EUA «perdem» Iraque

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EUA «perdem» Iraque

#1 Mensagem por P44 » Qua Dez 06, 2006 8:03 am

EUA «perdem» Iraque


O futuro secretário da Defesa norte-americano Robert Gates considera que os Estados Unidos não estão em vias de ganhar a guerra, embora advertisse que uma retirada pode desencadear um conflito regional.

“Pensa que estão em vias de ganhar a guerra do Iraque”, perguntou-lhe o senador democrata Carl Levin, próximo presidente da comissão das forças armadas do Senado. “Não”, respondeu Robert Gates, perante a comissão das forças armadas do Senado, na audição prévia à sua confirmação para substituir Donald Rumsfeld. “O general Pace [chefe do estado-maior general das forças armadas norte-americanas] disse ontem [segunda-feira] que não estávamos em vias de ganhar a guerra. Está de acordo com ele?”, perguntou-lhe depois outro senador. “Sim”, respondeu Gates.


fonte

..................................................................................

EUA: Robert Gates aprovado para secretário da Defesa

O Comité das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos aprovou, terça-feira, por unanimidade, a nomeação de Robert Gates para se cretário da Defesa norte-americano para substituir Donald Rumsfeld.

O presidente do comité, o republicano John Warner, responsável por dar a conhecer o resultado da votação, qualificou o candidato eleito pelo Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como «excelente» e assegurou que se trata d e um resultado «recorde».

O resultado da votação, à porta fechada, foi de 21 votos a favor e nenhum contra.

A aprovação da nomeação de Robert Gates pelo Comité das Forças Armadas do Senado abre «portas» para a confirmação definitiva do novo secretário da Defe sa, que agora deverá receber o apoio da Câmara Alta.

A decisão de apoiar Gates foi anunciada após a votação e depois daquele se sujeitar a cinco horas de perguntas, a maior parte das quais sobre o conflito no Iraque.

Durante o questionário, Gates admitiu que os Estados Unidos não estão a ganhar a guerra no Iraque e afirmou estar aberto a novas ideias para reconduzir o conflito.

«Todas as opções estão sobre a mesa no que respeita ao problema do Iraque», disse.

Segundo Gates, os próximos anos vão ser decisivos, caso não se consiga estabilizar o país, existe o risco real de ocorrer uma «conflagração regional» no Médio Oriente.

Gates disse também que, antes de tomar decisões, pensa realizar uma viagem ao Iraque e consultar os chefes militares no terreno.

Diário Digital / Lusa

06-12-2006 7:11:00






http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=253292




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#2 Mensagem por Patton » Qui Dez 07, 2006 3:36 am

Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?




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"Agora eu quero que vocês se lembrem que nenhum filho de *** ganhou uma guerra morrendo de pena dele. Ela ganhou ao forçar o outro filho da *** a morrer pelo seu país"~
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#3 Mensagem por Einsamkeit » Qui Dez 07, 2006 3:47 am

[018]




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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#4 Mensagem por Guillermo Muñoz » Qui Dez 07, 2006 4:58 am

Van a perder; irremediablemente van a perder!!!! :D :D :D




Solo vencerá el que esté mejor preparado!!
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#5 Mensagem por P44 » Qui Dez 07, 2006 9:43 am

Patton escreveu:Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?


O que eu me preocupo ou deixo de me preocupar is none of your business

Eu sei que agora que vcs se estão a preparar para FUGIR com o rabinho entre as pernas, não vos interessa falar destes assuntos....

Mas eu gosto de estar informado do que se passa no mundo, ao contrário da maioria dos americanos que só sabe olhar , do alto da sua arrogância, para o umbigo, e nem o PRÓPRIO PAÍS sabem apontar num mapa!

Eu sei que se dependesse de vc e dos que pensam como vc, calava-se tudo muito caladinho para que o seu querido presidente continuasse a espalhar o mal no mundo...

Bad Luck!




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#6 Mensagem por P44 » Qui Dez 07, 2006 9:50 am

http://news.yahoo.com/s/thenation/20061 ... on/3145767

Opinion
Baker Report Slaps Bush, Takes the Middle Ground

David Corn
Wed Dec 6, 3:11 PM ET



The Nation -- James Baker did not enter the Senate committee room bearing two tablets. But the Bush clan adviser and former secretary of state had high expectations to meet Wednesday morning when he and his fellow commissioners of the bipartisan Iraq Study Group publicly disclosed at a Capitol Hill press conference their collective wisdom on how to fix George W. Bush's war in Iraq--if, as they more than once noted, that's possible. Baker and his colleagues presented no surprises--given a week's worth of leaks about the report's findings. But they made it official: the Washington establishment has judged Bush's management of the war a failure.

No such bold statement exists in the 142-page report. And before the scores of reporters and dozens of camera crews, Baker, former Representative Lee Hamilton, and the eight other ISG poohbahs offered no harsh words for the fellow Baker got into the White House. Yet the report is unequivocal. "The situation in Iraq," it says, "is grave and deteriorating," and the Bush administration must "pursue different policies."

Citing such statements, I asked Democratic power-lawyer Vernon Jordan, one of the commisioners, if the report is an outright repudiation of Bush's handling of the war. Flashing a wide smile, he replied, "That's implicit." Baker has politely sent a message to Bush the Younger: you screwed up.

The report is both a political and policy document. By declaring that Bush's current approach is misguided, the Baker-Hamilton commission creates greater space for a debate over alternatives. Its report undermines Bush's recent claims that "we're winning" in Iraq and that he has "a strategy for victory." You're not and you don't, the report retorts (between the lines). This slap from Baker and the other Republican members (former Attorney General Edwin Meese III, former Supreme Court Justice Sandra Day O'Connor, former Senator Alan Simpson, and former Secretary of State Lawrence Eagleburger) is significant. When has such a group of Washington influentials offered a stinging indictment--even if gently--of the defining mission of a president from their own party? This report comes close to being a vote of no confidence from the Republican elite.

Having dismissed Bush's prosecution of the war, Baker and his comrades try to fill the vacuum with 79 mostly middle-of-the-road policy recommendations. They do not side with the withdrawalists who urge initiating disengagement immediately or within months. ("Precipitous withdrawal," Baker maintained, "could lead to a blood bath and wider regional war.") They do not endorse the proposal from neoconservatives and Senator John McCain for dispatching more troops to Iraq. ("Sustained increases in U.S. troop levels would not solve the fundamental cause of violence in Iraq," the report says, adding, "we do not have the troops.") They do not support dividing Iraq into parts. ("It could not be managed on an orderly basis," Baker said, and partition could cause "a humanitarian disaster or broad-based civil war.")

The commission calls for a pullback of combat troops by the first quarter of 2008--"subject to unexpected developments in the security situation on the ground"--as part of shifting the U.S. military mission from combat to training and support operations. (Bush, the commission notes, should state that the United States does not seek permanent military bases in Iraq.) This mission switch, according to the commission, must occur in tandem with a "diplomatic offensive to build consensus for stability in Iraq and the region"--an effort that would include approaching Iran and Syria and seeking "a comprehensive Arab-Israeli peace on all fronts." The Baker gang proposes creating an Iraq International Support Group that would involve all countries bordering Iraq and other nations in the region and world. The commission also recommends that the United States pressure the Iraqi government concerning "milestones on national reconciliation, security, and governance." The report lists various benchmarks Washington should demand of the Iraqis, including passing a law governing oil revenue sharing (by early 2007), completing "reconciliation efforts" (by May 2007), gaining control of the army (by April 2007), and appreciating the value of the Iraqi dinar by 10 percent to combat inflation (by the end of this year). And the pressure must be explicit. If the Iraqi government does not make "substantial progress," the report notes, the Bush administration "should reduce its political, military, or economic support for the government."

Is all this truly "a better way forward," as the report puts it? It certainly is better than the muddle-through approach of the Bush administration. The report lays out specific ways the US military should attempt to improve the training of Iraqi security forces--mainly by increasing the number of U.S. military personnel embedded with Iraqi units. And withdrawing combat troops is a key part of the plan. But one can easily pick apart the fundamental recommendations. The US military has already trained 300,000 Iraqi troops and police officers--or so Vice President Dick Cheney claims--and the program has been a failure. The report cites "significant questions" about the abilities and loyalties of Iraqi units. "The state of the Iraqi police is substantially worse than that of the Iraqi army," the ISG concludes. Is there reason to believe that a new round of training of security forces in this highly fractured state can be done in a manner that works?

The same goes for other recommendations. The report urges both supporting and applying pressure on "the Iraqi government." Is Bush nimble enough to do this? More important, is the Iraqi government truly a working and viable entity that can be effectively assisted and nudged simultaneously? "Key players within the government too often act in their sectarian interest," the report says. "Iraq's Shia, Sunni, and Kurdish leaders frequently fail to demonstrate the political will to act in Iraq's national interest, and too many Iraqi ministries lack the capacity to govern effectively." It adds that sectarian militias "are currently seen as legitimate vehicles of political action." The report sums up a primary obstacle:

Sunni politicians told us that the U.S. military has to take on the militias; Shia politicians told us that the U.S. military has to help them take out the Sunni insurgents and al Qaeda. Each side watches the other. Sunni insurgents will not lay down arms unless the Shia militias are disarmed. Shia militias will not disarm until the Sunni insurgency is destroyed. To put it simply: there are many armed groups within Iraq, and very little will to lay down arms.

How to break this deadlock? The report does not say. And Baker conceded that Iran might have no interest in participating in a diplomatic endeavor designed to stabilize Iraq. He was more optimistic about Syria: "With respect to Syria, there's some strong indications that they would be in a position if we were able to enter into a constructive dialogue, that they could--would be in a position to help us and might want to help us."

At the press conference, Baker, Hamilton and Company discussed political divisions in the United States more than they did those in Iraq. They repeatedly echoed the report's call for the forging of a bipartisan political consensus on Iraq. Baker, the commissions and their report point to the divisive debate within the United States as a critical problem. Whether that's so or not, they left untouched a bigger matter: will Bush listen (to them or anyone else) and chart a different course?

The commissioner met with Bush prior to the press conference, and Hamilton said he was "immensely pleased today when President Bush indicated to us that this report presents to the American people a common opportunity to deal with the problems in Iraq." But the report is more than an "opportunity." It's a specific plan resting on ideas Bush and his aides have already shoved aside. The Bush White House has indicated it has no interest in discussing the Iraq mess with Iran and Syria. Bush has repeatedly stuck with an open-ended commitment: US troops will stay in Iraq until the mission is completed. The Baker commission--as limited as its recommendations may be--is asking Bush to change policy in a dramatic fashion. Does Bush, one reporter asked, "have the capacity to pull a 180?" Baker replied, "I never put presidents I work for on the couch."

But--couch or no couch--that is the question. Bush's intentions are more important than the middle-of-the-road/give-it-one-more-shot particulars of the ISG recommendations. The commission is going out of business. Its members will be testifying before various congressional panels in the weeks and months ahead. But they will not be pressing Bush in any organized way to adopt their proposals--or to alter his own approach. What matters more than the merits of Recommendation No. 37 ("Iraqi amnesty proposals must not be undercut in Washington by either the executive or the legislative branch") is whether Bush accepts the report's fundamentals--Iraq is getting worse and his policies have failed--and whether he is willing to reconsider what to do in Iraq.

At the press conference, Baker talked about improving the "chances for success," not about victory. "We stayed away" from using the word "victory," he said. Hamilton observed, "I don't know if [Iraq] can be turned around." No one connected to the commission positioned him- or herself as a policy savior. "There is no guarantee for success in Iraq," the Baker report says, noting that "the ability of the United States to shape outcomes is diminishing. Time is running out." Baker readily acknowledges his panel's recommendations might not do the trick. There's little hubris within the report.

On the first page, the panel notes, "Our leaders must be candid and forthright with the American people in order to win their support." That suggests "our leaders"--meaning the president--has not been so. To their credit, the ISG commissioners frankly concede--all too willingly--that their proposals might not work. But now that the Baker report is finally done and the Bush family's Mr. Fixit has declared no magical solution exists, the Iraq debate reverts to the basics: can Bush candidly admit Iraq is a debacle and can he ponder meaningful alternatives to the present course? For that question, there's no answer from the wise men (and one wise woman) of Baker's study group.

DON"T FORGET ABOUT HUBRIS: THE INSIDE STORY OF SPIN, SCANDAL, AND THE SELLING OF THE IRAQ WAR, the best-selling book by David Corn and Michael Isikoff. Click here for information on the book. The New York Times calls Hubris "the most comprehensive account of the White House's political machinations" and "fascinating reading." The Washington Post says, "There have been many books about the Iraq war....This one, however, pulls together with unusually shocking clarity the multiple failures of process and statecraft." Tom Brokaw notes Hubris "is a bold and provocative book that will quickly become an explosive part of the national debate on how we got involved in Iraq." Hendrik Hertzberg, senior editor of The New Yorker notes, "The selling of Bush's Iraq debacle is one of the most important--and appalling--stories of the last half-century, and Michael Isikoff and David Corn have reported the hell out of it."




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#7 Mensagem por chm0d » Qui Dez 07, 2006 10:11 am

Patton escreveu:Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?


Não estamos preocupados em ver os EUA perder, eles ja perderam... ALIAS, eles perderam no dia que tiveram está ideia... a questão é, estamos MUITO TRISTES pelo caos que os EUA criou naquela região.

PS: O MUNTO TODO ERA CONTRA ISSO, E VOCES FORAM MESMO ASSIM!!!

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#8 Mensagem por P44 » Qui Dez 07, 2006 10:16 am

chm0d escreveu:
Patton escreveu:Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?


Não estamos preocupados em ver os EUA perder, eles ja perderam... ALIAS, eles perderam no dia que tiveram está ideia... a questão é, estamos MUITO TRISTES pelo caos que os EUA criou naquela região.

PS: O MUNTO TODO ERA CONTRA ISSO, E VOCES FORAM MESMO ASSIM!!!

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#9 Mensagem por cebola » Qui Dez 07, 2006 10:53 am

Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?


A perda da milhares de vidas de cívis é uma preocupação mais do que justificada.




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#10 Mensagem por Fábio Nascimento » Qui Dez 07, 2006 11:18 am

Ah....mas agora os EUA estão felizes, o Iraq sem um ditador tirano!
Em uma guerra civil sem volta, próximo de uma guerra regional...opa...mercado de armas....almento nas vendas...dinheiro no caixa do tio sam...um...ta tudo ficando mais claro!!
O problema vai ser ele equilibrar receitas com despesas, ja gastaram bilhoes na preparação do mercado!




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#11 Mensagem por Marino » Qui Dez 07, 2006 11:53 am

A retirada militar do Iraque

CARLOS DE MEIRA MATTOS


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Segundo a doutrina militar, a retirada estratégica de um Exército perdedor é uma operação de execução difícil. A historia é rica de desastres


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APÓS A vitória dos democratas nas últimas eleições e ainda mais com a divulgação, ontem, do relatório do Grupo de Estudos do Iraque, incentivou-se nos Estados Unidos a discussão sobre a retirada das tropas militares do Iraque.

O senador democrata Carl Levin e outros insistem na retirada das tropas no prazo de seis meses. A reação do grupo conservador que apóia a estratégia militar de Bush apresentou as razões desfavoráveis à retirada.

Bush insiste no êxito futuro da estratégia política aplicada por seu governo -criar no Iraque um governo democraticamente eleito que seja capaz de assumir as responsabilidades administrativas, a contenção das três etnias rivais (sunita, xiita e curda) e garantir a segurança e a paz civil.

Nos quatro anos de ocupação do país -particularmente pelas tropas norte-americanas e inglesas-, a solução imaginada pelos governos de Washington e Londres tem se mostrado ineficiente. Basta lembrar que o terrorismo vem crescendo no país, apresentando uma estatística de 109 atentados suicidas a bomba no primeiro ano, 613 no segundo, 1.037 no terceiro e 1.002 no quarto ano. Mais de 3.000 militares norte-americanos já foram mortos pelos atentados durante esse período. O custo da ocupação para o Tesouro americano vem crescendo de ano para ano. Dos 45 bilhões de dólares no primeiro ano, chegou a 100 bilhões de dólares neste último ano.

Nos argumentos apresentados perante o Senado, o general John Abizaid, comandante supremo das forças norte-americanas no Iraque, expressa sua opinião contrária à retirada militar mediante prazo preestabelecido. Segundo o general, a retirada das forças americanas põe em risco a possibilidade política de passar as responsabilidades pela segurança e pacificação do país ao governo ali instalado após a ocupação. O próprio presidente Bush tem dito que uma retirada a curto prazo não evitaria submeter a população a um banho de sangue.

Os argumentos oferecidos ao Senado pelo chefe militar norte-americano ofereceram razões políticas para o não-estabelecimento de um prazo para a retirada. Entretanto, ele preferiu omitir os perigos operacionais da retirada de um Exército depois de uma guerra malsucedida. A historia é rica de desastres acontecidos nas retiradas militares mal planejadas ou tentadas inoportunamente. Os EUA devem estar lembrados da lição do Vietnã -retirada que se tornou debandada desordenada e vergonhosa.

De acordo com a doutrina militar, a retirada estratégica de um Exército perdedor é uma operação de execução difícil. Precisa ser muito bem planejada e realizada em momento oportuno, a fim de que a tropa se retire ordenadamente, sem grandes sacrifícios de vidas e material bélico.

Além do caso do Vietnã, a história militar traz outros exemplos de retiradas fracassadas. É emblemática a retirada do grande Exército napoleônico de Moscou em 1812. No auge do seu prestígio militar e político, depois de ter imposto o seu poder inquestionável sobre toda a Europa continental, Bonaparte invadiu a Rússia com seu grande Exército -600 mil homens, 180 mil animais de montaria e de tração e mais de 1 milhar de canhões.

Após um começo de vitórias fáceis, é submetido à estratégia do genial general russo Kutusov, que o deixa ocupar Moscou depois de evacuar toda a população da cidade e retirar todos os meios de subsistência que pudessem servir ao invasor. Ante a situação insustentável, Napoleão decide abandonar Moscou e retirar o seu Exército para a fronteira francesa.

Submetido a um inverno inclemente, carente de alimentação e de agasalho, acutilado, na longa marcha de retirada, sem cessar, pelas tropas de Kutusov e pelas guerrilhas organizadas pelo russo, as forças de Napoleão são completamente dizimadas em Beresina. Conseguem alcançar a fronteira francesa apenas 37 mil homens esfarrapados, famintos, enfermos.

No caso da retirada dos 140 mil americanos que ocupam o Iraque, com enorme e moderno equipamento bélico, embora não deva haver o inverno inclemente que derrotou os franceses, haverá, é de supor, guerrilha igualmente inclemente e impiedosa, infatigável na ação terrorista.

Os políticos americanos que defendem a retirada das tropas do Iraque só têm avaliado as conseqüências políticas dessa evacuação. Mas os militares devem estar preocupados com os perigos de uma retirada estratégica em clima de terror incontido dos grupos terroristas infiltrados na população.

Devem se lembrar das estratégias de Chou En-lai que sofreram na carne e da lição histórica de Kutusov.

CARLOS DE MEIRA MATTOS, 93, doutor em ciência política e general reformado do Exército, é veterano da Segunda Guerra Mundial e conselheiro da Escola Superior de Guerra.




Carlos Mathias

#12 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Dez 07, 2006 12:24 pm

Patton, é fato consumado o fracasso dos EUA lá, seja contra ou à favor. Mais uma vez, ignorou-se todos os avisos que a história nos dá, sempre. Provou-se mais uma vez que contra um povo decidido e empedernido como são os árabes e com sua mentalidade oriental de pouco valorizar a vida e o materialismo, uma força tecnologicamente muito superior vai sempre ter muita dificuldade em ocupar um país. Eles não querem democracia, querem sossego, querem que saiam de lá todos os extrangeiros, todos. Se eles cairem na porrada e o país acabar dividido, que assim seja então. Afinal, o mesmo país foi "juntado" por obra dos ingleses(se não me falha a memória), mas as diferenças históricas e étnicas permaneceram lá, latentes e contidas pela mão de ferro de um ditador. Vocês foram advetidos por quase todo o mundo que não ia dar certo, vocês achincalharam a França, que na verdade foi um país amigo ao advertirem vocês da aventura com destino mal fadado. Alemanha, e o mais importante de todos, o Brasil lhes advertiu do alto de todo o seu poder absoluto: "Olha cara, não vai que é furada, a chapa lá é quente prá cacete..." Agora vocês estão queimando o pé. :wink:

Os EUA são queridos aqui Patton, espere seu governo mudar o rumo e você vai ver os sorrisos voltarem, um grande abraço! :wink:




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#13 Mensagem por Patton » Qui Dez 07, 2006 5:10 pm

P44 escreveu:
Patton escreveu:Nossa voce esta preocupado demais sobre Iraq e como que voce quer ver os EUA perder. Voce consegue pensar sobre outras coisas alem da guerra "perdido" no Iraq na vida sua?


O que eu me preocupo ou deixo de me preocupar is none of your business

Eu sei que agora que vcs se estão a preparar para FUGIR com o rabinho entre as pernas, não vos interessa falar destes assuntos....

Mas eu gosto de estar informado do que se passa no mundo, ao contrário da maioria dos americanos que só sabe olhar , do alto da sua arrogância, para o umbigo, e nem o PRÓPRIO PAÍS sabem apontar num mapa!

Eu sei que se dependesse de vc e dos que pensam como vc, calava-se tudo muito caladinho para que o seu querido presidente continuasse a espalhar o mal no mundo...

Bad Luck!


Bem, essa guerra "es none of your buisness" tambem, e o Presidente Bush ja' falou que as troppas nao estao saindo de la' antes de completar a missao. Entao se ele munda de idea, e' isso.

Ate agora voce colocou mais de 10 mil mensagens e provavilmente alguns 8 mil deles sao propaganda anti-guerra.

Gates nunca falou que estamos a perder, ele apenas falou que neste mometo nao estamos indo para frente e os planos/taticas tem que mudar.

Eu acredito que voce quer os EUA a perder a guerra porque voce acha que vai diminuir a nossa "arrogancia" e dexiara' nos como escravos da ONU, nunca para fazer nada sem antes o ONU aprovar.

[/quote]Não estamos preocupados em ver os EUA perder, eles ja perderam... ALIAS, eles perderam no dia que tiveram está ideia... a questão é, estamos MUITO TRISTES pelo caos que os EUA criou naquela região.

PS: O MUNTO TODO ERA CONTRA ISSO, E VOCES FORAM MESMO ASSIM!!!

Abs.

Voce esta claramente errado nos dois pontos seus:

1) Ja' perdemos? Os insurgents ja' jogarem as nossas troppas fora para Kuwait?

2) O Mundo enteiro era contra essa guerra? Nao, apenas Franca, Alemanha e seus amigos terroristas no oriente medio.




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#14 Mensagem por JOSE CARNEIRO » Qui Dez 07, 2006 6:26 pm

Bem, essa guerra "es none of your buisness" tambem, e o Presidente Bush ja' falou que as troppas nao estao saindo de la' antes de completar a missao. Entao se ele munda de idea, e' isso.


Se vc começar a pagar minha gasolina eu posso até tentar concordar com vc.
Pensando bem, mesmo assim não dá, mas a proposta da gasolina continua de pé!! :lol: :lol:

Eu acredito que voce quer os EUA a perder a guerra porque voce acha que vai diminuir a nossa "arrogancia" e dexiara' nos como escravos da ONU, nunca para fazer nada sem antes o ONU aprovar.


Eu aprendi errado ou o EUA foi um dos principais fundadores da ONU? Mas é claro, como agora ela discordou de seu governo então não serve mais.

A estória da arrogãncia fica por conta de dos outros. Eu nunca tive problemas com isso.

2) O Mundo enteiro era contra essa guerra? Nao, apenas Franca, Alemanha e seus amigos terroristas no oriente medio.


Eu sempre me esqueço que o mundo está limitadoa a EUA e Europa, o resto é resto.
França, Alemanha e amigos terroristas :shock: :shock: :P ... essa foi profunda. Acho que é por isso que tavam proibindo turbante nas escolas francesas, afinal tava ficando muito na cara a parceria França terroristas malvados comedores de criancinha comunistas (só pra lembrar os velhos tempos) do terceiro mundo.




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#15 Mensagem por Clermont » Qui Dez 07, 2006 7:28 pm

Patton escreveu:Bem, essa guerra "es none of your buisness" tambem,


Mas, na verdade, é sim. Você devia saber que a nação do cavalheiro também enviou contingentes armados da milícia policial deles, para o Iraque. Mesmo que o número possa não ter sido elevado, e ainda que uma parcela da população portuguesa, possa ter sido totalmente contrária, o simples fato de estarem lá - ou terem estado -, faz com que seja "negócio deles".

Sem esquecer que os portugueses tem tropas combatentes, no Afeganistão, compartilhando dos riscos, lado a lado, com os americanos.

E, além do mais, este seria um fórum de assuntos militares "sui-generis" se não demonstrasse um fortíssimo interesse pelo assunto militar mais dramático dos últimos vinte anos, não é mesmo? Portanto, mesmo nós, os sul-americanos, podemos considerar que também seja "assunto nosso".

À propósito, com bem disse JOSÉ CARNEIRO, é muito estranho que os americanos agora queiram cuspir no prato que eles mesmos cozinharam... Lembrando que, em 1991, a ONU serviu bem ao presidente Bush, The First;




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