A origem desta noticia é uma conferencia entre Putin, e seus oficiais superiores das forças areas, navais e terrestres, alem de gestores da agência espacial civil, das forças espaciais e do comando de misseis estratégicos.
Durante quase duas horas, todos puderam se inscrever e fazer perguntas ao presidente, que eram respondidas ao vivo. Como o clima era de cerca descontração e bastante técnico, foi possivel ter uma ótima impressão sobre a maneira como Putin conhece sistemas espaciais, especialmente militares, e isto tem sido decisivo para que o planejamento espacial russo concebido a alguns anos atrás seja completamente implementado.
Esta sessão de comunicação, foi planejada pelo Kremlin para "descontrair" um pouco o clima de trabalho entre todos os envolvidos nas atividades de planejamento espaciais, que anda um pouco corrido nos ultimos mêses em função de alguns acontecimentos e cenários que andam surgindo sobre utilização militar do espaço.
Sobre o objeto desta noticia em si, ou seja, a complementação das capacidades do sistema Glonass em 2008/2009, temos um cenário bastante interessante para a proxima década, com os seguintes sistemas de navegação por sátelite em operação.
GPS - GLONASS - GALILEO que são sistemas Globais, já esta operacional na China em carater demonstrativo o sistema BEIDOU, que é um sistema de cobertura local, para a China continental e adjacencias, se segundo o que foi informado pela imprensa ocidental (alimentada pela CIA) haveria o projeto de um sistema global nos moldes do GPS / GLONASS / GALILEO para 2010 a ser completado em 2020.
São 4 sistemas, 4 paises / blocos de paises, operando tecnologias espaciais proprias, completamente integradas a seus planejamento de politicas espaciais e segurança nacional.
Glonass Cheaper To Build Than GPS Says Putin
Ivanov said late last year that Russia will lift all precision restrictions on Glonass beginning in 2007, which will enable accurate and unlimited commercial use of the military-controlled global positioning system.
by Staff Writers
Moscow (RIA Novosti) Mar 13, 2007
The global navigation system Glonass should be cheaper and of better quality than the GPS system, Russian President Vladimir Putin said Monday. "You know what attention I pay to Glonass, and I hope relevant attention will be paid to it," Putin told Cabinet members.
Glonass is a Russian version of the U.S. Global Positioning System (GPS), which is designed for both military and civilian use, and allows users to identify their positions in real time. The system can also be used in geological prospecting.
In December 2005, President Vladimir Putin ordered the system to be ready by 2008, and First Deputy Prime Minister Sergei Ivanov said Glonass would be available to domestic users for military as well civilian purposes by the end of 2007.
The head of Russia's Federal Space Agency, Anatoly Perminov, said earlier that Russia is also in talks with the United States and the European Space Agency to prepare agreements on the use of Glonass jointly with the GPS and Galileo satellite navigation systems.
The agency plans to have 18 satellites in orbit by late 2007 or early 2008, and a full orbital group of 24 satellites by the end of 2009, he said.
Ivanov said late last year that Russia will lift all precision restrictions on Glonass beginning in 2007, which will enable accurate and unlimited commercial use of the military-controlled global positioning system.
Current restrictions limit the accuracy for civilian users of Glonass to 30 meters.
The first launch under the Glonass program took place October 12, 1982, but the system was only formally launched September 24, 1993.
Andrei Kozlov, the head of the Reshetnev Research and Production Center in the Siberian city of Krasnoyarsk, Russia's leading spacecraft manufacturer, said earlier the Glonass system currently has 13 satellites in orbit.
The satellites currently in use are of two modifications - Glonass and its updated version Glonass-M. Glonass-M has a longer service life of seven years and is equipped with updated antenna feeder systems and an additional navigation frequency for civilian users.
A future modification, Glonass-K, is an entirely new model based on a non-pressurized platform, standardized to the specifications of the previous models' platform, Express-1000.
Glonass-Ks' estimated service life has been increased to 10-12 years, and a third "civilian" L-range frequency has been added.
Tests on Glonass-K satellites are scheduled for 2007.
Glonass Cheaper To Build Than GPS Says Putin
Moderador: Conselho de Moderação
A-29 escreveu:Mas a Rússia realmente tem condições financeiras de manter esse sistema operacional?
Pela vida operacional de cada satélite, creio que seriam necessários de 2 a 3 satélites novos por ano para manter a constelação de 24 operando. Haverá dinheiro para isso tudo?
Sim. São 3 satélites ano para operação normal da rede.
Dentro do replanejamento de investimentos russos em utilização militar do espaço, os recursos para manutenção da rede de navegação estão assegurados.
Será que o sistema terá algum sucesso comercial frente ao predomínio do GPS?
Existiria espaço pra outros países (como o Brasil) participarem de alguma forma do projeto? E que vantagens tais países teriam aderindo a ele?
De qualquer forma, é muito bom ver as coisas voltando a funcionar bem na Rússia.
Existiria espaço pra outros países (como o Brasil) participarem de alguma forma do projeto? E que vantagens tais países teriam aderindo a ele?
De qualquer forma, é muito bom ver as coisas voltando a funcionar bem na Rússia.
A-29 escreveu:Será que o sistema terá algum sucesso comercial frente ao predomínio do GPS?
Existiria espaço pra outros países (como o Brasil) participarem de alguma forma do projeto? E que vantagens tais países teriam aderindo a ele?
De qualquer forma, é muito bom ver as coisas voltando a funcionar bem na Rússia.
Ola A-29,
Sobre a questão de viabilidade comercial do Glonass e de outros sistemas, isto já foi perguntado em outro forum, e estou enviando a baixo a resposta que dei sobre o tema.
Sobre o Brasil participar de um projeto desta natureza, bem, ai depende de quanto exatamente iria pagar, e qual beneficio teria.
Eu proponho a seguinte analogia para vocês refletirem.
Um sujeito que ganha R$ 1500,00 mensais, e leva uma vida modesta é procurado por um vendedor que lhe oferece um serviço de supervantagens.
Mediante R$ 99,00 por mês ele passa a ter até 30% de desconto em mais de 200 hoteis espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
A proposta não é cara, mas sera que um sujeito que ganha R$ 1500,00 por mês isto tem alguma vantagem?
Com este salário, qual é efetivamente as chances dele se hospedar de forma mais ou menos rotineira em algum hotel, para que ele tenha vantagem?
Já um sujeito que ganha R$ 7000,00 por mês, talvez até pague e ache barato este "clube de super vantagens".
Hoje, o orçamento militar brasileiro, é este sujeito que ganha R$ 1500,00 por mês. Talvez os R$ 99,00 possa ser melhor empregado em um curso de idiomas e não em um clube de supervantagens.
Nosso curso de idiomas seriam coisas mais elementares, como mísseis, bombas, defesa AA, sistemas espaciais estão algumas fases acima disto.
Sobre o uso civil do Glonass
Agora vai existir campo para o uso civil do Glonass???
Provavelmente não. O segredo do sistema GPS ser amplamente popularizado, não são os foguetes ou os satélites.
O segredo é a industria por de trás do GPS, que lança centenas de aplicações, hardwares, softwares, que tornam o sistema quase que universsal.
Sem esta industria, que nada tem a ver com os militares, o GPS seria uma mera peça de aplicação bélica, e hoje ele é muito mais que isto.
Quando o Galileo foi planejado, a idéia não era ter um sistema "anti EUA", onde os europeus pudessem garantir o direito a utilização de um sistema de navegação mundial, alheio as vontades de Whashington, isto era um discurso, mas que escondia a idéia de que a constelação Galileo, garantiria um bom trabalho para a industria espacial européia que pedeu competitividade nos ultimos 10 anos, quando a Rússia tem lançado sozinha mais de 50% de tudo que sobe ao espaço anualmente e os EUA mudaram seu modelo de sistemas lançadores que era equivocado até a segunda metade dos anos 90 em função do planejamento equivocado da NASA para o Space Shuttle.
O Galileo é um programa que quer garantir a ESA trabalho contratado com até 10 anos de antecedencia, (sonho de todo planejador espacial).
Para ele ser comercialmente universsal, vai ter que gravitar em torno dele uma industria de aplicações que até agora não deu indicios que deva abandonar as aplicações desenvolvidas em cima do GPS.
O Glonass é um sistema basicamente militar, visa ser a aplicação universsal de navegação dos sistemas russos, este tipo de plataforma direciona deste o tiro de um morteiro pesado a um RV nuclear, para a Rússia o pensamento comercial em cima do Glonass é secundário, até porque durante os ultimos 10 anos, a Rússia tentou sem muito sucesso co-propriedade com China e depois Índia, o plano então foi refeito, se não dá para faturar nada com o Glonass a estratégia agora é fazer ele caber no orçamento disponivel.
Com um lançamento do Proton por ano, levando 3 satélites, o segmento espacial pode sair por menos de US$ 200mi / ano, algo que cabe dentro do que a Rússia tem gasto com espaço em sistemas militares algo como US$ 700mi /ano.
Exite porem um motivo para uma faixa civil no Glonnas que tem haver com aplicações militares / comerciais dentro de um modelo de fornecimento de armas russos na próxima década, mas sobre isto não posso detalhar.
Koslova escreveu:Exite porem um motivo para uma faixa civil no Glonnas que tem haver com aplicações militares / comerciais dentro de um modelo de fornecimento de armas russos na próxima década, mas sobre isto não posso detalhar.
Opa, aí não, koslova!! bota o doce na boca e tira!! Dá pelo menos uma dica...
Abs
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