GULAG, o horror do comunismo.
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Vi certa vez em um programa, algo que pode ser considerado uma atrocidade, no meu entender. Bem, na Alemanha, a maioria das construções, civis e militares, eram de alvenaria, tijolos enfim. Portanto, a maioria das bombas lançadas eram de alto explosivo.
Porém, no Japão, a gigantesca maioria das contruções civis eram feitas de madeira, e o mesmo aparentemente não se aplicava às construções militares e algumas fábricas de armamentos. Pois bem, nos ataques aéreos ao Japão, as bombas ultilizadas não eram mais de alto-explosivo, mas sim, incendiárias, o que transformavam as cidades japonesas em um grande combustível para alastramento do fogo.
Esses bombardeios foram um verdadeiro genocídio contra a população civil, principalmente devido a maneira de como os incêndios se alastravam naquelas condições. Foi dito no programa(não me lembro exatamente qual) que as temperaturas atingidas e a catastrofe humanitária nesses bombardeios eram muito maiores que o mesmo acontecido em cidades alemãs, mesmo considerando Dresden e Hamburgo. E as baixas civis muito maiores.
Não vejo esses ataques com bombas incendiárias, como um ataque a objetivos militares, mas sim um massacre a população civil.
Abraço a todos
César
Porém, no Japão, a gigantesca maioria das contruções civis eram feitas de madeira, e o mesmo aparentemente não se aplicava às construções militares e algumas fábricas de armamentos. Pois bem, nos ataques aéreos ao Japão, as bombas ultilizadas não eram mais de alto-explosivo, mas sim, incendiárias, o que transformavam as cidades japonesas em um grande combustível para alastramento do fogo.
Esses bombardeios foram um verdadeiro genocídio contra a população civil, principalmente devido a maneira de como os incêndios se alastravam naquelas condições. Foi dito no programa(não me lembro exatamente qual) que as temperaturas atingidas e a catastrofe humanitária nesses bombardeios eram muito maiores que o mesmo acontecido em cidades alemãs, mesmo considerando Dresden e Hamburgo. E as baixas civis muito maiores.
Não vejo esses ataques com bombas incendiárias, como um ataque a objetivos militares, mas sim um massacre a população civil.
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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- Plinio Jr
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Legal está sendo este tópico, realmente temos muito assunto a ser discutido.
A sua visão está corretíssima Cesar, os ataques com bombas incendiárias eram constantes ao Japão desde o seu início e contra a Alemanha tornaram-se comuns principalmente no começo de 1945, onde praticamente todos os alvos atacados pelos bombardeiros estavam em território alemão e realmente visavam o massacre e genocídio de população civil, pois os militares estavam com certeza em abrigos e bunkers seguros.
Mesmo com o argumento que não se havia sistemas de bombardeamento inteligentes como vemos hoje e que era necessário destruir um quarteirão para atingir um alvo, eu até entendo, mas cidades como Dresden e Hamburgo de ponta a ponta, quase s/ oposição de caças
bombardeando dia e noite, é algo inconcebível e com certeza criminoso, tanto quanto os ataques a Guernica, Varsóvia e Roterdam, não se esquecendo de Stalingrado, Leningrado, Caen, Budadeste entre outros.
Concordo com vc Clermont que os alemães é que começaram com toda esta desgraça, mas acho que vc vai concordar comigo que nada justifica tal atitude em responder na mesma moeda, ainda mais quando falamos de população civil, mulheres, crianças e idosos tão inocentes quanto os que foram atacados anteriormente.
É a mesma coisa que aconteceu com os EUA em 11/09, que eles oprimem e desgraçam muita gente é uma grande realidade, se os terroristas visarem bases militares ou políticos responsáveis pela política externa tudo bem, mas pessoas que não tem nada com isto é um grande engano e algo a se lamentar, mas respeito muito o seu ponto de vista.
Quanto aos campos de concentração, é correto afirmar que a população e vários governantes de países ocupados desconhecerem o paradeiro dos judeus, mas pode ter certeza que os aliados não . Como vc pode ter visto em algum documentário ou mesmo em artigos, eram grandes complexos em locais abertos, impossivel dos serviços secretos aliados ou mesmo aviões de recon passarem batido pelo local e sendo que vários alvos na região já haviam sido atacados inúmeras vezes.
Quanto a viabilidade de ataques destes alvos eram totais, visto as missões Shutlle, de ida e volta de bases na UK ou na Itália, atacando alvos na Polônia, Hungria, Romênia e Bulgaria, parando em bases russas na Ucrania. Foram feitas 06 missões, partir de 02/06/1944, , tanto da 8th AF na Inglaterra, quanto da 15th AF no mediterraneo, todas com escolta de P-51s.
Não realizaram porque nao quiserem pois sabiam que seriam um grande trunfo mais tarde ao final das hostilidades p/ julgar e enterrar de vez o nazismo, o que no meu ponto de vista foi correto, mas como disse, quantas milhares de vidas pagaram o preço pelos aliados fazerem de conta que os locais não exitiam ???
A política dos aliados ocidentais, principalmente dos americanos era de total destruição da capacidade militar alemã desde o início das hostilidades, o que conseguiram, jamais viram nos alemães aliados militares a curto prazo, mesmo sabendo que teriam problemas futuros com os russos. Isto pode ser conferido nas biografias de Patton, Marshall, Bradley e Einsenhower, que nutriam um estranho ódio pelos germânicos.
Quanto a campos de batalha, excessos p/ todos os lados, sejam russos, alemães, americanos, acho que os únicos que se comportaram dignamente foram os ingleses, dos quais nunca ouvi algo a respeito. Somente os alemães e japoneses foram julgados pelos tribunais, por serem os perdedores, os demais , tudo normal , como se nada tivesse acontecido. Realmente houve fuzilamentos em massa, no livro Soldados Cidadãos, que é um excelente livro, conta algumas passagens de atrocidades de ambos os lados, o que mostra que os aliados não eram tão complacentes quanto seus adversários.
Valeu....
Plinio Jr.
A sua visão está corretíssima Cesar, os ataques com bombas incendiárias eram constantes ao Japão desde o seu início e contra a Alemanha tornaram-se comuns principalmente no começo de 1945, onde praticamente todos os alvos atacados pelos bombardeiros estavam em território alemão e realmente visavam o massacre e genocídio de população civil, pois os militares estavam com certeza em abrigos e bunkers seguros.
Mesmo com o argumento que não se havia sistemas de bombardeamento inteligentes como vemos hoje e que era necessário destruir um quarteirão para atingir um alvo, eu até entendo, mas cidades como Dresden e Hamburgo de ponta a ponta, quase s/ oposição de caças
bombardeando dia e noite, é algo inconcebível e com certeza criminoso, tanto quanto os ataques a Guernica, Varsóvia e Roterdam, não se esquecendo de Stalingrado, Leningrado, Caen, Budadeste entre outros.
Concordo com vc Clermont que os alemães é que começaram com toda esta desgraça, mas acho que vc vai concordar comigo que nada justifica tal atitude em responder na mesma moeda, ainda mais quando falamos de população civil, mulheres, crianças e idosos tão inocentes quanto os que foram atacados anteriormente.
É a mesma coisa que aconteceu com os EUA em 11/09, que eles oprimem e desgraçam muita gente é uma grande realidade, se os terroristas visarem bases militares ou políticos responsáveis pela política externa tudo bem, mas pessoas que não tem nada com isto é um grande engano e algo a se lamentar, mas respeito muito o seu ponto de vista.
Quanto aos campos de concentração, é correto afirmar que a população e vários governantes de países ocupados desconhecerem o paradeiro dos judeus, mas pode ter certeza que os aliados não . Como vc pode ter visto em algum documentário ou mesmo em artigos, eram grandes complexos em locais abertos, impossivel dos serviços secretos aliados ou mesmo aviões de recon passarem batido pelo local e sendo que vários alvos na região já haviam sido atacados inúmeras vezes.
Quanto a viabilidade de ataques destes alvos eram totais, visto as missões Shutlle, de ida e volta de bases na UK ou na Itália, atacando alvos na Polônia, Hungria, Romênia e Bulgaria, parando em bases russas na Ucrania. Foram feitas 06 missões, partir de 02/06/1944, , tanto da 8th AF na Inglaterra, quanto da 15th AF no mediterraneo, todas com escolta de P-51s.
Não realizaram porque nao quiserem pois sabiam que seriam um grande trunfo mais tarde ao final das hostilidades p/ julgar e enterrar de vez o nazismo, o que no meu ponto de vista foi correto, mas como disse, quantas milhares de vidas pagaram o preço pelos aliados fazerem de conta que os locais não exitiam ???
A política dos aliados ocidentais, principalmente dos americanos era de total destruição da capacidade militar alemã desde o início das hostilidades, o que conseguiram, jamais viram nos alemães aliados militares a curto prazo, mesmo sabendo que teriam problemas futuros com os russos. Isto pode ser conferido nas biografias de Patton, Marshall, Bradley e Einsenhower, que nutriam um estranho ódio pelos germânicos.
Quanto a campos de batalha, excessos p/ todos os lados, sejam russos, alemães, americanos, acho que os únicos que se comportaram dignamente foram os ingleses, dos quais nunca ouvi algo a respeito. Somente os alemães e japoneses foram julgados pelos tribunais, por serem os perdedores, os demais , tudo normal , como se nada tivesse acontecido. Realmente houve fuzilamentos em massa, no livro Soldados Cidadãos, que é um excelente livro, conta algumas passagens de atrocidades de ambos os lados, o que mostra que os aliados não eram tão complacentes quanto seus adversários.
Valeu....
Plinio Jr.
Ola Srs
É sempre complicado lidar com temas polêmicos que tem sempre um conteúdo de história e paixões envolvidos. Quando este debates ocorrem as vezes postos enormes "testamentos" com informações novos e outras nem tanto ( mas sempre interessantes ).
Primeiramente gostaria de falar sobre os stalag alemães.
A idéia de utilizar estas unidades não é exclusividade daqueles sendo uma pratica comum e creio até regulamentada pelas inúmeras convenções de guerra vigentes na época. A destinação é que pode ser diversa, como os alemães provaram.
Outro fator interessante a se avaliar é que não só o judeus foram remetidos para lá, mas todas as populações indesejáveis nos territórios ocupados ( o que ficou bem claro no post GULAG ).
Uma razão clara para que os campos, ou o acesso a eles não tenha sofrido nenhuma ação decisiva na época pode ter sido a que neles havia o que se poderia ser chamado de "excessos populacionais indesejados" por vários dos aliados. Se alguem tem dúvidas perguntem-se porque apesar de estar no alcance das forças russas o gueto de Varsóvia foi levado a quase sua aniquilação no fim da guerra quando poderia ser liberado mais cedo.
O que é mais real talvez seja que as razões que levaram a segregação desta minorias etnicas, raciais, sociais, políticas, etc... , em todos os países tenha um ponto comum o fato de elas serem indesejáveis mutualmente entre os vários povos que as aprisionavam.
Nestes aspecto deve-se ter noção que qualquer juízo de valores deve ser feito com os olhos da época e não com os valores aceitos atualmente. Estes valores não eram prática correntes e universalmente aceitas na época ! Querem um exemplo ?
Observem o tratamento oferecido aos "negroes" americanos durante a guerra, mesmo dentro de suas próprias fileiras.
Se raciocinarmos bem o racismo em si , no sentido mais amplo da palavra, não foi - aos olhos da época - uma razão efetiva para entrada ou não dos países na guerra.
O argumento que os alemães e os japoneses sofreram o que sofreram porque eles provocaram e não se pode reclamar por isto. é um argumento insustentável e não vou me dedicar a ele.
Quanto aos atos de barbárie.
Houveram muitos julgamentos formais e informais durante e após a guerra e nenhum dos mais famosos tiveram um carater jurídico perfeito. São encarado muito mais hoje em dia do ponto de vista político do que realmente como Justiça.
Aliás vocês conhecem algum lugar onde a transcrição dos interrogatórios/depoimentos de Nuremberg esteja disponível em profundidade e em português ? Eu não conheço !
Em relação aos bombardeios de populações civis consta que na guerra o primeiro bombardeio foi realizado na etapa do embate direto anglo-germânico foi por aviões ingleses sobre Berlim sobre populações civis. Antes disto os bombardeios alemães sobre a Inglaterra tinha apenas objetivos militares "clássicos".
A diferença permitam-me o exagero no conceito é que os bombardeios alemães no front ocidental tinham um caracter muito mais tático do que estratégico, em oposição ao enfoque aliado posterior.
Sobre os crimes de guerra.
A única linha que liga todos os fatos deploráveis tanto do lado aliado como dos vários países do eixo são os chamados crimes de guerra. Para tal não deveria ter - apesar de ser inexequivel na época - complacência a discussão se arrasta e se arrastará para sempre pois somente os arquivos de guerra alemães foram escancarados. Alguns arquivos ingleses da época guerra ainda tem uma data longíqua para ser abertos para pesquisa ( acreditem se quiser ! ). Talvez aí se esclareçam coisas como a viagem solitária de Rudolph Hess .
Sobre o fato do Clermont não ter notícia de julgamentos das Waffen-SS durante a 2GM, há de se perguntar , a parte as teorias conspiratórias, será que se tivessem havido algum julgamento haveria ainda alguma repercussão na Mídia nos últimos 60 anos e ainda mais no Brasil ?
Consideração sobre o moral do povo alemão após a 2 GM
No campo da especulação é interessante ter em mente que um dos motes que levou Hitler democraticamente ao poder foi o inconformismo com os resultados da conferência de paz de Versalhes após a 1 GM, que queria de todas as maneiras não a consolidação da paz - ideal defendido no campo de batalha pelos americanos - mas o atingimento do objetivo clausewitiziano da exclusão da Alemanha como Player internacional na época.
Na 2 GM o objetivo aliado era mais amplo do que a da 1 GM , qual seja a completa submissão do estado alemão - exemplificado pela "rendição incondicional" - e a introdução de um governo autoctone com clara ligação com os países vencedores.
Seria pois esperado que uma política que "baixasse a bola do nacionalismo alemão" teria muito mais razões para emergir após a 2a Guerra.
Dos Bombardeios.
Outro fator interessante é o verdadeiro fascinio que os aliados tinham sobre o que eles chamavam de método "em tapete" (carpet bombing) , como falou o CESAR, onde eles se esmeravam em fazer algumas regiões das cidades "terra arrasada" ou, se quiserem, onde não houvesse "tijolo sobre tijolo" . Destruia-se desde capacidade industrial. a infraestrutura básica e a organização social. Usando uma figura comum "colocar os alemães de joelhos". A teoria do "quarteirão pelo quarto se esvai aí" !
A idéia de excluir a Alemanha como Player Europeu/Mundial continuava ...
Do repatriamento de Soldados
Existe algo a se falar sob a demora no repatriamento dos prisioneiros do eixo e em especial dos soldados alemães.
Sobre o atrazo, seja por parte da URSS ou dos outros aliados ( algo também definido em tratados de guerra anteriores ) e mesmo o não retorno de muitos, há de se notar que já não havia um estado de beligerância entre os antigos contendores. Muitos dos soldados alemães, e italianos, e romenos ... morreram na URSS em tempo de paz !
Isto aconteceu por "vingança" ou mesmo por previdência evitando o retorno destes soldados a vida "normal" alemã .
Sobre o "povo soviético"
Um outro ponto a ser salientado foi o fato que se fala do "povo soviético" o que de fato nunca existiu até antropologicamente falando ( a não ser como uma simplificação para se facilitar o estudo ) . Somente a força bruta e massacrante do maior carniceiro da estória da Humanidade, o próprio estado soviético e em particular o regime stalinista, podiam na prática pensar desta maneira.
Na verdade a URSS da época era como o próprio nome diz uma união de povos / "repúblicas" sob o peso de Moscou. Seja as geograficamente mais próximas - as ocidentais - sob a justificativa do pan-eslavismo, seja sobre a herança natural do império Russo - as orientais - seja as mais distantes que tiveram o apoio através de iniciativas ligadas direta ou indiretamente a Internacional Socialista com presença em todo mundo antes e depois da guerra em países como Alemanha, Eua, Brasil, Cuba, etc ... . Neste aspecto é também interessante a justificativa do Gen Pinochet aqui no Chile dizendo que o regime Chileno não matou chilenos, somente "soviéticos".
Se quisesse ser polêmico diria que a URSS era culpada sim de "insidiosa ingerência continuada em assuntos de outros países utilizando tecnicas pérfidas e anti-democráticas como o terrrorismo e guerrilhas assassinas e fraticidas".
Olhando de uma maneira mais clara o período anterior e a própria 2a. Guerra Mundial o conflito tinha muito mais um ponto de vista internacionista, ou se quiserem mundial, sob o enfoque soviético (agora utilizado da maneira certa ) do que sob o enfoque Germânico.
Um abraço
Sundao
É sempre complicado lidar com temas polêmicos que tem sempre um conteúdo de história e paixões envolvidos. Quando este debates ocorrem as vezes postos enormes "testamentos" com informações novos e outras nem tanto ( mas sempre interessantes ).
Primeiramente gostaria de falar sobre os stalag alemães.
A idéia de utilizar estas unidades não é exclusividade daqueles sendo uma pratica comum e creio até regulamentada pelas inúmeras convenções de guerra vigentes na época. A destinação é que pode ser diversa, como os alemães provaram.
Outro fator interessante a se avaliar é que não só o judeus foram remetidos para lá, mas todas as populações indesejáveis nos territórios ocupados ( o que ficou bem claro no post GULAG ).
Uma razão clara para que os campos, ou o acesso a eles não tenha sofrido nenhuma ação decisiva na época pode ter sido a que neles havia o que se poderia ser chamado de "excessos populacionais indesejados" por vários dos aliados. Se alguem tem dúvidas perguntem-se porque apesar de estar no alcance das forças russas o gueto de Varsóvia foi levado a quase sua aniquilação no fim da guerra quando poderia ser liberado mais cedo.
O que é mais real talvez seja que as razões que levaram a segregação desta minorias etnicas, raciais, sociais, políticas, etc... , em todos os países tenha um ponto comum o fato de elas serem indesejáveis mutualmente entre os vários povos que as aprisionavam.
Nestes aspecto deve-se ter noção que qualquer juízo de valores deve ser feito com os olhos da época e não com os valores aceitos atualmente. Estes valores não eram prática correntes e universalmente aceitas na época ! Querem um exemplo ?
Observem o tratamento oferecido aos "negroes" americanos durante a guerra, mesmo dentro de suas próprias fileiras.
Se raciocinarmos bem o racismo em si , no sentido mais amplo da palavra, não foi - aos olhos da época - uma razão efetiva para entrada ou não dos países na guerra.
O argumento que os alemães e os japoneses sofreram o que sofreram porque eles provocaram e não se pode reclamar por isto. é um argumento insustentável e não vou me dedicar a ele.
Quanto aos atos de barbárie.
Houveram muitos julgamentos formais e informais durante e após a guerra e nenhum dos mais famosos tiveram um carater jurídico perfeito. São encarado muito mais hoje em dia do ponto de vista político do que realmente como Justiça.
Aliás vocês conhecem algum lugar onde a transcrição dos interrogatórios/depoimentos de Nuremberg esteja disponível em profundidade e em português ? Eu não conheço !
Em relação aos bombardeios de populações civis consta que na guerra o primeiro bombardeio foi realizado na etapa do embate direto anglo-germânico foi por aviões ingleses sobre Berlim sobre populações civis. Antes disto os bombardeios alemães sobre a Inglaterra tinha apenas objetivos militares "clássicos".
A diferença permitam-me o exagero no conceito é que os bombardeios alemães no front ocidental tinham um caracter muito mais tático do que estratégico, em oposição ao enfoque aliado posterior.
Sobre os crimes de guerra.
A única linha que liga todos os fatos deploráveis tanto do lado aliado como dos vários países do eixo são os chamados crimes de guerra. Para tal não deveria ter - apesar de ser inexequivel na época - complacência a discussão se arrasta e se arrastará para sempre pois somente os arquivos de guerra alemães foram escancarados. Alguns arquivos ingleses da época guerra ainda tem uma data longíqua para ser abertos para pesquisa ( acreditem se quiser ! ). Talvez aí se esclareçam coisas como a viagem solitária de Rudolph Hess .
Sobre o fato do Clermont não ter notícia de julgamentos das Waffen-SS durante a 2GM, há de se perguntar , a parte as teorias conspiratórias, será que se tivessem havido algum julgamento haveria ainda alguma repercussão na Mídia nos últimos 60 anos e ainda mais no Brasil ?
Consideração sobre o moral do povo alemão após a 2 GM
No campo da especulação é interessante ter em mente que um dos motes que levou Hitler democraticamente ao poder foi o inconformismo com os resultados da conferência de paz de Versalhes após a 1 GM, que queria de todas as maneiras não a consolidação da paz - ideal defendido no campo de batalha pelos americanos - mas o atingimento do objetivo clausewitiziano da exclusão da Alemanha como Player internacional na época.
Na 2 GM o objetivo aliado era mais amplo do que a da 1 GM , qual seja a completa submissão do estado alemão - exemplificado pela "rendição incondicional" - e a introdução de um governo autoctone com clara ligação com os países vencedores.
Seria pois esperado que uma política que "baixasse a bola do nacionalismo alemão" teria muito mais razões para emergir após a 2a Guerra.
Dos Bombardeios.
Outro fator interessante é o verdadeiro fascinio que os aliados tinham sobre o que eles chamavam de método "em tapete" (carpet bombing) , como falou o CESAR, onde eles se esmeravam em fazer algumas regiões das cidades "terra arrasada" ou, se quiserem, onde não houvesse "tijolo sobre tijolo" . Destruia-se desde capacidade industrial. a infraestrutura básica e a organização social. Usando uma figura comum "colocar os alemães de joelhos". A teoria do "quarteirão pelo quarto se esvai aí" !
A idéia de excluir a Alemanha como Player Europeu/Mundial continuava ...
Do repatriamento de Soldados
Existe algo a se falar sob a demora no repatriamento dos prisioneiros do eixo e em especial dos soldados alemães.
Sobre o atrazo, seja por parte da URSS ou dos outros aliados ( algo também definido em tratados de guerra anteriores ) e mesmo o não retorno de muitos, há de se notar que já não havia um estado de beligerância entre os antigos contendores. Muitos dos soldados alemães, e italianos, e romenos ... morreram na URSS em tempo de paz !
Isto aconteceu por "vingança" ou mesmo por previdência evitando o retorno destes soldados a vida "normal" alemã .
Sobre o "povo soviético"
Um outro ponto a ser salientado foi o fato que se fala do "povo soviético" o que de fato nunca existiu até antropologicamente falando ( a não ser como uma simplificação para se facilitar o estudo ) . Somente a força bruta e massacrante do maior carniceiro da estória da Humanidade, o próprio estado soviético e em particular o regime stalinista, podiam na prática pensar desta maneira.
Na verdade a URSS da época era como o próprio nome diz uma união de povos / "repúblicas" sob o peso de Moscou. Seja as geograficamente mais próximas - as ocidentais - sob a justificativa do pan-eslavismo, seja sobre a herança natural do império Russo - as orientais - seja as mais distantes que tiveram o apoio através de iniciativas ligadas direta ou indiretamente a Internacional Socialista com presença em todo mundo antes e depois da guerra em países como Alemanha, Eua, Brasil, Cuba, etc ... . Neste aspecto é também interessante a justificativa do Gen Pinochet aqui no Chile dizendo que o regime Chileno não matou chilenos, somente "soviéticos".
Se quisesse ser polêmico diria que a URSS era culpada sim de "insidiosa ingerência continuada em assuntos de outros países utilizando tecnicas pérfidas e anti-democráticas como o terrrorismo e guerrilhas assassinas e fraticidas".
Olhando de uma maneira mais clara o período anterior e a própria 2a. Guerra Mundial o conflito tinha muito mais um ponto de vista internacionista, ou se quiserem mundial, sob o enfoque soviético (agora utilizado da maneira certa ) do que sob o enfoque Germânico.
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Salve César, (humm, acho que ficaria melhor "Ave, César")
Antes de mais nada, eu consideraria muito importante, delimitar bem o uso de certas palavras: “genocídio” em particular. Infelizmente, com freqüencia tem sido usada como simples sinônimo de “massacre”, “chacina” e outras coisas. No Aurélio, está escrito “S.m. Crime contra a humanidade que consiste em, com o intuito de destruir total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus; causar-lhes grave lesão a integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas a evitar nascimentos no seio do grupo; realizar a transferência forçada de crianças de um grupo para outro: (...)
Pode parecer coisa sem importância, mas é bom ter ciência de que, tirando a especificidade do termo, vc tira a especificidade de atrocidades como as que os nazistas praticaram contra os judeus e outras minorias; ou como foram praticadas contra os tutsis, em Ruanda, em 1994, ou como os sérvios tentaram fazer contra os muçulmanos da Bósnia.
Quanto aos bombardeios americanos contra o Japão, realmente significaram um massacre. Não há dúvidas. Mas os comandantes de bombardeiros americanos viam a coisa de outro modo. O fato é que as primeiras incursões de bombardeiros contra o Japão não se mostraram eficientes com o uso de alto-explosivo à grande altitude. Não havia precisão suficiente e logo, os japoneses passaram a descentralizar sua produção industrial pelas áreas metropolitanas. Portanto, diante disso, os americanos resolveram usar bombas incendiárias à baixa altitude. Para destruir a produção japonesa e, infelizmente, destruindo muitas centenas de milhares de pessoas. Dado o objetivo prescrito para os comandantes de bombardeiros, a solução divisada por eles, para cumprir tais objetivos emanados do alto-comando, foi totalmente acertada.
Talvez o erro principal estivesse na escolha do objetivo a ser atacado, realizada pelos altos-escalões. Se em vez de atacar alvos industriais, os americanos tivessem se concentrado na interdição de todos os meios de transporte japoneses (navegação costeira, ferrovias, túneis) eles poderiam ter levado o país ao colapso econômico, sem ter de incinerar tanta gente.
Não vejo esses ataques com bombas incendiárias, como um ataque a objetivos militares, mas sim um massacre a população civil.
Antes de mais nada, eu consideraria muito importante, delimitar bem o uso de certas palavras: “genocídio” em particular. Infelizmente, com freqüencia tem sido usada como simples sinônimo de “massacre”, “chacina” e outras coisas. No Aurélio, está escrito “S.m. Crime contra a humanidade que consiste em, com o intuito de destruir total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus; causar-lhes grave lesão a integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas a evitar nascimentos no seio do grupo; realizar a transferência forçada de crianças de um grupo para outro: (...)
Pode parecer coisa sem importância, mas é bom ter ciência de que, tirando a especificidade do termo, vc tira a especificidade de atrocidades como as que os nazistas praticaram contra os judeus e outras minorias; ou como foram praticadas contra os tutsis, em Ruanda, em 1994, ou como os sérvios tentaram fazer contra os muçulmanos da Bósnia.
Quanto aos bombardeios americanos contra o Japão, realmente significaram um massacre. Não há dúvidas. Mas os comandantes de bombardeiros americanos viam a coisa de outro modo. O fato é que as primeiras incursões de bombardeiros contra o Japão não se mostraram eficientes com o uso de alto-explosivo à grande altitude. Não havia precisão suficiente e logo, os japoneses passaram a descentralizar sua produção industrial pelas áreas metropolitanas. Portanto, diante disso, os americanos resolveram usar bombas incendiárias à baixa altitude. Para destruir a produção japonesa e, infelizmente, destruindo muitas centenas de milhares de pessoas. Dado o objetivo prescrito para os comandantes de bombardeiros, a solução divisada por eles, para cumprir tais objetivos emanados do alto-comando, foi totalmente acertada.
Talvez o erro principal estivesse na escolha do objetivo a ser atacado, realizada pelos altos-escalões. Se em vez de atacar alvos industriais, os americanos tivessem se concentrado na interdição de todos os meios de transporte japoneses (navegação costeira, ferrovias, túneis) eles poderiam ter levado o país ao colapso econômico, sem ter de incinerar tanta gente.
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Salve Plínio Jr.
Quando à Dresden me parece certo. Mas quanto à Hamburgo é preciso não esquecer que era um grande centro industrial e produtor de submarinos. Logo, não se pode negar a validade do ataque dos Aliados. Talvez, como no caso dos bombardeios ao Japão, o alvo é que estivesse errado.
Concordo. Só que eu não sou um comandante de força aérea britânico, lutando pela sobrevivência do meu país, há sessenta anos atrás, contra a mais nefasta ameaça que o mundo já conheceu. Se fosse, talvez pensasse diferente. Afinal, até que os Aliados tivessem condições de botar os pés no continente europeu, a única forma de levar à guerra até os alemães era através de suas frotas de bombardeiros estratégicos. Além do mais, nunca se pode esquecer que a ameaça aérea sobre os céus da Alemanha, fixou uma enorme parcela do potencial aéreo e anti-aéreo alemão que, de outro modo, poderia ser usado nas frentes de batalha.
Os aviões de reconhecimento passaram, como pode ser visto nas fotos aéreas de Auschwitz, divulgadas semana passada. Porém, como salientou um especialista, é improvável que o piloto tivesse a menor idéia do que se passava. E as equipes de análise de fotos, estavam concentradas em localizar alvos de valor militar.
Certo, mas essas ações foram poucas, não foram consideras produtivas e terminaram em desastre. Uma base aérea americana, na Rússia, foi atacada de surpresa pela Luftwaffe, e sofreu danos esmagadores, com a perda de muitas dezenas de bombardeiros e caças.
Volto a frisar: essa é uma interpretação. É possível, mas não é certa. Eu continuo não acreditando nela, até que tenha informações críveis que me façam rever minha opinião. Assim que puder, vou postar outra mensagem, no tópico sobre os campos de extermínio, com dois textos referentes a essa questão. Eles apresentam os prós e os contras de uma ação aérea contra Auschwitz. E, com certeza, nenhum dos dois, de forma alguma, corroboram a sua hipótese de uma tentativa deliberada de permitir a consumação de um crime contra a humanidade, só para permitir aos Aliados, “julgarem e enterrarem o nazismo”, depois da guerra.
Só para não esquecer: o complexo Auschwitz-Birkenau, era apenas um, dos seis campos de extermínio existentes.
Realmente, Eisenhower não gostava de alemães. O que é muito estranho, afinal ele mesmo era um descendente de imigrantes alemães. Por outro lado, se nos colocarmos no lugar daquela geração que assistiu à duas guerras mundiais empreendidas pela Alemanha, talvez não seja assim tão estranho. Com certeza, havia muito poucas pessoas que gostavam de alemães, em 1945... Sobre Marshall e Bradley nada sei. Agora, quanto à Patton, com certeza, ele não odiava os alemães (era uma dessas poucas pessoas). E passou a admirá-los intensamente. No fim da guerra, escreveu em seu diário: “Nós liquidamos a única raça decente na Europa”. E, com certeza, pelo seu diário, ele já se visualizava liderando excelentes divisões panzer alemãs contra os comunistas, em algum momento no futuro. De qualquer forma, independente do que eles pensavam, não eram eles quem formulavam a política de suas nações.
Pode ter certeza que os britânicos também andaram fuzilando prisioneiros.
Mesmo com o argumento que não se havia sistemas de bombardeamento inteligentes como vemos hoje e que era necessário destruir um quarteirão para atingir um alvo, eu até entendo, mas cidades como Dresden e Hamburgo de ponta a ponta, quase s/ oposição de caças
bombardeando dia e noite, é algo inconcebível e com certeza criminoso(...)
Quando à Dresden me parece certo. Mas quanto à Hamburgo é preciso não esquecer que era um grande centro industrial e produtor de submarinos. Logo, não se pode negar a validade do ataque dos Aliados. Talvez, como no caso dos bombardeios ao Japão, o alvo é que estivesse errado.
Concordo com vc Clermont que os alemães é que começaram com toda esta desgraça, mas acho que vc vai concordar comigo que nada justifica tal atitude em responder na mesma moeda, ainda mais quando falamos de população civil, mulheres, crianças e idosos tão inocentes quanto os que foram atacados anteriormente.
Concordo. Só que eu não sou um comandante de força aérea britânico, lutando pela sobrevivência do meu país, há sessenta anos atrás, contra a mais nefasta ameaça que o mundo já conheceu. Se fosse, talvez pensasse diferente. Afinal, até que os Aliados tivessem condições de botar os pés no continente europeu, a única forma de levar à guerra até os alemães era através de suas frotas de bombardeiros estratégicos. Além do mais, nunca se pode esquecer que a ameaça aérea sobre os céus da Alemanha, fixou uma enorme parcela do potencial aéreo e anti-aéreo alemão que, de outro modo, poderia ser usado nas frentes de batalha.
Como vc pode ter visto em algum documentário ou mesmo em artigos, eram grandes complexos em locais abertos, impossivel dos serviços secretos aliados ou mesmo aviões de recon passarem batido pelo local e sendo que vários alvos na região já haviam sido atacados inúmeras vezes.
Os aviões de reconhecimento passaram, como pode ser visto nas fotos aéreas de Auschwitz, divulgadas semana passada. Porém, como salientou um especialista, é improvável que o piloto tivesse a menor idéia do que se passava. E as equipes de análise de fotos, estavam concentradas em localizar alvos de valor militar.
Quanto a viabilidade de ataques destes alvos eram totais, visto as missões Shutlle, de ida e volta de bases na UK ou na Itália, atacando alvos na Polônia, Hungria, Romênia e Bulgaria, parando em bases russas na Ucrania.
Certo, mas essas ações foram poucas, não foram consideras produtivas e terminaram em desastre. Uma base aérea americana, na Rússia, foi atacada de surpresa pela Luftwaffe, e sofreu danos esmagadores, com a perda de muitas dezenas de bombardeiros e caças.
Não realizaram porque nao quiserem pois sabiam que seriam um grande trunfo mais tarde ao final das hostilidades p/ julgar e enterrar de vez o nazismo, o que no meu ponto de vista foi correto, mas como disse, quantas milhares de vidas pagaram o preço pelos aliados fazerem de conta que os locais não exitiam ???
Volto a frisar: essa é uma interpretação. É possível, mas não é certa. Eu continuo não acreditando nela, até que tenha informações críveis que me façam rever minha opinião. Assim que puder, vou postar outra mensagem, no tópico sobre os campos de extermínio, com dois textos referentes a essa questão. Eles apresentam os prós e os contras de uma ação aérea contra Auschwitz. E, com certeza, nenhum dos dois, de forma alguma, corroboram a sua hipótese de uma tentativa deliberada de permitir a consumação de um crime contra a humanidade, só para permitir aos Aliados, “julgarem e enterrarem o nazismo”, depois da guerra.
Só para não esquecer: o complexo Auschwitz-Birkenau, era apenas um, dos seis campos de extermínio existentes.
A política dos aliados ocidentais, principalmente dos americanos era de total destruição da capacidade militar alemã desde o início das hostilidades, o que conseguiram, jamais viram nos alemães aliados militares a curto prazo, mesmo sabendo que teriam problemas futuros com os russos. Isto pode ser conferido nas biografias de Patton, Marshall, Bradley e Einsenhower, que nutriam um estranho ódio pelos germânicos.
Realmente, Eisenhower não gostava de alemães. O que é muito estranho, afinal ele mesmo era um descendente de imigrantes alemães. Por outro lado, se nos colocarmos no lugar daquela geração que assistiu à duas guerras mundiais empreendidas pela Alemanha, talvez não seja assim tão estranho. Com certeza, havia muito poucas pessoas que gostavam de alemães, em 1945... Sobre Marshall e Bradley nada sei. Agora, quanto à Patton, com certeza, ele não odiava os alemães (era uma dessas poucas pessoas). E passou a admirá-los intensamente. No fim da guerra, escreveu em seu diário: “Nós liquidamos a única raça decente na Europa”. E, com certeza, pelo seu diário, ele já se visualizava liderando excelentes divisões panzer alemãs contra os comunistas, em algum momento no futuro. De qualquer forma, independente do que eles pensavam, não eram eles quem formulavam a política de suas nações.
(...)acho que os únicos que se comportaram dignamente foram os ingleses, dos quais nunca ouvi algo a respeito.
Pode ter certeza que os britânicos também andaram fuzilando prisioneiros.
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Salve Victor,
Você, eu e as torcidas do Flamengo e do Corintians juntas...
Sobre a continuação da guerra, me parece um desastre total. De qualquer ponto de vista. Um desastre para os americanos, que acabariam por ter de invadir o Japão; um desastre para os japoneses que sofreriam um massacre em escala inacreditável. Um desastre para todos os militares e civis de diversas nacionalidades, por toda a Ásia e Pacífico, onde a luta iria continuar enquanto o Japão não fosse derrotado.
E um desastre para o mundo do pós-guerra. Pois, com certeza, os soviéticos não só teriam entrado dentro do Japão, na frente dos americanos, como teriam tomado toda a Coréia; teriam invadido Pequim e a teriam entregue, numa bandeja, à Mao-Tse-Tung.
Claro que a China virou comunista, alguns anos depois, mas pra quê ter acelerado o processo?
Basta pensar o seguinte: se os americanos tivessem amenizado seus termos e levado o Japão à rendição, digamos, em maio ou junho de 1945, os soviéticos não teriam tido tempo hábil de montar sua ação no Extremo Oriente. Hoje em dia, não haveria uma Coréia do Norte, com aquela criatura medonha e ridícula, de cabelos eriçados, ameaçando produzir armas atômicas.
E por aí vai...
Aprecio bastante esses "e se..." (what if)...
Você, eu e as torcidas do Flamengo e do Corintians juntas...
Sobre a continuação da guerra, me parece um desastre total. De qualquer ponto de vista. Um desastre para os americanos, que acabariam por ter de invadir o Japão; um desastre para os japoneses que sofreriam um massacre em escala inacreditável. Um desastre para todos os militares e civis de diversas nacionalidades, por toda a Ásia e Pacífico, onde a luta iria continuar enquanto o Japão não fosse derrotado.
E um desastre para o mundo do pós-guerra. Pois, com certeza, os soviéticos não só teriam entrado dentro do Japão, na frente dos americanos, como teriam tomado toda a Coréia; teriam invadido Pequim e a teriam entregue, numa bandeja, à Mao-Tse-Tung.
Claro que a China virou comunista, alguns anos depois, mas pra quê ter acelerado o processo?
Basta pensar o seguinte: se os americanos tivessem amenizado seus termos e levado o Japão à rendição, digamos, em maio ou junho de 1945, os soviéticos não teriam tido tempo hábil de montar sua ação no Extremo Oriente. Hoje em dia, não haveria uma Coréia do Norte, com aquela criatura medonha e ridícula, de cabelos eriçados, ameaçando produzir armas atômicas.
E por aí vai...
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Salve Clermont
Caramba que exagero! Bem, valeu Apesar de achar que sou eu que deveria fazer essa saudação a você.
Mesmo sabendo que as principais bases militares estratégicas estavam no subterrâneo, e que não seriam atingidas por esses ataques?
Olha que os Japoneses conseguiram tocar muitos projetos importantes adiante, apesar de suas cidades estarem sendo "queimadas vivas". Os protótipos do primeiro caça a jato japones, e o primeiro avião a ser lançado de um submarino(!!!! É sério), que seriam usados para atingir o canal do panamá sem serem detectados. As bombas de Hiroshima e Nagasaki chegaram antes que esse plano pudesse ser executado.
O que eu quero dizer é que esses bombardeios não surtiram lá grande efeito, ou pelo menos não o desejado, que justificasse essa carnificina. Claro, guerra é guerra, sempre haverão mortes, mas não me parece muito lógico, do ponto de vista militar. Muitas das indústrias de armamentos eram construidas com alvenaria, e sofriam muito menos danos que as construções civis de madeira contra bombas incendiárias.
E, muitas das missões de bombardeios eram feitas, não para destruição de um objetivo militar, mas sim para "Abalar a moral dos civis",traduzindo, um ataque indiscriminado contra os civis. Foi isso que a Luftwaffe fez contra cidades inglesas na batalha da Inglaterra, assim como a RAF e a USAAF fizeram contra cidades germânicas, e a USAAF contra muitas cidades japonesas.
No fim, essas tentativas sempre falhavam, pois simplismente aumentavam o ódio do povo contra seus agressores, que desejavam uma retaliação, mais guerra, e aumentavam o apoio ao governo vigente em seu país(isso aconteceu com todos os que foram vítimas disso, Inglaterra, Japão, Alemanha e URSS).
Esses bombardeios com o objetivo de "abalar o moral" dos civis, é, na minha opinião, um crime de guerra.
Mas claro, é apenas a minha opinião
Abraço a todos
César
Salve César, (humm, acho que ficaria melhor "Ave, César")
Caramba que exagero! Bem, valeu Apesar de achar que sou eu que deveria fazer essa saudação a você.
Quanto aos bombardeios americanos contra o Japão, realmente significaram um massacre. Não há dúvidas. Mas os comandantes de bombardeiros americanos viam a coisa de outro modo. O fato é que as primeiras incursões de bombardeiros contra o Japão não se mostraram eficientes com o uso de alto-explosivo à grande altitude. Não havia precisão suficiente e logo, os japoneses passaram a descentralizar sua produção industrial pelas áreas metropolitanas. Portanto, diante disso, os americanos resolveram usar bombas incendiárias à baixa altitude. Para destruir a produção japonesa e, infelizmente, destruindo muitas centenas de milhares de pessoas. Dado o objetivo prescrito para os comandantes de bombardeiros, a solução divisada por eles, para cumprir tais objetivos emanados do alto-comando, foi totalmente acertada.
Mesmo sabendo que as principais bases militares estratégicas estavam no subterrâneo, e que não seriam atingidas por esses ataques?
Olha que os Japoneses conseguiram tocar muitos projetos importantes adiante, apesar de suas cidades estarem sendo "queimadas vivas". Os protótipos do primeiro caça a jato japones, e o primeiro avião a ser lançado de um submarino(!!!! É sério), que seriam usados para atingir o canal do panamá sem serem detectados. As bombas de Hiroshima e Nagasaki chegaram antes que esse plano pudesse ser executado.
O que eu quero dizer é que esses bombardeios não surtiram lá grande efeito, ou pelo menos não o desejado, que justificasse essa carnificina. Claro, guerra é guerra, sempre haverão mortes, mas não me parece muito lógico, do ponto de vista militar. Muitas das indústrias de armamentos eram construidas com alvenaria, e sofriam muito menos danos que as construções civis de madeira contra bombas incendiárias.
E, muitas das missões de bombardeios eram feitas, não para destruição de um objetivo militar, mas sim para "Abalar a moral dos civis",traduzindo, um ataque indiscriminado contra os civis. Foi isso que a Luftwaffe fez contra cidades inglesas na batalha da Inglaterra, assim como a RAF e a USAAF fizeram contra cidades germânicas, e a USAAF contra muitas cidades japonesas.
No fim, essas tentativas sempre falhavam, pois simplismente aumentavam o ódio do povo contra seus agressores, que desejavam uma retaliação, mais guerra, e aumentavam o apoio ao governo vigente em seu país(isso aconteceu com todos os que foram vítimas disso, Inglaterra, Japão, Alemanha e URSS).
Esses bombardeios com o objetivo de "abalar o moral" dos civis, é, na minha opinião, um crime de guerra.
Mas claro, é apenas a minha opinião
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Salve Sundão
E, só a título de curiosidade, foi um ataque da RAF contra Berlim(na verdade 3) em Agosto de 1940, que fez o "gênio" militar Hittler, ordenar a mudança de Enfoque da Luftwaffe contra a Inglaterra, passando a atacar cidades Inglesas, ao invés de objetivos militares.
É consenso hoje em dia, que essa foi a grande burrice de Hittler, e que graças a ela a RAF(e consequentemente a Inglaterra) foi salva da destruição.
Abraço a todos
César
Em relação aos bombardeios de populações civis consta que na guerra o primeiro bombardeio foi realizado na etapa do embate direto anglo-germânico foi por aviões ingleses sobre Berlim sobre populações civis. Antes disto os bombardeios alemães sobre a Inglaterra tinha apenas objetivos militares "clássicos".
E, só a título de curiosidade, foi um ataque da RAF contra Berlim(na verdade 3) em Agosto de 1940, que fez o "gênio" militar Hittler, ordenar a mudança de Enfoque da Luftwaffe contra a Inglaterra, passando a atacar cidades Inglesas, ao invés de objetivos militares.
É consenso hoje em dia, que essa foi a grande burrice de Hittler, e que graças a ela a RAF(e consequentemente a Inglaterra) foi salva da destruição.
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
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O que eu quero dizer é que esses bombardeios não surtiram lá grande efeito, ou pelo menos não o desejado, que justificasse essa carnificina.
César,
Como eu disse antes, é possível que a escolha de outro tipo de alvo (transportes e combustível) pudesse ter levado à paralisia da economia japonesa. Com menos explosivos e menos perdas de vida civis. Mas essa possibilidade vai ficar como um " e se..." que ninguém nunca vai poder confirmar.
Como as coisas se passaram, não pode haver dúvida da devastação das áreas industriais, com a tática de se usar agentes incendiários à baixa altitude. Num só ataque (10 de março de 1945), Tóquio perdeu um quinto da área industrial e dois terços de seu centro comercial.
A ofensiva de bombardeio deixou o Japão de joelhos. O comandante americano que dirigiu a ofensiva, calculava em mais uns 6 meses de bombardeio para fazer o Japão "voltar à Idade Média". Talvez os japoneses tenham montado, um ou outro protótipo de caça ou de tanques. Mas perderam, totalmente, a capacidade de produção em massa. Não só quase a totalidade das fábricas mais importantes foi incinerada (não importando se eram, ou não, de alvenaria) como a mão-de-obra operária japonesa foi obrigada a se dispersar nas zonas rurais do país.
Na verdade, havia quem imaginasse que nem se precisava desembarcar. Bastava continuar com os "seis meses para voltar à Idade Média".
Esses bombardeios com o objetivo de "abalar o moral" dos civis, é, na minha opinião, um crime de guerra.
Sabe quem iria concordar (em parte!) com sua afirmação? O próprio Major-General Curtis E. Le May, o comandante da força de bombardeiros americana, que idealizou a mudança de tática de ataque contra o Japão. Depois da guerra ele disse: "Suponho que, se perdessemos a guerra, eu teria sido julgado como criminoso de guerra."
Mas não se engane! Até o momento de sua morte (ele morreu em 1990), jamais se arrependeu de suas ações. Pois ele acreditava que a ofensiva de B-29 encurtou a Segunda Guerra Mundial. E, desse modo, salvou não apenas milhares de vidas americanas (preocupação fundamental, sendo ele um militar dos Estados Unidos) como também, salvou muito mais vidas japonesas do que as que se perderam nos bombardeios.
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ESTUDO APONTA SÍFILIS COMO CAUSA DA MORTE DE LÊNIN.
Por Megan Goldin (REUTERS)
BEERSHEBA, Israel (Reuters) - Sempre houve boatos no Kremlin (sede do governo russo) e nos salões europeus, mas eles não passavam disso até uma equipe médica de Israel ter anunciado a solução de um mistério de mais de 80 anos.
O diagnóstico póstumo, feito por dois psiquiatras e um neurologista, foi recentemente publicado pela Revista Européia de Neurologia e afirma que Vladimir Lênin, o revolucionário russo e ícone da União Soviética, morreu de sífilis.
"É uma história incrível, a degeneração dos estados mental e físico de Lênin", afirmou o psiquiatra Eliezer Witztum.
O diagnóstico sobre a doença responsável por provocar grandes danos mentais e um estado de demência em Lênin nos dois últimos anos de sua vida é mais do que uma curiosidade histórica.
Segundo os médicos, a doença e os esforços para escondê-la feitos pelas autoridades soviéticas, que transformaram o revolucionário em mito, apontam para os perigos de esconder da opinião pública a saúde mental dos líderes responsáveis pelo destino de milhões de pessoas.
"Seus assuntos pessoais (de Lênin) afetaram a vida de milhões de pessoas por causa de sua doença, de sua inabilidade em liderar o país em um momento crucial", disse Yoram Finkelstein, chefe do departamento de diagnóstico neurológico do hospital Shaare Zedek, em Jerusalém.
"Eram tempos confusos, e havia um vácuo de poder que acabou sendo preenchido, infelizmente, por Stálin".
O diagnóstico da doença foi estabelecido com base em documentos divulgados depois da queda da União Soviética, em 1991, entre eles o dossiê médico, os resultados da autópsia e os diários dos médicos que trataram de Lênin e foram obrigados a permanecer em silêncio após sua morte, em 1924.
A causa oficial da morte de Lênin foi uma arteriosclerose cerebral, mas apenas 8 dos 27 médicos que trataram dele assinaram esse diagnóstico.
Os dois médicos pessoais do revolucionário recusaram-se a assinar o atestado de óbito oficial.
Vladimir Lerner, psiquiatra da Universidade Ben Gurion, em Beersheba, disse que, quando trabalhou em Moscou com o filho do médico que chefiou a equipe que cuidou de Lênin, este lhe contou que, segundo seu pai, houve oito diferentes resultados para as autópsias do líder russo. Um deles apontava a sífilis como causa da morte.
Considerada incurável no final do século 19 e início do 20, a sífilis era confundida com outras doenças dada sua capacidade de imitá-las, explicou o psiquiatra.
Talvez a evidência mais explosiva seja o fato de especialistas terem receitado Salvarsan para Lênin em 1922, droga à base de arsênico usada apenas no tratamento da sífilis.
EXAMES DE SANGUE SUMIRAM
A falta de exames de sangue em seu dossiê médico também causou estranhamento. "Por que esses exames sumiram, enquanto os de urina e da região lombar, continuam lá?", questionou Lerner.
Os especialistas também estudaram as alterações na personalidade de Lênin anos antes de a doença ter se manifestado. A sífilis pode levar de 10 a 20 anos para chegar ao cérebro.
Antes da revolução, Lênin começou a achar insuportável o barulho. Pessoas próximas disseram que o líder russo tornou-se irritadiço e que algumas vezes perdia o autocontrole.
"Essas foram as primeiras manifestações neurológicas da sífilis", afirmou Finkelstein.
O cérebro de Lênin, preservado em um instituto em Moscou, pode fornecer a prova final, mas os médicos duvidam que as autoridades russas permitam que pesquisadores independentes o examinem um dia.
O declínio de Lênin nos dois últimos anos de vida, depois de sofrer vários derrames, o tornaram incapaz de falar, escrever e fazer operações matemáticas simples. A população nunca soube de sua grave condição de saúde.
Após sua morte, Stálin transformou Lênin em um ícone da Revolução Russa, expondo seu corpo embalsamado em um mausoléu em Moscou.
"Você não pode ter um símbolo com sífilis. Seria como se todas as teorias do socialismo e do comunismo fossem baseadas em um sifilítico", disse Lerner.
Por Megan Goldin (REUTERS)
BEERSHEBA, Israel (Reuters) - Sempre houve boatos no Kremlin (sede do governo russo) e nos salões europeus, mas eles não passavam disso até uma equipe médica de Israel ter anunciado a solução de um mistério de mais de 80 anos.
O diagnóstico póstumo, feito por dois psiquiatras e um neurologista, foi recentemente publicado pela Revista Européia de Neurologia e afirma que Vladimir Lênin, o revolucionário russo e ícone da União Soviética, morreu de sífilis.
"É uma história incrível, a degeneração dos estados mental e físico de Lênin", afirmou o psiquiatra Eliezer Witztum.
O diagnóstico sobre a doença responsável por provocar grandes danos mentais e um estado de demência em Lênin nos dois últimos anos de sua vida é mais do que uma curiosidade histórica.
Segundo os médicos, a doença e os esforços para escondê-la feitos pelas autoridades soviéticas, que transformaram o revolucionário em mito, apontam para os perigos de esconder da opinião pública a saúde mental dos líderes responsáveis pelo destino de milhões de pessoas.
"Seus assuntos pessoais (de Lênin) afetaram a vida de milhões de pessoas por causa de sua doença, de sua inabilidade em liderar o país em um momento crucial", disse Yoram Finkelstein, chefe do departamento de diagnóstico neurológico do hospital Shaare Zedek, em Jerusalém.
"Eram tempos confusos, e havia um vácuo de poder que acabou sendo preenchido, infelizmente, por Stálin".
O diagnóstico da doença foi estabelecido com base em documentos divulgados depois da queda da União Soviética, em 1991, entre eles o dossiê médico, os resultados da autópsia e os diários dos médicos que trataram de Lênin e foram obrigados a permanecer em silêncio após sua morte, em 1924.
A causa oficial da morte de Lênin foi uma arteriosclerose cerebral, mas apenas 8 dos 27 médicos que trataram dele assinaram esse diagnóstico.
Os dois médicos pessoais do revolucionário recusaram-se a assinar o atestado de óbito oficial.
Vladimir Lerner, psiquiatra da Universidade Ben Gurion, em Beersheba, disse que, quando trabalhou em Moscou com o filho do médico que chefiou a equipe que cuidou de Lênin, este lhe contou que, segundo seu pai, houve oito diferentes resultados para as autópsias do líder russo. Um deles apontava a sífilis como causa da morte.
Considerada incurável no final do século 19 e início do 20, a sífilis era confundida com outras doenças dada sua capacidade de imitá-las, explicou o psiquiatra.
Talvez a evidência mais explosiva seja o fato de especialistas terem receitado Salvarsan para Lênin em 1922, droga à base de arsênico usada apenas no tratamento da sífilis.
EXAMES DE SANGUE SUMIRAM
A falta de exames de sangue em seu dossiê médico também causou estranhamento. "Por que esses exames sumiram, enquanto os de urina e da região lombar, continuam lá?", questionou Lerner.
Os especialistas também estudaram as alterações na personalidade de Lênin anos antes de a doença ter se manifestado. A sífilis pode levar de 10 a 20 anos para chegar ao cérebro.
Antes da revolução, Lênin começou a achar insuportável o barulho. Pessoas próximas disseram que o líder russo tornou-se irritadiço e que algumas vezes perdia o autocontrole.
"Essas foram as primeiras manifestações neurológicas da sífilis", afirmou Finkelstein.
O cérebro de Lênin, preservado em um instituto em Moscou, pode fornecer a prova final, mas os médicos duvidam que as autoridades russas permitam que pesquisadores independentes o examinem um dia.
O declínio de Lênin nos dois últimos anos de vida, depois de sofrer vários derrames, o tornaram incapaz de falar, escrever e fazer operações matemáticas simples. A população nunca soube de sua grave condição de saúde.
Após sua morte, Stálin transformou Lênin em um ícone da Revolução Russa, expondo seu corpo embalsamado em um mausoléu em Moscou.
"Você não pode ter um símbolo com sífilis. Seria como se todas as teorias do socialismo e do comunismo fossem baseadas em um sifilítico", disse Lerner.
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- Júnior
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por pior que o Comunismo fosse, a verdade é que os alemães não tem muito do que reclamar por um simples detalhe. Foi a Alemanha nazista quem invadiu a Rússia comunista e não o contrário. Foram os alemães quem deram início à uma guerra de extermínio contra o povo soviético e não o contrário.
Ainda que isso fosse verdade não justificaria os massacres, antes de olhar para a IIGM é preciso enchergar as duas grandes Guerras como uma, pois aquela que foi para os povos da Europa a guerra para acabar com todas as guerras do mundo (IGM) não fez mais do que preparar um novo conflito, bem mais amplo, desta vez realmente mundial. Na verdade o período entre guerras (1918-39) nada mais foi do que um período preparatório para a IIGM.
E olhando para este período vê-se claramente o quão injustiçado foi o povo Alemão com o tratado de Versales.
... e se preciso for até mesmo com a perda da própria vida!!!!
COR UNUM ET ANIMA UNA PRO BRASILIA
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Bombardeio cidade de Dresden
O bombardeamento de Dresden há 52 anos - 13 e 14 de Fevereiro de 1945.
Nesta altura da guerra todo e qualquer responsável civil ou militar das potências Aliadas sabia perfeitamente que a Alemanha estava derrotada, que o III Reich nunca poderia sobreviver e muito menos ressurgir de forma a constituir uma ameaça militar para os países Aliados. Na frente Ocidental os ingleses e americanos tinham desembarcado com êxito na Itália e avançavam mais a Norte pelas Ardenas estando já nas margens do Reno. Na frente Leste o avanço do Exército Vermelho era imparável e tinha já transposto o Oder e dirigia-se perigosamente para a transposição do Elba. O governo alemão propunha negociações para uma rendição militar a Oeste de forma a impedir o avanço comunista para o coração da Europa Civilizada e cristã. Tal foi recusado pelos dirigentes ingleses e americanos.
Dresden era uma cidade sem qualquer objetivo estratégico, tanto do ponto de vista militar como industrial. Além de não possuir bases militares ou indústrias importantes, Dresden não tinha qualquer defesa aérea. Toda a sua artilharia antiaérea há muito que tinha sido desmontada e transferida, com as respectivas guarnições - jovens inexperientes de 16 e 17 anos - para a frente Leste e para a defesa do Ruhr.
Dresden era uma das mais belas cidades da Alemanha, a capital da Saxónia era conhecida pela "Florença do Elba" devido à sua mundialmente famosa arquitetura Barroca. A economia de Dresden era sustentada, em tempo de paz, pelos seus teatros, museus, instituições culturais e indústrias artesanais, nomeadamente a cerâmica.
A sua população residente e permanente era de 630.000 pessoas, mas naquela altura a cidade estava a abarrotar de refugiados provenientes de todo o Leste mas principalmente da Prússia e da Silésia de onde fugiam aterrorizadas pelas crueldades cometidas pelos bárbaros soldados soviéticos que a isso eram incitados pelo demónio da propaganda estaliniana, o judeu Ilja Ehrenburg. Este dirigente soviético em campanhas maciças na rádio e através de milhões de panfletos repetia constantemente perante os soldados vermelhos: "Matem, matem, matem. Ninguém é inocente. Nem os que estão vivos nem os que ainda não nasceram" ou então "se vocês, um dia, não tiverem matado pelo menos um alemão, então vocês não cumpriram o vosso dever moral para com a mãe pátria Soviética". Churchill nas suas memórias citava o judeu Ehrenburg, numa sua proclamação ao Exército bolchevista: "Os Soldados Vermelhos ardem como se fossem de palha para fazer dos alemães e da sua capital uma teia acesa da sua vingança; para vós, soldados do Exército Vermelho, soou a hora da vingança. Destroçai briosamente o orgulho racial das mulheres alemãs; tomai-as como despojo legítimo. Matai! Destruí, bravos e aguerridos soldados do Exército Vermelho".
Todos aqueles que não tinham morrido de frio e fome pelo caminho e chegavam a pé, de comboio, camioneta ou carroça descreviam assustadoras atrocidades soviéticas - assassínios, torturas e brutais violações em massa - sobre os civis alemães que não tinham sido evacuados a tempo.
Por exemplo em Gumbinnen, na Prússia Oriental, a 20 de Outubro de 1944, uma coluna enorme de refugiados civis foi avistada por uma unidade de blindados soviéticos, que obedecendo às ordens do seu comandante avançou sobre os refugiados e esmagou-os a todos sob as lagartas dos pesados veículos.
No início de Fevereiro, em Neustettin, numa orgia de sangue e morte os soldados soviéticos reuniram 500 moças alemãs, numa siderúrgica abandonada, e duma forma monstruosa foram massacrando-as uma a uma perante os olhares aterrorizados de todas as outras que esperavam a sua vez. Mães e filhas, estas muitas vezes com apenas 12 e 13 anos assistiam à morte mútua no maior sofrimento. Depois de as despirem e amarrarem a uma mesa de pedra, com uma faca afiada e com um serrote cortavam-lhes os seios que lançavam ao chão com satisfação, dilaceravam-lhes em seguida os órgãos genitais perante os gritos horríveis de quem assim morria e via morrer. Estas só pediam uma morte rápida, mas como resposta esses cruéis assassinos cortavam-lhes o ventre em forma de suástica e expunham-lhes as vísceras após o que as lançavam ao chão ainda agonizantes e recomeçavam tudo de novo com uma nova moça. O sangue inundava o compartimento e os corpos amontoavam-se. Os corpos de algumas das inocentes moças foram cortadas às fatias. Em alguns casos abriam-nas ao comprido e entornavam dentro petróleo fervente. Das poucas sobreviventes a maioria enlouqueceu. Tanto este como muitos outros acontecimentos semelhantes estão plenamente confirmados por relatórios dos exércitos alemão e Aliado e por inúmeros testemunhos pessoais.
Fatos como estes originaram uma fuga desesperada, de Leste para Oeste, dos civis alemães que tudo abandonando partiam apenas com a roupa do corpo e com os filhos ao colo. Mal sabiam eles o que ainda os esperava. Nos últimos meses da guerra Dresden era conhecida por "Cidade Hospital" (Die Lazarettstadt) e também por "Cidade dos Refugiados" (Fluechtlingsstadt).
Abrigava nesta altura mais de um milhão de pessoas.
Norman Stone (1) escreveu no Daily Mail: "-bombardeamos cidades alemãs já depois de ser bem claro que tínhamos a guerra ganha, e que Stalin era potencialmente um inimigo terrível. Alguns dos bombardeios foram completamente despropositados. Nos últimos dias da guerra atacamos velhas cidades - onde não havia qualquer alvo militar - somente refugiados, mulheres e crianças.
Desses atos de sadismo gratuito, o pior foi o bombardeio da cidade de Dresden." A quase totalidade dos refugiados era na verdade constituído por mulheres e crianças pois os Gauleiters não permitiam a evacuação dos homens, especialmente os empregados da indústria, que deveriam manter-se no seu posto até ao último momento.
Centenas de milhares de refugiados ocuparam todos os quartos livres da cidade, mas mesmo assim a grande maioria, no Inverno mais frio do século, viviam ao relento nos parques da cidade, onde as crianças choravam, deitadas e amontoadas no chão encharcado e úmido.
"Todos esses refugiados julgavam-se finalmente em segurança, pensando que os Aliados não ousariam bombardear uma cidade não defendida, desprovida de objetivos militares, agora que a guerra estava próxima do fim." (2) Churchill, Roosevelt e Morgenthau foram os primeiros responsáveis pelo premeditado ato institucional de terror e planeamento deliberado de assassínio em massa desta desgraçada gente apanhada sem defesa na ratoeira de Dresden. Morgenthau, judeu, Secretário de Estado do Tesouro do Governo Roosevelt propôs na Conferência de Casablanca o seu projeto que consistia no extermínio de 50% do povo alemão e na destruição da Alemanha como Nação.
Era um plano em 6 pontos que foi adotado em Teerã. Era um plano do conhecimento dos dirigentes e do povo alemão. Por isso tanto Dresden como Chemnitz, Hamburgo e muitas outros morticínios foram encarados como as provas fatuais do que há muito tempo afirmavam. Cordel Hull, Secretário dos Negócios Estrangeiros e prêmio Nobel da Paz de 1945 opôs-se à aplicação do plano de extermínio em massa de Morgenthau tentando, sem sucesso, demover Roosevelt dizendo-lhe: "O plano Morgenthau tem como finalidade assassinar por inanição de 40 a 50% do povo alemão e converter o resto numa massa nômade embrutecida e miserável. O dito plano contradiz o senso comum e nunca poderia ser adotado por um Governo americano." O Senador William Langer do Dakota do Norte disse no Senado que: "O senhor Morgenthau aparece agora convicto ante o tribunal da consciência humana, como o instigador sistemático da aniquilação dos povos de língua alemã" (4).
Sob o nome de código de operação "Clarion" começou na noite de 13 de Fevereiro, um triplo bombardeio aéreo, que durou quatorze horas e quinze minutos por parte de 1200 bombardeiros ingleses e americanos. Terrível ironia, o bombardeio efetuou-se de terça para quarta-feira de cinzas.
O "Carnaval" a sério só agora ia começar. O 1º raide começou às 22 horas com o «despejo» de bombas altamente explosivas na parte velha da cidade, por parte de 800 bombardeiros da RAF.
Este tipo de bombas ia abrir caminho aos bombardeios que se efetuaram a seguir, pois tinham o poder e a característica de destruir as coberturas e os telhados dos edifícios por onde penetrariam o napalm e o fósforo, as condutas e os depósitos de água, e pelo seu poder destrutivo espalhavam a morte e acima de tudo a desorganização dos serviços de salvamento e combate a incêndios. Um dos objetivos deste primeiro e gigantesco bombardeamento foram os quartéis dos bombeiros.
O 2º raide trouxe o "inferno", i.e., o dilúvio de fogo. A cidade transformou-se num pavoroso oceano de fogo. As temperaturas do ar elevavam-se a centenas de graus. Ventos superiores a 160 Km/hora "sugavam" todo o oxigênio para o centro da tormenta. Centenas de milhares de pessoas eram queimadas vivas, vítimas deste 2º bombardeio rapidamente seguido dum terceiro, executado por 1200 tetramotores, para que ninguém sobrevivesse. Muitos milhares morreram sufocadas nas caves por falta de oxigênio, pois o mesmo era totalmente «retirado» daquelas de forma a alimentar as chamas que grassavam. Muitos outros milhares eram projetados violentamente pelo ar, como se fossem trapos, e atiradas para o inferno das chamas pelos ventos ferozes.
A sucção do ar provocada pelas elevadíssimas temperaturas era tão forte que arrancava árvores pela raiz e levava pedaços das casas a quilômetros de distância.
O pânico total e absoluto apoderou-se da população. Os cavalos empinavam-se e corriam, em grupo, sem destino. Os animais selvagens, tais como tigres ou leões, que tinham fugido do Zôo em ruínas, corriam pela cidade, aterrorizados. Cobras enormes deslizavam entre os pés dos fugitivos, juntos na tentativa de escaparem àquele terrível pesadelo de dor e morte.
Vagões-hospitais, ainda cheios de soldados feridos provenientes da frente, ardiam, sem que os seus ocupantes conseguissem sair devido ao seu estado debilitado.
Aqueles poucos que conseguiram sobreviver a este Holocausto foram mais tarde perseguidos e mortos por aviões Mustang que, em vôo rasante, metralhavam tudo aquilo que ainda mexesse. Os autores deste genocídio pareciam não querer deixar testemunhas.
"as pessoas, ardendo como tochas, atravessavam a cidade a correr e lançavam-se ao Elba, onde continuavam a arder; -- o rio de fogo que escorria do centro da cidade para o Elba entrava no rio e continuava a arder,...;
- as casas ardiam e consumiam-se a partir do interior; - os cadáveres repescados do Elba apresentavam os olhos brilhantes.
Tudo efeitos típicos do fósforo e do napalm." Ainda segundo o mesmo historiador, muitos dos "... 68.650 cadáveres que foram incinerados em Altmarkt estavam decapitados, vítimas das bombas anti-pessoal de fragmentação, explodindo a 1m 50 do solo." (3) No total, foram lançadas sobre a cidade 3.749 toneladas de bombas: 10.000 bombas explosivas, centenas de bombas de fragmentação, 650.000 bombas incendiárias e 15.000 bidons de fósforo e petróleo de 100 litros cada um.
Quando tudo acabou, a coluna de fumo poderia ser vista 80 Km em redor, com 15000 pés de altitude. Mais de 3/5 da cidade ficou reduzida a cinzas. O raide Aliado destruiu 24.866 edifícios, arrasou 20 Km2 da velha cidade onde para sempre desapareceram insubstituíveis tesouros artísticos e culturais, matou 35.000 pessoas identificadas e centenas de milhares de outras irreconhecíveis.
Quantas pessoas morreram? Segundo os vários historiadores, o número varia entre os 300.000 e os 500.000, grande parte das quais ficou transformada numa massa amarelada liquefeita que se fundia no asfalto das ruas ou no pavimento das caves e abrigos. Muitos outros ficaram reduzidos a pedaços carbonizados, do tamanho de uma boneca, espalhados aos milhares pelas ruas da cidade em ruínas. Segundo investigações alemãs, publicadas no jornal "Eidgenosse", em 3/01/86, houve 480.000 mortos assim divididos:
37.000 bebês e crianças pequenas
46.000 crianças em idade escolar
55.000 feridos e doentes internados em hospitais, incluindo médicos, enfermeiras e outro pessoal
12.000 pessoal de salvamento
330.000 descritas simplesmente como "homens e mulheres".
Só o bombardeio a Dresden causou mais que o dobro das vítimas dos bombardeios atômicos as cidades de Hiroshima e Nagasaki juntos. Não faltam imagens de carroças com pilhas de crianças, de longas tranças louras pendentes de cabecinhas inocentes, imoladas a interesses obscuros e abjetos. Não faltam imagens de piras (grelhas) feitas com barras arrancadas às linhas férreas onde eram empilhados corpos de mulheres novas e velhas, rapazes em calções, garotinhas de lindas tranças, enfermeiras da Cruz Vermelha, bebês, etc. Estas piras ao ar livre consumiam dia e noite, dias após dias após o fim do dilúvio de fogo, milhares e milhares de corpos. Enquanto estas piras ardiam, milhões em toda a Alemanha tiritavam de frio. Triste anacronismo. O bombardeamento de Coventry, cidade que abrigava uma forte indústria de armamento inglesa no campo da produção de munições e de aviões de combate, por 449 bombardeiros em 14/15 /11/1940, foi declarado e consecutivamente relembrado pela vigilante imprensa como "crime de guerra alemão", apesar de ter tido um custo de 380 mortos em vidas humanas. Neste bombardeamento o mais difícil foi ter conseguido evitar atingir os alvos não militares. Teria sido fácil a Luftwaffe, através dum bombardeamento indiscriminado e com intuitos de destruição total da cidade, ter completamente inutilizado e paralisado até ao fim da guerra os meios industriais de produção de armamentos. A diferença «não foi muita»: «apenas» 11.000 vezes mais mortos em Dresden do que em Coventry apesar de esta ser um objetivo militar e aquela não. Coventry foi um crime de guerra, mas Dresden, se atendermos às repercussões, não existiu!
Foi pura invenção.
Por qualquer ângulo em que se aborde o problema da culpabilidade dos autores morais e materiais deste genocídio, não restam dúvidas de que são criminosos de guerra. No entanto, todos eles são alvo de elogiosas referências, não passa um dia, na comprometida imprensa mundial.
Aqueles inocentes que perderam as suas vidas em Dresden foram mortos, não por algo que tivessem feito, mas simplesmente por um acidente de nascimento.
Aqueles que morreram no Holocausto de Dresden, eram alemães.
No entanto para a «Justiça» portuguesa e alguma imprensa que funciona como caixa de ressonância de forças poderosas, genocídio não é isto. Genocídio é muito pior! Genocídio é o que acontece quando meia dúzia de jovens, em dia de final da Taça de Portugal em futebol, talvez inebriados pelos festejos do espetáculo a que acabavam de assistir e eventualmente algum radicalismo ideológico próprio da idade (não era este radicalismo juvenil desculpável, segundo o Dr. Durão Barroso e o próprio Willy Brandt? Ou estas desculpas só se aplicam à esquerda e estrema-esquerda?) envolveram-se numa rixa, banal naquela zona da cidade, que infelizmente acabaram na morte de um indivíduo, que para lhes complicar a situação, era preto. Coitados, já estão de antemão condenados, e ainda não foram julgados pelo Tribunal.
No entanto, pelo estado da nossa «Justiça» será de prever uma condenação exemplar, de acordo com o julgamento prévio dos media. Normalmente estes dois «tribunais» andam de mãos dadas.
Bom, para terminar com Dresden, que foi isso "que aqui me trouxe", não queria deixar passar em claro o fato historicamente comprovado, mas pouco divulgado, de que tal bombardeamento foi realizado a pedido expresso de Stalin, em Yalta, de forma a facilitar, através da desorganização das comunicações, o avanço das hordas comunistas para Ocidente. Isto foi duplamente criminoso pois para além da monstruosidade já descrita, representava por outro lado a completa colaboração das democracias na entrega da Europa de Leste e Central ao comunismo mais cruel, o comunismo Estalinista. 50 anos da mais profunda perseguição e repressão comunista de que foram alvo os povos da Alemanha Oriental, Polónia, Chequeslováquia, Hungria, Eslovénia, Croácia e até talvez a Roménia ficaram a dever-se a uma entrega deliberada - aos soviéticos - por parte dos dirigentes Aliados, que não podem alijar responsabilidades. Numa próxima oportunidade veremos como e porquê.
(2) -- David Irving, "The Destruction of Dresden" (3) -- Jacques de Launay, "La Grande Débâcle 1944-1945" (4) -- Doc. do Senado americano, 18/04/1946.
O bombardeamento de Dresden há 52 anos - 13 e 14 de Fevereiro de 1945.
Nesta altura da guerra todo e qualquer responsável civil ou militar das potências Aliadas sabia perfeitamente que a Alemanha estava derrotada, que o III Reich nunca poderia sobreviver e muito menos ressurgir de forma a constituir uma ameaça militar para os países Aliados. Na frente Ocidental os ingleses e americanos tinham desembarcado com êxito na Itália e avançavam mais a Norte pelas Ardenas estando já nas margens do Reno. Na frente Leste o avanço do Exército Vermelho era imparável e tinha já transposto o Oder e dirigia-se perigosamente para a transposição do Elba. O governo alemão propunha negociações para uma rendição militar a Oeste de forma a impedir o avanço comunista para o coração da Europa Civilizada e cristã. Tal foi recusado pelos dirigentes ingleses e americanos.
Dresden era uma cidade sem qualquer objetivo estratégico, tanto do ponto de vista militar como industrial. Além de não possuir bases militares ou indústrias importantes, Dresden não tinha qualquer defesa aérea. Toda a sua artilharia antiaérea há muito que tinha sido desmontada e transferida, com as respectivas guarnições - jovens inexperientes de 16 e 17 anos - para a frente Leste e para a defesa do Ruhr.
Dresden era uma das mais belas cidades da Alemanha, a capital da Saxónia era conhecida pela "Florença do Elba" devido à sua mundialmente famosa arquitetura Barroca. A economia de Dresden era sustentada, em tempo de paz, pelos seus teatros, museus, instituições culturais e indústrias artesanais, nomeadamente a cerâmica.
A sua população residente e permanente era de 630.000 pessoas, mas naquela altura a cidade estava a abarrotar de refugiados provenientes de todo o Leste mas principalmente da Prússia e da Silésia de onde fugiam aterrorizadas pelas crueldades cometidas pelos bárbaros soldados soviéticos que a isso eram incitados pelo demónio da propaganda estaliniana, o judeu Ilja Ehrenburg. Este dirigente soviético em campanhas maciças na rádio e através de milhões de panfletos repetia constantemente perante os soldados vermelhos: "Matem, matem, matem. Ninguém é inocente. Nem os que estão vivos nem os que ainda não nasceram" ou então "se vocês, um dia, não tiverem matado pelo menos um alemão, então vocês não cumpriram o vosso dever moral para com a mãe pátria Soviética". Churchill nas suas memórias citava o judeu Ehrenburg, numa sua proclamação ao Exército bolchevista: "Os Soldados Vermelhos ardem como se fossem de palha para fazer dos alemães e da sua capital uma teia acesa da sua vingança; para vós, soldados do Exército Vermelho, soou a hora da vingança. Destroçai briosamente o orgulho racial das mulheres alemãs; tomai-as como despojo legítimo. Matai! Destruí, bravos e aguerridos soldados do Exército Vermelho".
Todos aqueles que não tinham morrido de frio e fome pelo caminho e chegavam a pé, de comboio, camioneta ou carroça descreviam assustadoras atrocidades soviéticas - assassínios, torturas e brutais violações em massa - sobre os civis alemães que não tinham sido evacuados a tempo.
Por exemplo em Gumbinnen, na Prússia Oriental, a 20 de Outubro de 1944, uma coluna enorme de refugiados civis foi avistada por uma unidade de blindados soviéticos, que obedecendo às ordens do seu comandante avançou sobre os refugiados e esmagou-os a todos sob as lagartas dos pesados veículos.
No início de Fevereiro, em Neustettin, numa orgia de sangue e morte os soldados soviéticos reuniram 500 moças alemãs, numa siderúrgica abandonada, e duma forma monstruosa foram massacrando-as uma a uma perante os olhares aterrorizados de todas as outras que esperavam a sua vez. Mães e filhas, estas muitas vezes com apenas 12 e 13 anos assistiam à morte mútua no maior sofrimento. Depois de as despirem e amarrarem a uma mesa de pedra, com uma faca afiada e com um serrote cortavam-lhes os seios que lançavam ao chão com satisfação, dilaceravam-lhes em seguida os órgãos genitais perante os gritos horríveis de quem assim morria e via morrer. Estas só pediam uma morte rápida, mas como resposta esses cruéis assassinos cortavam-lhes o ventre em forma de suástica e expunham-lhes as vísceras após o que as lançavam ao chão ainda agonizantes e recomeçavam tudo de novo com uma nova moça. O sangue inundava o compartimento e os corpos amontoavam-se. Os corpos de algumas das inocentes moças foram cortadas às fatias. Em alguns casos abriam-nas ao comprido e entornavam dentro petróleo fervente. Das poucas sobreviventes a maioria enlouqueceu. Tanto este como muitos outros acontecimentos semelhantes estão plenamente confirmados por relatórios dos exércitos alemão e Aliado e por inúmeros testemunhos pessoais.
Fatos como estes originaram uma fuga desesperada, de Leste para Oeste, dos civis alemães que tudo abandonando partiam apenas com a roupa do corpo e com os filhos ao colo. Mal sabiam eles o que ainda os esperava. Nos últimos meses da guerra Dresden era conhecida por "Cidade Hospital" (Die Lazarettstadt) e também por "Cidade dos Refugiados" (Fluechtlingsstadt).
Abrigava nesta altura mais de um milhão de pessoas.
Norman Stone (1) escreveu no Daily Mail: "-bombardeamos cidades alemãs já depois de ser bem claro que tínhamos a guerra ganha, e que Stalin era potencialmente um inimigo terrível. Alguns dos bombardeios foram completamente despropositados. Nos últimos dias da guerra atacamos velhas cidades - onde não havia qualquer alvo militar - somente refugiados, mulheres e crianças.
Desses atos de sadismo gratuito, o pior foi o bombardeio da cidade de Dresden." A quase totalidade dos refugiados era na verdade constituído por mulheres e crianças pois os Gauleiters não permitiam a evacuação dos homens, especialmente os empregados da indústria, que deveriam manter-se no seu posto até ao último momento.
Centenas de milhares de refugiados ocuparam todos os quartos livres da cidade, mas mesmo assim a grande maioria, no Inverno mais frio do século, viviam ao relento nos parques da cidade, onde as crianças choravam, deitadas e amontoadas no chão encharcado e úmido.
"Todos esses refugiados julgavam-se finalmente em segurança, pensando que os Aliados não ousariam bombardear uma cidade não defendida, desprovida de objetivos militares, agora que a guerra estava próxima do fim." (2) Churchill, Roosevelt e Morgenthau foram os primeiros responsáveis pelo premeditado ato institucional de terror e planeamento deliberado de assassínio em massa desta desgraçada gente apanhada sem defesa na ratoeira de Dresden. Morgenthau, judeu, Secretário de Estado do Tesouro do Governo Roosevelt propôs na Conferência de Casablanca o seu projeto que consistia no extermínio de 50% do povo alemão e na destruição da Alemanha como Nação.
Era um plano em 6 pontos que foi adotado em Teerã. Era um plano do conhecimento dos dirigentes e do povo alemão. Por isso tanto Dresden como Chemnitz, Hamburgo e muitas outros morticínios foram encarados como as provas fatuais do que há muito tempo afirmavam. Cordel Hull, Secretário dos Negócios Estrangeiros e prêmio Nobel da Paz de 1945 opôs-se à aplicação do plano de extermínio em massa de Morgenthau tentando, sem sucesso, demover Roosevelt dizendo-lhe: "O plano Morgenthau tem como finalidade assassinar por inanição de 40 a 50% do povo alemão e converter o resto numa massa nômade embrutecida e miserável. O dito plano contradiz o senso comum e nunca poderia ser adotado por um Governo americano." O Senador William Langer do Dakota do Norte disse no Senado que: "O senhor Morgenthau aparece agora convicto ante o tribunal da consciência humana, como o instigador sistemático da aniquilação dos povos de língua alemã" (4).
Sob o nome de código de operação "Clarion" começou na noite de 13 de Fevereiro, um triplo bombardeio aéreo, que durou quatorze horas e quinze minutos por parte de 1200 bombardeiros ingleses e americanos. Terrível ironia, o bombardeio efetuou-se de terça para quarta-feira de cinzas.
O "Carnaval" a sério só agora ia começar. O 1º raide começou às 22 horas com o «despejo» de bombas altamente explosivas na parte velha da cidade, por parte de 800 bombardeiros da RAF.
Este tipo de bombas ia abrir caminho aos bombardeios que se efetuaram a seguir, pois tinham o poder e a característica de destruir as coberturas e os telhados dos edifícios por onde penetrariam o napalm e o fósforo, as condutas e os depósitos de água, e pelo seu poder destrutivo espalhavam a morte e acima de tudo a desorganização dos serviços de salvamento e combate a incêndios. Um dos objetivos deste primeiro e gigantesco bombardeamento foram os quartéis dos bombeiros.
O 2º raide trouxe o "inferno", i.e., o dilúvio de fogo. A cidade transformou-se num pavoroso oceano de fogo. As temperaturas do ar elevavam-se a centenas de graus. Ventos superiores a 160 Km/hora "sugavam" todo o oxigênio para o centro da tormenta. Centenas de milhares de pessoas eram queimadas vivas, vítimas deste 2º bombardeio rapidamente seguido dum terceiro, executado por 1200 tetramotores, para que ninguém sobrevivesse. Muitos milhares morreram sufocadas nas caves por falta de oxigênio, pois o mesmo era totalmente «retirado» daquelas de forma a alimentar as chamas que grassavam. Muitos outros milhares eram projetados violentamente pelo ar, como se fossem trapos, e atiradas para o inferno das chamas pelos ventos ferozes.
A sucção do ar provocada pelas elevadíssimas temperaturas era tão forte que arrancava árvores pela raiz e levava pedaços das casas a quilômetros de distância.
O pânico total e absoluto apoderou-se da população. Os cavalos empinavam-se e corriam, em grupo, sem destino. Os animais selvagens, tais como tigres ou leões, que tinham fugido do Zôo em ruínas, corriam pela cidade, aterrorizados. Cobras enormes deslizavam entre os pés dos fugitivos, juntos na tentativa de escaparem àquele terrível pesadelo de dor e morte.
Vagões-hospitais, ainda cheios de soldados feridos provenientes da frente, ardiam, sem que os seus ocupantes conseguissem sair devido ao seu estado debilitado.
Aqueles poucos que conseguiram sobreviver a este Holocausto foram mais tarde perseguidos e mortos por aviões Mustang que, em vôo rasante, metralhavam tudo aquilo que ainda mexesse. Os autores deste genocídio pareciam não querer deixar testemunhas.
"as pessoas, ardendo como tochas, atravessavam a cidade a correr e lançavam-se ao Elba, onde continuavam a arder; -- o rio de fogo que escorria do centro da cidade para o Elba entrava no rio e continuava a arder,...;
- as casas ardiam e consumiam-se a partir do interior; - os cadáveres repescados do Elba apresentavam os olhos brilhantes.
Tudo efeitos típicos do fósforo e do napalm." Ainda segundo o mesmo historiador, muitos dos "... 68.650 cadáveres que foram incinerados em Altmarkt estavam decapitados, vítimas das bombas anti-pessoal de fragmentação, explodindo a 1m 50 do solo." (3) No total, foram lançadas sobre a cidade 3.749 toneladas de bombas: 10.000 bombas explosivas, centenas de bombas de fragmentação, 650.000 bombas incendiárias e 15.000 bidons de fósforo e petróleo de 100 litros cada um.
Quando tudo acabou, a coluna de fumo poderia ser vista 80 Km em redor, com 15000 pés de altitude. Mais de 3/5 da cidade ficou reduzida a cinzas. O raide Aliado destruiu 24.866 edifícios, arrasou 20 Km2 da velha cidade onde para sempre desapareceram insubstituíveis tesouros artísticos e culturais, matou 35.000 pessoas identificadas e centenas de milhares de outras irreconhecíveis.
Quantas pessoas morreram? Segundo os vários historiadores, o número varia entre os 300.000 e os 500.000, grande parte das quais ficou transformada numa massa amarelada liquefeita que se fundia no asfalto das ruas ou no pavimento das caves e abrigos. Muitos outros ficaram reduzidos a pedaços carbonizados, do tamanho de uma boneca, espalhados aos milhares pelas ruas da cidade em ruínas. Segundo investigações alemãs, publicadas no jornal "Eidgenosse", em 3/01/86, houve 480.000 mortos assim divididos:
37.000 bebês e crianças pequenas
46.000 crianças em idade escolar
55.000 feridos e doentes internados em hospitais, incluindo médicos, enfermeiras e outro pessoal
12.000 pessoal de salvamento
330.000 descritas simplesmente como "homens e mulheres".
Só o bombardeio a Dresden causou mais que o dobro das vítimas dos bombardeios atômicos as cidades de Hiroshima e Nagasaki juntos. Não faltam imagens de carroças com pilhas de crianças, de longas tranças louras pendentes de cabecinhas inocentes, imoladas a interesses obscuros e abjetos. Não faltam imagens de piras (grelhas) feitas com barras arrancadas às linhas férreas onde eram empilhados corpos de mulheres novas e velhas, rapazes em calções, garotinhas de lindas tranças, enfermeiras da Cruz Vermelha, bebês, etc. Estas piras ao ar livre consumiam dia e noite, dias após dias após o fim do dilúvio de fogo, milhares e milhares de corpos. Enquanto estas piras ardiam, milhões em toda a Alemanha tiritavam de frio. Triste anacronismo. O bombardeamento de Coventry, cidade que abrigava uma forte indústria de armamento inglesa no campo da produção de munições e de aviões de combate, por 449 bombardeiros em 14/15 /11/1940, foi declarado e consecutivamente relembrado pela vigilante imprensa como "crime de guerra alemão", apesar de ter tido um custo de 380 mortos em vidas humanas. Neste bombardeamento o mais difícil foi ter conseguido evitar atingir os alvos não militares. Teria sido fácil a Luftwaffe, através dum bombardeamento indiscriminado e com intuitos de destruição total da cidade, ter completamente inutilizado e paralisado até ao fim da guerra os meios industriais de produção de armamentos. A diferença «não foi muita»: «apenas» 11.000 vezes mais mortos em Dresden do que em Coventry apesar de esta ser um objetivo militar e aquela não. Coventry foi um crime de guerra, mas Dresden, se atendermos às repercussões, não existiu!
Foi pura invenção.
Por qualquer ângulo em que se aborde o problema da culpabilidade dos autores morais e materiais deste genocídio, não restam dúvidas de que são criminosos de guerra. No entanto, todos eles são alvo de elogiosas referências, não passa um dia, na comprometida imprensa mundial.
Aqueles inocentes que perderam as suas vidas em Dresden foram mortos, não por algo que tivessem feito, mas simplesmente por um acidente de nascimento.
Aqueles que morreram no Holocausto de Dresden, eram alemães.
No entanto para a «Justiça» portuguesa e alguma imprensa que funciona como caixa de ressonância de forças poderosas, genocídio não é isto. Genocídio é muito pior! Genocídio é o que acontece quando meia dúzia de jovens, em dia de final da Taça de Portugal em futebol, talvez inebriados pelos festejos do espetáculo a que acabavam de assistir e eventualmente algum radicalismo ideológico próprio da idade (não era este radicalismo juvenil desculpável, segundo o Dr. Durão Barroso e o próprio Willy Brandt? Ou estas desculpas só se aplicam à esquerda e estrema-esquerda?) envolveram-se numa rixa, banal naquela zona da cidade, que infelizmente acabaram na morte de um indivíduo, que para lhes complicar a situação, era preto. Coitados, já estão de antemão condenados, e ainda não foram julgados pelo Tribunal.
No entanto, pelo estado da nossa «Justiça» será de prever uma condenação exemplar, de acordo com o julgamento prévio dos media. Normalmente estes dois «tribunais» andam de mãos dadas.
Bom, para terminar com Dresden, que foi isso "que aqui me trouxe", não queria deixar passar em claro o fato historicamente comprovado, mas pouco divulgado, de que tal bombardeamento foi realizado a pedido expresso de Stalin, em Yalta, de forma a facilitar, através da desorganização das comunicações, o avanço das hordas comunistas para Ocidente. Isto foi duplamente criminoso pois para além da monstruosidade já descrita, representava por outro lado a completa colaboração das democracias na entrega da Europa de Leste e Central ao comunismo mais cruel, o comunismo Estalinista. 50 anos da mais profunda perseguição e repressão comunista de que foram alvo os povos da Alemanha Oriental, Polónia, Chequeslováquia, Hungria, Eslovénia, Croácia e até talvez a Roménia ficaram a dever-se a uma entrega deliberada - aos soviéticos - por parte dos dirigentes Aliados, que não podem alijar responsabilidades. Numa próxima oportunidade veremos como e porquê.
(2) -- David Irving, "The Destruction of Dresden" (3) -- Jacques de Launay, "La Grande Débâcle 1944-1945" (4) -- Doc. do Senado americano, 18/04/1946.
... e se preciso for até mesmo com a perda da própria vida!!!!
COR UNUM ET ANIMA UNA PRO BRASILIA
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SETE MILHÕES DE MORTOS NO HOLOCAUSTO "ESQUECIDO".
Eric Margolis - Colunista do Toronto Sun
Cinco anos atrás, escrevi sobre o esquecido Holocausto na Ucrânia. Fiquei surpreso ao receber várias mensagens de jovens americanos e canadenses de origem ucraniana me revelando que, até lerem minha coluna, nada conheciam sobre o genocídio de 1932-33 no qual o regime de Josef Stalin matou sete milhões de ucranianos e enviou outros dois milhões para campos de concentração. Como, perguntava eu, poderia tal amnésia histórica afligir a tantos?
Para judeus e armênios, os genocídios que seus povos sofreram são lembranças vivas que ainda influenciam seus cotidianos. Mesmo hoje, no 70º. aniversário da destruição de um quarto da população ucraniana, aquele crime gigantesco quase desapareceu no buraco negro da história. O mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os "gulag" de Stalin mantinham 5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.
Quase desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia, basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da Chechênia e que hoje são rotulados de "terroristas" por Estados Unidos e Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração soviéticos. Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois milhões de alemães étnicos, a maioria deles mulheres e crianças, e a violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de meninas e mulheres alemãs foram estupradas.
Dentre estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia estava isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam "elementos antipartido".
Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch - em tese o Adolf Eichmann da União Soviética - estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de inanição e frio.Tornou-se comum o canibalismo. A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.
A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o "gulag" de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi oculta pela propaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo, como Walter Duranty, do "New York Times", os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de "reforma agrária" soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de "agentes do fascismo".
Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia. Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de autopromoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, segundo Hitler, o comunismo seria uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã. Versão que se tornou amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.
Quando veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de Stalin, embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos 30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de extermínios em massa, apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt ele ainda era o "Uncle Joe" ("Tio Joe").
A aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime. Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945. Após a guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético. Jean-Paul Sartre chegou a negar que o "gulag" tenha existido. Para os aliados ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios crimes. Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único. Foi a "raison d'etre" de Israel. Eles temiam que se divulgassem outros genocídios ocorridos naquele tempo pudesse reduzir a importância do deles. Éda natureza humana!
Enquanto hoje, a academia, a imprensa e Hollywood concentram a atenção no holocausto judeu, ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas, mas não caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e do "gulag" stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não contam histórias. A Rússia nunca perseguiu nenhum de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha. Mas todos nós conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria?
Não fosse o escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da visão ou se dissolve na nostalgia. As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça...
Eric Margolis - Colunista do Toronto Sun
Cinco anos atrás, escrevi sobre o esquecido Holocausto na Ucrânia. Fiquei surpreso ao receber várias mensagens de jovens americanos e canadenses de origem ucraniana me revelando que, até lerem minha coluna, nada conheciam sobre o genocídio de 1932-33 no qual o regime de Josef Stalin matou sete milhões de ucranianos e enviou outros dois milhões para campos de concentração. Como, perguntava eu, poderia tal amnésia histórica afligir a tantos?
Para judeus e armênios, os genocídios que seus povos sofreram são lembranças vivas que ainda influenciam seus cotidianos. Mesmo hoje, no 70º. aniversário da destruição de um quarto da população ucraniana, aquele crime gigantesco quase desapareceu no buraco negro da história. O mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os "gulag" de Stalin mantinham 5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.
Quase desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia, basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da Chechênia e que hoje são rotulados de "terroristas" por Estados Unidos e Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração soviéticos. Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois milhões de alemães étnicos, a maioria deles mulheres e crianças, e a violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de meninas e mulheres alemãs foram estupradas.
Dentre estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia estava isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam "elementos antipartido".
Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch - em tese o Adolf Eichmann da União Soviética - estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de inanição e frio.Tornou-se comum o canibalismo. A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.
A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o "gulag" de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi oculta pela propaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo, como Walter Duranty, do "New York Times", os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de "reforma agrária" soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de "agentes do fascismo".
Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia. Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de autopromoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, segundo Hitler, o comunismo seria uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã. Versão que se tornou amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.
Quando veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de Stalin, embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos 30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de extermínios em massa, apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt ele ainda era o "Uncle Joe" ("Tio Joe").
A aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime. Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945. Após a guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético. Jean-Paul Sartre chegou a negar que o "gulag" tenha existido. Para os aliados ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios crimes. Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único. Foi a "raison d'etre" de Israel. Eles temiam que se divulgassem outros genocídios ocorridos naquele tempo pudesse reduzir a importância do deles. Éda natureza humana!
Enquanto hoje, a academia, a imprensa e Hollywood concentram a atenção no holocausto judeu, ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas, mas não caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e do "gulag" stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não contam histórias. A Rússia nunca perseguiu nenhum de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha. Mas todos nós conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria?
Não fosse o escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da visão ou se dissolve na nostalgia. As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça...
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Clermont escreveu:Pois, com certeza, os soviéticos não só teriam entrado dentro do Japão, na frente dos americanos, como teriam tomado toda a Coréia; teriam invadido Pequim e a teriam entregue, numa bandeja, à Mao-Tse-Tung.
Claro que a China virou comunista, alguns anos depois, mas pra quê ter acelerado o processo?
Stalin só reconheceu o governo de Mao Tse Tung só depois que este ganhou a guerra civil chinesa expulsando Chiang KaiShek para Taiwan. Stalin não reconhecia Mao como liderança e sempre apoio Chiang na guerra contra os japoneses enviadas armas para ele. Os exércitos de Mao nunca receberam uma bala de Stalin.
Soa contraditório isto, mas é a pura verdade.
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