Meus prezados
Mudança radical no sistema de controle do trafego aéreo no País.
"O Ministério da Defesa encomendou, por R$21 milhões, uma pesquisa para mudar radicalmente o sistema de controle de tráfego aéreo no país. O contrato foi assinado na semana passada, com a CTCEA (Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle de Espaço Aéreo). De acordo com a Aeronáutica, a idéia é iniciar, até 2010, a implantação de um novo sistema, o CNS/ATM, em parceria com os EUA. Nele, o próprio piloto usa os radares para controlar sua aeronave -sem a figura do controlador de vôo, que se transformaria num gerente do sistema."
Por Mônica Bergamo - Folha de São Paulo, 11/04/2007, página E2.
Mesma notícia. Outra fonte:
Computadores e satélites no lugar de controladores
A discutida desmilitarização não deverá ser feita pela criação de um sistema para a defesa aérea e outro para o controle da aviação comercial.
A mudança virá pela adoção do sistema de monitoramento do tráfego aéreo por satélite CNS/ATM, que guiará os vôos civis com a ajuda de computadores e, em grande parte, substituirá os controladores, sejam civis ou militares.
O recado foi dado aos controladores aéreos pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, nos dois dias de audiência das autoridades do setor aéreo no Congresso, na semana passada. A informação havia sido repassada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo sistema deverá funcionar a partir de 2012 e mudará, radicalmente, o perfil do controle de vôos no Brasil e no mundo. Aeronáutica não divulga o percentual de redução do número de controladores aéreos no país, uma vez que os estudos não estão concluídos. Mas, se o sistema fosse adotado hoje, o trabalho de pelo menos metade deles passaria a ser feito por computadores, a partir do fornecimento direto de dados aos pilotos.
- No futuro, os pilotos não precisarão mais comunicar, via fonia (radiofreqüência), as suas posições ou fazer questionamento aos órgãos de controle - esclareceu Saito, no Congresso, ao falar sobre o CNS/ATM.
A sigla significa comunicação, navegação e segurança de gerenciamento de tráfego aéreo. Atualmente, o controle dos vôos usa radares, rádio e telefonia. O CNS/ATM utilizará dados de satélite e tecnologia GPS.
Como é hoje
Da decolagem à aterrissagem, o piloto passa por três sistemas de comunicações com os controladores:
> Primeiro, o da torre, na decolagem e aterrissagem.
> Depois, o de aproximação, logo após ter decolado ou quando se está prestes a pousar.
> Por fim, aquele que usa durante o vôo, quando está nivelado. É quando o piloto se dirige a um dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), que ficam localizados em Brasília, Curitiba, Recife e Manaus.
Fonte: jornal "Zero Hora" 16 abr 2007
Eis uma cópia parcial do artigo publicado no Estado de São Paulo, pela jornalista Tânia Monteiro, da sucursal de Brasília que, creio eu, vem complementar o que já foi posto aqui em relação ao sistema de contrôle do espaço aéreo brasileiro e sua repercussão junto aos Controladores de Tráfego Aéreo:
“Tudo por dados”, reforçou Saito, a poucos metros do presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho.
Da decolagem à aterrissagem, o piloto passa hoje por três sistemas de comunicações com os controladores. Primeiro o da torre, na decolagem e aterrissagem. Depois, o de aproximação, logo depois que decolou ou quando está prestes a pousar. Por fim, aquele que usa durante o vôo, quando já está nivelado. É quando o piloto se dirige a um dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), que ficam localizados em Brasília, Curitiba, Recife e Manaus.
Um dos auxiliares diretos do presidente Lula confirmou ao Estado que, com a chegada do novo sistema e a migração, a partir de 2012, dos radares para os satélites, haverá “uma redução drástica” do número de controladores, que serão necessários apenas para o backup dos computadores e para monitorá-los. Além disso, os assessores de Lula lembram que a área econômica já avisou que não há recursos para separar o controle do tráfego aéreo civil do militar.
DESPESAS
O Brasil assumiu compromisso de instalar a nova tecnologia entre 2012 e 2015. Ela entrará em funcionamento no mundo todo, de maneira paulatina, até 2020. Segundo o comandante Saito lembrou na audiência da Câmara, será um sistema para o “tráfego cooperativo”.
Atualmente, 13,7 mil pessoas compõem o sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, sendo 12 mil militares. De acordo com os dados da Força Aérea Brasileira, o custo anual do sistema é de R$ 630 milhões - R$ 330 milhões com salários e R$ 300 milhões em manutenção. São gastos R$ 150 milhões com serviços e os investimentos são da ordem de R$ 150 milhões ao ano.
Um abraço e até mais...
Mudança radical sistema controle trafego aéreo no País
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Boa matérioa Jambockrs
Agora restará saber se esta nova sistemática de controle de tráfego (CNS/ATM) vai ser construída num novo órgão civil ou se vai ser inserada no DECEA.......façam suas apostas!!!
[]´s
Agora restará saber se esta nova sistemática de controle de tráfego (CNS/ATM) vai ser construída num novo órgão civil ou se vai ser inserada no DECEA.......façam suas apostas!!!
[]´s
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Notícia do Terra (já começa com um título parcial mas lá vai)
Apresentado sistema que dispensa controladores
O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, apresentou hoje um novo sistema de controle de vôos - que poderá ser adotado por todos os países do mundo a partir de 2017. O sistema dispensará o uso de controladores no monitoramento do tráfego aéreo. A comunicação será feita entre o avião e um satélite, que por sua vez enviaria os dados para um centro de controle na Terra. Esse centro ficará responsável pela retransmissão dos dados relativos ao tráfego aéreo captados por satélite para os aviões.
"Tudo que aí está é absolutamente dispensável, imprestável, porque o controle será feito por uma constelação de satélites", informou o presidente da Comissão de Viação e Transporte da Câmara, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), em entrevista após o encontro. De acordo com o parlamentar, o brigadeiro explicou que a decisão sobre o novo modelo partiu de organismos internacionais.
Perdoai ó Pai, ele não sabe o que diz....
Os Estados Unidos, a Rússia e a União Européia, segundo relato do deputado, já anunciaram que vão adotar o novo sistema. Os países que optarem por não aderir ao modelo poderão desenvolver um sistema próprio, disse.
Segundo o deputado, os parlamentares ponderaram se vale à pena discutir um novo sistema de controle de tráfego aéreo para o país, já que deve começar a funcionar daqui a dez anos o sistema apresentado pelo presidente da Infraero. "Trocar todo o sistema que o país tem hoje por equipamentos de última geração seria o caso para tão pouco tempo? Essa é a interrogação", questionou Padilha.
Esse é o ponto...creio que é provável então que não vai criar um sistema em paralelo. A discussão deve ser centrada então em o que deverá ser feito com os CTA: desmilitarizar ou não?
O parlamentar defendeu que, como o futuro sistema dispensa tanto os controladores de vôo como os equipamentos usados atualmente, "teria que ser analisada a conveniência de haver uma troca, uma modernização por equipamentos de última geração".
Agência Brasil
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1559760-EI7897,00.html
[]´s
Apresentado sistema que dispensa controladores
O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, apresentou hoje um novo sistema de controle de vôos - que poderá ser adotado por todos os países do mundo a partir de 2017. O sistema dispensará o uso de controladores no monitoramento do tráfego aéreo. A comunicação será feita entre o avião e um satélite, que por sua vez enviaria os dados para um centro de controle na Terra. Esse centro ficará responsável pela retransmissão dos dados relativos ao tráfego aéreo captados por satélite para os aviões.
"Tudo que aí está é absolutamente dispensável, imprestável, porque o controle será feito por uma constelação de satélites", informou o presidente da Comissão de Viação e Transporte da Câmara, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), em entrevista após o encontro. De acordo com o parlamentar, o brigadeiro explicou que a decisão sobre o novo modelo partiu de organismos internacionais.
Perdoai ó Pai, ele não sabe o que diz....
Os Estados Unidos, a Rússia e a União Européia, segundo relato do deputado, já anunciaram que vão adotar o novo sistema. Os países que optarem por não aderir ao modelo poderão desenvolver um sistema próprio, disse.
Segundo o deputado, os parlamentares ponderaram se vale à pena discutir um novo sistema de controle de tráfego aéreo para o país, já que deve começar a funcionar daqui a dez anos o sistema apresentado pelo presidente da Infraero. "Trocar todo o sistema que o país tem hoje por equipamentos de última geração seria o caso para tão pouco tempo? Essa é a interrogação", questionou Padilha.
Esse é o ponto...creio que é provável então que não vai criar um sistema em paralelo. A discussão deve ser centrada então em o que deverá ser feito com os CTA: desmilitarizar ou não?
O parlamentar defendeu que, como o futuro sistema dispensa tanto os controladores de vôo como os equipamentos usados atualmente, "teria que ser analisada a conveniência de haver uma troca, uma modernização por equipamentos de última geração".
Agência Brasil
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1559760-EI7897,00.html
[]´s
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INFRAERO: SATÉLITES ASSUMIRÃO CONTROLE DE VÔOS EM 10 ANOS
Centro de recepção de imagens retransmitirá dados para os aviões.
Para presidente da Infraero, isso dispensa serviço de controladores.Imprimir Enviar por e-mail Receber Newsletter
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O controle do tráfego aéreo a partir de 2017, em todos os países do mundo, será feito por "constelações de satélites" que enviarão informações diretamente para os aviões, o que dispensará o trabalho dos controladores de vôo. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (19), em reunião fechada da Comissão de Viação e Transporte, na Câmara, pelo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, e divulgada pelo presidente da comissão, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS).
De acordo com o relato de Padilha, Pereira disse que, no sistema de controle de tráfego aéreo do futuro, as "constelações de satélites" servirão a três blocos de países, que terão sistemas próprios: 1) as nações da União Européia, 2) Estados Unidos e Canadá e 3) Rússia. Os demais países terão duas opções: ou criarão seu próprio sistema, ou se integrarão a um desses três blocos.
O sistema de três blocos com sua "constelação de satélites" prevê, segundo o brigadeiro, apenas um centro de recepção na América do Sul. Padilha disse que Pereira contou aos deputados que esse centro de recepção de imagens será instalado no Brasil. O presidente da Infraero disse que o governo do Chile fez gestões para que o centro fosse instalado em território chileno, mas já está certo que será implantado no Brasil.
Esse centro retransmitirá as imagens e dados do tráfego aéreo captado por satélite direto para os aviões. A transmissão direta, segundo o brigadeiro, dispensa o serviço dos controladores de vôo. Pereira disse que esse dado é que está dificultando a definição de uma solução imediata para o problema do controle do tráfego aéreo.
A uma pergunta sobre a forma de solucionar a questão dos controladores, o brigadeiro respondeu que só existem dois caminhos e que ambos implicam investimentos: 1) aplicação em recursos humanos na formação de novos controladores, que atuariam na fase de transição até 2017, e 2) investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência do sistema, já que parte dos equipamentos está obsoleta.
A reunião da comissão foi convocada para que Pereira falasse sobre soluções para a crise no setor de controle do tráfego aéreo. Inicialmente, seria uma audiência pública, mas, como só sete dos 29 integrantes da comissão estavam presentes, Padilha resolveu promover uma reunião fechada para ouvir o brigadeiro.
Centro de recepção de imagens retransmitirá dados para os aviões.
Para presidente da Infraero, isso dispensa serviço de controladores.Imprimir Enviar por e-mail Receber Newsletter
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O controle do tráfego aéreo a partir de 2017, em todos os países do mundo, será feito por "constelações de satélites" que enviarão informações diretamente para os aviões, o que dispensará o trabalho dos controladores de vôo. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (19), em reunião fechada da Comissão de Viação e Transporte, na Câmara, pelo presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, e divulgada pelo presidente da comissão, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS).
De acordo com o relato de Padilha, Pereira disse que, no sistema de controle de tráfego aéreo do futuro, as "constelações de satélites" servirão a três blocos de países, que terão sistemas próprios: 1) as nações da União Européia, 2) Estados Unidos e Canadá e 3) Rússia. Os demais países terão duas opções: ou criarão seu próprio sistema, ou se integrarão a um desses três blocos.
O sistema de três blocos com sua "constelação de satélites" prevê, segundo o brigadeiro, apenas um centro de recepção na América do Sul. Padilha disse que Pereira contou aos deputados que esse centro de recepção de imagens será instalado no Brasil. O presidente da Infraero disse que o governo do Chile fez gestões para que o centro fosse instalado em território chileno, mas já está certo que será implantado no Brasil.
Esse centro retransmitirá as imagens e dados do tráfego aéreo captado por satélite direto para os aviões. A transmissão direta, segundo o brigadeiro, dispensa o serviço dos controladores de vôo. Pereira disse que esse dado é que está dificultando a definição de uma solução imediata para o problema do controle do tráfego aéreo.
A uma pergunta sobre a forma de solucionar a questão dos controladores, o brigadeiro respondeu que só existem dois caminhos e que ambos implicam investimentos: 1) aplicação em recursos humanos na formação de novos controladores, que atuariam na fase de transição até 2017, e 2) investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência do sistema, já que parte dos equipamentos está obsoleta.
A reunião da comissão foi convocada para que Pereira falasse sobre soluções para a crise no setor de controle do tráfego aéreo. Inicialmente, seria uma audiência pública, mas, como só sete dos 29 integrantes da comissão estavam presentes, Padilha resolveu promover uma reunião fechada para ouvir o brigadeiro.