Portugal prepara uma Força de Reacção Imediata para enviar para Kinshasa
O Governo português mandou acelerar os preparativos da Força de Reacção Imediata (FRI), que a qualquer momento pode viajar para o Congo. Trata-se de uma força militar conjunta com elementos das tropas especiais de todos os ramos das Forças Armadas. São elementos especialistas em retirar civis de áreas em conflito. Em Kinshasa, a tensão aumentou nas últimas horas. Pelo menos sete pessoas morreram desde quinta-feira em confrontos.
Tendo em conta as caraterísticas de Kinshasa, grande parte da Forças de Intervenção Rápida vai ser constituída pelos elementos do Destacamento de Acções Especiais da Marinha.
Esta força de fuzileiros tem experiência no terreno e acompanhou as últimas eleições no território. A Força Aérea tem quase pronto um C-130 destinado a transportar as tropas para o Congo em caso de luz verde do Governo português.
Estão já planeadas as rotas de voo e foram pedias as necessárias autorizações.
Um aparelho da Força Aérea vai transportar para o Congo os elementos da Força de Reacção Imediata e também dez homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.
Este grupo vai juntar-se a quatro elementos do GOE que já estão no terreno, para garantirem a segurança do corpo diplomático português em Kinshsa e dar apoio numa eventual retirada de cidadãos portugueses do país.
O Governo português vai emitir, ainda esta tarde, um comunicado sobre este assunto e continua a acompanhar a situação no território.
O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, que está de visita a Madrid, garante que está em contacto permanente com a embaixada e aguarda o evoluir da situação.
Pelo menos sete pessoas morreram desde quinta-feira em Kinshasa, em confrontos com armas pesadas e ligeiras entre o exército da República Democrática do Congo e a guarda do antigo vice-presidente Jean-Pierre Bemba, anunciou hoje a rádio Okapi.
Entretanto, os portugueses residentes na RDCongo estão a ser informados pela embaixada de Portugal sobre o plano de retirada e aconselhados a permanecer em casa, segundo um português ouvido pela agência Lusa em Kinshasa.
No norte da capital da RDCongo, o bairro de Gombe, palco da violência, encontrava-se hoje à tarde "sob controlo do exército congolês. Há ainda disparos em outros bairros, mas a situação acalmou", disse o porta-voz militar da Missão da ONU na RDCongo (MONUC), tenente-coronel Didier Rancher.
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