DEFESA
Brasil deve temer futuras guerras, diz especialista
DA REDAÇÃO
"Hoje é o petróleo; amanhã será a água." É com esse argumento que Expedito Bastos, pesquisador de Assuntos Militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, defende a revitalização da indústria bélica nacional.
Para ele, "da mesma forma que se luta por petróleo hoje, se lutará pelo domínio geopolítico da água no futuro, e o Brasil é o país com os maiores mananciais do mundo. O controle sobre a Amazônia é outro problema que o país terá de enfrentar futuramente".
A Política Nacional de Indústria de Defesa, programada pelo governo federal para revitalizar a indústria bélica brasileira, deve ser vista com cautela, mas, em princípio, é um passo importante para o país garantir sua soberania, segundo o especialista.
Para o pesquisador, uma indústria de armamentos desenvolvida tem a função estratégica de "obrigar os inimigos do país a dialogar antes de invadir".
Ele cita como exemplo a invasão do Iraque -cuja produção bélica estava sucateada- pelos americanos e compara a diferença de atitude dos EUA com relação a potências nucleares como Coréia do Norte e Paquistão. "Com esses países, eles [os EUA] dialogam. São respeitados. Não digo que precisamos de armas nucleares, mas, sim, de uma indústria forte."
Para o pesquisador, o governo deve ter regras definidas e investir para o desenvolvimento de tecnologia própria. Porém diz que o Brasil depende da parceria de outros países para incorporar técnicas que não domina.
Segundo ele, é preciso que haja no Brasil a mesma cooperação interna que existiria em potências bélicas, como os EUA: "É um erro empresas nacionais competirem entre si. Foi esse um dos motivos das falências de empresas como Engesa e Bernardini. As empresas nacionais têm de se associar. Quem ganha a licitação tem de comprar produtos do outro".
Ind.Defesa
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Defesa
Espero que com os 3,3 bilhões ( de reais ou dolares?) o Ministério da Defesa possa dar o pontapé inicial para que a indústria bélica nacional, consiga se reerguer do fundo do poço e que sejam elaborados produtos que atendam as nossas necessidades de defesa, sejam elas no mar, na terra ou no ar.
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Industria do pensamento
Olá.
Alex, estes 3.3 bi são quase com certeza em reais.
Ou seja, vão dar para quase nada ou coisa alguma, vide o sucateamento das fas; só para citar um dado divulgado, nas vésperas de deixar a presidência, o fhc reuniu-se com o lula para debater assuntos e problemas das fas e foi citado que seriam à época necessários um investimento de no mínimo 13 bilhões de dólares em materiais dos mais diferentes tipos, desde munição a sistemas c2, para tirar as fas da situação deplorável em que se encontravam. Agora, de lá para cá já são 3 anos e a situação só fez piorar, ou seja, não só não fizeram nada para melhorar as condições, como de quebra, ainda criaram maiores impecilhos ã operacionalidade das forças, e por tabela da própria industria nacional.
Infelizmente, essa conversa toda de politica industrial para o setor de defesa já está aí a mais de 20 anos, e que vemos?
No Brasil, a industria de defesa só vai deslanchar no dia em que pararmos de acreditar que produzir armas não é um crime ediondo, e muito menos, ofensivo à índole pacífica, passiva digo eu, do nosso povo. É preciso parar de misturar alhos com bugalhos, antes de mais nada.
Uma última questão mal resolvida neste assunto, é a própria falta de uma real politica de defesa para o país; uma política com "P" maiúsculo, que possa concretamente indicar o que pensamos, queremos, e mais importante para onde vamos e como chegaremos lá. Isto não é algo que se produz do dia para a noite, antes necessita do empenho e da co-responsabilidade de proposição tanto do Estado como da sociedade, coisa aliás, diga-se de passagem, não é uma práxis nesta terra tupiniquim. O que dizem que nós temos como politica de defesa e que está escrito aí , não passa de uma cartinha de boas intenções para inglês ver, não suportanto uma análise mais séria e critica de suas linhas.
Sem estas condições, ou melhor, a mudança das atuais, enquanto pensamento e entendimento do papel da defesa na vida do país, o que continaremos a ver é tão somente o prolongamento de mecanismos legais e protocolares inócuos, inúteis e sem qualquer compromisso verdadeiro com a realidade e as necessidades da defesa do Brasil.
Abraços.
Alex, estes 3.3 bi são quase com certeza em reais.
Ou seja, vão dar para quase nada ou coisa alguma, vide o sucateamento das fas; só para citar um dado divulgado, nas vésperas de deixar a presidência, o fhc reuniu-se com o lula para debater assuntos e problemas das fas e foi citado que seriam à época necessários um investimento de no mínimo 13 bilhões de dólares em materiais dos mais diferentes tipos, desde munição a sistemas c2, para tirar as fas da situação deplorável em que se encontravam. Agora, de lá para cá já são 3 anos e a situação só fez piorar, ou seja, não só não fizeram nada para melhorar as condições, como de quebra, ainda criaram maiores impecilhos ã operacionalidade das forças, e por tabela da própria industria nacional.
Infelizmente, essa conversa toda de politica industrial para o setor de defesa já está aí a mais de 20 anos, e que vemos?
No Brasil, a industria de defesa só vai deslanchar no dia em que pararmos de acreditar que produzir armas não é um crime ediondo, e muito menos, ofensivo à índole pacífica, passiva digo eu, do nosso povo. É preciso parar de misturar alhos com bugalhos, antes de mais nada.
Uma última questão mal resolvida neste assunto, é a própria falta de uma real politica de defesa para o país; uma política com "P" maiúsculo, que possa concretamente indicar o que pensamos, queremos, e mais importante para onde vamos e como chegaremos lá. Isto não é algo que se produz do dia para a noite, antes necessita do empenho e da co-responsabilidade de proposição tanto do Estado como da sociedade, coisa aliás, diga-se de passagem, não é uma práxis nesta terra tupiniquim. O que dizem que nós temos como politica de defesa e que está escrito aí , não passa de uma cartinha de boas intenções para inglês ver, não suportanto uma análise mais séria e critica de suas linhas.
Sem estas condições, ou melhor, a mudança das atuais, enquanto pensamento e entendimento do papel da defesa na vida do país, o que continaremos a ver é tão somente o prolongamento de mecanismos legais e protocolares inócuos, inúteis e sem qualquer compromisso verdadeiro com a realidade e as necessidades da defesa do Brasil.
Abraços.
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Re: Defesa
sgt alex escreveu:Espero que com os 3,3 bilhões ( de reais ou dolares?) o Ministério da Defesa possa dar o pontapé inicial para que a indústria bélica nacional, consiga se reerguer do fundo do poço e que sejam elaborados produtos que atendam as nossas necessidades de defesa, sejam elas no mar, na terra ou no ar.
Que R$ 3,3 Bi tu te referes?!
Aqueles bilhões do novo blefe do Governo?!
Se for, espere sentado, mas compre algumas latas de Formol...
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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