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O Governo Militar pode ser culpado direto de 03 dos piores problemas enfrentados pelo Brasil hoje em dia:
1- Descontrole das contas da Previdência, que começou com o fim dos antigos Institutos, e a criação de um gigante incontrolável, chamado na época de INPS:
2- Fazer um Projeto Nacional, Nacionalista baseado no endividamento externo e capital de Empresas Multis:
3- Aumento da desigualdade social e econômica, responsável direto pelo aumento da criminalidade.
O 04 grande problema atual, foi criação do primeiro Fernando(Collor):
4- Abertura de forma descontrolada de nosso mercado externo:
Mas sem dúvida o campeão foi o Segundo Fernando(FHC):
5- Sobre valorização da moeda:
6- Explosão dos juros e da dívida interna, paralizando os Governos:
7- Programa de Privatização desastroso, do ponto de vista do capital, do desenvolvimento e do emprego para o País.
Resultado disto tudo? O Governo e as Empresas Estatais que sempre foram os motores de nossa economia, que nunca dependeu de sua iniciativa privada, estão paralizados. È certo que as ex-estatais tem um papel relevante, mas nem de perto quando eram empresas do governo. Vejam a esta lista das maiores empresas brasileiras:
1- Petrobrás(Estatal)
2- Vale(ex-estatal)
3- Telefonia e Embratel(ex-estatais, parte desnacionalizadas)
4- Banco do Brasil(estatal)
5- Eletrobras(estatal e ex-estatal, parte desnacionalizadas)
6- Siderurgia(ex-estatal)
7- Embraer(ex-estatal)
Quais são as maiores exportadoras brasileiras? Nem preciso dizer que estão nesta lista acima.
Creio que a democratização foi a válvula de escape para o embrólio econômico, porque estagnação econômica sem democracia é dose.
[ ]´s
1- Descontrole das contas da Previdência, que começou com o fim dos antigos Institutos, e a criação de um gigante incontrolável, chamado na época de INPS:
2- Fazer um Projeto Nacional, Nacionalista baseado no endividamento externo e capital de Empresas Multis:
3- Aumento da desigualdade social e econômica, responsável direto pelo aumento da criminalidade.
O 04 grande problema atual, foi criação do primeiro Fernando(Collor):
4- Abertura de forma descontrolada de nosso mercado externo:
Mas sem dúvida o campeão foi o Segundo Fernando(FHC):
5- Sobre valorização da moeda:
6- Explosão dos juros e da dívida interna, paralizando os Governos:
7- Programa de Privatização desastroso, do ponto de vista do capital, do desenvolvimento e do emprego para o País.
Resultado disto tudo? O Governo e as Empresas Estatais que sempre foram os motores de nossa economia, que nunca dependeu de sua iniciativa privada, estão paralizados. È certo que as ex-estatais tem um papel relevante, mas nem de perto quando eram empresas do governo. Vejam a esta lista das maiores empresas brasileiras:
1- Petrobrás(Estatal)
2- Vale(ex-estatal)
3- Telefonia e Embratel(ex-estatais, parte desnacionalizadas)
4- Banco do Brasil(estatal)
5- Eletrobras(estatal e ex-estatal, parte desnacionalizadas)
6- Siderurgia(ex-estatal)
7- Embraer(ex-estatal)
Quais são as maiores exportadoras brasileiras? Nem preciso dizer que estão nesta lista acima.
Creio que a democratização foi a válvula de escape para o embrólio econômico, porque estagnação econômica sem democracia é dose.
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- Túlio
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Amigo Hayes
Pareces não ter entendido o que postei. Tentarei ser mais claro:
Aparentemente havia um projeto estratégico de Brasil norteando as ações do governo militar. Atuou-se de maneira abrangente no que tange à infraestrutura, inclusive na criação/estímulo de empresas de Material de Defesa. Por exemplo, a ENGESA à época nos tornou independentes em Carros Blindados sobre Rodas, e hoje? Fabricamos algo? Sei, há essa charla de Urutu III, 'programa' que anda em passos de tartaruga, e por quê? Porque se abandonou tudo o que se tinha conquistado. Ou não?
Isso absolutamente tem qualquer intenção de fazer merchandising de ditadura, seja de esquerda, seja de direita: TODOS aqui conhecem meu apreço pela Democracia, com o tempo notarás também...
Apenas não cultivo dualismos de Maniqueu, não creio de modo algum que o Absoluto esteja dentro da esfera de ação humana, somos incapazes de criar algo APENAS BOM ou mesmo APENAS MAU: tudo o que criamos tem, isso sim, um lado bom e outro mau, dependendo apenas do ângulo pelo qual se observa...
Aliás, se fôssemos capazes de tanto, teríamos alcançado algo que me parece impossível: A PERFEIÇÃO! Seríamos então DEUSES, não MEROS HOMENS!
!!!Valews!!!
Pareces não ter entendido o que postei. Tentarei ser mais claro:
Aparentemente havia um projeto estratégico de Brasil norteando as ações do governo militar. Atuou-se de maneira abrangente no que tange à infraestrutura, inclusive na criação/estímulo de empresas de Material de Defesa. Por exemplo, a ENGESA à época nos tornou independentes em Carros Blindados sobre Rodas, e hoje? Fabricamos algo? Sei, há essa charla de Urutu III, 'programa' que anda em passos de tartaruga, e por quê? Porque se abandonou tudo o que se tinha conquistado. Ou não?
Isso absolutamente tem qualquer intenção de fazer merchandising de ditadura, seja de esquerda, seja de direita: TODOS aqui conhecem meu apreço pela Democracia, com o tempo notarás também...
Apenas não cultivo dualismos de Maniqueu, não creio de modo algum que o Absoluto esteja dentro da esfera de ação humana, somos incapazes de criar algo APENAS BOM ou mesmo APENAS MAU: tudo o que criamos tem, isso sim, um lado bom e outro mau, dependendo apenas do ângulo pelo qual se observa...
Aliás, se fôssemos capazes de tanto, teríamos alcançado algo que me parece impossível: A PERFEIÇÃO! Seríamos então DEUSES, não MEROS HOMENS!
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faterra escreveu:hayes escreveu:NMJ escreveu:Involução é você perder algo que já havia conseguido. Se era desenvolvido antes e agora não o é mais. Se você era rico antes e agora é pobre. Se você era culto, estudado e hoje não o é mais, e assim por diante.
No caso da liberdade aconteceu o contrário, houve evolução. Antes você não tinha liberdade para nada e hoje tem (será que tem mesmo?).
Se você parte do princípio de que éramos desenvolvidos, de que nosso povo era rico, de que nossa economia era sólida, sim, então involuímos, embora eu não acredite realmente que éramos isto que você fala.
No período da ditadura houve um crescimento bem elevado na economia do país, conseguido através de empréstimos externos, de desvios de fundos de Previdência Social, FGTS, etc... Isto é inegável. Este crescimento se perdeu nas décadas de 80, 90 e possivelmente se perderá nesta década. Segundo alguns isto se deveu às dívidas externas contraídas, à moratória decretada pelo Governo Sarney e que nos colocou um torniquete.
O desenvolvimento tecnológico a que se está referindo é o da indústria bélica que estava atingindo um bom nível, disputando concorrências externas e conquistando "curriculum". O Brasil estava tentando conquistar a sua autonomia neste mercado. Este desenvolvimento jamais deveria ter sido abandonado e perdido. E o que era mais importante, era um desenvolvimento feito por empresas privadas apoiadas em projetos das FA's, além dos desenvolvidos por empresas estatais.
O povo brasileiro nunca foi rico e dificilmente o será, embora tenha um país cheio de riquezas naturais, abundante em agricultura, e uma indústria com bom nível de competitividade internacional.
O crescimento foi obtido com empréstimos baratos, mas com juros variáveis. Com o choque do petróleo, os juros foram nas alturas. Figueiredo já teve problemas para equilibrar as contas, que estouraram no governo Sarney. Houve também muita incompetência gerencial do setor privado. A falência da Engesa prova isso. O Osório foi feito sem nenhum suporte econômico e derrubou a empresa.
Papê
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faterra escreveu:Alcântara.
Só um pequeno e ENORME detalhe em cima de seu comentário.
Nós estávamos em franco desenvolvimento. O país passou uma rasteira em tudo o que já tinha conseguido e estava conseguindo. Não estávamos na condição de escolher entre investir no nosso desenvolvimento ou no dos outros. Já estávamos investindo, pesquisando e desenvolvendo. O que aconteceu com nosso caso foi um tombo de rachar a cabeça.
Vou fazetr uma comparação simples. Vc vai montar uma tecelagem e acerta um acordo com um banco com juros baixos, mas variáveis. Para tocar o negócio, vc pega a o dinheiro que estava na caderneta de poupança dos filhos e retira parte do pecúlio dos seus pais. O negócio cresce, mas, de repente, há um aumento estúpido na conta de luz. Para levar a empresa, vc pega mais dinheiro emprestado, mas aí os juros já estão mais altos. Para pagar as contas, pega dinheiro emprestado em outro banco, com juros ainda mais altos, até que um dia os credores pedem a sua falência.
O Milagre Brasileiro foi exatamente isso. Comprometeu o crescimento do país por duas décadas e meia por quatro anos de miragem. Celso Furtado e um bando de economistas, inclusive Simonsen, alertaram para o problema mas Roberto Campos e Delfim apostavam que os juros, um dia, iriam cair. O resultado foi a estagflação, economia parada com hiperinflação. E tem gente com saudades daqueles tempos onde tudo era feito de maneira amadora e a robalheira corria solta (só foi maior na época Collor, onde elle e sua quadrillha levaram mais de US$ 4 bis).
Acredite, Fernando Henrique Cardoso e Lula não tiveram alternativas para tocar a economia. O país estava arruinado. Aliás, pode se falar o que quiser sobre tucanos e petistas, mas ambos possuem um projeto para esse país. Quando roubam, quem ganha é o partido. Vai para financiamento de campanha e para financiar a base aliada. A Lei Partidária e a Lei Eleitoral privilegia partidos sem qualquer força política, o que encarece a administração do Congresso. Mas isso é papo fora da área militar. Quem quiser discutir, mande uma mensagem em privado e encaminho meu EMail.
Abraços
Pepê
tulio escreveu: Aparentemente havia um projeto estratégico de Brasil norteando as ações do governo militar. Atuou-se de maneira abrangente no que tange à infraestrutura, inclusive na criação/estímulo de empresas de Material de Defesa. Por exemplo, a ENGESA à época nos tornou independentes em Carros Blindados sobre Rodas, e hoje? Fabricamos algo? Sei, há essa charla de Urutu III, 'programa' que anda em passos de tartaruga, e por quê? Porque se abandonou tudo o que se tinha conquistado. Ou não?
Sr. Túlio, compreendi corretamente seu post, acho que é você que não compreendeu o meu.
Apenas coloquei que o que havia de bom durante os tempos de Regime Militar não guardava nenhuma relação com o regime em si. Todos os avanços que houveram podem ser conquistados em ambiente democrático, a Europa, os EUA, o Japão, etc. não me deixam mentir.
Infelizmente sou velho o bastante para acreditar no "Canto da Sereia" de que transformações podem ser impostas de cima para baixo.
A sociedade brasileira um dia perceberá que somente a sua atuação poderá mudar o estado de coisas. Somente o amadurecimento trará isto.
E amadurecimento da sociedade não vem de graça. Há um custo à se pagar por ele. Quando jovem, eu era tolo, propotente, auto-confiante demais. Somente pude amadurecer vivendo. Nada mais do que isso. Ninguém pode me presentear com maturidade. Não posso comprá-la.
Dito isto, esperemos e trabalhemos pelo amadurecimento, nosso e da sociedade, para que esta possa então trabalhar um projeto de nação, e no caso mais específico nosso, por um projeto de defesa consistente.
Ninguém pode fazer isto por nós.
É isso aí. Vamos ter que ralar na democracia, experimentando e tomando ferro até aprendermos que votar não é sacanagem nem putaria. Depois, quando a trolha vem, ninguém lembra que votou nos "Juruna" da vida. BAsta observar que o sr. JBarbalho lá no Pará está eleito e reeleito, e outros por aí. Equanto não aprendermos que a punição tem que ser dura prá eles pelo mínimo desvio, a coisa vai ficar assim, escoregando na lama. E a mais dura punição é um zero prá eles na urna.
Editado pela última vez por Carlos Mathias em Dom Fev 04, 2007 8:35 pm, em um total de 1 vez.
- faterra
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Pepê,
O foco do debate era o desenvolvimento da indústria bélica que o Brasil havia conseguido até aquela data e depois perdeu. Esta perda jamais deveria ter acontecido. É público e notório que todos os governos civis nunca quiseram investir nas FA's. Resquícios da ditadura que influiu inclusive na Constituição de 88. Foram empurrando com a barriga e o resultado deste descaso é o que estávamos presenciando até recentemente - o sucateamento das FA's - e que hoje mal e porcamente estamos tentando remediar. Se houvesse comprometimento com a Defesa Nacional por parte dos governos civis, o desenvolvimento tecnológico da indústria bélica teria prosseguido com ou sem dinheiro, com ou sem dívida - temos toneladas de exemplos espalhados pelo mundo a fora.
Os projetos ficaram nas mãos das FA's. A MB toca sozinha e a duras penas o projeto do SNB e vejam o que já se conseguiu. É pouco? Sim, mas se dependessemos dos governos civis não teríamos nem isso. Imaginem se o governo tivesse dado apoio financeiro. Em que pé ela estaria com este projeto?
Irresponsável? Pode até ser, mas, em um país sério, que respeita a si próprio garante-se primeiro (ou paralelamente, na pior das hipóteses) a sua soberania - caso contrário para que o esforço de se equilibrar financeiramente, de se tornar cada vez mais próspero, se não teremos a garantia de que sustentaremos estas conquistas?
A meu ver isto é estratégico e crucial para a soberania do país, portanto, todo e qualquer esforço é válido.
E, finalmente, devo esclarecer que execro a didatura com toda a desgraceira que ela patrocinou e infligiu ao Brasil. Nunca fiz e jamais farei apologia à este regime. Mas se ela fez alguma coisa boa e útil porque não se aproveitou? Estava contaminada? Por que se endividou? Por que o modelo para financiar esse crescimento foi equivocado? Então este desenvolvimento, embora em curto espaço de tempo, foi inútil e não valeu a pena pelo sacrifício a que o Brasil foi submetido posteriormente e por isso vamos passar a borracha. No meu modo de pensar é por isso que deveriam ter dobrado todos os esforços para dar prosseguimento a este desenvolvimento, embora com menor rítmo. Grande parte do que se fez naquele período negro é que garante o parco e vergonhoso crescimento que hoje o país tem.
Quanto se roubou neste país, quanto se sonegou, sem o governo nunca tomar qualquer tipo de providência? Quanto em dinheiro se jogou fora, fazendo obras inúteis, eleitoreiras e megalomaníacas? Quando houve honestidade, discernimento e aproveitamento em cada centavo gasto? Quanto disto tudo continua acontecendo hoje? Com que cara podemos dizer realmente que o país não tem dinheiro ou recursos para bancar o que quer que seja?
O foco do debate era o desenvolvimento da indústria bélica que o Brasil havia conseguido até aquela data e depois perdeu. Esta perda jamais deveria ter acontecido. É público e notório que todos os governos civis nunca quiseram investir nas FA's. Resquícios da ditadura que influiu inclusive na Constituição de 88. Foram empurrando com a barriga e o resultado deste descaso é o que estávamos presenciando até recentemente - o sucateamento das FA's - e que hoje mal e porcamente estamos tentando remediar. Se houvesse comprometimento com a Defesa Nacional por parte dos governos civis, o desenvolvimento tecnológico da indústria bélica teria prosseguido com ou sem dinheiro, com ou sem dívida - temos toneladas de exemplos espalhados pelo mundo a fora.
Os projetos ficaram nas mãos das FA's. A MB toca sozinha e a duras penas o projeto do SNB e vejam o que já se conseguiu. É pouco? Sim, mas se dependessemos dos governos civis não teríamos nem isso. Imaginem se o governo tivesse dado apoio financeiro. Em que pé ela estaria com este projeto?
Irresponsável? Pode até ser, mas, em um país sério, que respeita a si próprio garante-se primeiro (ou paralelamente, na pior das hipóteses) a sua soberania - caso contrário para que o esforço de se equilibrar financeiramente, de se tornar cada vez mais próspero, se não teremos a garantia de que sustentaremos estas conquistas?
A meu ver isto é estratégico e crucial para a soberania do país, portanto, todo e qualquer esforço é válido.
E, finalmente, devo esclarecer que execro a didatura com toda a desgraceira que ela patrocinou e infligiu ao Brasil. Nunca fiz e jamais farei apologia à este regime. Mas se ela fez alguma coisa boa e útil porque não se aproveitou? Estava contaminada? Por que se endividou? Por que o modelo para financiar esse crescimento foi equivocado? Então este desenvolvimento, embora em curto espaço de tempo, foi inútil e não valeu a pena pelo sacrifício a que o Brasil foi submetido posteriormente e por isso vamos passar a borracha. No meu modo de pensar é por isso que deveriam ter dobrado todos os esforços para dar prosseguimento a este desenvolvimento, embora com menor rítmo. Grande parte do que se fez naquele período negro é que garante o parco e vergonhoso crescimento que hoje o país tem.
Quanto se roubou neste país, quanto se sonegou, sem o governo nunca tomar qualquer tipo de providência? Quanto em dinheiro se jogou fora, fazendo obras inúteis, eleitoreiras e megalomaníacas? Quando houve honestidade, discernimento e aproveitamento em cada centavo gasto? Quanto disto tudo continua acontecendo hoje? Com que cara podemos dizer realmente que o país não tem dinheiro ou recursos para bancar o que quer que seja?
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Faterra escreveu:O foco do debate era o desenvolvimento da indústria bélica que o Brasil havia conseguido até aquela data e depois perdeu. Esta perda jamais deveria ter acontecido. É público e notório que todos os governos civis nunca quiseram investir nas FA's.
Isso não é verdade. Sarney investiu, e muito. Comprou mais de 500 caminhões da Engesa para o Exército (que nunca foram entregues, apesar de pagos), bancou o AMX, o programa de submarinos, as corvetas, eliminou a cavalaria hipomóvel de combate... Por outro lado, as FFAA gastaram mal o dinheiro, enquanto havia o que gastar.
Predominava a "mentalidade de engenheiro", ou seja, o dinheiro era disperso em pesquisas pararalelas, sem se preocupar com a aplicação prática. Vou dar um exemplo. Na área nuclear, a Marinha pesquisava o enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, a Aeronáutica trabalhava um método por laser e o Exército trabalhava em uma pilha atômica! Todos esses recursos poderiam ser aplicados na modernização das forças, afinal de contas, o único programa com perspectiva de sucesso era o da Marinha.
Além disso, houve uma profusão de programas mal-gerenciados, como o MAA-1 (seria melhor comprar tecnologia de Israel), o AM-X, o Tamoio e o Osório. Programas fora da realidade financeira do país, que concorriam no exterior em uma faixa extremamente disputada do mercado.
Faterra escreveu:Resquícios da ditadura que influiu inclusive na Constituição de 88. Foram empurrando com a barriga e o resultado deste descaso é o que estávamos presenciando até recentemente - o sucateamento das FA's - e que hoje mal e porcamente estamos tentando remediar. Se houvesse comprometimento com a Defesa Nacional por parte dos governos civis, o desenvolvimento tecnológico da indústria bélica teria prosseguido com ou sem dinheiro, com ou sem dívida - temos toneladas de exemplos espalhados pelo mundo a fora.
Quem demoliu a indústria militar brasileira foi Collor. Não tente espalhar essa mancha por outros governos. Quando FHC assumiu, a indústria militar brasileira já estava extinta.
Faterra escreveu:Os projetos ficaram nas mãos das FA's. A MB toca sozinha e a duras penas o projeto do SNB e vejam o que já se conseguiu. É pouco? Sim, mas se dependessemos dos governos civis não teríamos nem isso. Imaginem se o governo tivesse dado apoio financeiro. Em que pé ela estaria com este projeto?
No mesmo lugar em que está. Consumiu-se mais de US$ 3 bi, MAIS DE METADE PROVIDO PELO CNPQ. Como a Marinha tentou desenvolver, ao mesmo tempo, o domínio do ciclo completo do combustível, o reator, o processo de miniaturização e a propulsão, dispersou recursos e teve poucos resultados práticos em relação ao submarino (pelo contrário, perdeu espaço em tecnologias já conquistadas, como a fabricação de cascos de submarino). O normal é um aproach passo-a-passo. Conquista-se uma fase, para passar a outra.
Faterra escreveu: Irresponsável? Pode até ser, mas, em um país sério, que respeita a si próprio garante-se primeiro (ou paralelamente, na pior das hipóteses) a sua soberania - caso contrário para que o esforço de se equilibrar financeiramente, de se tornar cada vez mais próspero, se não teremos a garantia de que sustentaremos estas conquistas?
Não existe soberania quando a economia é frágil. Isso ficou claro depois que Sarney foi obrigado a decretar a moratória. FHC queria aplicar nas FFAA, mas tinha de reconstruir o país destroçado pela inflação e pelo endividamento externo. A bem da verdade, Lula, tão execrado aqui, aplicou mais nas FFAA que todos os seus antecessores somados, com a exceção de Sarney.
Faterra escreveu: A meu ver isto é estratégico e crucial para a soberania do país, portanto, todo e qualquer esforço é válido.
Não há mais esforço possível. Estamos praticamente na estaca zero.
Faterra escreveu: E, finalmente, devo esclarecer que execro a ditadura com toda a desgraceira que ela patrocinou e infligiu ao Brasil. Nunca fiz e jamais farei apologia à este regime. Mas se ela fez alguma coisa boa e útil porque não se aproveitou? Estava contaminada? Por que se endividou? Por que o modelo para financiar esse crescimento foi equivocado? Então este desenvolvimento, embora em curto espaço de tempo, foi inútil e não valeu a pena pelo sacrifício a que o Brasil foi submetido posteriormente e por isso vamos passar a borracha.
Não. Devemos analisá-lo PARA NÃO REPETIR O MESMO ERRO CRASSO. É como viajar de Brasília para o Rio em um Mercedes, com pouca gasolina no tanque e sem postos na estrada. O modelo ERA INSUSTENTÁVEL, e por isso implodiu.
Faterra escreveu: No meu modo de pensar é por isso que deveriam ter dobrado todos os esforços para dar prosseguimento a este desenvolvimento, embora com menor rítmo. Grande parte do que se fez naquele período negro é que garante o parco e vergonhoso crescimento que hoje o país tem.
Era impossível. A gasolina acabou no meio da estrada e tivemos de empurrar o Mercedes. seria melhor adquirir um modelo mais econômico, simples e barato, para que sobrasse dinheiro para a gasolina.
Faterra escreveu: Quanto se roubou neste país, quanto se sonegou, sem o governo nunca tomar qualquer tipo de providência? Quanto em dinheiro se jogou fora, fazendo obras inúteis, eleitoreiras e megalomaníacas?
Pois é... Ferrovia do Aço; a Ponte Rio-Niterói; a Transamazônica (que liga nada a lugar nenhum); o Programa Nuclear Brasil-Alemanha (com um processo de enriquecimento caro, puramente experimental e falho); Itaipu (inviabilizou um projeto de construção de 20 usinas ao longo dos afluentes do Iguaçu, que iriam gerar o dobro de Itaipu, com 30% do seu impacto ambiental)... Isso sim era roubalheira! Sonegação? Corria solto! Além de tudo, metia-se a mão no caixa da Previdência e do FGTS sem qualquer prurido.
Faterra escreveu: Quando houve honestidade, discernimento e aproveitamento em cada centavo gasto? Quanto disto tudo continua acontecendo hoje? Com que cara podemos dizer realmente que o país não tem dinheiro ou recursos para bancar o que quer que seja?
Foi uma gota, diante do oceano de corrupção e malversação de verbas do período militar!
Pepê
- faterra
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Pepê
Não deixando nunca de respeitar seu ponto de vista, não desisto do meu.
Concordo que entre todos os presidentes civis Sarney é o mais simpático às FA’s. Os outros, no meu modo de ver, não foram muito mais do que tolerantes, considerando as mesmas como um “mal necessário”. E não acho que seja falta de dinheiro – com toda a gastança, roubo, desvios e desperdícios patrocinados por todos os governos. Volto a insistir que, em se tratando de Defesa, em um país que a leva a sério, todo o esforço é feito, indiferentemente da sua situação financeira – a não ser que o país é miserável e vive da benevolência alheia, e mesmo assim existem os aventureiros. E pelo que me consta esta não é e nunca foi a situação do Brasil, com toda a desgraceira e tentativas de levá-lo à falência.
Os investimentos feitos pelos presidentes civis foram utilizados em projetos iniciados em governos militares, em alguma compra de oportunidade (aquisição de sucatas que para justificar o emprego da grana autorizava-se suas reformas ou revisões) e quando achamos que caíram na real, que a situação das FA’s iriam mudar, empurraram com a barriga o quanto puderam, até não ter mais jeito. E, por incrível que pareça e, também, para o desespero dos “FHCistas”, é o Lula, o famigerado, quem está fazendo mais pelas FA’s. Logo ele, um analfabeto, que, entre todos os presidentes, é o que deveria ter menos simpatia por elas.
Para a FAB, a privilegiada, providenciaram compras de aviões de transporte com ênfase para o transporte VIP e multi-uso, Tucanos e R-99 para complementarem o projeto Sivam.
Quanto a aquisições de caças para a defesa, o mais importante, está nesta situação caótica, sem sabermos se serão adquiridos ou não, se nesta vida ou não. A reforma e modernização dos F-5, mais de dez anos de atraso e ainda com uma certa incerteza se será completada ou não. Veja bem, um caça com mais de 30 anos sendo preparado para ser nosso principal vetor de defesa e caça.
Num esforço “sobrehumano” compra-se 1 dúzia de caças obsoletos, tão velhos quanto os F-5, em final de vida e os colocam para ser nosso guardião. Nem armas o desgraçado tem direito. Nem para reformas ou atualizações o infeliz foi levado em consideração. O AMX, coitado, este está entregue para a sua própria sorte. Nem para reformar tá servindo. Estão empurrando-o com a barriga. Daqui a pouco joga-os no lixo.
E a situação da MB e do EB? Conseguiram ficar pior que a da FAB.
Alguns projetos considerados como nascidos de presidentes civis:
SIVAM
O primeiro projeto idealizado pelo governo brasileiro, que guarda alguma semelhança com o Sivam, foi o Calha Norte, iniciado em 1986. Destinado especificamente a controlar as atividades existentes nos cerca de 6.000 Km de regiões fronteiriças do norte do Brasil, era baseado essencialmente na intensificação da presença das forças armadas e da Funai nas terras ao norte dos afluentes dos rios Amazonas e Solimões. Já o Sivam, idealizado em 1990 e efetivamente iniciado em 1997, guarda também interesses semelhantes, porém com diretrizes mais aperfeiçoadas.
CORVETAS CLASSE INHAÚMA
As origens do projeto que resultou nas corvetas da classe "Inhaúma" remontam a 1977, quando a Marinha do Brasil iniciou estudos visando substituir as dez corvetas classe "Imperial Marinheiro" então em serviço nas Forças Distritais, por uma nova classe de navios-patrulha oceânicos (NaPaOc), com um deslocamento carregado de 700t. Em virtude da necessidade urgente de substituir os antigos contratorpedeiros de origem americana, as especificações foram alteradas e o "Projeto NaPaOc" foi então rebatizado como "Projeto Corveta". Em sua versão final os navios ficaram com um deslocamento superior a 1.900 toneladas, portanto, bem maior do que o previsto originalmente. As corvetas podem ser consideradas, na realidade, como fragatas leves, com um armamento ligeiramente inferior ao das fragatas classe "Niterói".
O "Projeto Corveta" foi desenvolvido pela Diretoria de Engenharia Naval (DEN) com consultoria técnica da empresa alemã Marine Technik, através de contrato firmado em 1 de outubro de 1981. Os primeiros dois navios tiveram suas construções autorizadas em 15 de fevereiro de 1982 e o segundo par em 9 de janeiro de 1986. A Marinha planejava inicialmente construir um total de 16 corvetas, em quatro lotes de quatro navios, mas a crônica falta de verbas só permitiu a obtenção de apenas quatro unidades e, mesmo assim, com atrasos consideráveis na construção.
A construção da Inhaúma foi iniciada em setembro de 1983, com lançamento previsto para junho de 1985 e entrega para junho de 1987. Todavia, o navio foi lançado ao mar em dezembro de 1986 e só foi incorporado em dezembro de 1989! A construção da Jaceguai, iniciada em outubro de 1984, deveria ter obedecido a prazos semelhantes (dois anos na carreira e dois em acabamento), mas esta somente foi lançada ao mar em junho de 1987, sendo incorporada em abril de 1991. O financiamento para construção das corvetas foi obtido junto a bancos britânicos.
De acordo com os planos da Marinha de transferir a tecnologia de construção de navios de guerra a estaleiros privados, a construção do segundo par ficou a cargo do Estaleiro Verolme, com um prazo de entrega de 33 meses para a Julio de Noronha e de 36 meses para a Frontin. A Julio de Noronha foi incorporada em outubro de 1992 e a Frontin em março de 1994.
FRAGATAS CLASSE NITERÓI
A Niterói foi a primeira de uma série de 6 fragatas ordenadas em 20 de setembro de 1970 como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha, e a primeira construída pela Vosper Thornycroft Ltd., em Woolston, Hampshire, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 8 de junho de 1972, foi lançada e batizada em 8 de fevereiro de 1974. Fez-se ao mar pela primeira vez em 8 de janeiro de 1976, iniciando as provas de maquinas que se estenderam até o final de maio. Foi aceita e incorporada em 20 de novembro de 1976 em cerimônia realizada no cais 47 do porto de Southampton.
AMX
Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou um requerimento para um caça-bombardeiro para substituir seus Aeritalia G.91 e alguns de seus F-104 Starfighter. Em vez de competir entre si pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia Aeronautica) e a Aermacchi concordaram em fazer uma proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando o desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Os trabalhos de desenvolvimento iniciaram em abril de 1978.
Em 27 de março de 1981, o governo italiano e o governo do Brasil concluíram um acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves, e a Embraer foi convidada a se juntar ao programa em julho do mesmo ano.
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido durante o seu quinto vôo (matando seu piloto), o programa de testes foi considerado razoavelmente tranqüilo. A produção em série foi iniciada na metade de 1986, com os primeiros exemplares entregues à Força Aérea Italiana e à Força Aérea Brasileira em 1989. Desde então, ao redor de 200 AMXs foram construídos.
SUBMARINOS CLASSE TUPI
A obtenção de novos submarinos foi incluída inicialmente no Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM) Revisão 1979. A partir de então iniciaram-se os estudos para a determinação do tipo de submarino a ser adquirido, que resultaram, após avaliação das alternativas existentes, na seleção do submarino IKL-209-1400 de origem alemã, projetado pela firma Ingenieur Kontor Lubeck (IKL), como sendo aquele que melhor atendia tanto ao perfil de operação desejado como a evolução tecnológica planejada.
Em 1982 a Marinha assinou dois contratos técnicos com o Consórcio Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW) da Alemanha que previam a construção de dois submarinos idênticos, o primeiro no estaleiro HDW em Kiel e o segundo no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Em 1984, após a conclusão das negociações referentes à parte financeira dos contratos, estes tornaram-se efetivos, iniciando-se assim, neste mesmo ano a construção do submarino Tupi (S30) na Alemanha. Posteriormente, em 1985, foi assinado um terceiro contrato para a obtenção de mais dois submarinos, que igualmente seriam construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, então indicado pela Marinha, como o estaleiro construtor no Brasil.
PROJETO FÊNIX
O tão esperado, e ainda incerto renascimento da FAB. Este foi aprovado por FHC, depois de uma longa e angustiante espera da mesma. O principal vetor deste projeto já foi empurrado, cancelado, reavivado, protelado, enfim, tudo quanto é “ado” já foi utilizado para ver se a FAB esquece dele.
Quanto à competência dos almirantes/brigadeiros/generais para gerenciar suas respectivas armas, não difere em nada da administração pública brasileira, embora fiquei sabendo de reformas sendo feitas no âmbito da FAB. Espero que se concretizem e espalhem pelas outras Forças.
Em suma, o que postei não é uma inverdade. O que se fez em sua maioria foi dar continuidade a projetos iniciados em governos anteriores e mesmo assim depois de muita pressão. A falta de grana sempre foi utilizada como argumento quando não se queria de forma alguma fazer alguma coisa. E compra de armas é um forte argumento para não se colocar na pauta de governo. Não dá voto e ainda é vista por grande parte dos políticos como algo dispensável e inútil.
Um abraço
Não deixando nunca de respeitar seu ponto de vista, não desisto do meu.
Concordo que entre todos os presidentes civis Sarney é o mais simpático às FA’s. Os outros, no meu modo de ver, não foram muito mais do que tolerantes, considerando as mesmas como um “mal necessário”. E não acho que seja falta de dinheiro – com toda a gastança, roubo, desvios e desperdícios patrocinados por todos os governos. Volto a insistir que, em se tratando de Defesa, em um país que a leva a sério, todo o esforço é feito, indiferentemente da sua situação financeira – a não ser que o país é miserável e vive da benevolência alheia, e mesmo assim existem os aventureiros. E pelo que me consta esta não é e nunca foi a situação do Brasil, com toda a desgraceira e tentativas de levá-lo à falência.
Os investimentos feitos pelos presidentes civis foram utilizados em projetos iniciados em governos militares, em alguma compra de oportunidade (aquisição de sucatas que para justificar o emprego da grana autorizava-se suas reformas ou revisões) e quando achamos que caíram na real, que a situação das FA’s iriam mudar, empurraram com a barriga o quanto puderam, até não ter mais jeito. E, por incrível que pareça e, também, para o desespero dos “FHCistas”, é o Lula, o famigerado, quem está fazendo mais pelas FA’s. Logo ele, um analfabeto, que, entre todos os presidentes, é o que deveria ter menos simpatia por elas.
Para a FAB, a privilegiada, providenciaram compras de aviões de transporte com ênfase para o transporte VIP e multi-uso, Tucanos e R-99 para complementarem o projeto Sivam.
Quanto a aquisições de caças para a defesa, o mais importante, está nesta situação caótica, sem sabermos se serão adquiridos ou não, se nesta vida ou não. A reforma e modernização dos F-5, mais de dez anos de atraso e ainda com uma certa incerteza se será completada ou não. Veja bem, um caça com mais de 30 anos sendo preparado para ser nosso principal vetor de defesa e caça.
Num esforço “sobrehumano” compra-se 1 dúzia de caças obsoletos, tão velhos quanto os F-5, em final de vida e os colocam para ser nosso guardião. Nem armas o desgraçado tem direito. Nem para reformas ou atualizações o infeliz foi levado em consideração. O AMX, coitado, este está entregue para a sua própria sorte. Nem para reformar tá servindo. Estão empurrando-o com a barriga. Daqui a pouco joga-os no lixo.
E a situação da MB e do EB? Conseguiram ficar pior que a da FAB.
Alguns projetos considerados como nascidos de presidentes civis:
SIVAM
O primeiro projeto idealizado pelo governo brasileiro, que guarda alguma semelhança com o Sivam, foi o Calha Norte, iniciado em 1986. Destinado especificamente a controlar as atividades existentes nos cerca de 6.000 Km de regiões fronteiriças do norte do Brasil, era baseado essencialmente na intensificação da presença das forças armadas e da Funai nas terras ao norte dos afluentes dos rios Amazonas e Solimões. Já o Sivam, idealizado em 1990 e efetivamente iniciado em 1997, guarda também interesses semelhantes, porém com diretrizes mais aperfeiçoadas.
CORVETAS CLASSE INHAÚMA
As origens do projeto que resultou nas corvetas da classe "Inhaúma" remontam a 1977, quando a Marinha do Brasil iniciou estudos visando substituir as dez corvetas classe "Imperial Marinheiro" então em serviço nas Forças Distritais, por uma nova classe de navios-patrulha oceânicos (NaPaOc), com um deslocamento carregado de 700t. Em virtude da necessidade urgente de substituir os antigos contratorpedeiros de origem americana, as especificações foram alteradas e o "Projeto NaPaOc" foi então rebatizado como "Projeto Corveta". Em sua versão final os navios ficaram com um deslocamento superior a 1.900 toneladas, portanto, bem maior do que o previsto originalmente. As corvetas podem ser consideradas, na realidade, como fragatas leves, com um armamento ligeiramente inferior ao das fragatas classe "Niterói".
O "Projeto Corveta" foi desenvolvido pela Diretoria de Engenharia Naval (DEN) com consultoria técnica da empresa alemã Marine Technik, através de contrato firmado em 1 de outubro de 1981. Os primeiros dois navios tiveram suas construções autorizadas em 15 de fevereiro de 1982 e o segundo par em 9 de janeiro de 1986. A Marinha planejava inicialmente construir um total de 16 corvetas, em quatro lotes de quatro navios, mas a crônica falta de verbas só permitiu a obtenção de apenas quatro unidades e, mesmo assim, com atrasos consideráveis na construção.
A construção da Inhaúma foi iniciada em setembro de 1983, com lançamento previsto para junho de 1985 e entrega para junho de 1987. Todavia, o navio foi lançado ao mar em dezembro de 1986 e só foi incorporado em dezembro de 1989! A construção da Jaceguai, iniciada em outubro de 1984, deveria ter obedecido a prazos semelhantes (dois anos na carreira e dois em acabamento), mas esta somente foi lançada ao mar em junho de 1987, sendo incorporada em abril de 1991. O financiamento para construção das corvetas foi obtido junto a bancos britânicos.
De acordo com os planos da Marinha de transferir a tecnologia de construção de navios de guerra a estaleiros privados, a construção do segundo par ficou a cargo do Estaleiro Verolme, com um prazo de entrega de 33 meses para a Julio de Noronha e de 36 meses para a Frontin. A Julio de Noronha foi incorporada em outubro de 1992 e a Frontin em março de 1994.
FRAGATAS CLASSE NITERÓI
A Niterói foi a primeira de uma série de 6 fragatas ordenadas em 20 de setembro de 1970 como parte do Programa de Renovação e Ampliação de Meios Flutuantes da Marinha, e a primeira construída pela Vosper Thornycroft Ltd., em Woolston, Hampshire, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 8 de junho de 1972, foi lançada e batizada em 8 de fevereiro de 1974. Fez-se ao mar pela primeira vez em 8 de janeiro de 1976, iniciando as provas de maquinas que se estenderam até o final de maio. Foi aceita e incorporada em 20 de novembro de 1976 em cerimônia realizada no cais 47 do porto de Southampton.
AMX
Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou um requerimento para um caça-bombardeiro para substituir seus Aeritalia G.91 e alguns de seus F-104 Starfighter. Em vez de competir entre si pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia Aeronautica) e a Aermacchi concordaram em fazer uma proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando o desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Os trabalhos de desenvolvimento iniciaram em abril de 1978.
Em 27 de março de 1981, o governo italiano e o governo do Brasil concluíram um acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves, e a Embraer foi convidada a se juntar ao programa em julho do mesmo ano.
O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido durante o seu quinto vôo (matando seu piloto), o programa de testes foi considerado razoavelmente tranqüilo. A produção em série foi iniciada na metade de 1986, com os primeiros exemplares entregues à Força Aérea Italiana e à Força Aérea Brasileira em 1989. Desde então, ao redor de 200 AMXs foram construídos.
SUBMARINOS CLASSE TUPI
A obtenção de novos submarinos foi incluída inicialmente no Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM) Revisão 1979. A partir de então iniciaram-se os estudos para a determinação do tipo de submarino a ser adquirido, que resultaram, após avaliação das alternativas existentes, na seleção do submarino IKL-209-1400 de origem alemã, projetado pela firma Ingenieur Kontor Lubeck (IKL), como sendo aquele que melhor atendia tanto ao perfil de operação desejado como a evolução tecnológica planejada.
Em 1982 a Marinha assinou dois contratos técnicos com o Consórcio Ferrostaal/Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW) da Alemanha que previam a construção de dois submarinos idênticos, o primeiro no estaleiro HDW em Kiel e o segundo no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Em 1984, após a conclusão das negociações referentes à parte financeira dos contratos, estes tornaram-se efetivos, iniciando-se assim, neste mesmo ano a construção do submarino Tupi (S30) na Alemanha. Posteriormente, em 1985, foi assinado um terceiro contrato para a obtenção de mais dois submarinos, que igualmente seriam construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, então indicado pela Marinha, como o estaleiro construtor no Brasil.
PROJETO FÊNIX
O tão esperado, e ainda incerto renascimento da FAB. Este foi aprovado por FHC, depois de uma longa e angustiante espera da mesma. O principal vetor deste projeto já foi empurrado, cancelado, reavivado, protelado, enfim, tudo quanto é “ado” já foi utilizado para ver se a FAB esquece dele.
Quanto à competência dos almirantes/brigadeiros/generais para gerenciar suas respectivas armas, não difere em nada da administração pública brasileira, embora fiquei sabendo de reformas sendo feitas no âmbito da FAB. Espero que se concretizem e espalhem pelas outras Forças.
Em suma, o que postei não é uma inverdade. O que se fez em sua maioria foi dar continuidade a projetos iniciados em governos anteriores e mesmo assim depois de muita pressão. A falta de grana sempre foi utilizada como argumento quando não se queria de forma alguma fazer alguma coisa. E compra de armas é um forte argumento para não se colocar na pauta de governo. Não dá voto e ainda é vista por grande parte dos políticos como algo dispensável e inútil.
Um abraço
- Luiz Bastos
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Só um adendo. Se juntarmos o que a Jorgina roubou do INSS (+ 250milhões de reais= dólar, porque era a 1 X 1), mais o que o Juiz Lalau roubou, uns 150 milhões de dólares/reais; mais o Banestado, que passou dos bilhões; tem-se dinheiro prá tornar o Brasil uma das maiores potências militares do mundo. Dinheiro não falta não, na verdade sobra e demais até!
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Carlos Mathias escreveu:Só um adendo. Se juntarmos o que a Jorgina roubou do INSS (+ 250milhões de reais= dólar, porque era a 1 X 1), mais o que o Juiz Lalau roubou, uns 150 milhões de dólares/reais; mais o Banestado, que passou dos bilhões; tem-se dinheiro prá tornar o Brasil uma das maiores potências militares do mundo. Dinheiro não falta não, na verdade sobra e demais até!
Sem reparos.
Só pra te lembrar qto. de dinheiro está "rolando" com esta estória mal-contada de Pan-Americano...
A rede Globo é uma das interessadas.
Pq será que não estão desconfiando da roubalheira lá no MJ?
Eim...
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Carlos Mathias escreveu:Só um adendo. Se juntarmos o que a Jorgina roubou do INSS (+ 250milhões de reais= dólar, porque era a 1 X 1), mais o que o Juiz Lalau roubou, uns 150 milhões de dólares/reais; mais o Banestado, que passou dos bilhões; tem-se dinheiro prá tornar o Brasil uma das maiores potências militares do mundo. Dinheiro não falta não, na verdade sobra e demais até!
É fato, Sr. Mathias.
Entretanto, não é factível pensar que no curto prazo vamos:
1) Estancar esta sangria;
e
2) Resgatar o que já foi sangrado.
Portanto, não penso que possa ser desculpa para o mau uso do recurso.
O mesmo vale para os Ministérios Civis.
PRick escreveu:O Governo Militar pode ser culpado direto de 03 dos piores problemas enfrentados pelo Brasil hoje em dia:
1- Descontrole das contas da Previdência, que começou com o fim dos antigos Institutos, e a criação de um gigante incontrolável, chamado na época de INPS:
2- Fazer um Projeto Nacional, Nacionalista baseado no endividamento externo e capital de Empresas Multis:
3- Aumento da desigualdade social e econômica, responsável direto pelo aumento da criminalidade.
O 04 grande problema atual, foi criação do primeiro Fernando(Collor):
4- Abertura de forma descontrolada de nosso mercado externo:
Mas sem dúvida o campeão foi o Segundo Fernando(FHC):
5- Sobre valorização da moeda:
6- Explosão dos juros e da dívida interna, paralizando os Governos:
7- Programa de Privatização desastroso, do ponto de vista do capital, do desenvolvimento e do emprego para o País.
Resultado disto tudo? O Governo e as Empresas Estatais que sempre foram os motores de nossa economia, que nunca dependeu de sua iniciativa privada, estão paralizados. È certo que as ex-estatais tem um papel relevante, mas nem de perto quando eram empresas do governo. Vejam a esta lista das maiores empresas brasileiras:
1- Petrobrás(Estatal)
2- Vale(ex-estatal)
3- Telefonia e Embratel(ex-estatais, parte desnacionalizadas)
4- Banco do Brasil(estatal)
5- Eletrobras(estatal e ex-estatal, parte desnacionalizadas)
6- Siderurgia(ex-estatal)
7- Embraer(ex-estatal)
Quais são as maiores exportadoras brasileiras? Nem preciso dizer que estão nesta lista acima.
Creio que a democratização foi a válvula de escape para o embrólio econômico, porque estagnação econômica sem democracia é dose.
[ ]´s
O grande equívoco dessa linha racicínio é que o governo antes de tudo deve identificacar qual é o seu negócio. Certamente nunca deveria propor-se a tornar-se dono de empresa, cujo assunto deveria ser entregue à iniciativa privada. Nesse caso, o papel reservado ao governo seria o de criar a infraestrutura necessária e abrir linhas de financiamentos adequadas, além de estabelecer regras rígidas que protejam os interesses do país e da população de uma forma geral (função dos legisladores).
O negócio do governo deve ligar-se sobretudo à segurança nacional e ao atendimento de todos os itens sociais, como educação, saúde, saneamento básico, moradia, infraestrutura em geral, etc.
O processo de privatização deve continujar. O que não pode acontecer é o que aconteceu sob o comando de FHC, ou seja em ambiente de alta corrupção, fato este que deveria ser apurado rigorsamente, com punição de todos os envolvidos, tais como Mendonça de Barros, Sérgio Mota e outros PCFarias do FHC.
A experiència que temos tido das empresas estatais é que não passavam de cabides de empregos para coroneis reformados, no regime militar, ocupando todos os principais cargos, em detrimento do profissional competente e de carreira; e no regime civíl esses cargos passam a ser preenchidos por correliginários políticos fracassados nas urnas, amigos, parentes, etc. Sendo muitas vezes utilzados como moeda de troca, nos famosos conchavos políticos.
Resumindo: tratamento típico de ação entre amigos.
Na verdade essas empresas estatais ditas do povo, nada tem a ver com isso. Vá qualquer um de nós, por mais comptentes que sejamos, exigir um local de trabalho em uma dessas empresas, para ver se consegue ao menos um tratamento de cortesia.
Se a Petrobrás fosse uma empressa da iniciativa privada, provavelmente o Brasil seria hoje um grande exportador de petróleo, membro da OPEP.
Encontrei uma foto do que seria o PAK-FA:
http://www.stavatti.com/f26/gallery/STALMA_INDIA_2.html
Este e o futuro do Fx.
Um aviao imaginario.
http://www.stavatti.com/f26/gallery/STALMA_INDIA_2.html
Este e o futuro do Fx.
Um aviao imaginario.