helio escreveu:Amigos
somente agora lí o que vcs escreveram a respeito do novo produto da EMBRAER.
Gostaria de colocar as seguintes considerações:
-Segundo pude observar o novo projeto visa oferecer um vetor de transporte intermediário entre o C-27 Spartan e o C-130 Hercules.
- A EMBRAER antes e lançar um projeto, como todas as grandes fabricas do mundo, costumam fazer um completo estudo de viabilidade de mercado, e com certeza detectaram um nicho de mercado.
- Infelizmente, talvez, por ignorancia da minha parte, não estou conseguindo vislumbrar tal nicho. Provavelmente o novo projeto será de um bimotor, porem bastante sofisticado, pois a EMBRAER conforme afirmou quando desdenhou concorrer com a modernização dos nossos Orion, somente se interessaria em projetos que agregassem uma significante absorção de novas tecnologias.
fico imaginando um avião do tipo Transall ou um C-27 aumentado.
- Não acredito sinceramente, (por favor me corrijam se estiver equivocado) num nicho neste setor, pois a abundante oferta de C-130H, ainda mais com a incorporação cada vez mais crescente de C-130J em FA do primeiro mundo, um novo projeto que sem dúvida custará muito mais caro que um C-130H usado não conseguirá ser bem sucedido.
- Os primeiros sintomas desta transformação já começaram, com as FA mais pobres substituindo sua frota de C-130A/B por C-130E/H. Quantos C-130 os EUA poderão disponibilizar? Acho que quase 3 centenas, sem contar com FA da Europa e outros do 1º Mundo.
- A célula de um C-130 dura bastante, e vemos aí C-130 de 40 anos de uso que poderão voar tranquilamente mais 30 anos.
- Talvez a EMBRAER vislumbre uma descontinuidade no fornecimento de sobressalentes do C-130, o que poderia acelerar o processo de obsolescencia , mas até que isto venha a ser sentido, quanto tempo a EMBRAER terá que lutar para consolidar este novo avião?
- E aí vem o que mais tememos: Geralmente o melhor argumento para que um país adote um equipamento militar, é mostrando que as forças armadas do país de origem adotaram o produto e estão satisfeitos com ele. Isto quer dizer que para que a EMBRAER possa exportar mais fácilmente, a FAB deverá adotar o novo avião, tendo que protelar outros projetos mais urgentes. Vimos isto recentemente quando a FAB teve que engolir os EMB-145 da Rio Sul para supostamente utilizar na CAN. Que eu saiba a CAN da Amazonia, aonde o transporte aéreo mais faz falta utiliza Brasilia, Caravan e Bandeirante. Pior ainda, destivamos um avião que estava em ótimas condições e com folha corrida de pouquissimos acidentes em toda a sua carreira: o Avro 748
Abraços
Hélio
É só que a incorporação dos ERJ-145 pela FAB nada teve a ver com a EMBRAER, e com uma viabilização de exportações, já que o ERJ-145 já era uma plataforma amplamente aceita internacionalmente.
A coisa foi entre o BNDES e a Varig. Sendoa EMBRAER contratada para revisar e modificar algumas das aeronaves antes da entegra para seus novos operadores, A FAB, A PF e a Aerolitoral do México.
Quanto ao nicho de mercado do novo avião, bem cada um tem a sua opinião. E se o avião for lançado é porque estudos bem sérios e efetuados por pessoas reconhecidamente competentes indicou que tal nicho existe e tem um tamanho tal que compensa o risco.
Mas repito, tudo ainda está no campo dos estudos de viabilidade, portanto fica difícil discutir sobre nicho de mercado se não se sabe direito como será o avião, e a que ele se pretende exatamente.
Sds,
Vector