Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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P44
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#16
Mensagem
por P44 » Seg Mar 07, 2005 7:57 am
Triste sina ter nascido português
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P44
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#17
Mensagem
por P44 » Qua Mai 25, 2005 8:08 am
fonte Diário Digital
EUA modernizam defesa anti-míssil da classe Vasco da Gama
António Eduardo Ferreira
O Departamento de Defesa dos EUA confirmou esta semana a adjudicação de uma encomenda à Raytheon onde se inclui a modernização dos sistemas anti-míssil das três fragatas da classe Vasco da Gama da Armada portuguesa, apurou o Diário Digital.
As armas de defesa próxima (CIWS – Phalanx) já existem nos navios da Armada, e esta actualização está enquadrada na Lei de Programação Militar (LPM) desde há «pelo menos dois anos», disse fonte oficial da Marinha sublinhando que não se trata de amarmento novo. Antes, são módulos «que até poderão vir a ser instalados em Portugal».
Em declarações ao DD, a mesma fonte assegura que o novo equipamento estará operacional antes do final de 2007, e visa dotar os meios de superfície com capacidade de reposta para as designadas «ameaças assimétricas como, por exemplo, ataques suicidas com lanchas rápidas».
O contrato adjudicado pelo Pentágono vale um máximo de 44,95 milhões de dólares combinando necessidades das forças navais dos EUA (31% do pedido), e da Marinha de guerra portuguesa (69%, ou cerca de 31 milhões de dólares). Este deverá ser o custo de modernização dos três CIWS Vulcan Phalanx instalados nas três Meko (NRP Vasco da Gama, Álvares Cabral e Corte Real) fabricadas há cerca de 15 anos na Alemanha.
A actualização contratada à Raytheon prevê a instalação de três sofisticados BLOCK 1B – a mais recente solução de conversão e upgrade para os CIWS Phalanx - em unidades da US Navy, e mais três módulos Phalanx MK-15 CIWS e respectivo hardware no equipamento destinado à Armada portuguesa. A nota oficial do Departamento liderado por Donald Rumsfeld explica que a actualização deste armamento corre em 200 navios da US Navy e em barcos de 22 nações aliadas.
O catálogo da Raytheon descreve o Phalanx CIWS (Close-in Weapon System) – dependendo de estar equipado com os blocos 1B ou 1A - como uma sofisticada arma de resposta rápida contra mísseis de superfície e outras ameaças aéreas de alta ou baixa altitude.
O sistema é computorizado, dotado de um radar e sensores capazes de identificar e avaliar ameaças (em ambiente diurno ou nocturno), e dispõe de um canhão de 20mm, além de um poder de fogo cuja cadência pode ir até 4.500 spm.
20-05-2005 10:26:29
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P44
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#18
Mensagem
por P44 » Qua Mai 25, 2005 8:16 am
Do discurso do CEMA no Dia da Marinha de 2005:
(...)
Muito trabalho há, no entanto, ainda pela frente. As prioridades estão claramente definidas e, com o apoio da tutela, irão sendo naturalmente cumpridas, com os necessários ajustamentos, em próximas revisões da Lei de Programação Militar. À substituição das Fragatas da classe "Comandante João Belo" (das quatro iniciais só restam duas) seguir-se-á a substituição do reabastecedor de esquadra, o "Bérrio", e só depois a modernização das Fragatas da Classe "Vasco da Gama". (...)
Triste sina ter nascido português
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Rui Elias Maltez
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#19
Mensagem
por Rui Elias Maltez » Sex Mai 27, 2005 9:29 am
Pena que nessa modernização das Vasco da Gama, não esteja para já prevista ou pelos menos não se fala nisso, na instalação de VLS.
Creio que seria um bom up-grade para essa 3 plataformas.
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#20
Mensagem
por P44 » Sex Mai 27, 2005 9:33 am
acho que podemos ir tirando o cavalinho da chuva...mais a mais com a recessão e as dificuldades económicas que estamos a passar...
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#22
Mensagem
por P44 » Sex Jun 03, 2005 8:22 am
Triste sina ter nascido português
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Charlie Golf
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#23
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por Charlie Golf » Seg Jun 06, 2005 6:54 pm
O artigo do "Diário Digital" refere a modernização dos 3 sistemas CIWS Raytheon MK-15 Phalanx já existentes nas fragatas da classe "Vasco da Gama" ao padrão Block 1B mas penso que seria adequada a aquisição de 3 outras unidades CIWS, perfazendo 2 por navio (uma à vante e outra à ré na posição original) de modo a que o vaso de guerra dispusesse de cobertura autónoma anti-míssil (e não só) de praticamente 360º.
MK-15 PHALANX BLOCK 1B UPGRADE
Block 1B Phalanx Surface Mode (PSUM) incorporates a side mounted Forward Looking Infrared Radar (FLIR) which enables CIWS to engage low slow or hovering aircraft and surface craft. Additionally, the FLIR assists the radar in engaging some ASCM’s bringing a greater chance of ship survivability. Block 1B uses a thermal imager Automatic Acquisition Video Tracker (AAVT) and stablilization system that provide surface mode and electro-optic (EO) angle track. These Block 1B enhancements will allow day/night detection capability and enable the CIWS to engage small surface targets, slow-moving air targets, and helicopters.
Isso levaria a que as nossas VG se viessem a assemelhar precisamente à classe "Hydra" grega (MEKO 200HN, construídas directamente a partir das nossas modelo 200PN) mas sem o SH-60 Aegeanhawk a bordo, e claro, o VLS ou ESSM.
Desenho mostrando a Fragata Helénica MEKO 200HN "Hydra"(F-452) que dá o nome à classe de 4 navios.
Credits: Naval Technology
http://www.hellenicnavy.gr/frigates_m_en.asp
http://www.segurancaedefesa.com/meko.html
http://www.naval-technology.com/projects/hydra/
http://www.globalsecurity.org/military/ ... /hydra.htm
P.S:
Tabela comparativa entre os diferentes designs derivados da Blöhm und Voss MEKO 200
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
(Deste modo alcançamos as estrelas)
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Rui Elias Maltez
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#24
Mensagem
por Rui Elias Maltez » Ter Jun 07, 2005 11:11 am
As
Meko gregas e turcas possuem VLS.
As nossas não.
Que pena que não se aproveite a oportunidade para isso, ou como sugeriu o Charlie, colocar mais 3 CIWS.
Isso daria capacidade militar acrescida.
Um apregoado
up-grade sem isso, é o mesmo que nada, a menos que se limitem a pintar os navios de novo e beneficiar as cozinhas e casas de banho.
E o mais interessante é vermos que as verbas para esse
Up-grade, em termos de LMP é curta de mais.
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#25
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por P44 » Qua Jun 15, 2005 12:56 pm
Realmente o sistema de defesa CIWS fica bastante reduzido só com um Phalanx na ré...imaginemos que vem um missil na direcção da PROA duma VdG...só se o CIWS mandasse os mastros abaixo primeiro é que podia tentar atingir o dito missil...
Já agora, qual é o custo de um CIWS Phalanx?????
(de referir o o mm problema / limitação irá suceder com as OHP, que também só possuem um CIWS por cima do hangar....)
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#26
Mensagem
por alfsapt » Qua Jun 15, 2005 1:15 pm
P44 escreveu:Realmente o sistema de defesa CIWS fica bastante reduzido só com um Phalanx na ré...imaginemos que vem um missil na direcção da PROA duma VdG...só se o CIWS mandasse os mastros abaixo primeiro é que podia tentar atingir o dito missil...
Esta sempre foi uma enorme dúvida que tive desde que primeiro vi uma Vdg. Ainda hoje questiono-me se em vez de um VLS atrás da peça não deveria ser instalado outro sistema de defesa do tipo. Nem que para tal o VLS substitua o lançador óctuplo?!
Embora compreenda que o navio bem manobrado (se o termo não estiver mal) pode resolver 9X% dos cenários. Mas mesmo 99% não são 100%.
...a minha ignorância sobre os sistemas de armas nunca me deixou colocar essa questão...
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#27
Mensagem
por JLRC » Qua Jun 15, 2005 8:41 pm
alfsapt escreveu:Esta sempre foi uma enorme dúvida que tive desde que primeiro vi uma Vdg. Ainda hoje questiono-me se em vez de um VLS atrás da peça não deveria ser instalado outro sistema de defesa do tipo. Nem que para tal o VLS substitua o lançador óctuplo?!
Alfsapt
O VLS se vier a ser instalado, será no lugar do lançador Mk 29, por cima do hangar. Poderá ser um VLS Mk 41 ou Mk 48 (como o das Karel Doorman). À vante, só poderá ser montado um 2º Phalanx, como as gragas. Já agora só uma correcção. Li que as Meko turcas possuem todas VLS. Isso não é verdade. A Turquia possui 8 Meko 200 e só as 2 últimas possuem VLS Mk 41. As 6 primeiras têm um lançador Mk 29, idêntico ao das VdG.
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#28
Mensagem
por alfsapt » Qui Jun 16, 2005 6:50 am
JLRC escreveu:alfsapt escreveu:Esta sempre foi uma enorme dúvida que tive desde que primeiro vi uma Vdg. Ainda hoje questiono-me se em vez de um VLS atrás da peça não deveria ser instalado outro sistema de defesa do tipo. Nem que para tal o VLS substitua o lançador óctuplo?!
Alfsapt
O VLS se vier a ser instalado, será no lugar do lançador Mk 29, por cima do hangar. Poderá ser um VLS Mk 41 ou Mk 48 (como o das Karel Doorman). À vante, só poderá ser montado um 2º Phalanx, como as gragas. Já agora só uma correcção. Li que as Meko turcas possuem todas VLS. Isso não é verdade. A Turquia possui 8 Meko 200 e só as 2 últimas possuem VLS Mk 41. As 6 primeiras têm um lançador Mk 29, idêntico ao das VdG.
É assim: quem sabe, sabe. Quem não sabe mete água.
Santa ignorância ...
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#29
Mensagem
por Rui Elias Maltez » Qui Jun 16, 2005 7:45 am
Alfsapt:
Quando nós, simples mortais temos dúvidas consultamos o velho JLRC, que qual Oráculo de Delphos nos esclarece sempre sobre esses pormenores mais íntimos dos sistemas navais.
Mande sempre que o JLRC responde e esclarece.
Só nunca me disse do porquê da sua embirração para com as
La Fayette, mas isso deve ser o seu ódio de estimação
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JLRC
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#30
Mensagem
por JLRC » Qui Jun 16, 2005 11:42 am
Rui Elias Maltez escreveu:Só nunca me disse do porquê da sua embirração para com as
La Fayette, mas isso deve ser o seu ódio de estimação
Meu querido amigo Rui
Mais uma vez lhe explico que não tenho nada contra as Lafayette, ainda por cima, como sabe, o meu pai também se chamava Lafayette. Acontece que penso que são grandes cascos com pouco armamento, nem sequer um sonar e torpedos ASW elas têm, nem uns míseros mísseis Sea Sparrow, já para não falar nuns Aster 15. É só por isoo. Penso que são navios bonitos, com características furtivas mas pouco armados. São fragatas para mostrarem a bandeira, para patrulha e não para escolta, para conflitos de baixa intensidade. Para esse efeito, uns NPO um pouco melhor armados fazem o mesmo efeito e serão certamente, mais baratos. É essa a razão.