Bom, vou começar essa mensagem sugerindo ao pessoal uma lida nos tópicos
Guerra ao terror e as eleições Norte-Americanas e
Israel x Irã que são bastante interessantes e possuem vários dados sobre o que está em discussão aqui.
Agora vamos ponto por ponto:
O Alvo
O principal alvo seria a Unidade de Enriquecimento de Urânio em Natanz no centro do país. Apesar de ser uma instalação subterrânea, sua localidade é bastante conhecida (como você ser visto na foto de satélite que publiquei nesse mesmo tópico) e, na sua construção, foi empregada a técnica de "cut-and-cover" que não garante resultados consideráveis contra ataques aéreos.
O reator em Busheshr, em construção, seria um alvo que possivelmente seria atingido, principalmente, no caso de uma participação direta dos EUA nos ataques pois é localizado próximo ao mar sendo um alvo fácil para mísseis Tomahawks lançados de submarinos.
Outros alvos importantes seriam as instalações em Isfahan (aonde são produzidos algumas partes para as centrífugas) e Lashgarabad e Ramandeh, essas duas últimas sendo instalações secundárias de enriquecimento de urânio servindo como um 'back-up' para o caso de Natanz ser destruída.
http://www.globalsecurity.org/wmd/world ... ke-fac.htm
Meios para o ataque
Aeronaves: F-15I e F-16I. Ambas possuem raio de combate reportado como superior à 2,000 km e, como pode ser observado na figura abaixo, capazes de atacar alvos em praticamente todo o Irã.
Armamento: A Força Aérea de Israel informou em setembro de 2004 que estaria adquirindo aproxidamente 500 bombas de penetração BLU-109 equipadas com kits de guiagem por GPS (JDAM). Além disso, Israel possui em seu arsenal, bombas de vários tipos guiadas por laser, GPS e eletro-ópticas, além de mísseis Popeye.
Mísseis Balísticos: os mísseis balísticos Jericho-II possuem um alcance superior à 1,500 km e sua ogiva pode transportar até 1 tonelada de explosivo.
Submarinos: existem indicios de que os submarinos Type 800 Dolphin de Israel são capazes de lançar mísseis Popeye Turbo que, segundo alguns relatórios, possuem um alcance de até 1500 km e podem, inclusive, serem armados com ogivas nucleares.
Defesas Iraniana
Anti-aérea: grande quantidade de armas de cano e SAM's antigos e uma quantidade razoável de S-200 modernizados e uma bateria de S-300.
Interceptadores: F-14, MiG-29, MiG-21, MiG-23, F-4 e F-5.
Possibilidades de contra-ataque iraniano contra Israel
1. Shahab-2: alcance de 1296 km
2. Shahab-3: alcance de 2000 km
3. Su-24 Fencer escoltados por F-14 Tomcats.
Defesas Israelenses
Aeronaves: centenas de F-16's e F-15's de diversas versões.
Anti-mísseis: PAC-3, Barak e Arrow (não completamente operacional).
Conjuntura
Dada a vontade declarada do governo norte-americano para que tal ataque ocorra o mais cedo possível é fácil prever um amplo apoio dos EUA à um primeiro ataque israelense. Esse apoio poderá ser realizado de duas maneiras:
1. Logistico: entrega de armamentos especializados e mais Patriots para a IAF, dar total liberdade de uso do espaço aéreo sobre o Iraque, vigilância do espaço aéreo para eventuais ataques de mísseis Shahab contra Israel e, se possível, abatimento dos mesmos com SAM's posicionados em território iraquiano, apoio de aeronaves E-3C e até mesmo B-52 equipados com jammers stand-off à aeronaves incursoras israelenses e, quem sabe, realização de incursões simuladas afim de destrair os iranianos.
2. Total: se julgarem necessário, os norte-americanos podem assumir a luta a partir do primeiro ataque e realizarem todos os ataques necessários utilizando para tal suas aeronaves estacionadas no Oriente Médio e Afeganistão, assim como ataques a partir de porta-aviões na área, bombardeiros em Diego Garcia e ataques com mísseis Tomahawk.
Uma coalização mais abrangente dificilmente seria formada no caso do primeiro ataque ser israelense pois demonstraria o ataque eminente.
O Irã poderia contar no seu lado (por ordem de probabilidade de ocorrer):
1. Intensificação de ataques terroristas contra instalações norte-americanas no Iraque.
2. Aumento no número de atentados contra alvos civis em Israel.
3. Apoio diplomático e, pouco provavelmente, logístico discreto da Rússia fornecendo sistemas secundários como jammer's de GPS.
Todos esses, no entanto, darão apenas espaço na mídia e teriam um perfil mais de guerra psicológica tendo, de qualquer forma, pouca importância real ao desenrolar do conflito.
Bom, se tiver alguma coisa errada ou em caso de dúvida, vocês sabem o que fazer.
Abraços