Argentina, Brasil e o naufrágio do Mercosul

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FinkenHeinle
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#31 Mensagem por FinkenHeinle » Seg Jan 24, 2005 12:35 am

Olá!


Vou dizer pra vocês o que venho dizendo à todos faz tempo:

O BRASIL NÃO PRECISA DE UM PRESIDENTE, O BRASIL PRECISA DE UM LÍDER!

Presidente, qualquer um pode ser! Agora, um líder, isso são poucos!




Atte.
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#32 Mensagem por ZeRo4 » Seg Jan 24, 2005 3:05 am

O que isso quer dizer Finken ?!




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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VICTOR
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#33 Mensagem por VICTOR » Seg Mai 02, 2005 10:51 am

02/05/2005 - 08h31

Argentina diz que é hora de endurecer relação com o Brasil, diz "Clarín"

VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, que está em Washington (EUA), reuniu seis embaixadores argentinos neste fim de semana para discutir um assunto específico na agenda do país: um endurecimento nas relações com o Brasil. A informação foi publicada hoje pelo site do maior jornal argentino, o "Clarín".

"O que está em jogo é a aliança estratégica bilateral que, apesar das declarações de princípios, acaba por nunca se concretizar", diz o jornal.

De acordo com a reportagem, o presidente argentino, Néstor Kirchner, está cansado das travas econômicas brasileiras, da falta de apoio do governo à Argentina no FMI (Fundo Monetário Internacional) e do papel central que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer exercer na região, segundo um funcionário do Ministério das Relações Exteriores não-identificado.

O porta-voz do ministério, Oscar Feito, tentou, no entanto, minimizar o tom de crítica ao Brasil da reunião. "[O encontro] foi convocado para analisar a posição da Argentina no mundo, após a saída do ´default` [moratória]. O Brasil ocupou apenas 20% das deliberações", disse Feito.

A iniciativa do governo brasileiro de tentar mediar a crise no Equador teria sido uma das "gotas que fez transbordar o copo", diz o "Clarín". Para o governo Kirchner, esse era um trabalho que cabia à OEA (Organização dos Estados Americanos).

A fonte diplomática ouvida pelo "Clarín" ainda disse que Kirchner nunca teve uma boa relação pessoal com Lula e que o presidente argentino pensa que o Brasil quer ocupar quantos cargos houver nas organizações internacionais, seja na ONU, seja na FAO (Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), seja até mesmo no Vaticano.

Mesmo tendo fronteira com a Venezuela e estando perto do Equador, as ambições do Brasil na América Latina são desmesuradas, segundo outro representante diplomático argentino ouvido pelo "Clarín".

A reunião de diplomatas argentinos ocorreu no sábado e no domingo, nas residências do embaixador argentino em Washington, José Octavio Bordón, e do embaixador argentino para a OEA, Rodolfo Gil, respectivamente.

Com agências internacionais




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#34 Mensagem por Carpoa » Seg Mai 02, 2005 12:19 pm

no fundo os Brasileiros superestimam os argentinos. Eles são um pais médio. E são espanhois ( leis-se arrogantes e excentricos ), o que eles tiveram de riqueza foipor causas de uma condição artificial dada pela inglaterra em determinado periodo da historia. Há pessoas competentes por lá, só que são poucas. A diplomacia brasileira mostra novamente seu nivel ao desprezar essa noticia vinculada ao Clarin. Parabens ao Itamaraty.




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argentina

#35 Mensagem por mauro sanches dias » Seg Mai 02, 2005 3:58 pm

Ola pessoal meu nome é mauro sou novato neste forum.
A agentina no momento esta americanisando as suas forças. Como sempre não joga limpo. pretende explodir com a parte dela no Mercosul em troca de uma vantagem com o FMI. Com isso precisa de uma ajuda dos Norte americanos, o mais interessante essa informação deles sobre o Brsasil tenha "vasado" logo após a pssagem pelo continente de dois secretários de estados americanos e a recusa brasileira a dois pedidos deles ( dos americanos), certamente estão oferecendo aos argentinos uma entrada na Alca, em termos bem parecidos com a dos mexicanos.
Vem chumbo grosso pra cima da gente.

:twisted: 15 de abril de 2005
EUA oferecem assistência à Argentina
No final de março, durante uma breve visita à Argentina, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, suspendeu o embargo à
transferência de tecnologia sensível à Argentina, imposto imediatamente após a guerra das Malvinas. Rumsfeld ofereceu ao seu par argentino, José Pampuro, a transferência de tecnologia ligada à área de satélites (como o emprego de comunicações por satélite) e mísseis (como por exemplo a da fabricação de mísseis ar-ar e ar-terra).
Durante as reuniões mantidas na ocasião, ficou acertado que equipes técnicas dos dois países prepararão protocolos de entendimento a serem assinados pelos presidentes Bush e Kirchner em seu encontro em Mar del Plata en novembro, por ocasião do encontro de “Cúpula das Américas”. Na análise mais detalhada sobre as áreas em que a Argentina receberá assistência estarão envolvidos o Diretor de Investigação e Engenharia para a Defesa do Pentágono, o ex-astronauta Ronald Sega, e os diretores do Instituto Científico y Técnico de las Fuerzas Armadas (CITEFA) e do INVAP, esse último o organismo encarrregado de desenvolver um radar (em princípio 2D, com o 3D a ser produzido dentro de cinco anos). Esse foi exatamente um dos pontos tratados por Rumsfeld à luz dos perigos percebidos na área da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina, Paraguai), sobretudo tendo em conta o desaparecimento na Nicarágua de cerca de 200 mísseis antiaéreos portáteis. Com respeito aos radares, um negócio que ronda os US$600 milhões, o governo americano sugere que se opte por produzir os modelos desenvolvidos pelas Northrop. A diferença dos modelos importados em relação aos de produção local está no custo, duas vezes maior. Por outro lado, os modelos argentinos levariam muito tempo a entrar em serviço. Atualmente, e de forma provisória, a lacuna é coberta pelos redares móveis Westinghouse AN/TPS-43 do Grupo de Vigilancia y Control del Espacio Aéreo, da Fuerza Aérea Argentina.
Outro dos assuntos tratados foi a possibilidade de que o Campo de Mayo (nas cercanias de Buenos Aires, onde se encontra o importante centro de treinamento CAECOPAZ – Centro Argentino de Entrenamiento Conjunto para Operaciones de Paz) seja utilizado para o treinamento de tropas australianas e neo-zelandesas antes do seu envio ao Iraque e ao Afeganistão, onde por mandato da ONU interviriam como Forças de Paz. Os efetivos totais envolvidos seriam pelo menos de 2.000 militares. Coincidentemente, os exércitos das duas nações em questão tiveram atuação contrária à Argentina durante a guerra das Malvinas, embora de forma dissimulada. Atualmente treinam no referido Centro militares de vários países, entre eles: Brasil, Bélgica, Estados Unidos, Equador e Venezuela. Rumsfeld destacou também o trabalho das forças argentinas enviadas ao Haiti, sob mandato da Organização das Nações Unidas (Juan Carlos Cicalesi e César Del Gaizo.
:evil: O texto acima é diz tudo, e esplica-se por inteiro




Editado pela última vez por mauro sanches dias em Dom Mai 08, 2005 6:23 pm, em um total de 2 vezes.
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#36 Mensagem por Paisano » Seg Mai 02, 2005 6:09 pm

Argentina analisa endurecimento das relações com o Brasil, diz jornal

Fonte: O Globo

RIO - Com dois dias disponíveis em Washington, o chanceler argentino, Rafael Bielsa, convocou neste fim de semana seis embaixadores peronistas de longa experiência diplomática para discutir a agenda externa, em particular, um endurecimento em relação ao Brasil.

- Kirchner está cansado dos entraves econômicos brasileiros, a falta de apoio do governo brasileiro à Argentina junto ao FMI e também da liderança que o presidente Lula quer na região - disse ao jornal Clarín, em entrevista publicada nesta segunda-feira, um funcionário da Chancelaria.

Segundo o jornal argentino, a gota d'água que fez transbordar o sentimento antibrasileiro foi a iniciativa do Itamaraty de mediar a crise equatoriana através da Confederação Sul-Americana de Nações, apesar de este ser, segundo o governo de Kirchner, um trabalho que diz respeito à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Bielsa chegou a ser convidado pelo chanceler brasileiro Celso Amorim para participar da missão da CSN como presidente pró-tempore do Grupo do Rio, mas declinou do convite.

- Houve falta de acordo - reconheceu ao Clarín o porta-voz da chancelaria argentina, Oscar Feito, que participou das reuniões de Washington.

Segundo o jornal, citando fontes da chancelaria, Kirchner nunca teve uma boa relação pessoal com Lula e acredita que o Brasil está tentando ocupar todos os cargos disponíveis nos organismos internacionais.

- Se há um lugar na OMC, o Brasil quer; se há um lugar na ONU, o Brasil quer; se há um lugar na FAO, o Brasil quer. O Brasil quis até mesmo eleger um papa - teria dito Kirchner, recentemente, segundo essa mesma fonte.

Ainda de acordo com o jornal, a maioria dos diplomatas de carreira da Chancelaria argentina, embora não simpatizem com Kirchner politicamente, concorda com o freio que o país quer colocar nas ambições do Brasil na região.




César
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#37 Mensagem por César » Seg Mai 02, 2005 11:44 pm

"Quando um não quer, dois não brigam", já dizia o ditado. O Mercosul não vai sobreviver se a Argentina viver boicotando o mesmo.

Bem, só posso sentir pena da política Argentina. Obviamente que o Brasil tem sérios problemas políticos e faz muitos erros, mas o que os Argentinos vivem falando já está ficando sem sentido algum. São eles que bloqueiam as nossas exportações de eletrodomésticos e somos nós que atrapalhamos o Mercosul? Foi o Brasil(e seus empresários) um dos poucos países que investiram na Argentina durante a crise e a ajudaram, mas ainda assim somos nós que os prejudicamos? Nossa Senhora!

Uma hora é o Brasil, outra são os EUA, o FMI, a ALCA, a posição de Saturno.... sempre alguém tenta ferrar a Argentina, eles nunca fazem decisões erradas... Que patético!

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#38 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Mai 03, 2005 12:32 am

- Se há um lugar na OMC, o Brasil quer; se há um lugar na ONU, o Brasil quer; se há um lugar na FAO, o Brasil quer. O Brasil quis até mesmo eleger um papa - teria dito Kirchner, recentemente, segundo essa mesma fonte.


E que mal há nisso? Somos um país querendo mais espaço no mundo. Que esse babaca vá olhar pro próprio país e levantar seu traseiro incompetente da cadeira para tentar colocar um argentino em um cargo importante. Depois vai vir pedir de joelhos uma esmola pro Brasil, iagual a quando emprestamos 1 bi do BNDES no ápice da crise argentina. Isso ele não lembra! Deve ser muito incompente para tirar o país dele do atoleiro que se meteu e quer ficar jogando a culpa em cima dos outros. Típico de país de terceiro mundo e de governos incompetentes.




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#39 Mensagem por J.Ricardo » Ter Mai 03, 2005 10:22 am

Governo recua e diz não pretender liderança na América do Sul

VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

Após as ameaças argentinas de endurecimento das relações com o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, descartou em Paris a pretensão brasileira de assumir a liderança na América do Sul.

"O Brasil não pretende assumir nenhum papel de liderança", disse Amorim. "O Brasil não pode deixar de fazer as coisas que tem de fazer, no interesse dele, Brasil, sem ofender ninguém, e no interesse da própria região, dos países da América do Sul."

A declaração é um recuo em relação ao que disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no programa de rádio "Café com o Presidente". "O Brasil não abrirá mão de cumprir o seu papel nessa integração. Como maior economia, como maior população, como país de maior potencial científico e tecnológico, nós temos obrigação de estar dando condições para que esse crescimento não se dê apenas dentro do Brasil, mas para que ele se dê, sobretudo, nos países que fazem fronteira conosco", disse o presidente.

Amorim disse que tudo tem de ser feito em estreita consulta com a Argentina e com outros países sul-americanos. "Acho que há muita fumaça em tudo isso (...) No caso das relações entre Brasil e Argentina, há muita matéria para a mídia, mas nada que nos preocupe."

Segundo ele, a relação do Brasil com a Argentina é muito boa e que as duras críticas feitas ao Brasil atribuídas ao presidente argentino são apenas "especulação".

"Vamos deixar de especulação (...) Temos tido uma relação muito boa com a Argentina. Acho que há momentos em que podemos até ter abordagens diferentes em relação a determinados temas. Mas, no essencial, têm sido muito semelhantes, em particular nas negociações comerciais", disse Amorim. "As posições são muito semelhantes, têm sido muito bem coordenadas, de modo que não vejo essas coisas com muita preocupação."

O ministro afirmou ainda que o Brasil apoia as causas argentinas. "Por exemplo, causou-nos incômodo ver um mapa da União Européia que colocou as Malvinas como parte da União Eeuropéia. Vamos ver como a América do Sul como um todo poderá reagir a isto."

Amorim está em Paris, para uma reunião com o representante comercial americano, Robert Portman, e para uma reunião do G20 (grupo de países em desenvolvimento, liderado pelo Brasil).

O diário argentino "Clarín" publicou ontem reportagem em que representantes diplomáticos argentinos fizeram críticas ao Brasil, atribuindo-as ao presidente Kirchner. Entre as críticas estariam a de que o Brasil impõe entraves econômicos e que pretendem assumir papel de liderança regional na América do Sul




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#40 Mensagem por Carpoa » Ter Mai 03, 2005 11:24 am

A diplomacia argentina é um tanto imatura.

O que aconteceu é que eles estão magoados por começarem a perceber a utopia terem as Falklands. A realidade dói.
A reclamação argentina não procede do ponto de vista juridico, e a Inglaterra... é a Inglaterra. Ora pois. Os argentinos estão procurando algo para se coçar. E a educação que eles receberam a respeito de seu papel na america do sul era totalmente irrealista. pouco a pouco eles estão percebendo o peso do vizinho e isto incomoda. Creio que a atitude do Itamaraty é de administração da histeria dos platinos isso não é a primeira vez que acontece.




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#41 Mensagem por J.Ricardo » Ter Mai 03, 2005 11:47 am

Ministro argentino admite diferenças com Brasil

VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Rafael Bielsa, admitiu ontem as diferenças nas relações entre o Brasil e a Argentina, mas assumiu um tom mais diplomático, diferente do discurso de que a Argentina iria "endurecer" em relação ao Brasil.

Segundo reportagem desta terça-feira no site do diário portenho "La Nación", quase ao mesmo tempo em que Bielsa defendia a importância do Mercosul --"diferente do Brasil, que privilegia a CSN [Comunidade Sul Americana de Nações]", diz o diário--, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizia, no programa de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil "não abrirá mão de cumprir seu papel de integração" entre os países da América do Sul.

Bielsa disse ainda que o governo argentino irá insistir para que o governo brasileiro dê uma resposta ao documento enviado em setembro pelo ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, em que reclama vantagens comerciais para produtos argentinos exportados para o Brasil.

"A tarefa prioritária da agenda da Argentina é fazer que o Mercosul aconteça, e isso implica resolver as questões macroeconômicas, como indica o Tratado de Assunção", disse Bielsa.

"Sempre vai haver relações entre dois vizinhos, e quando há tanto capital histórico entre os dois, há idas e vindas. Esta é uma vinda, mas, se não deixarmos espaço para dúvidas e trabalharmos com firmeza e com profissionalismo, teremos novamente uma ida."

O ministro ressaltou que há de fato um "déficit institucional" no Mercosul, que é preciso resolver antes de tratar da CSN e que a crise no Equador é um dos pontos de divergência na relação com o Brasil. A resposta ideal teria sido um comunicado conjunto da CSN, do Grupo do Rio (que reúne 19 países das três Américas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos), segundo Bielsa.

Fontes diplomáticas disseram ontem que a reunião de diplomatas argentinos ocorrida em Washington no último fim de semana não foi em absoluto convocada para tratar das relações com o Brasil. O porta-voz do ministério, Oscar Feito, disse que o Brasil não tomou mais que 20% da reunião. "Tratamos das ilhas Malvinas, da Europa, dos EUA e do Mercosul", disse Feito.

"Irritação"

O diretor de Relações Internacionais da Universidade de San Andrés, Juan Gabriel Tokatlian, disse que o processo de renegociação da dívida argentina, ocorrido entre janeiro e fevereiro deste ano, foi um ponto de "bastante irritação" com o Brasil. Entre as críticas ao Brasil atribuídas ao presidente argentino, Néstor Kirchner, estava a de que o governo não deu apoio à Argentina no FMI (Fundo Monetário) no processo de renegociação da dívida.

"Após a renegociação, abre-se a possibilidade de definirmos se o que queremos é uma associação estratégica com o Brasil o se seguiremos nesta situação de oscilações recorrentes que pode debilitar não apenas as relações bilaterais, mas também o Mercosul."

"A Argentina não pode disputar politicamente o protagonismo [na América do Sul] com o Brasil. Temos que fixar uma política clara de associação. Eles têm um peso econômico e político no mundo que nós não temos", disse o reitor da Universidade nacional Três de Fevereiro, Aníbal Jozami.




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#42 Mensagem por FinkenHeinle » Ter Mai 03, 2005 4:52 pm

ZeRo4 escreveu:O que isso quer dizer Finken ?!

Só respondendo uma pergunta antiga!


Isso significa que, presidente, qualquer um pode ser, até o Lula. Mas, quando ele se tornou presidente, deixou de ser um líder.

Um presidente governa, um Líder lidera. O Lula não lidera nem a equipe dele, que dirá liderar essa nação.

Um Líder não empurra com a barriga importantes decisões, como a do F-X, ou até mesmo das Reformas Econômicas, IMPRESCINDÍVEIS para o país...

Getúlio Vargas foi um Líder. O Lula é um cú!! Não tá nem aí para o BRasil. Prefere fazer Populismo com Fome Zero, do que verdadeiramente tomar decisões que, mesmo contrariando interesses têm de ser tomadas.

É isso que eu digo. O Brasil precisa de um Líder, que possa chamar a responsabilidade para si, que possa tomar decisões, mesmo que controversas, mesmo que impopulares.




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#43 Mensagem por Arthur » Ter Mai 03, 2005 9:26 pm

Vinicius Pimenta escreveu:
- Se há um lugar na OMC, o Brasil quer; se há um lugar na ONU, o Brasil quer; se há um lugar na FAO, o Brasil quer. O Brasil quis até mesmo eleger um papa - teria dito Kirchner, recentemente, segundo essa mesma fonte.


E que mal há nisso? Somos um país querendo mais espaço no mundo. Que esse babaca vá olhar pro próprio país e levantar seu traseiro incompetente da cadeira para tentar colocar um argentino em um cargo importante. Depois vai vir pedir de joelhos uma esmola pro Brasil, iagual a quando emprestamos 1 bi do BNDES no ápice da crise argentina. Isso ele não lembra! Deve ser muito incompente para tirar o país dele do atoleiro que se meteu e quer ficar jogando a culpa em cima dos outros. Típico de país de terceiro mundo e de governos incompetentes.


Caro Vinicius,

O que os Argentinos estão criticando é a política de atirar para todos os lados do Itamaraty.

Ou seja, o Brasil tá querendo posições demais e isso acaba criando indisposições com nossos aliados (leia-se latinoamericanos).

Vale lembrar que em geral países muito importantes não ocupam muitas presidências, secretarias-gerais, etc de orgãos internacionais para evitar conflitos de interesses (FMI e Banco Mundial são exceções) de forma a manter um certo "equilíbrio".

Arthur




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#44 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qua Mai 04, 2005 12:59 am

Não concordo. O Brasil acaba de apoior um candidato chileno para a presidência da OEA.




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#45 Mensagem por suntsé » Dom Mai 15, 2005 3:51 pm

FinkenHeinle escreveu:
ZeRo4 escreveu:O que isso quer dizer Finken ?!

Só respondendo uma pergunta antiga!


Isso significa que, presidente, qualquer um pode ser, até o Lula. Mas, quando ele se tornou presidente, deixou de ser um líder.

Um presidente governa, um Líder lidera. O Lula não lidera nem a equipe dele, que dirá liderar essa nação.

Um Líder não empurra com a barriga importantes decisões, como a do F-X, ou até mesmo das Reformas Econômicas, IMPRESCINDÍVEIS para o país...

Getúlio Vargas foi um Líder. O Lula é um cú!! Não tá nem aí para o BRasil. Prefere fazer Populismo com Fome Zero, do que verdadeiramente tomar decisões que, mesmo contrariando interesses têm de ser tomadas.

É isso que eu digo. O Brasil precisa de um Líder, que possa chamar a responsabilidade para si, que possa tomar decisões, mesmo que controversas, mesmo que impopulares.


Deste ponto de vista eu concordo com você!
Parece que o lula perdeu a coragem!




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