidas serão sanadas quando eu escrever sobre as Interferências, que são o quarto Elemento Básico da estratégia Naval. Lá você verá os outros objetivos que não outra Força Naval/Posição Estratégica/Comunicações Marítimas. Espero fazer isso a noite.
Um abraço
Marino




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Re: ESTRATÉGIA NAVAL

#8 Mensagem por ferrol » Sex Mai 18, 2007 11:19 am

Marino escreveu:Outras dúvidas serão sanadas quando eu escrever sobre as Interferências, que são o quarto Elemento Básico da estratégia Naval. Lá você verá os outros objetivos que não outra Força Naval/Posição Estratégica/Comunicações Marítimas. Espero fazer isso a noite.
Um abraço
Marino
Perfectamente, Marino. Agardo entón a que remate a súa exposición para escomenzar a preguntar con máis coñecemento de causa.




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#9 Mensagem por orestespf » Sex Mai 18, 2007 11:39 am

Serei direto: como se trata de um fórum sobre Defesa, não vi até agora nenhum tópico tão relevante quanto este criado pelo Marino.

Fico assustado e/ou preocupado com o baíxo índice de post´s neste tópico. Seria algo sintomático no DB? Será que as pessoas preferem discutir "hardware" por ser mais fácil do que pensar "estratégias", que exige conhecimento e arte do pensar/analisar/concluir?

Em geral um entusiasta homem se aproxima do assunto sobre Defesa influenciado pela beleza dos vetores. Olham para um vetor como se fosse uma linda mulher. Julga suas capacidade efetivas pela aparência da coisa e pelos dados informados pelos interessados. Deve ser daí que surgiu a expressão "avião" para designar "mulher bonita"... rssrsrs

A "mulher" (vetor) pode ser feia, mas tem que ser "capaz". Mas para lidar com algo capaz, é necessário conhecimento dos meios envolvidos, possuir estratégia, colocar a cabeça para pensar, analisar e concluir.

Ah, deixa pra lá, é pedir demais. Fica difícil pedir pra alguém deixar de olhar um vetor com se fosse mulher. Até porque quando homens sentam-se em uma mesa de bar (ou qualquer outro lugar) é pra falar de "mulheres" mesmo( ou outro assunto onde se faça analogia com mulheres de fato). rsrsrsrs

Além do mais, um "bebum" não possui capacidade mental para discutir estratégias. Mas com toda certeza terá capacidade prática para discutir o acordo sobre o Etanol na parceria Brasil-EUA. rsrsrs


Respeitosamente,

Orestes




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#10 Mensagem por Malandro » Sex Mai 18, 2007 3:10 pm

orestespf escreveu:Serei direto: como se trata de um fórum sobre Defesa, não vi até agora nenhum tópico tão relevante quanto este criado pelo Marino.

Fico assustado e/ou preocupado com o baíxo índice de post´s neste tópico. Seria algo sintomático no DB? Será que as pessoas preferem discutir "hardware" por ser mais fácil do que pensar "estratégias", que exige conhecimento e arte do pensar/analisar/concluir?

Em geral um entusiasta homem se aproxima do assunto sobre Defesa influenciado pela beleza dos vetores. Olham para um vetor como se fosse uma linda mulher. Julga suas capacidade efetivas pela aparência da coisa e pelos dados informados pelos interessados. Deve ser daí que surgiu a expressão "avião" para designar "mulher bonita"... rssrsrs

A "mulher" (vetor) pode ser feia, mas tem que ser "capaz". Mas para lidar com algo capaz, é necessário conhecimento dos meios envolvidos, possuir estratégia, colocar a cabeça para pensar, analisar e concluir.

Ah, deixa pra lá, é pedir demais. Fica difícil pedir pra alguém deixar de olhar um vetor com se fosse mulher. Até porque quando homens sentam-se em uma mesa de bar (ou qualquer outro lugar) é pra falar de "mulheres" mesmo( ou outro assunto onde se faça analogia com mulheres de fato). rsrsrsrs

Além do mais, um "bebum" não possui capacidade mental para discutir estratégias. Mas com toda certeza terá capacidade prática para discutir o acordo sobre o Etanol na parceria Brasil-EUA. rsrsrs


Respeitosamente,

Orestes


É isso aí!!! Chegade gostosa com "dor de cabeça"!! :twisted:




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#11 Mensagem por Einsamkeit » Sex Mai 18, 2007 3:23 pm

Tem uns que olham para o Vetor como se fosse deus

:roll: :roll: :roll:


Estrategia é algo otimo de se estudar, mas nao temos muitas Fuentes para isso, ao contrario dos Hardware, nao imagino que a MB permita que muitas sejam conhecidas, quem é de fora, só le o que encontra na Internet, livros




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness

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#12 Mensagem por hayes » Sex Mai 18, 2007 5:00 pm

Srs., srs.,


Concordo sem tirar uma única palavra sequer com o sr. Orestespf.

Adoro discutir Estratégia, Geopolítica, e assuntos correlatos.

Infelizmente, sou um leigo, e tenho tempo de menos, já que trata-se de um assunto complicadíssimo e cujas exposições são via de regra muito pesadas.

Comprometo-me, contudo, à participar mais freqüentemente deste tópico e de outros correlatos.




LUGAR DE OFF TOPIC É NO OUTRO TÓPICO
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#13 Mensagem por Morcego » Sex Mai 18, 2007 5:15 pm

caramba vou reler tudo novamente, É MUITA INFORMAÇÃO.




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#14 Mensagem por orestespf » Sex Mai 18, 2007 5:41 pm

hayes escreveu:Srs., srs.,


Concordo sem tirar uma única palavra sequer com o sr. Orestespf.

Adoro discutir Estratégia, Geopolítica, e assuntos correlatos.

Infelizmente, sou um leigo, e tenho tempo de menos, já que trata-se de um assunto complicadíssimo e cujas exposições são via de regra muito pesadas.

Comprometo-me, contudo, à participar mais freqüentemente deste tópico e de outros correlatos.


Olá Sr Hayes,

obrigado pela concordâncias nos termos que usei.

Leigos todos nós somos, até o maior dos especialistas. A diferença é que estes últimos já estão "treinados" para pensar assim. Estratégias, geo-políticas e afins estão em constantes mudanças e aperfeiçoamentos.

Entendo que o tópico criado pelo Marino não visa somente discutir tais assuntos em nível elevado, mas acima de tudo, elevar o grau de consciências dos membros do DB para outros fatores que não seja apenas o equipamento em si.

A escolha de um equipamento é apenas uma conseqüência de um planejamento estratégico e este nasce do desenrolar de uma realidade geo-política.

Por isto tenho apregoado em vários tópicos: nem sempre o "melhor" equipamento é "o mais" adequado para um país.

Para se chegar a uma conclusão de qual o equipamento mais adequado, é necessário compreender a dinâmica por trás dos fatos, pensar estratégicamente, analisar quais as doutrinas que se pode usar com tais equipamentos, analisar se tal equipamento coloca um dado país em condições se superioridade no cenário em que será empregado.

O cenário geo-político é apenas uma constatação dos fatos em si, cabendo aos especialistas analisarem os motivos e fazer previsões. No campo bélico, tão logo seja constatado tal cenário, pensa-se em uma estratégia adequada. Programa-se para o caso de reaparelhamento. Procura-se por equipamentos que atendam as estratégias iniciais.

Um bom exercício proposto pelo Marino: qual a necessidade de um Nae pelo Brasil?

A capacidade de compreensão desta pergunta, das conseqüências das análises feitas, as conclusões a que se chega, permite ao indivíduo pensar estrategicamente.

Um exemplo clássico de erro no pensamento estratégico é concluir que o Brasil não precisa de um Nae por que não tem dinheiro para mantê-lo. Outro seria dizer que não precisamos de um Nae por que não vamos invadir ninguém. Mais um, seria concluir que o país deve abrir mão de um Nae por que apenas um é pouco.

São exemplos de conclusões precipitadas por não querer pensar estrategicamente.

Um bom exemplo, que faz parte do primeiro post deste tópico, é o pensamento estratégico mesmo "para tempos de paz". Tem uma frase negritada que eu gostei muito: "O estado tem a faculdade de graduar a violência a ser utilizada para dissuadir um adversário ou levá-lo à mesa de negociações".

Grande abraço,

Orestes




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#15 Mensagem por luis F. Silva » Sex Mai 18, 2007 5:48 pm

Hayes escreveu:
Adoro discutir Estratégia, Geopolítica, e assuntos correlatos.

Infelizmente, sou um leigo, e tenho tempo de menos, já que trata-se de um assunto complicadíssimo e cujas exposições são via de regra muito pesadas.

Básicamente o problema está aí. Como também é o meu caso e de muitos, não estudámos numa academia militar e não temos o minimo conceito de estratégia de guerra convencional , porque na guerra assimétrica não se estuda só a parte estratégica convencional. Nessa guerra que é a actual o que conta são as oportunidades de fazer o maior estrago possível com o menor número de meios. Em comum só existe o estudo das fraquezas do inimigo.
Neste óptimo tópico divulga-se o conceito básico de estratégia para uma guerra convencional. É a partir destes conceitos básicos que se vai delinear a forma de atacar ou defender, as fraquezas do inimigo, as nossas próprias limitações, e a melhor maneira de gerir tudo isso, mas sem ser ponto assente, e portanto sujeita sempre a mudanças de última hora.
É poi um assunto que não pode ser levianamente analisado.




cumprimentos.

Luis Filipe Silva

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