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Nota na pág.33 da revista Istoé dessa semana dá força aos boatos de que o MIRAGE 2000 já ganhou. Ainda deixa recado de que ministro da área(leia-se DEFESA) ficaria muito desapontado com esse resultado, e os boatos seriam de demissão iminente(?). Mas, quase tudo é boato.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Vinicius Pimenta
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Supersônicos
Será política a decisão do presidente Lula na concorrência para a compra de novos caças da FAB.
Interesses diplomáticos e econômicos determinarão o resultado da licitação, de US$ 700 milhões.
Os chefes da Aeronáutica já sucumbiram à tese de que as diferenças técnicas entre os quatro modelos inscritos na disputa devem ficar em segundo plano.
Fonte: JB Onlina - Via NOTIMP
Alguma surpresa?
Supersônicos
Será política a decisão do presidente Lula na concorrência para a compra de novos caças da FAB.
Interesses diplomáticos e econômicos determinarão o resultado da licitação, de US$ 700 milhões.
Os chefes da Aeronáutica já sucumbiram à tese de que as diferenças técnicas entre os quatro modelos inscritos na disputa devem ficar em segundo plano.
Fonte: JB Onlina - Via NOTIMP
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Vinicius Pimenta
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É por essas e outras que o Brasil continuará por várias décadas como um reles país de terceiro mundo, pois faz decisões estratégicas baseado em interesses de empresas.
De qualquer forma, não somos os únicos. A Coréia do Sul fez uma decisão política, me parece que o Chile também. E até os EUA escolheram o A-10 por pura politicagem pra evitar que a Farchild falisse.
É melhor nos acostumarmos. Fazer o que?
Abraço a todos
César
De qualquer forma, não somos os únicos. A Coréia do Sul fez uma decisão política, me parece que o Chile também. E até os EUA escolheram o A-10 por pura politicagem pra evitar que a Farchild falisse.
É melhor nos acostumarmos. Fazer o que?
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
O Chile e outros países sem a importância estratégica e econômica do Brasil podem e devem agir assim, mas no nosso caso é o eterno complexo de vira-lata, o medo de enfrentar desafios que na verdade mais à frente provariam ser muito mais interessantes para a economia do país, até mesmo para as tais empresas agraciadas com tais decisões.
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Momento de decisão
JB Outubro 2004
Sérgio Alberto de Castro
Coronel R1 Exército
Parece estar chegando ao fim - pelo menos assim indica o governo - o longo processo iniciado há sete anos para a aquisição dos aviões que vão reequipar a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Neste momento final de decisão, dois concorrentes se sobressaíram aos demais: o Mirage 2000 Br, de origem francesa, e o Sukhoi 35, de origem russa. Assessorado corretamente pelo ministro da Defesa, pela FAB e pelos ministérios da área econômica, o presidente Lula já terá hoje a exata noção do avião mais adequado para a defesa da maior potência da América Latina.
Nos últimos meses, a imprensa tem publicado artigos em defesa do Mirage 2000 Br pelo fato de o fabricante francês se ter apresentado como parceiro da brasileira Embraer. Tais artigos vêm difundindo um mito: de que é preciso garantir para a Embraer o monopólio no Brasil de uma suposta indústria aeronáutica de alta tecnologia. Ora, isto é apenas falácia: a Embraer não produz aviões de alta tecnologia; ela é uma excelente montadora de aeronaves com componentes de baixa tecnologia produzidos aqui (partes de asas e fuselagem) e componentes de alta tecnologia importados (turbinas, computadores, sistemas hidráulicos, comunicações etc). Não é também um pólo de absorção de tecnologia: desde o Bandeirante, na década de 1970, até o EMB 190, jamais uma aeronave da Embraer teve turbina made in Brasil.
Ou seja: a tecnologia fundamental não está sob domínio da empresa brasileira.
Publicações especializadas, como a Jane's Aviation Review, indicam que o Mirage oferecido ao Brasil é a evolução final do Mirage III, um projeto da década de 1950, operacional desde 1980. Foi uma aeronave boa em seu tempo, porém tornou-se obsoleta, e sua sucessora, o Mirage 2000 Br, já se aproxima da obsolescência, como indicam dois fatos: a Força Aérea Francesa substituirá seus Mirage 2000 pelo Rafale, também produzido pela Dassault; e esta fabricante vem de oferecer à Coréia do Sul, não o decantado Mirage 2000, mas o citado Rafale...
Quanto aos armamentos que equipam o Mirage e a transferência de tecnologias associadas à aeronave, é bom lembrar que, com exceção de Israel, ninguém até hoje recebeu ou comprou moderna tecnologia francesa de uso militar. São, os franceses, zelosos de seus segredos industriais. A FAB sabe muito bem disso. As turbinas dos nossos Mirage III, há mais de 30 anos, têm suas revisões feitas na França, e a preço elevado.
O desempenho deste avião ficou a desejar num evento bastante estudado na FAB: a Guerra das Malvinas. Os Mirage III argentinos não abateram nenhum Harrier inglês, e o contrário foi verdade muitas vezes. Será que os pilotos argentinos não sabiam usar o equipamento ou há causas ocultas?
A imprensa brasileira tem apontado o Shukoi 35 como o concorrente que rivaliza com o avião francês neste aguardado momento de decisão. Não há dúvida de que o aparelho russo supera em tudo os seus rivais oferecidos ao exame da FAB. Único com um raio de ação (1.500 km) compatível com a nossa imensidão territorial. Só podem ombrear com o SU-35 dos caças americanos, o F-15 E/G e o F-18 Super Hornet, que não entraram na licitação brasileira. O fabricante russo oferece à FAB o acesso a todos os tipos de armamentos que equipam o avião, bem como a transferência de tecnologia, sem qualquer restrição. O avião poderá ser fabricado no Brasil em associação com empresa nacional. Para que a FAB aposente de vez os Mirage III, e enquanto aguarda a incorporação de seus substitutos SU-35, o fabricante russo oferece em empréstimo, e de imediato, 12 caças Sukhoi-27SK, novos, e com seus armamentos.
Como estudioso dos aspectos ligados à nossa Defesa, torço para o governo não protelar mais uma decisão que ele próprio fixou para o início de 2004.
____________________________________________________________
É meus amigos, parece que finalmente a longa novela esta acabando ... Após 7 longos anos eu acho que agora em novembro após as eleições Lula anunciará o vencedor . A coisa ja chegou a um ponto insuportavel de desgaste tanto para o goeverno, para a FAB e para as empresas e eu acho que de novembro (pra mim na reunião de Lula com Putin! ) no mais tardar dezembro será anunciado o vencedor! Se Deus quiser... e ele quer! (e eu também!) hehehe
JB Outubro 2004
Sérgio Alberto de Castro
Coronel R1 Exército
Parece estar chegando ao fim - pelo menos assim indica o governo - o longo processo iniciado há sete anos para a aquisição dos aviões que vão reequipar a Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Neste momento final de decisão, dois concorrentes se sobressaíram aos demais: o Mirage 2000 Br, de origem francesa, e o Sukhoi 35, de origem russa. Assessorado corretamente pelo ministro da Defesa, pela FAB e pelos ministérios da área econômica, o presidente Lula já terá hoje a exata noção do avião mais adequado para a defesa da maior potência da América Latina.
Nos últimos meses, a imprensa tem publicado artigos em defesa do Mirage 2000 Br pelo fato de o fabricante francês se ter apresentado como parceiro da brasileira Embraer. Tais artigos vêm difundindo um mito: de que é preciso garantir para a Embraer o monopólio no Brasil de uma suposta indústria aeronáutica de alta tecnologia. Ora, isto é apenas falácia: a Embraer não produz aviões de alta tecnologia; ela é uma excelente montadora de aeronaves com componentes de baixa tecnologia produzidos aqui (partes de asas e fuselagem) e componentes de alta tecnologia importados (turbinas, computadores, sistemas hidráulicos, comunicações etc). Não é também um pólo de absorção de tecnologia: desde o Bandeirante, na década de 1970, até o EMB 190, jamais uma aeronave da Embraer teve turbina made in Brasil.
Ou seja: a tecnologia fundamental não está sob domínio da empresa brasileira.
Publicações especializadas, como a Jane's Aviation Review, indicam que o Mirage oferecido ao Brasil é a evolução final do Mirage III, um projeto da década de 1950, operacional desde 1980. Foi uma aeronave boa em seu tempo, porém tornou-se obsoleta, e sua sucessora, o Mirage 2000 Br, já se aproxima da obsolescência, como indicam dois fatos: a Força Aérea Francesa substituirá seus Mirage 2000 pelo Rafale, também produzido pela Dassault; e esta fabricante vem de oferecer à Coréia do Sul, não o decantado Mirage 2000, mas o citado Rafale...
Quanto aos armamentos que equipam o Mirage e a transferência de tecnologias associadas à aeronave, é bom lembrar que, com exceção de Israel, ninguém até hoje recebeu ou comprou moderna tecnologia francesa de uso militar. São, os franceses, zelosos de seus segredos industriais. A FAB sabe muito bem disso. As turbinas dos nossos Mirage III, há mais de 30 anos, têm suas revisões feitas na França, e a preço elevado.
O desempenho deste avião ficou a desejar num evento bastante estudado na FAB: a Guerra das Malvinas. Os Mirage III argentinos não abateram nenhum Harrier inglês, e o contrário foi verdade muitas vezes. Será que os pilotos argentinos não sabiam usar o equipamento ou há causas ocultas?
A imprensa brasileira tem apontado o Shukoi 35 como o concorrente que rivaliza com o avião francês neste aguardado momento de decisão. Não há dúvida de que o aparelho russo supera em tudo os seus rivais oferecidos ao exame da FAB. Único com um raio de ação (1.500 km) compatível com a nossa imensidão territorial. Só podem ombrear com o SU-35 dos caças americanos, o F-15 E/G e o F-18 Super Hornet, que não entraram na licitação brasileira. O fabricante russo oferece à FAB o acesso a todos os tipos de armamentos que equipam o avião, bem como a transferência de tecnologia, sem qualquer restrição. O avião poderá ser fabricado no Brasil em associação com empresa nacional. Para que a FAB aposente de vez os Mirage III, e enquanto aguarda a incorporação de seus substitutos SU-35, o fabricante russo oferece em empréstimo, e de imediato, 12 caças Sukhoi-27SK, novos, e com seus armamentos.
Como estudioso dos aspectos ligados à nossa Defesa, torço para o governo não protelar mais uma decisão que ele próprio fixou para o início de 2004.
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É meus amigos, parece que finalmente a longa novela esta acabando ... Após 7 longos anos eu acho que agora em novembro após as eleições Lula anunciará o vencedor . A coisa ja chegou a um ponto insuportavel de desgaste tanto para o goeverno, para a FAB e para as empresas e eu acho que de novembro (pra mim na reunião de Lula com Putin! ) no mais tardar dezembro será anunciado o vencedor! Se Deus quiser... e ele quer! (e eu também!) hehehe
- Morcego
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A questão é:
" todos sabemos que o mirrage 2000, não é o melhor avião (a propria embraer sabe, antes de assinar com os franceses, um relatório interno da embraer apontava o Gripen como o melhor, mas o dinheiro sempre fala mais alto) "
que leva a outro questionamento:
" Esse governo (cagão), vai comprar algo que presta, ou ai ser posto contra a parede pela bancada embraer no congresso?? "
logo a resposta é:
" Esperem mais água passar por essa ponte, o governo vai esperar para assimilar a derrota nas eleições, para decidir "
" todos sabemos que o mirrage 2000, não é o melhor avião (a propria embraer sabe, antes de assinar com os franceses, um relatório interno da embraer apontava o Gripen como o melhor, mas o dinheiro sempre fala mais alto) "
que leva a outro questionamento:
" Esse governo (cagão), vai comprar algo que presta, ou ai ser posto contra a parede pela bancada embraer no congresso?? "
logo a resposta é:
" Esperem mais água passar por essa ponte, o governo vai esperar para assimilar a derrota nas eleições, para decidir "
- Slip Junior
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Alencar assume Defesa com desafio de trocar caça da FAB
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Ao assumir o Ministério da Defesa na próxima segunda-feira, no lugar de José Viegas, que pediu demissão hoje, o vice-presidente José Alencar terá como desafio resolver o imbróglio que envolve a escolha do novo caça supersônico da FAB (Força Aérea Brasileira), um projeto de pelo menos US$ 700 milhões que está parado desde março e precisa ser acelerado, pois os atuais aviões --os velhos Mirage-- estão prestes a caducar.
No mês passado, Alencar visitou a Rússia, acompanhado de uma missão empresarial, e tratou da questão com o Kremlin. Ficou acertado que o presidente russo, Vladimir Putin, visitará o Brasil no final deste mês. Há no mercado a expectativa de que o Planalto tome a decisão sobre os caças e aproveite a visita de Putin para fazer o anúncio oficial.
Em sua visita a Moscou, Alencar chegou a elogiar a proposta dos russos: "Do ponto de vista técnico, a Rússia tem condições de fornecer estes aviões ao Brasil."
Mas o vice-presidente deixou claro que a Rússia terá de oferecer alguma contrapartida para levar o contrato bilionário. Um jornal russo chegou a noticiar que a Rússia poderia comprar 50 jatos da Embraer, em um acordo de US$ 1,5 bilhão que seria fechado neste mês.
Essa seria um prêmio de consolo para a Embraer, que participa da licitação. A empresa de São José dos Campos (SP), que tem 20% de capital europeu (majoritariamente francês), ofereceu o caça Mirage-2000, da francesa Dassault. Logo que saiu a notícia da troca de jatos, a Embraer se apressou para negar o negócio.
A busca por uma decisão sobre o novo caça vem do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que chegou a sinalizar que tomaria a decisão em dezembro de 2002, mas acabou deixando o veredicto para seu sucessor. Ao assumir, Lula suspendeu o chamado projeto F-X alegando que o combate à fome era prioritário, uma jogada para reavaliar as propostas.
A intenção inicial da FAB é "aposentar" até 2005 a frota de Mirage, sediada na base militar de Anápolis (GO) e adotar um modelo temporário até 2007. A concorrência virou uma polêmica política durante a campanha presidencial de 2002. A oposição questionou supostos favorecimentos no processo de licitação.
Outro motivo para o "nó" na escolha do caça é a disputa entre lobistas de alguns concorrentes nos bastidores em meio a um discurso político sobre nacionalismo e a atuação ideal do governo em uma questão estratégica de segurança nacional.
Em março deste ano, o presidente Lula recebeu o relatório elaborado pela comissão especial criada para assessor o CDN (Conselho de Defesa Nacional) no processo de escolha do consórcio que vai construir os novos caças. A expectativa do Ministério da Defesa era de que o consórcio vencedor fosse anunciado em abril após uma reunião do CDN, que acabou sendo adiada.
O relatório da comissão que estudou o caso da venda dos caças que prevê o fornecimento de 12 aparelhos para substituir os atuais Mirage IIIEBR, que estão caducando no fim deste ano. No mesmo dia, o presidente da Embraer, Maurício Botelho, visitou o presidente Lula.
O relatório da comissão que estudou o caso da venda dos caças prevê o fornecimento de 12 aparelhos para substituir os atuais Mirage IIIEBR, que estão caducando.
Circularam versões de que o relatório era favorável aos modelos
Sukhoi Su-35 (Rosoboronexoport/Rússia) e Gripen, do consórcio anglo-sueco composto pela BAe (British Aerospace, britânica) e pela Saab (sueca). Também foram analisados o Mirage 2000BR (Dassault, França/ Embraer, Brasil), F-16 (Lockheed Martin, EUA) e MiG-29 (RAC, Rússia).
Em agosto de 2002, reportagem da revista "IstoÉ" afirmou que EUA teriam embutido, no empréstimo de US$ 30 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional), a escolha do Gripen. Boa parte dos sistemas do Gripen é americana, prejudicando os franceses da Dassault e os russos da Sukhoi.
Fonte: Folha Online
Abraços
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Ao assumir o Ministério da Defesa na próxima segunda-feira, no lugar de José Viegas, que pediu demissão hoje, o vice-presidente José Alencar terá como desafio resolver o imbróglio que envolve a escolha do novo caça supersônico da FAB (Força Aérea Brasileira), um projeto de pelo menos US$ 700 milhões que está parado desde março e precisa ser acelerado, pois os atuais aviões --os velhos Mirage-- estão prestes a caducar.
No mês passado, Alencar visitou a Rússia, acompanhado de uma missão empresarial, e tratou da questão com o Kremlin. Ficou acertado que o presidente russo, Vladimir Putin, visitará o Brasil no final deste mês. Há no mercado a expectativa de que o Planalto tome a decisão sobre os caças e aproveite a visita de Putin para fazer o anúncio oficial.
Em sua visita a Moscou, Alencar chegou a elogiar a proposta dos russos: "Do ponto de vista técnico, a Rússia tem condições de fornecer estes aviões ao Brasil."
Mas o vice-presidente deixou claro que a Rússia terá de oferecer alguma contrapartida para levar o contrato bilionário. Um jornal russo chegou a noticiar que a Rússia poderia comprar 50 jatos da Embraer, em um acordo de US$ 1,5 bilhão que seria fechado neste mês.
Essa seria um prêmio de consolo para a Embraer, que participa da licitação. A empresa de São José dos Campos (SP), que tem 20% de capital europeu (majoritariamente francês), ofereceu o caça Mirage-2000, da francesa Dassault. Logo que saiu a notícia da troca de jatos, a Embraer se apressou para negar o negócio.
A busca por uma decisão sobre o novo caça vem do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que chegou a sinalizar que tomaria a decisão em dezembro de 2002, mas acabou deixando o veredicto para seu sucessor. Ao assumir, Lula suspendeu o chamado projeto F-X alegando que o combate à fome era prioritário, uma jogada para reavaliar as propostas.
A intenção inicial da FAB é "aposentar" até 2005 a frota de Mirage, sediada na base militar de Anápolis (GO) e adotar um modelo temporário até 2007. A concorrência virou uma polêmica política durante a campanha presidencial de 2002. A oposição questionou supostos favorecimentos no processo de licitação.
Outro motivo para o "nó" na escolha do caça é a disputa entre lobistas de alguns concorrentes nos bastidores em meio a um discurso político sobre nacionalismo e a atuação ideal do governo em uma questão estratégica de segurança nacional.
Em março deste ano, o presidente Lula recebeu o relatório elaborado pela comissão especial criada para assessor o CDN (Conselho de Defesa Nacional) no processo de escolha do consórcio que vai construir os novos caças. A expectativa do Ministério da Defesa era de que o consórcio vencedor fosse anunciado em abril após uma reunião do CDN, que acabou sendo adiada.
O relatório da comissão que estudou o caso da venda dos caças que prevê o fornecimento de 12 aparelhos para substituir os atuais Mirage IIIEBR, que estão caducando no fim deste ano. No mesmo dia, o presidente da Embraer, Maurício Botelho, visitou o presidente Lula.
O relatório da comissão que estudou o caso da venda dos caças prevê o fornecimento de 12 aparelhos para substituir os atuais Mirage IIIEBR, que estão caducando.
Circularam versões de que o relatório era favorável aos modelos
Sukhoi Su-35 (Rosoboronexoport/Rússia) e Gripen, do consórcio anglo-sueco composto pela BAe (British Aerospace, britânica) e pela Saab (sueca). Também foram analisados o Mirage 2000BR (Dassault, França/ Embraer, Brasil), F-16 (Lockheed Martin, EUA) e MiG-29 (RAC, Rússia).
Em agosto de 2002, reportagem da revista "IstoÉ" afirmou que EUA teriam embutido, no empréstimo de US$ 30 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional), a escolha do Gripen. Boa parte dos sistemas do Gripen é americana, prejudicando os franceses da Dassault e os russos da Sukhoi.
Fonte: Folha Online
Abraços
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acho que agora vai
E meus amigos, acho que realmente nos podemos dizer que temos um vençedor no FX, um russo chamado Su-35.
Quanto a visita do VP Alencar a Russia, oque eu achava tornou-se realidade, ele iria acumular o ministerio de defesa, pois estava claro que o imprestavel do Viegas não ia durar muito tempo, pricipalmente depois das denucias envolvendo o casa Herzog.
Agora, se o Alencar vai ser melhor ou pior que o outro, so o tempo dira.
Abraços
Quanto a visita do VP Alencar a Russia, oque eu achava tornou-se realidade, ele iria acumular o ministerio de defesa, pois estava claro que o imprestavel do Viegas não ia durar muito tempo, pricipalmente depois das denucias envolvendo o casa Herzog.
Agora, se o Alencar vai ser melhor ou pior que o outro, so o tempo dira.
Abraços
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Re: acho que agora vai
MILEO escreveu:E meus amigos, acho que realmente nos podemos dizer que temos um vençedor no FX, um russo chamado Su-35.
Quanto a visita do VP Alencar a Russia, oque eu achava tornou-se realidade, ele iria acumular o ministerio de defesa, pois estava claro que o imprestavel do Viegas não ia durar muito tempo, pricipalmente depois das denucias envolvendo o casa Herzog.
Agora, se o Alencar vai ser melhor ou pior que o outro, so o tempo dira.
Abraços
Realmente acho que esse famigerado comunistinha de meia tijela ja foi tarde e que a visita do Sr. Alencar a Russia foi um tete a tete com os russos para acertar a parada na visita do presidente russo agora em novembro, e claro que um empresario do peso sucesso como o Sr. Alencar dara outra vida a Defesa, alias acho que existem muitos pesos mortos nesse governo que deveriam pegar o boné tb, mas isso é discução para outros foruns, menos mal, colocarem o Alencar e não aquele cara do Pc do B que naum manja nada de coisa alguma.
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Acho que a única coisa que podemos ter como certa em relação ao F-X com essa troca é mais um chá de cadeira. Eu, sinceramente, ficaria muito impressionado se ninguém vier à público nos próximos dias que o projeto terá mais um novo atraso para que o novo ministro se intere melhor do processo.
Não sei ao certo até que ponto essa troca privilegia o Su-35 na concorrência, pois Viegas é quem parecia ser um homem lobbyando a favor dos russos e realmente não acho que um governo com rabo preso com a Embraer (lembre-se que a Embraer foi a empresa que mais contribui para a campanha de Lula) iria ter força e punho para ir contra a mesma.
De qualquer forma, como podem ver ao longo das inúmeras páginas desse tópico, quase todas as minhas previsões sobre o F-X estavam rodendamente erradas e, quem sabe, eu não estou equivocado novamente.
Abraços
Não sei ao certo até que ponto essa troca privilegia o Su-35 na concorrência, pois Viegas é quem parecia ser um homem lobbyando a favor dos russos e realmente não acho que um governo com rabo preso com a Embraer (lembre-se que a Embraer foi a empresa que mais contribui para a campanha de Lula) iria ter força e punho para ir contra a mesma.
De qualquer forma, como podem ver ao longo das inúmeras páginas desse tópico, quase todas as minhas previsões sobre o F-X estavam rodendamente erradas e, quem sabe, eu não estou equivocado novamente.
Abraços