POLÍTICA À PORTUGUESA
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POLÍTICA À PORTUGUESA
Uma vez que por vezes há colegas que colocam nesta "área livre" do DB notícias e assuntos relacionados com aspectos politicos e de actualidade política e social em Portugal, resolvi abrir este tópico para o qual convidava todos os colegas que o desejam a postar aqui aspectos da política portuguesa, que se revistam de algum modo insólitos ou dignos de serem vistos e discutidos.
- Rui Elias Maltez
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Capa:
O Avante!, órgão central do PCP, "reabilitou" nas duas últimas semanas o dirigente comunista mais polémico de sempre. Após um longo período de silêncio, Estaline voltou a estar em foco no semanário comunista a propósito do 60.º aniversário do fim da II Guerra Mundial na Europa. O jornal dedicou mesmo uma notícia, na sua última edição, ao antigo ditador soviético sob o título "Estaline homenageado".
A notícia, ao alto de uma página, sublinha que "milhares de pessoas" assistiram à inauguração de uma estátua do ex-ditador na cidade de Mirni, na Sibéria. "O presidente do município, Anatoli Popov, destacou Estaline como 'um filho ilustre da Rússia que entregou a seu povo tudo o que tinha talento, capacidades de organizador, firmeza e fidelidade, e não pediu nada em troca'."
Nesta mesma edição, em artigo assinado pelo chefe de redacção do Avante!, destaca-se a "figura de Estaline", que "não pode ser isolada dos outros dirigentes" da União Soviética, "tal como o PCUS [Partido Comunista da União Soviética] não podia encontrar-se isolado da vontade dos milhões de soviéticos, comunistas ou não".
Leandro Martins, que é membro do Comité Central do PCP, vai mais longe "Estaline teve o seu papel na vitória ao lado do povo." O chefe de Redacção do Avante! não estranha, por isso, que na Rússia actual "voltem a aparecer cidades em que se dá o nome de Estaline a ruas".
O antigo ditador, responsável por milhões de mortos na extinta URSS (ver caixa), é qualificado de "revolucionário soviético" pelo chefe de Redacção do Avante!. Leandro Martins elogia o regime que vigorou em Moscovo entre 1917 e 1991. Na sua opinião, foi "a mais brilhante conquista da história da humanidade".
Este membro do Comité Central denuncia aqueles que, na Rússia actual, mencionam os "crimes" (escrevendo a palavra deste modo, entre aspas) de Estaline. E contrapõe o antigo ditador soviético ao Prémio Nobel da Paz Mikhail Gorbatchov, último líder da União Soviética, enaltecendo o primeiro e denegrindo o segundo.
"Se Estaline teve o seu papel na vitória ao lado do povo, Gorbatchov teve o papel principal na derrota do socialismo, acompanhanado apenas por arrivistas e traidores de que se rodeou", escreve o chefe de Redacção do Avante!.
A "reabilitação" de Estaline teve início na edição de 5 de Maio do Avante!, que elogiava em manchete "a inteligência, coragem e determinação do Exército Vermelho, dirigido pelo PCUS" [de Estaline] na II Guerra Mundial. Nessa edição, num texto assinado por Luís Carapinha, dizia-se que o regime estalinista "salvou a Europa e o mundo do fascismo e abriu novos horizontes à luta de libertação dos povos".
Também nesse número do jornal comunista, Manuela Bernardino, membro da Comissão Política do PCP, destacava por sua vez o "contributo decisivo da URSS, do seu povo e do Exército Vermelho", em contraponto aos "compromissos, a conciliação e a traição da burguesia e dos seus governos que facilitaram o avanço do fascismo e o desencadeamento" da II Grande Guerra. Sem qualquer referência ao pacto de não-agressão entre a Alemanha nazi e a URSS, assinado em 23 de Agosto de 1939 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de Hitler e Estaline. Nove dias depois, a 1 de Setembro, começava o conflito mundial.
Ao abrigo desse pacto, enquanto as forças de Hitler atacavam os polacos pelo Ocidente, o Exército Vermelho ocupou o Leste da Polónia. Em 19 de Setembro, um comunicado conjunto germano-soviético assinalava que a tarefa dos dois países era "restaurar a paz e a ordem perturbadas pela desintegração do Estado polaco". Varsóvia cairia dez dias mais tarde.
Estaline é ainda elogiado, no Avante! de 5 de Maio, por ter promovido a liberdade religiosa na URSS "A igreja ortodoxa mantinha abertos ao culto, nessa altura de grandes riscos e sacrifícios, 20 mil templos, 67 mosteiros, oito seminários, três academias teológicas e dispunha de 31 mil sacerdotes ordenados. Quanto à questão polémica de se saber se existia ou não, na URSS, liberdade religiosa, estes números podem falar por si", escreve Jorge Messias, habitual colaborador do jornal.
in Diário de Notícias de 16/Maio/2005
O Avante!, órgão central do PCP, "reabilitou" nas duas últimas semanas o dirigente comunista mais polémico de sempre. Após um longo período de silêncio, Estaline voltou a estar em foco no semanário comunista a propósito do 60.º aniversário do fim da II Guerra Mundial na Europa. O jornal dedicou mesmo uma notícia, na sua última edição, ao antigo ditador soviético sob o título "Estaline homenageado".
A notícia, ao alto de uma página, sublinha que "milhares de pessoas" assistiram à inauguração de uma estátua do ex-ditador na cidade de Mirni, na Sibéria. "O presidente do município, Anatoli Popov, destacou Estaline como 'um filho ilustre da Rússia que entregou a seu povo tudo o que tinha talento, capacidades de organizador, firmeza e fidelidade, e não pediu nada em troca'."
Nesta mesma edição, em artigo assinado pelo chefe de redacção do Avante!, destaca-se a "figura de Estaline", que "não pode ser isolada dos outros dirigentes" da União Soviética, "tal como o PCUS [Partido Comunista da União Soviética] não podia encontrar-se isolado da vontade dos milhões de soviéticos, comunistas ou não".
Leandro Martins, que é membro do Comité Central do PCP, vai mais longe "Estaline teve o seu papel na vitória ao lado do povo." O chefe de Redacção do Avante! não estranha, por isso, que na Rússia actual "voltem a aparecer cidades em que se dá o nome de Estaline a ruas".
O antigo ditador, responsável por milhões de mortos na extinta URSS (ver caixa), é qualificado de "revolucionário soviético" pelo chefe de Redacção do Avante!. Leandro Martins elogia o regime que vigorou em Moscovo entre 1917 e 1991. Na sua opinião, foi "a mais brilhante conquista da história da humanidade".
Este membro do Comité Central denuncia aqueles que, na Rússia actual, mencionam os "crimes" (escrevendo a palavra deste modo, entre aspas) de Estaline. E contrapõe o antigo ditador soviético ao Prémio Nobel da Paz Mikhail Gorbatchov, último líder da União Soviética, enaltecendo o primeiro e denegrindo o segundo.
"Se Estaline teve o seu papel na vitória ao lado do povo, Gorbatchov teve o papel principal na derrota do socialismo, acompanhanado apenas por arrivistas e traidores de que se rodeou", escreve o chefe de Redacção do Avante!.
A "reabilitação" de Estaline teve início na edição de 5 de Maio do Avante!, que elogiava em manchete "a inteligência, coragem e determinação do Exército Vermelho, dirigido pelo PCUS" [de Estaline] na II Guerra Mundial. Nessa edição, num texto assinado por Luís Carapinha, dizia-se que o regime estalinista "salvou a Europa e o mundo do fascismo e abriu novos horizontes à luta de libertação dos povos".
Também nesse número do jornal comunista, Manuela Bernardino, membro da Comissão Política do PCP, destacava por sua vez o "contributo decisivo da URSS, do seu povo e do Exército Vermelho", em contraponto aos "compromissos, a conciliação e a traição da burguesia e dos seus governos que facilitaram o avanço do fascismo e o desencadeamento" da II Grande Guerra. Sem qualquer referência ao pacto de não-agressão entre a Alemanha nazi e a URSS, assinado em 23 de Agosto de 1939 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de Hitler e Estaline. Nove dias depois, a 1 de Setembro, começava o conflito mundial.
Ao abrigo desse pacto, enquanto as forças de Hitler atacavam os polacos pelo Ocidente, o Exército Vermelho ocupou o Leste da Polónia. Em 19 de Setembro, um comunicado conjunto germano-soviético assinalava que a tarefa dos dois países era "restaurar a paz e a ordem perturbadas pela desintegração do Estado polaco". Varsóvia cairia dez dias mais tarde.
Estaline é ainda elogiado, no Avante! de 5 de Maio, por ter promovido a liberdade religiosa na URSS "A igreja ortodoxa mantinha abertos ao culto, nessa altura de grandes riscos e sacrifícios, 20 mil templos, 67 mosteiros, oito seminários, três academias teológicas e dispunha de 31 mil sacerdotes ordenados. Quanto à questão polémica de se saber se existia ou não, na URSS, liberdade religiosa, estes números podem falar por si", escreve Jorge Messias, habitual colaborador do jornal.
in Diário de Notícias de 16/Maio/2005
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Escutas Milhares de escutas telefónicas foram efectuadas pela Polícia Judiciária, que acompanhou o "negócio" da "Vargem Seca" em tempo real
As suspeitas de irregularidades envolvendo uma empresa do Grupo Espírito Santo - a Escom - que monta pacotes de contrapartidas em negócios do Estado durante os processos de aquisição de equipamentos para as forças armadas, estiveram na origem da investigação que, na passada terça-feira, levou à detenção de Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS/PP e à constituição de mais quatro arguidos. Entre eles estão o administrador da Escom, Luís Horta e Costa, e o ex-ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes.
O JN sabe que o processo, denominado pela própria Procuradoria-Geral da República como o caso da "Herdade da Vargem Seca", por também envolver terrenos da propriedade com aquele nome, situada em Benavente, surge a partir de uma denúncia que chega à Polícia Judiciária Militar e que dá conta de suspeitas no negócio de aquisição de blindados para o reequipamento do Exército e da Marinha, entre outras operações.
Esta denúncia já continha referências à Escom, que estaria a negociar as viaturas em nome do Ministério da Defesa e não terá sido investigada, dando origem, aliás, ao desentendimento público entre o juiz Carlos Alexandre, então magistrado no Tribunal Militar, e o major-general Governo Maia, que dirigia a PJM.
Recorde-se, ainda, que o processo mais polémico dizia respeito à aquisição de 320 blindados, com um custo de 344 milhões de euros. Os concorrentes terão sido inicialmente a Steyr (Áustria), a Mowag Piranha (Suíça) e a Patria (Finlândia), tendo a última sido excluída em circunstâncias ainda hoje controversas.
A vencedora do concurso acabou por ser a Steyr, que era representada em Portugal pela empresa ETE. Embora a Piranha tivesse protestado o concurso, viu ser-lhe retirada a licença de representação pela sua empresa-mãe - o grupo norte-americano General Dynamics -, que era simultaneamente proprietária da empresa vencedora. A Patria recorreu, entretanto, para o Tribunal Administrativo, conseguindo a suspensão do concurso, depois retomado por autorização judicial.
Em Setembro do ano passado e já depois de ter feito algumas participações ao Conselho Superior da Magistratura, devido a alegadas ingerências nas investigações, o juiz Carlos Alexandre regressou à justiça civil, devido à extinção dos tribunais militares. Mesmo assim, o magistrado levou com ele os processos mais "quentes", que nunca tinham sido investigados.
No início da semana e após cerca de cinco meses de investigações, a cargo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal do Ministério Público, a Polícia Judiciária avançou para a detenção de um dos envolvidos, sobre quem haviam sido recolhidos mais elementos de prova, e a constituição de arguidos dos restantes. Foram entretanto feitas mais de uma dezena de buscas, designadamente à Escom, aos escritórios de advogadios de Nobre Guedes e Abel Pinheiro e a outras empresas do universo Espírito Santo.
Várias fontes contactadas pelo JN dão mesmo conta de que o caso "Herdade da Vargem Seca" não era o principal objectivo da investigação, tendo acabado por ser desencadeado pelas escutas telefónicas. Todo o "negócio" da autorização do empreendimento turístico acabou por ser acompanhado, quase em tempo real, pelos investigadores.
Por fim, refira-se que Abel Pinheiro, um dos homens do CDS/ /PP que na gestão de Paulo Portas era o responsável pela área financeira, foi indiciado, pelo Ministério Público, por corrupção passiva, activa e tráfico de influências, mas o juiz apenas considerou haver indícios fortes relativamente ao tráfico de influências. Os restantes crimes serão agora investigados.
negócio polémico
Procuradoria desmente caso SIRESP
A Procuradoria-Geral da República desmentiu, ontem, que o caso "Herdade da Vargem Seca" esteja relacionado com qualquer outra investigação, designadamente com o processo SIRESP (o sistema de comunicações adjudicado pelo anterior Governo, já em tempo de gestão). Disseram, também, não haver qualquer "investigação mais ampla, abrangendo todos os despachos produzidos nos vários ministérios, pelo anterior Governo", também em fase de gestão. A Procuradoria garantiu, ainda, não se tratar de um "megaprocesso".
in Jornal de Notícias de 13/Maio/2005
As suspeitas de irregularidades envolvendo uma empresa do Grupo Espírito Santo - a Escom - que monta pacotes de contrapartidas em negócios do Estado durante os processos de aquisição de equipamentos para as forças armadas, estiveram na origem da investigação que, na passada terça-feira, levou à detenção de Abel Pinheiro, ex-dirigente do CDS/PP e à constituição de mais quatro arguidos. Entre eles estão o administrador da Escom, Luís Horta e Costa, e o ex-ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes.
O JN sabe que o processo, denominado pela própria Procuradoria-Geral da República como o caso da "Herdade da Vargem Seca", por também envolver terrenos da propriedade com aquele nome, situada em Benavente, surge a partir de uma denúncia que chega à Polícia Judiciária Militar e que dá conta de suspeitas no negócio de aquisição de blindados para o reequipamento do Exército e da Marinha, entre outras operações.
Esta denúncia já continha referências à Escom, que estaria a negociar as viaturas em nome do Ministério da Defesa e não terá sido investigada, dando origem, aliás, ao desentendimento público entre o juiz Carlos Alexandre, então magistrado no Tribunal Militar, e o major-general Governo Maia, que dirigia a PJM.
Recorde-se, ainda, que o processo mais polémico dizia respeito à aquisição de 320 blindados, com um custo de 344 milhões de euros. Os concorrentes terão sido inicialmente a Steyr (Áustria), a Mowag Piranha (Suíça) e a Patria (Finlândia), tendo a última sido excluída em circunstâncias ainda hoje controversas.
A vencedora do concurso acabou por ser a Steyr, que era representada em Portugal pela empresa ETE. Embora a Piranha tivesse protestado o concurso, viu ser-lhe retirada a licença de representação pela sua empresa-mãe - o grupo norte-americano General Dynamics -, que era simultaneamente proprietária da empresa vencedora. A Patria recorreu, entretanto, para o Tribunal Administrativo, conseguindo a suspensão do concurso, depois retomado por autorização judicial.
Em Setembro do ano passado e já depois de ter feito algumas participações ao Conselho Superior da Magistratura, devido a alegadas ingerências nas investigações, o juiz Carlos Alexandre regressou à justiça civil, devido à extinção dos tribunais militares. Mesmo assim, o magistrado levou com ele os processos mais "quentes", que nunca tinham sido investigados.
No início da semana e após cerca de cinco meses de investigações, a cargo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal do Ministério Público, a Polícia Judiciária avançou para a detenção de um dos envolvidos, sobre quem haviam sido recolhidos mais elementos de prova, e a constituição de arguidos dos restantes. Foram entretanto feitas mais de uma dezena de buscas, designadamente à Escom, aos escritórios de advogadios de Nobre Guedes e Abel Pinheiro e a outras empresas do universo Espírito Santo.
Várias fontes contactadas pelo JN dão mesmo conta de que o caso "Herdade da Vargem Seca" não era o principal objectivo da investigação, tendo acabado por ser desencadeado pelas escutas telefónicas. Todo o "negócio" da autorização do empreendimento turístico acabou por ser acompanhado, quase em tempo real, pelos investigadores.
Por fim, refira-se que Abel Pinheiro, um dos homens do CDS/ /PP que na gestão de Paulo Portas era o responsável pela área financeira, foi indiciado, pelo Ministério Público, por corrupção passiva, activa e tráfico de influências, mas o juiz apenas considerou haver indícios fortes relativamente ao tráfico de influências. Os restantes crimes serão agora investigados.
negócio polémico
Procuradoria desmente caso SIRESP
A Procuradoria-Geral da República desmentiu, ontem, que o caso "Herdade da Vargem Seca" esteja relacionado com qualquer outra investigação, designadamente com o processo SIRESP (o sistema de comunicações adjudicado pelo anterior Governo, já em tempo de gestão). Disseram, também, não haver qualquer "investigação mais ampla, abrangendo todos os despachos produzidos nos vários ministérios, pelo anterior Governo", também em fase de gestão. A Procuradoria garantiu, ainda, não se tratar de um "megaprocesso".
in Jornal de Notícias de 13/Maio/2005
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Para mais trafulhices á portuguesa, nomeadamente os negócios de S. Eminência o Beco da Bicha Paulo Portas:
http://www.defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=2598
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Triste sina ter nascido português
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Primeiro esta pressa nas adjudicações, e até admito que hajam razões para pressa na renovação dos equipamentos, depois o que começa a vir ao de cima sobre as movimentações dos lobbies, e dos negócios paralelos, com ministros do CDS à mistura (os tais que eram supstamente impolutos, competentes e imunes às "trafulhices" do PSD), e finalmente um défice real a rondar o 7%.
Será que mais uma vez o reequipamento das FA's ficará a esperar por melhores anos, ou seja, para daqui a uns 30 anos mais?
Será que mais uma vez o reequipamento das FA's ficará a esperar por melhores anos, ou seja, para daqui a uns 30 anos mais?
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no DIÁRIO DE NOTICIAS de hoje:
Ah como era bom o governo CDS/PSD do Burrão , do Santanaz e do Beco da Bicha Portas!!!!!
Constâncio já fala em "medidas difíceis"
Governador do BP diz que vai ser preciso fazer "pedagogia" ao explicar situação real
aumentar impostos? Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, diz que é preciso preparar os portugueses para os anos duros
francisco almeida leite
rudolfo rebêlo
redução do défice exige "medidas difíceis, diversas e abrangentes", que não poderão ser tomadas sem antes serem explicadas "Exigem pedagogia para que os portugueses possam comprender a situação", avisou ontem Vítor Constâncio, à saída da reunião de uma hora e meia com o Presidente da República.
A tarefa que Sócrates e o ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, têm em mãos é essencial porque só depois de se "resolver o problema financeiro" se pode passar "ao crescimento económico". Daí que, adiantou o governador do Banco de Portugal, a redução será um esforço de"alguns anos" e "gradualista". Sem destapar qual o real valor em que se situa, Constâncio assumiu que "estamos perante um problema orçamental" e que a tarefa não se afigura fácil. Até porque a situação "é um pouco pior do que prevíamos em Janeiro". De tal maneira que o governador - após ter referido que Jorge Sampaio "está bem informado" e "preocupado com a situação económico-financeira do País" - diz querer apoiar a título pessoal e institucional as medidas que vierem a ser tomadas pelo Executivo socialista, isto apesar de, por exemplo, não se querer pronunciar sobre um eventual aumento da carga fiscal.
derrocada. Como surgiu o desastre nas contas públicas, a ponto de os analistas falarem num défice real acima dos 7,0% do PIB? Entre 2002 e 2004, os sucessivos governos despejaram na economia mais de 8,4 mil milhões de euros em receitas extraordinárias, para segurar o défice anual nos 3,0% do PIB. Uma cifra que daria para construir quatro pontes Vasco da Gama e mais alguns quilómetros de troços de auto-estradas.
Para 2005, Bagão Félix, o ministro das Finanças do Governo de Pedro Santana Lopes, planeava captar - com a venda de imobiliário do Estado - mais de dois mil milhões de euros em receitas extraordinárias para não violar o Pacto de Estabilidade. Mas cedo ficou à vista que as contas estavam erradas. Em finais de Março deste ano, no Parlamento, Luís Campos e Cunha, o novo ministro das Finanças, falava em "irrealismo do Orçamento herdado". Os números impressionam mais de 700 milhões de euros em encargos com as Scut não foram orçamentados; outros 250 milhões de euros, necessários para actualizar os salários dos funcionários públicos, estavam cativados - sendo assim não figuram no défice - e as contas do Estado estavam suborçamentadas em 1700 milhões.
Para um orçamento que já necessitava à partida de 2,3 mil milhões de euros em receitas extraordinárias - quase 1,6% do PIB -, as contas das receitas fiscais baseavam-se ainda num crescimento de 2,4% da economia. Ora, as estimativas mais recentes indicam que a economia deverá crescer metade da previsão inicial.
soluções. O recurso a receitas extraordinárias está fora do cardápio das soluções. Dentro de poucas semanas, o Governo apresentará o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), onde descreverá a redução orçamental ao longo dos próximos anos. De acordo com Campos e Cunha, existirá uma redução orçamental de 1,2 % do PIB por ano, durante esta legislatura, para que, em 2008, o défice volte ao limite dos 3%.
Cortes na saúde, travagem nas despesas das promoções automáticas dos professores do ensino primário e secundário, "recomposição das despesas sociais", ajustamento nas Scut e revisão nos subsídios de desemprego são algumas das soluções adiantadas pelos economistas para conter a despesa; aumentos dos impostos indirectos, como o imposto automóvel ou mesmo o IVA, poderão ser um recurso do lado da receita orçamental. "Penso que continua a faltar um programa plurianual de redução de despesa corrente", afirma Guilherme d'Oliveira Martins, ex-ministro das Finanças no último Governo de Guterres e actual deputado do PS. O deputado não exclui aumento de impostos, mas avisa que terão de existir "os maiores cuidados antes de tomar quaisquer medidas", sob pena de aumentar a fraude e evasão fiscal.
Caso o défice de 2005 atinja os 7,0% do PIB "não fico surpreendido", diz Miguel Beleza, ex-ministro das Finanças. "Mas é mau! Vamos ver se isto não tem repercussão nos institutos de rating", agravando os juros da dívida. Beleza espera também que a Comissão Europeia não faça do défice português "um caso exemplar" de penalizações e acha possível um corte anual nas despesas estatais no valor de 1,2% do PIB. "O que é necessário é coragem e apoio do primeiro- ministro", diz, referindo-se a recentes notícias segundo as quais Sócrates poderia pôr travão a cortes de Campos e Cunha.
Pina Moura, outro ex-ministro das Finanças socialista, afirma que a "grave crise" tem de ser "enfrentada e não mais adiada". Para o actual administrador da Iberdrola e deputado do PS, é necessário "medidas estruturais para reduzir a rigidez da despesa pública" e "estimular o relançamento da economia". O esforço para reequilibrar as contas públicas é "para salvaguardar o Estado Social e evitar que Portugal se torne num Estado pária no âmbito da zona euro".
Ah como era bom o governo CDS/PSD do Burrão , do Santanaz e do Beco da Bicha Portas!!!!!
Triste sina ter nascido português
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do JORNAL DE NOTICIAS, outra dos impolutos
Esta malvada comunicação social, toda na mão dos comunas!!!!!
GUANTANAMO com eles!
ou Abu Graib!!!!!
mainada!!!!!!
Telmo Correia e Costa Neves incorrem em crime
O alegado facto de o despacho que autorizava a corte dos sobreiros estar datado de 16 de Fevereiro (quatro dias antes das eleições), ter sido assinado por Telmo Correia e Costa Neves, respectivamente ministros do Turismo e da Agricultura, cerca de duas semanas depois, poderá levar os ex-governantes ao banco dos réus.
Quer Telmo Correia, do CDS/PP, quer Costa Neves, do PSD, podem incorrer num crime de falsificação de documentos, agravado por se tratar de um "documento autêntico" e os factos serem praticados por "funcionário no exercício das suas funções". A pena prevista é de um a cinco anos de cadeia.
Refira-se ainda que, caso o actual Governo não tivesse revogado o despacho conjunto que permitia o empreendimento turístico em Benavente, esse também seria anulado, bastando, para tal, que se provasse a falsificação.
Acrescente-se também que a alegada falsificação das datas foi noticiada no sábado pelo Expresso, que dava nota da existência de documentos que a comprovavam. Segundo noticiava o semanário, o chefe de gabinete de Nobre Guedes teria enviado uma anotação ao seu homólogo da Agricultura, pedindo-lhe que o despacho fosse assinado. Fez o mesmo pedido para o Ministério do Turismo, porque nessa altura o despacho apenas continha uma assinatura. Foi também esse um dos motivos - dúvidas sobre a data em que o despacho foi assinado - que levou o actual ministro da Agricultura, Jaime Silva, a revogar o documento e a dar sem efeito o negócio.
Contactado pelo JN, Telmo Correia não quis pronunciar-se sobre o momento em que assinou o despacho, mas disse "aguardar serenamente o esclarecimento do processo, em particular a questão concreta das datas".
Se Telmo Correia se manifestou "confiante" no resultado das investigações, embora sem precisar quando assinou o documento, já Costa Neves admitiu, em declarações ao Expresso, "não saber" em que data o fez. Admitiu, na ocasião, que "sabia que este podia ser revogado" pelo novo Governo, reiterando "estar de consciência tranquila". Lembrou também a importância daquele investimento no concelho.
O JN tentou, ontem, sem sucesso, obter um comentário de Costa Neves.C.S. e T.L
Esta malvada comunicação social, toda na mão dos comunas!!!!!
GUANTANAMO com eles!
ou Abu Graib!!!!!
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Triste sina ter nascido português
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Expresso, passado sábado
CASO PORTUCALE
Data foi falseada
Os ministros da Agricultura e do Turismo assinaram o despacho, a pedido de Nobre Guedes, já depois de o Governo ter perdido as eleições
Judiciária investiga relações do BES com o Grão-Pará
Grão-Pará não paga Segurança Social há cinco anos
O DESPACHO que viabilizou o abate de sobreiros para o empreendimento turístico do Grupo Espírito Santo, em Benavente, foi assinado já depois das eleições de 20 de Fevereiro, em que os partidos do Governo foram derrotados, e não antes, como consta da data oficial (16 de Fevereiro). Documentação a que o EXPRESSO teve acesso revela que Luís Nobre Guedes foi o primeiro a assinar, mas só na semana a seguir às legislativas apelou a Costa Neves, ministro da Agricultura, e a Telmo Correia, ministro do Turismo, para subscreverem com urgência o documento.
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