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Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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#46 Mensagem por Guerra » Qui Dez 07, 2006 1:41 pm

Eu já ouvi muita história sobre o traira. Um Coronel da aviação que participou da operação me emprestou duas fitas. Uma das fitas que foi feita pela esposa de um militar mostrava os corpos dos brasileiros etc. A outra fita que o Coronel fez já mostra mais detalhes que comprovam outras histórias que eu já tinha ouvido sobre o Traira.
A primeira tropa a chegar no Traira foi o pessoal do 5º BIS. Foram eles que deram a primeira paulada. Na fita mostra as patrulhas envolta do pelotão e saindo para o combate.
Depois chegou um destacamento do CIGS, FE, e até uma tropa do Batalhão de Guarda, que até hoje ninguém sabe o que eles foram fazer lá.
Os FE continuaram operando por vários dias na ragião. Uma cena da fita comprova uma história que éu já tinha ouvido faz tempo. Uma grande clareira na selva onde queimavam pneus, cada um que chegue a conclusão do porque queimaram pneus na selva.
Existem outras histórias de confronto na fronteira, algumas até engraçadas.
É muito dificil quem serviu na 1ª brigada e que não conheça aquela região.




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#47 Mensagem por Guerra » Qui Dez 07, 2006 1:43 pm

Eu já ouvi muita história sobre o traira. Um Coronel da aviação que participou da operação me emprestou duas fitas. Uma das fitas que foi feita pela esposa de um militar mostrava os corpos dos brasileiros etc. A outra fita que o Coronel fez já mostra mais detalhes que comprovam outras histórias que eu já tinha ouvido sobre o Traira.
A primeira tropa a chegar no Traira foi o pessoal do 5º BIS. Foram eles que deram a primeira paulada. Na fita mostra as patrulhas envolta do pelotão e saindo para o combate.
Depois chegou um destacamento do CIGS, FE, e até uma tropa do Batalhão de Guarda, que até hoje ninguém sabe o que eles foram fazer lá.
Os FE continuaram operando por vários dias na ragião. Uma cena da fita comprova uma história que éu já tinha ouvido faz tempo. Uma grande clareira na selva onde queimavam pneus, cada um que chegue a conclusão do porque queimaram pneus na selva.
Existem outras histórias de confronto na fronteira, algumas até engraçadas.
É muito dificil quem serviu na 1ª brigada e que não conheça aquela região.




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#48 Mensagem por 3rdMillhouse » Qui Dez 07, 2006 2:42 pm

rodrigo escreveu:A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.

Comentário mau educado - ainda tem ..... no Brasil que apóia a guerrilha que já atacou as tropas brasileiras. Nem vou dizer o que gostaria de fazer com esses .....


Nem precisa dizer pra saber que eu já concordo com o que você faria.




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#49 Mensagem por WalterGaudério » Qui Dez 07, 2006 5:39 pm

3rdMillhouse escreveu:
rodrigo escreveu:A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.

Comentário mau educado - ainda tem ..... no Brasil que apóia a guerrilha que já atacou as tropas brasileiras. Nem vou dizer o que gostaria de fazer com esses .....


Nem precisa dizer pra saber que eu já concordo com o que você faria.


X2 (aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)

Tratamento p/ guerrilheiro estrangeiro comuna ou de direita que entra no Brasil armado evidentemente sem autorização p/ tal, tem que ser assim mesmo, na base do foguete e metralhadora. É o idioma que esse pessoal entende. E depois os A-29 precisam de um teste real.

Sds

Walter




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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#50 Mensagem por zela » Qui Dez 07, 2006 7:05 pm

cicloneprojekt escreveu:aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)


Tem como disponibilizar não?




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#51 Mensagem por WalterGaudério » Qui Dez 07, 2006 9:27 pm

zela escreveu:
cicloneprojekt escreveu:aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)


Tem como disponibilizar não?



Estou providenciando agora. espera 30 minutos

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#52 Mensagem por Marino » Qui Dez 07, 2006 9:46 pm

cicloneprojekt escreveu:
zela escreveu:
cicloneprojekt escreveu:aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)


Tem como disponibilizar não?



Estou providenciando agora. espera 30 minutos

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Já ia pedir. Obrigado antecipadamente.




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#53 Mensagem por 3rdMillhouse » Qui Dez 07, 2006 9:56 pm

cicloneprojekt escreveu:
3rdMillhouse escreveu:
rodrigo escreveu:A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.

Comentário mau educado - ainda tem ..... no Brasil que apóia a guerrilha que já atacou as tropas brasileiras. Nem vou dizer o que gostaria de fazer com esses .....


Nem precisa dizer pra saber que eu já concordo com o que você faria.


X2 (aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)

Tratamento p/ guerrilheiro estrangeiro comuna ou de direita que entra no Brasil armado evidentemente sem autorização p/ tal, tem que ser assim mesmo, na base do foguete e metralhadora. É o idioma que esse pessoal entende. E depois os A-29 precisam de um teste real.

Sds

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Eu extendo esse tratamento ao guerrilheiros internos também.




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#54 Mensagem por WalterGaudério » Qui Dez 07, 2006 10:08 pm

cicloneprojekt escreveu:
zela escreveu:
cicloneprojekt escreveu:aliás eu tenho ainda salva em arquivo aquela reportagem da FSP sobre o Traíra, tem até o relato de um guerrilheiro das FARC que foi ferido-bota ferimento nisso)


Tem como disponibilizar não?



Estou providenciando agora. Espere 30 minutos

Walter


Báh, taí


Mas presta atenção, tem um trecho da reportagem da Veja(sobre a operação Querari de 1999, com o complemento da Folha de São Paulo sobre o incidente do rio Traira 1991.

Explico, costumo fazer "reportagens" p/ mim mesmo, trabalhos pessoais sobre diversos temas (principalmente militaria-submarinos, é claro)- compilados de diversas fontes, isso qdo. eumesmo nãocolhodepoimentos através de entrevistas, mas sobre outros temas tb(tenho cerca de 39 títulos comigo já impressos, encadernados e ilustrados, este sobre a atuação do EB no norte do país, suas armas, equipamentos, táticas , operações, unidades etc. era justamente um dos queeu ainda nãohaviaacabadoem 1999...) Mas é possível entender.


Quando a manobra foi iniciada, os serviços de inteligência brasileiros já sabiam que os rebeldes preparavam três pequenas invasões simultâneas no Brasil, na Venezuela e no Equador.

FSP Río Traíra 1999

Um dos integrantes do comando superior das Farc, Joaquin Goméz, liderava a Frente 23 em fins de 99. Ele sustenta que o grupo chegou até o vilarejo de Açaí, na regão conhecida como Cabeça do Cachorro, em terriório brasileiro. A Frente retirou-se quando soube da enorme mobilização da força terrestre e da FAB, mas, garante Goméz, foi atacada pelos caças-bombardeiros e pelos turboélice Tucano da aviação brasileira.

[/color]"Os [i]Piljan (demônios alados do folclore colombiano) despejaram fogo na selva sobre nossas cabeças, a 100 quilômetros da divisa, no interior das terras nacionais da Colômbia"[/i] afirma Joaquin Goméz, considerado sucessor do fundador das Farc, Manuel Marulanda, o Tirofijo. O comandante sustenta que pelo menos dezesseis combatentes foram feridos, dois deles gravemente queimados.

[b]Bernardo Soto
, na época com 23 anos, era um deles e acabou sendo atendido pelos médicos europeus voluntários de um pequeno hospital mantido por uma missão protestante em São Gabriel da Cachoeira. "Houve perda do tecido em mais de 70% da área das costas. Uma das chagas infeccionou e atingiu o músculo grande dorsal, comprometendo parcialmente os movimentos. O tratamento demorou cerca de 90 dias" explica Goméz. A estratégia de criar abrigos fora do país foi abandonada pelas Farc. [/b]


FSP- Operação Querari 1999

Preparar para partir ! - 30 de outubro de 1999 , Sábado 14:25h .

A Operação Querari saiu do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia por determinação do general Luiz Gonzaga Lessa, então comandante do CMA. Um oficial ex-integrante da força conta que os serviços militares de informações vinham recebendo dados isolados sobre a a presença de guerrilheiros em vários pontos dos 1,6 mil quilômetros da fronteira com a Colômbia. "A princípio consideramos a possibilidade das incursões utilitárias. Nessa situação, os rebeldes cruzam livremente fronteiras internacionais fugindo das tropas regulares que não podem persegui-los em território estrangeiro."

Não era só isso. Os homens e mulheres das Farc passaram a roubar alimentos, remédios e combustíveis da escassa população da área. Em Parada Boa Vista levaram dois barcos a motor e um rádio, isolando os 50 moradores. "A operação(brasileira) estava articulada e tinha desde o início caráter de intimidação. Mas decidimos expandir o uso da força diante dos informes que davam conta das ameaças contra postos militares da fronteira e da tomada de uma pista de pouso da FAB." Os guerrilheiros pretendiam apoderar-se de munições de calibre militar e de armamento variado.


[color=darkblue]REVISTA VEJA outubro de 1999

A pedra que faltava ao mosaico do general Luiz Gonzaga Lessa, comandante do Comando Militar da Amazônia, caiu em meio à reunião de Estado-Maior em Manaus. Um rádio do posto de Querari, um dos mais extremos da região conhecida como Cabeça do Cachorro, fronteira do Brasil com a Colômbia, informa que guerrilheiros colombianos planejam fazer uma provocação aos brasileiros. O alvo dos guerrilheiros seria tomar a cidade colombiana de Mitú, a 75 quilômetros da fronteira com o Brasil. Para conseguir seu objetivo, os guerrilheiros teriam de ocupar uma pista de pouso militar no lado brasileiro. Segundo relatos ouvidos pelo general Lessa, a guerrilha colombiana planejava também roubar munição, armamentos e remédios dos postos fronteiriços brasileiros. O general Lessa aproveitou o que seria uma manobra conjunta das três Armas (Exército, Marinha e Aeronáutica) planejada há muito tempo para fazer uma operação de intimidação da guerrilha do país vizinho. Movimentando os 5.000 homens sob seu comando, o general lacrou parte dos 1.644 quilômetros de fronteira com a Colômbia. Jatos AMX, turboélices Tucano, foguetes e metralhadoras quebraram o silêncio da selva num rugido sob medida para mostrar que o lado brasileiro da selva não é a casa da sogra. "Não tiram um palmo sequer do nosso território", assegurou Lessa. Além das tropas, a manobra acionou 39 aviões e uma parafernália de instrumentos de controle do vôo e hospitais de campanha que, enviados por quartéis de diversos pontos do país, chegaram rapidamente à fronteira. Tudo funcionou com precisão. No relógio do general Lessa os ponteiros marcam 2 horas da madrugada do dia 27 de outubro. É a hora H do Dia D. Da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, decolaram quatro caças a jato AMX. Pela primeira vez atuaram na remota região de fronteira. Para ganhar autonomia, reabastecem-se em pleno ar, a 100 quilômetros de Brasília. Aviões de treinamento Tucano, adaptados para combate, saíram de Boa Vista e Porto Velho. Ainda do Rio de Janeiro, 240 homens das forças especiais, a elite da elite dos pára-quedistas, embarcaram em dois Hércules. Durante o vôo, de sete horas de trinta minutos, são informados da missão e recebem instruções. Destino: Açaí, nas vizinhanças de Querari, o provável alvo dos guerrilheiros. A mobilização foi liderada pelos batalhões de Infantaria da Selva, sentinelas avançadas do Brasil na mata, tropas cujas técnicas de combate na selva são estudadas até pelo Exército americano. Enquanto tudo isso acontecia, outros dois Hércules da Força Aérea Brasileira aterrissaram em São Gabriel da Cachoeira. Estruturas de aço, cabos, antenas de radar foram desembarcados. Um corpo de engenharia iniciou a construção de uma torre de controle para orientar o enxame de aviões de transporte, caças e helicópteros que fariam daquele aeroporto perdido na Floresta Amazônica, às margens do Rio Negro, uma base operacional. Do outro aparelho saíram mais caixas. Em minutos, um compressor de ar inflou um imenso casulo de borracha. Dentro dele foi montado o centro de controle de vôo, com uma bateria de computadores e radares ligada aos satélites de meteorologia e comunicação.
Partida Na madrugada do dia 27(1999), o primeiro movimento da grande operação foi feito a cinco mil quilômetros de distância, na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Uma noite incomum para o fim da primavera nos trópicos, clara e cheia de estrelas, foi riscada pelos quatro jatos A-1AMX que iniciavam o longo deslocamento - com um reabastecimento em vôo sobre Anápolis, em Goiás - até o teatro de operações, em um ponto profundo da alta Amazônia, um novo cenário para os pequenos caças-bombardeiros desenvolvidos em conjunto nos anos 80 pelas forças aéreas do Brasil e da Itália. (Em 99 o prestígio do AMX estava em alta; em maio o avião havia feito seu batismo de fogo em missões de ataque de precisão contra os sérvios na guerra do Kosovo.) Quase ao mesmo tempo decolaram das bases de Porto Velho e Boa Vista esquadrões inteiros do AT-27 Tucano, turboélices de treinamento convertidos em eficientes aviões de ataque leve ao solo. De várias partes do País, como Taubaté, em São Paulo, e Canoas, no Rio Grande do Sul, partiram helicópteros de combate, aviões cargueiros levando hospitais de campanha, suprimentos e até uma estação completa, incluindo o radar, para controle das missões aéreas. O jornalista Silvio Ferraz estava em São Gabriel da Cachoeira no momento do pouso de um enorme quadrimotor Hércules C-130 cargueiro da FAB que transportava as estruturas metálicas, os vidros escuros e os condicionadores de ar de uma torre de controle. "Em algumas horas o equipamento estava montado e o centro, repleto de computadores, já coordenava o espaço aéreo".
Os militares querem evitar o famoso incidente de 1991, quando, na região do Rio Traíra, guerrilheiros das Farc atacaram uma guarnição brasileira, mataram três soldados e balearam dois tenentes, um cabo e um sargento. Roubaram armamento e munição. Menos de 48 horas depois, um pelotão brasileiro de forças especiais invadiu o território colombiano, fuzilou sete guerrilheiros e recuperou o armamento e a munição. Na visão dos militares, a reação do Brasil ante a ameaça vizinha tem de ser fulminante. Sempre. Na semana passada, os pilotos dos Tucano procedentes de Boa Vista e Porto Velho chegaram à região de Querari com os dedos no gatilho. Despejaram uma nuvem de foguetes nos igarapés e em outros pontos mais prováveis de penetração de tropas inimigas. Os caças a jato AMX mergulharam contra alvos hipotéticos metralhando-os com munição real. Os rastros das turbinas rasgaram os céus 80 quilômetros dentro do espaço aéreo colombiano.
A parte mais crítica da manobra foi a proteção ao campo de pouso que se julga o alvo mais provável da guerrilha. Essa parte da operação ficou a cargo dos comandos brasileiros que chegaram em aviões Hércules. Sobre Açaí, uma aldeia de índios tucanos, 120 pára-quedistas saltaram com mochilas e 60 quilos de armamento pesado. Jogaram-se de 2.000 metros em salto livre. Só abriram seus parapentes retangulares pretos a pouco mais de 200 metros do solo, para evitar a dispersão. Ao tocar o solo, cada Rambo brasileiro livrou-se do equipamento de vôo e embrenhou-se na floresta. Seis horas mais tarde, os comandos atingiram as vizinhanças da pista. A ordem de atacar não demorou. Rajadas de metralhadoras deixaram uma nuvem densa e azulada na área. Em pouco tempo, os comandos deram a pista como liberada. Informados pelo rádio do sucesso da missão, os soldados do Quinto Batalhão de Infantaria de Selva chegaram a bordo de uma esquadrilha de helicópteros negros (na verdade Black Hawks)do Exército. Em seguida, aproximaram-se os deselegantes mas eficientes aviões de transporte Búfalo. Rolaram 200 metros de pista e despejaram mais 170 homens. Caso se tratasse de uma operação de combate real, a pista teria sido retomada pelos brasileiros. Havia também cordenando as ações brasileiras na área uma central conhecida como “bote da serpente”, que orientava todas as ações e que tinha acesso restrito aos oficiais.





VEJA 1999

Ameaça
Essa central trabalhou pesado. A hipótese da crise era a de uma invasão maçica, ou no mínimo da ameaça real de que isso pudesse acontecer em um arco de centenas de quilômetros na Cabeça do Cachorro entre os postos militares de Bittencourt e São Joaquim. Lanchas com metralhadoras pesadas, helicópteros de ataque, milhares de soldados. "Nem um só igarapé escapou da varredura. Nosso pessoal tinha ordens de atirar se houvesse qualquer suspeita da presença de guerrilheiros" conta o ex-oficial do CMA. Foram disparados milhares de projéteis. "Mantemos a política definida pelo governo: tolerância zero em relação à preservação da integridade territorial", revela o militar brasileiro. Uma das formas de deixar isso claro para as Farc talvez tenha sido a ação dos AMX que rugiram a baixa altura sobre a selva amazônica, lançando bombas de fragmentação de 240 quilos e incendiárias de diversos tipos contra pontos pré-fixados. Em um deles estava, há 3 anos, o guerrilheiro Bernardo Soto...
Ao final, a avaliação dos militares era de que nossas forças haviam mostrado as garras de modo bastante convincente. Ficou demonstrado que, ao cabo de poucas horas, as Forças Armadas do Brasil conseguem lacrar centenas de quilômetros da fronteira mais frágil do país. O trânsito de pessoas cruzando alguns pontos desse limite é intenso. Índios brasileiros têm parentes na Colômbia e vice-versa. Comerciantes realizam viagens de abastecimento a Manaus e sobem o Rio Negro até atingir o Rio Uaupés. Presume-se que o tráfico de armas para a guerrilha também siga essa rota. Por isso os militares querem ter certeza de que podem chegar com poder de fogo àquela área em poucas horas. O Exército mantém ali uma tropa em que o contingente de índios quase predomina.


VEJA-janeiro de 2001

A idéia por trás das Operações Querari e Tapuru é a chamada Doutrina Gama. Esse plano estratégico prevê duas hipóteses: a de um conflito contra forças inferiores ou equivalentes às do Exército brasileiro na região e a de uma guerra de guerrilhas contra um inimigo muito superior. No primeiro caso o inimigo poderia ser as Farc, que contam com efetivo estimado em 17 -20mil homens. A segunda hipótese de guerra da Doutrina Gama vê como inimigas as Forças Armadas dos EUA. Pura teoria, claro. Um dispositivo militar eficiente na fronteira do Brasil com a Colômbia exigiria 15 mil homens bem equipados. Debruçados sobre os 1.644 quilômetros de fronteira com a Colômbia existem hoje menos de 1.700 militares. Longe de querer tomar parte na regionalização do conflito colombiano, o Brasil quer apenas manter os combatentes, inclusive os americanos, do lado de lá de nossa fronteira.
Na semana passada, (última semana de maio de 2001)a tensão na fronteira aumentou com um tiroteio em que um militar brasileiro foi ferido e outro desapareceu quando caiu no Rio Solimões durante uma perseguição a um barco clandestino – não se sabe se de guerrilheiros colombianos, de contrabandistas ou de narcotraficantes. A grande dúvida, é sobre como se comportarão as autoridades e a opinião pública brasileiras se um dia o transbordamento do conflito colombiano começar a produzir mortes no Brasil.




Editado pela última vez por WalterGaudério em Sex Dez 08, 2006 12:16 am, em um total de 4 vezes.
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#55 Mensagem por Clermont » Qui Dez 07, 2006 10:55 pm

rodrigo escreveu:A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.


Eu creio que tal título fica com a Guerrilha do Araguaia, que exigiu três anos para ser completamente varrida do mapa.




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#56 Mensagem por zela » Qui Dez 07, 2006 11:05 pm

Valeu Walter! :wink:




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#57 Mensagem por Sniper » Qui Dez 07, 2006 11:06 pm

Clermont escreveu:
rodrigo escreveu:A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.


Eu creio que tal título fica com a Guerrilha do Araguaia, que exigiu três anos para ser completamente varrida do mapa.


Acho que as escaramuças no Haiti também não ficam de fora... :wink:




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#58 Mensagem por rodrigo » Sex Dez 08, 2006 2:32 pm

Eu creio que tal título fica com a Guerrilha do Araguaia, que exigiu três anos para ser completamente varrida do mapa.
O combate à guerrilha foi trabalhoso até encontrá-los, depois que encontraram, foi moleza.

Acho que as escaramuças no Haiti também não ficam de fora
O Haiti é uma missão de paz. Tem menos violência do que as incursões dos FE nos morros do RJ.

A operação Traíra envolveu uma grande mobilização, e o planejamento e a execução seguiram os moldes de uma guerra. Vencemos, derrotando o exército do narcotráfico.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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#59 Mensagem por Renato Grilo » Sex Dez 08, 2006 2:33 pm

O Sargento que foi meu chefe de Instrução, durante minha permanência no exército, era da Brigada de Infantaria Paraquedista-RJ, ficou 2 anos aqui no interior de São Paulo e depois foi para São Gabriel da Cachoeira.... depois de lá... para Brasilia e agora voltou a Campinas.

Um dia nos reunímos para comer uma pizza e ele ficou contando as histórias de quando serviu Em São Gabriel da Cachoeira.....
Em uma das histórias ele dizia que nesta operação citada acima.... ele, juntamente com um grupo de + ou - 30 militares, estavam como observadores de cima de árvores, em buracos no chão... ou seja totalmente camuflados, quando os guerrilheiros da FARC começaram a se aproximar em colunas......... ele disse que eles esperaram até que eles passassem por eles, e começaram a alvejar o primeiro e o último da coluna..... depois o primeiro e o último novamente..... depois de uns 3 "lideres" alvejados, ninguém mais queria seguir na frente, nem no fundo e acabaram se separando........ Ele falava que era igual matar barata.... esperava o melhor momento e "pisava na cabeça"....

BOm isso é o que ele falava... vai saber né...... Falava com uma tranquilidade,.... parecia que comentava uma partida de Contry Strike ou Battlefield....

De qualquer forma, eu fiquei muito feliz de notar a tranquilidade e a capacidade de raciocínio estratégico utilizados na selva, durante um combate real...

Outra coisa que ele elogiou muito foi a participação da FAB com seus AMX.... ele disse que os ataques da FAB deixaram os guerrilheiros paralisados e olhando para o Céu...rsr

É isso aí....SELVA!!!!!!




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#60 Mensagem por Túlio » Sex Dez 08, 2006 11:04 pm

É isso aí, POWS!!!

Invadiu a Pátria, CHUMBO!!!

E se o NOSSO EB faz isso de FAL, imaginem com equipamento bão... :twisted:

FARC, Marine Recon, Légion Étrangére, se meteu aqui, DANE-SE!!!




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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