Projeto: Eu acho que o Su-35 sim é uma grande incógnita. O Rafale está demonstrando as suas capacidades eletrônicas e de desempenho pouco a pouco em exercícios internacionais com resultados muito bons e o Su-35BM ainda nem voou. Como é que se pode dizer que a eletrônica do Rafale é uma incógnita e a do Su-35 não?
Sobre materiais compostos e compósitos eu gostaria de discordar um pouco. Como no texto que você postou, do ABC do Fiberglass, compósitos são materiais compostos para fins estruturias. É comum se chamar compósitos como o Kevlar, fibra de carbono etc, de materiais compostos, pelo menos na indústria aeroespacial.
Olá Projeto,
tem um argumento usado por você e vários outros que é mais do que razoável: se ainda não voou, então é uma incógnita. Verdade! Temos que conviver com isto. Porém os equipamentos russos estão prontos, já foram testados, o que não existe são estes equipamentos integrados no SU-35. Mas isso não desmerece o argumento de "São Tomé".
Quanto ao Rafale, já disse várias vezes, adoro o vetor. Excelente, mas precisamos também vê-lo voando com o que está prometido pelos franceses. Até porque os equipamentos previstos não estão totalmente prontos, ainda falta muita coisa. Mas é claro que os franceses darão conta do recado.
A pergunta que fica no ar é: se a FAB escolher o Rafale, qual seria a versão? A atual, uma "mediana" ou a "prometida"?
Se for o SU-35 BM o escolhido, pra mim será ótimo. Mas se a proposta russa for o SU-35 intermediário entre o do antigo FX-1 e o BM, sou mais Rafale. Pois nenhum SU será como o BM, apenas na eletrônica e não na estrutura.
Eu não conheço o tal de
ABC do Fiberglass, apenas fiz um resumo para um amigo do DB (que me perguntou sobre o assunto) e que foi retirado de alguns livros básicos que possuo, para não ficar pesado. Não sei se tem algum outro lugar que usa informações semelhantes. Talvez o mesmo material como referência.
Bem, você disse que esta referência cita "os compósitos como materiais compostos para fins estruturias. É comum se chamar compósitos como o Kevlar, fibra de carbono etc, de materiais compostos, pelo menos na indústria aeroespacial".
Material compósito faz parte de um subgrupo de materiais compostos. Materiais compostos são misturas em geral, de natureza química, sem se preocupar com a estrutura mecânica (física) do produto final.
Material compósito além de composto (natureza química), leva fortemente em consideração o comportamento físico do mesmo: dureza, resitência, elasticidade, deformação sob torção, tensão, etc.
Em materiais compósitos, considera-se basicamente materiais compostos, não miscíveis, mas quimicamente compatíveis e que apresentam propriedades mecânicas complementares, de forma que a propriedades finais do compósito seja uma função "quase-linear" das propriedades dos constituintes.
Kevlar, fibra de carbono etc. são materiais compósitos mesmo e não tem problema de chamá-los de materiais compostos, pois todo compósito é composto.
Porém, atualmente se usa o termo compósito para certas categorias em particular, por exemplo, misturando metais e polímeros, ou metais e cerãmicas, ou polímeros e cerâmicas, entre outras combinações.
Estudar material compósito é estudar suas características mecânicas (físicas). A sua construção é de natureza química e os químicos ainda continuam chamando de compostos.
Espero ter deixado um pouco mais claro.
Grande abraço,
Orestes