F A R C

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Carlos Mathias

#31 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Dez 06, 2006 7:28 pm

Isso tudo acontece na maior moita. Eu já soube à muitos anos de uma incursão na Colômbia depois de um ataque a um pelotão de fronteria. Falaram que mataram uma porrada deles(FARC) lá do outro lado, mais foi uma porrada grande mesmo. Mas tudo moita. :wink:




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#32 Mensagem por zela » Qua Dez 06, 2006 7:56 pm

Carlos Mathias escreveu:Isso tudo acontece na maior moita. Eu já soube à muitos anos de uma incursão na Colômbia depois de um ataque a um pelotão de fronteria. Falaram que mataram uma porrada deles(FARC) lá do outro lado, mais foi uma porrada grande mesmo. Mas tudo moita. :wink:


Sabe mais detalhes sobrte isso?




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Bolovo
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#33 Mensagem por Bolovo » Qua Dez 06, 2006 8:17 pm

zela escreveu:
Carlos Mathias escreveu:Isso tudo acontece na maior moita. Eu já soube à muitos anos de uma incursão na Colômbia depois de um ataque a um pelotão de fronteria. Falaram que mataram uma porrada deles(FARC) lá do outro lado, mais foi uma porrada grande mesmo. Mas tudo moita. :wink:


Sabe mais detalhes sobrte isso?

O Exército já enfrentou de verdade as FARC. Em 1991 guerrilheiros das Farc atacaram uma guarnição brasileira, na região do Rio Traíra, mataram três soldados e balearam dois tenentes, um cabo e um sargento. Roubaram armamento e munição. Menos de 48 horas depois, um pelotão brasileiro de forças especiais invadiu o território colombiano, fuzilou sete guerrilheiros e recuperou o armamento e a munição.

http://www.tropaselite.hpg.ig.com.br/BRASIL_SELVA.htm




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#34 Mensagem por delmar » Qua Dez 06, 2006 8:59 pm

O Brasil já escolheu o lado que vai apoiar. Ao vender equipamento militar, especialmente os ALX, para a Colombia está apoiando e fortalecendo o exército colombianos contra as FARC. É óbvio que se apoiasse as FARC não venderia armas que serão usadas para matar os guerrilheiros.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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#35 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Dez 06, 2006 9:06 pm

7 guerrilheiros????? Bota sete aí... certa vez eu estava fazendo um vôo que passava por Rio branco e uma funcionária disse que tava o maior auê de pessoal militar no aeroporto, uma movimentação muito grande de aviões e tropas. Daí, ela falou que os caras que tavam chegando dos garimpos e do meio do mato, estavam falando que o EB foi "lá do outro lado" e fez um carnaval, tinha cara morto na mata à rodo, mas que depois a bicharada da mata se encarregava de limpar tudo. Foi isso que eu ouvi.




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#36 Mensagem por trabuco » Qua Dez 06, 2006 9:52 pm

Carlos Mathias escreveu:7 guerrilheiros????? Bota sete aí... certa vez eu estava fazendo um vôo que passava por Rio branco e uma funcionária disse que tava o maior auê de pessoal militar no aeroporto, uma movimentação muito grande de aviões e tropas. Daí, ela falou que os caras que tavam chegando dos garimpos e do meio do mato, estavam falando que o EB foi "lá do outro lado" e fez um carnaval, tinha cara morto na mata à rodo, mas que depois a bicharada da mata se encarregava de limpar tudo. Foi isso que eu ouvi.


O confronto do Traíra é famoso. Os guerrilheiros atacaram um posto do EB para se não me engano roubar o armamento.

48 horas depois os FEs massacraram os caras, massacraram mesmo...

A um tempo atrás um coronel do EB que conhecia falou que os FEs trouxeram algumas cabeças de guerrilheiros como trófeus!!!
:shock:

Estudei na faculdade com um guerreiro de selva e ele disse que volta e meia uma patrulha do EB encontra os caras, mas que a maioria das vezes não há confronto, os militares só registram ( filmam etc) os guerrilheiros.




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Marino
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#37 Mensagem por Marino » Qua Dez 06, 2006 11:28 pm

Algum tempo depois do Traíra, o Estado de São Paulo publicou uma reportagem bem completa sobre o que aconteceu.
Parece que tiraram dos arquivos, pois nunca mais consegui acessar.




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#38 Mensagem por Bolovo » Qua Dez 06, 2006 11:33 pm

GUERRILHA NA AMAZÔNIA: UMA EXPERIÊNCIA NO PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO

A Amazônia Brasileira foi elevada à situação de área estratégica prioritária, em face dos múltiplos conflitantes aspectos que a caracterizam, conferindolhe uma problemática política, econômica, psicossocial e militar altamente especial, delicada e sensível. O presente artigo procura decodificar as lições aprendidas nas diversas experiências de guerrilha vivenciadas na Amazônia, tentando estabelecer um paralelo entre o passado, o presente e o futuro.

O Presente

12:00 horas de uma terça-feira, dia 26 de fevereiro de 1991. Cerca de 40 elementos que se declararam guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias Comunistas (FARC) - Comando Simón Bolívar - Facção Força e Paz, realizam uma incursão em território nacional e atacam um Destacamento do Exército Brasileiro estacionado em instalações semi-permanentes, às margens do rio Traíra, fronteira entre o Brasil e a Colômbia.

O ataque foi efetuado por três escalões, dos quais um, o de apoio de fogo, permaneceu na margem colombiana, enquanto os outros dois, de assalto e de segurança, investiram o acampamento. Inicialmente, com preciso fogo de atiradores de escol, foram eliminados os sentinelas da hora, e a seguir, desen cadeado intenso fogo de armas automáticas contra as instalações do Destacamento, cujos integrantes, surpreendidos, tentaram, sem sucesso, reagir.

Em decorrência da ação, da guarnição de 17 homens, resultaram três soldados mortos e nove feridos. Morreram também dois garimpeiros clandestinos colombianos que estavam detidos no posto aguardando evacuação para Vila Bittencourt/AM.

Na finalização da operação, os guer rilheiros colombianos apropriaram-se de estações rádio, munição, uniformes e todo o armamento do posto, conduzindo todo o material para o seu território. Aparentemente, não sofreram baixas. Portavam armamento automático HK 5.56 mm e armas de caça calibre 12. Trajavam uniformes de cor verde claro e botas de borracha do tipo "sete léguas". Faziam parte do comando atacante duas mulheres identificadas como já tendo sido anteriormente presas no Destacamento.

A instalação do Destacamento Traíra foi uma decisão do Comando Militar da Amazônia, autorizada pelo Sr Ministro do Exército, Comandante da Força Terrestre, para fazer face à tumultuada situação reinante na região da Serra do Traíra/AM, provocada pela presença de grande número de garimpeiros clandestinos brasileiros e, principalmente, colombianos, que para lá se deslocaram após a desativação das instalações da Empresa de Mineração Paranapanema, que detinha o alvará de pesquisa aurífera cedido pelo Governo Federal.

Em posteriores operações de inteligência ficou comprovado que a guerrilha colombiana aliada a cocaineiros e garimpeiros clandestinos colombianos, e também contando com o beneplácito de alguns índios corrompidos pela narcoguerrilha na região, procuravam as regiões auríferas nos antigos garimpos abandonados da Cia Paranapanema, a fim de obter recursos para suas ações subversivas. Dessa forma, a ação da guerrilha colombiana foi efetuada como uma represália à ação repressiva desencadeada pelo Destacamenteo Traíra.

Há que se ressaltar que a atuação do Destacamento Traíra, instalado sob a responsabilidade do então 1º Comando de FronteiraSolimões/1º Batalhão Especial de Fronteira (1º Cmdo Fron-Solimões/1º BEF), sediado em Tabatinga/AM, se limitava a uma ação específica de manutenção da ordem, visando tão somente expulsar garimpeiros colombianos de volta ao seu território, e impedir a vinda de garimpeiros brasileiros para a área, até que o Governo Federal regularizasse a situação da lavra no local, provocada pelo abandono da Empresa Parana panema.

O ataque das FARC contra o Destacamento Traíra foi uma ação inesperada, covarde, traiçoeira e inusitada, em virtude da missão que o Destacamento cumpria, e de nunca se ter tido notícia de fatos dessa natureza, desde a instalação, na Amazônia, dos primeiros Pelotões de Fronteira do Brasil.

A ação de 26 Fev 91 das FARC no rio Traíra desencadeou o planejamento e a execução de uma operação conjunta efetuada pelas Forças Armadas Brasileiras e Colombianas, denominada "Operação Traíra". Esta Operação foi a principal conseqüência da Reunião Extraordinária Regional Bilateral Brasil/Colômbia, com a participação, pelas forças colombianas, de autoridades do Comando da IV División del Ejército Nacional de Colombia, sediado em Vila Vicenzio/Col e, pelas forças brasileiras, de autoridades do Comando Militar da Amazônia, sediado em Manaus/AM.

Esta Reunião estabeleceu vários Acordos Conjuntos e algumas Recomendações que, basicamente, definiram que as respectivas forças se comprometiam a operar em seu respectivo território, com o objetivo de manter a ordem e a tranqüilidade na região fronteiriça. Ficou também estabelecido que as ações a realizar seriam coordenadas de forma plena, em todos os níveis de planejamento, inclusive com o intercâmbio imediato e contínuo de informações relacionadas com a subversão, o terrorismo e o narcotráfico, visando a neutralização de qualquer ameaça que se apresentasse no respectivo território. Foi também recomendado que os Exércitos do Brasil e da Colômbia promovessem gestões junto aos seus respectivos governos no sentido de incrementar na área a presença de organismos do Estado, orientados para a execução de atividades de desenvolvimento comunitário.

No território nacional, o posto de comando instalado pelo CMA ficou em Vila Bittencourt, sede de um dos Pelotões na fronteira com a Colômbia. No território colombiano, o posto de comando ficou em La Pedrera/Província de Taraira.

Os resultados obtidos na "Operação Traíra" foram extremamente significativos. Pelo lado colombiano, deve-se destacar a eficiente ação do Batalhão "Bejarano Muñoz", sediado em La Pedrera/Taraira. Pelo lado brasileiro, o excepcional desempenho dos combatentes do então 1º Batalhão Especial de Fronteira (1º BEF), hoje, 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS), sediado em Tabatinga/AM. Superando com estoicismo o trauma inicial que enlutou a família tabatinguense, o 1º BEF, fundamentado numa liderança do mais alto padrão em todos os níveis de comando, demonstrando um excelente grau de adestramento, um moral e um espírito de corpo extraordinários, foi o grande responsável pela ocorrência da eliminação de doze guerrilheiros integrantes do comando das FARC que atacou o Destacamento Traíra, bem como pela prisão de inúmeros elementos de sua rede de apoio, e pela recuperação de boa parte do material capturado quando da solerte ação terrorista.

Há também que se destacar a efetiva participação dos elementos do tradicional "Batalhão Amazonas", 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), sediado em Manaus, unidade de elite do CMA que, como sempre, ratificou o seu excelente nível de preparo para as operações em ambiente de selva.

Especial atenção deve ser dada também à atuação dos elementos da Reserva Estratégica do Exército Brasileiro, sempre presentes nas situações de crise na Região Amazônica, das Forças Especiais e da Aviação do Exército.

Mais uma vez foi ratificado que a presença dos especialistas em guerra irregular e combate não-convencional do 1º Batalhão de Forças Especiais (1º BFEsp), sediado no Rio de Janeiro, através da ação de um Destacamento de Ação Imediata, integrado por frações de Forças Especiais e Ações de Comandos, se faz imprescindível ao comando da operação, em situações dessa natureza.

Com relação à Aviação do Exército, há que se ressaltar que a "Operação Traíra" se constituiu num marco histórico altamente significativo. Esta foi a primeira oportunidade em que a então recém criada Brigada de Aviação do Exército (Bda Av Ex), sediada em Taubaté/SP, se viu engajada numa operação real de combate na Região Amazônica, o seu verdadeiro batismo de fogo. E o desempenho da Patrulha Ajuricaba, integrada por 4 helicópteros de manobra HM-1 Pantera, 2 helicópteros de reconhecimento e ataque HA-1 Esquilo, reforçados por pessoal de suprimento e manutenção, foi excepecional. Estas aeronaves, inclusive, apoiaram, por solicitação do comando colombiano, as ações de infiltração do comando colombiano, as ações de infiltração e ressuprimento das patrulhas colombianas. E após o término da "Operação Traíra", uma seção, constituída por duas aeronaves HM-1 e uma HA-1, permaneceu baseada em Vila Bittencourt, por mais de seis meses, operando em apoio às ações do 1º BEF na região do Traíra. É importante ter em mente que operar aeronaves de asa rotativa na Amazônia exige padrões de desempenho especiais que ultrapassam em muito os exigidos para outras áreas. Quando se está em presença de uma situação real de combate, estas demandas se tornam ainda mais significativas, e tudo isso foi superado pelos elevados níveis de adestramento, motivação e liderança dos integrantes da Aviação do Exército.

Também não se pode deixar de considerar a decisiva participação da Força Aérea Brasileira (FAB). Além de apoiar oportunamente a concentração estratégica e o apoio logístico com aeronaves C-130 Hércules e C-115 Búfalo, a FAB se fez representar no posto de comando da operação por um oficial superior do VII Comando Aéreo Regional (COMAR VII), sediado em Manaus, que desempenhou, no estado-maior constituído, as funções de coordenador do apoio aéreo. A ele cabia a tarefa de planejar e conduzir o emprego dos meios aéreos alocados à operação pelo Comando Geral do Ar (COMGAR). Estes meios eram, basicamente, constituídos por duas aeronaves C-95 Bandeirante, de reconhecimento aerofotogramétrico, seis helicópteros UH-1H e seis aeronaves de ataque ao solo AT-27 Tucano, todas baseadas em Vila Bittencourt.

A "Operação Traíra" ratificou mais uma vez que, na Amazônia, sem o adequado e oportuno apoio da Força Aérea, a Força Terrestre fica extremamente limitada nas suas ações de combate, apoio ao combate e logísticas.

A Marinha do Brasil também se fez presente na "Operação Traíra", através da atuação de um Navio Patrulha Fluvial da Flotilha do Amazonas (FLOTAM), sediada em Manaus, que se deslocou para Vila Bittencourt, cooperando com o apoio logístico e incrementando a segurança daquela região fronteiriça.

A insidiosa ação sobre o posto do Traíra, em fevereiro de 1991, registrou de forma significativa a mais importante ameaça aos interesses vitais do Brasil na Amazônia, no contexto da Defesa Externa, nos dias de hoje.

A atual problemática existente em diversas regiões do arco fronteiriço amazônico, da Guiana Francesa à Bolívia, envolvendo com maior ou menor intensidade, questões indígenas, garimpo clandestino, descaminho de recursos minerais, atividades de contra bando e de tráfico de armas, problemas fundiários, e, principalmente, a forte conexão existente entre a guerrilha alienígena e o narcotráfico criando o fenômeno da narco guerrilha (particularmente no Peru e na Colômbia), ratifica a possibilidade da eclosão latente de crises que tenham no seu escopo o desencadeamento de conflitos onde estará em foco a defesa dos interesses vitais do Brasisl na Amazônia, particularmente, a Soberania e a Integridade do Patrimônio Nacional.

Em novembro de 1991, outra operação de monta foi desencadeada pelo CMA para fazer face às latentes ameaças provodadas pela ação das FARC, na fronteira com a Colômbia. Esta operação denominada "Operação Perro Loco" foi realizada na região de Iauaretê/AM e Querarí/AM, conhecida como "Cabeça do Cachorro". Empregou efetivos do 5º BIS, sediado em São Gabriel da Cachoeira/AM, do 1º BFEsp, e uma Força de Helicópteros com 14 aeronaves da Bda Av Ex. A exemplo da "Operação Traíra", a "Operação Perro Loco" se constituiu numa magnífica demonstração de operacionalidade dos elementos envol vidos, atingindo de forma plena o seu grande objetivo que era dissuadir, de forma definitiva, a execução de incursões por parte da narcoguerrilha colombiana naquela região.

Em atendimento às diretrizes emanadas do Estado-Maior do Exército (EME), no contexto da Defesa Externa, coube ao Comando de Operações Terrestres (COTer) definir a orientação do planejamento do emprego da Força Terrestre na defesa dos interesses vitais do Brasil face a ameaças dessa natureza. E para esta definição, todos os ensinamentos colhidos nas experiências da "Operação Traíra" e da "Operação Perro Loco" foram significativamente considerados.

Dentre as mais significativas idéias preconizadas na atual concepção estratégica face a conflitos dessa natureza está a sua adequada caracterização. Tratase de um conflito de baixa intensidade, onde o inimigo, genericamente designado de "forças adversas", pode apresentarse sob vários matizes-narcotraficantes, garimpeiros clan destinos, indígenas apátridas, guerrilheiros com ou sem motivações ideológicas, aventureiros internacionais, agentes de potências de fora do continente sul-americano infiltrados, ou mesmo uma combinação desses elementos - pondo em risco a Segurança Nacional, nas regiões fronteiriças amazônicas.

O grande objetivo político a ser atingido quando da eclosão de um conflito dessa natureza é manter a Soberania e a Integridade do Patrimônio Nacional, não suspendendo as operações até a definitiva expulsão das "forças adversas" do Território Nacional.

Quanto aos objetivos militares, estes podem ser sintetizados pelas ações de destruir as "forças adversas" que atuarem no Território Nacional, e defender a população e o Patrimônio Nacional.

Fundamentalmente, a ação da Força Terrestre crescerá de intensidade passando pelos estágios de desencadeamento de ações preventivas, repressivas e operativas; e segundo a seguinte gradação: operações de apoio aos órgãos da administração federal, estadual ou municipal, operações de inteligência; operações contra as "forças adversas", e operações de maior vulto, caso as "forças adversas" evoluam para estágios mais desenvolvidos de organização.

A concepção estratégica de emprego da Força Terrestre face a situações dessa natureza define que, apesar da ocorrência de ações operativas para a destruição das "forças adversas", não será ativada a Estrutura Militar de Guerra, ou seja, tratase de uma situação típica de nãoguerra.

Em termos de estrutura operacional, para fazer face a situações dessa natureza, está preconizada a ativação, por parte dos Comandos Militares da Amazônia e do Norte (CMN), mediante autorização do Sr Ministro do Exército, Comandante da Força Terrestre, de uma Área de Conflito (AC). O estabeleci mento de AC, em termos de delimitação territorial, deve estar restrito à área fronteiriça onde seja iminente ou esteja ocorrendo a ameaça. Em termos de estrutura de comando, a AC deverá enquadrar uma Zona de Opera ções (ZOp) e uma Zona de Apoio (ZAp). Esta organização tem como finalidade o estabele cimento tanto de uma estrutura de comando e controle quanto a definição de responsa bilidade territoriais.

A ZOp deverá ficar restrita à região onde se realizam as ações operativas de destruição das "forças adversas". Esta região deverá abranger o espaço físico terrestre e aéreo necessário à condução das operações. Em princípio, o comandante da ZOp deverá ser o comandante do escalão diretamente responsável pela destruição das "forças adversas". E o seu posto de comando deve estar localizado no ponto onde melhor se possa coordenar e controlar as ações operacionais.

A ZAp deverá englobar a região onde as ações a realizar serão de caráter predomi nantemente logístico. Em princípio, o posto de comando da ZAp deve estar localizado junto à principal base logística instalada. Basicamente, o suprimento chega à ZAp por meios aéreos (principalmente) ou fluviais de maior porte. Razão pela qual, normalmente, a ZAp estará numa área onde exista um aeródromo de adequadas condições. Daí o suprimento será transportado para a ZOp, normalmente, através do emprego de helicópteros.

O valor da AC a ser estabelecida, por determinação do CMA ou do CMN, será função da complexidade e da gravidade do problema a ser resolvido. Numa área onde o poder de combate das "forças adversas" se apresente como ponderável, com parcelas significativas de forças irregulares represen tativas da guerrilha e/ou do narcotráfico alienígena, em princípio, a AC ativada deverá ser de valor Bda, cabendo o planejamento e a condução das operações ao comandante de uma das quatro Brigadas de Infantaria de Selva (dependendo da localização do conflito) estacionadas na Área Estratégica Amazônica. Nesse caso, o comandante da brigada poderá designar um de seus comandantes de batalhão, comandante da ZOp, e o seu E/4, comandante da ZAp. Caso o problema seja de menor monta, e seja restrito à eliminação de um pequeno grupo que, episodicamente, adentrou o Território Nacional, o CMA ou o CMN poderão determinar às suas brigadas subordinadas o estabelecimento de uma AC de valor batalhão.

É importante ressaltar que o COTer tem antecipadamente definidas para os Comandos Militares de Área interessados quais as áreas prioritárias onde, em função das informações disponíveis, há uma maior probabilidade de eclosão de uma crise dessa natureza. Dessa forma, é possível a orientação do esforço de preparação e de planejamento para essas áreas prioritárias.

Como meios disponíveis para emprego nas AC ativadas estãos os meios de combate, apoio ao combate e logísticos do CMA e do CMN; os meios de combate, apoio ao combate e logísticos da Reserva Estratégica, destacandose os do Comando de Aviação do Exército, os da Brigada de Infantaria PáraQuedista e os do Batalhão de Forças Especiais. Além desses, estão disponíveis os meios de combate, apoio ao combate e logísticos da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil, a serem definidos respectivamente pelo Comando Geral do Ar (COMGAR - Nota recentemente alterado para Comando Geral de Operações Aéreas) e pelo Comando de Operações Navais (CON). A esses meios poderão ser acrescentados outros, dependendo da complexidade do problema a ser enfrentado, requisitados de organizações civis governamentais (federais, estaduais ou municipais) ou privadas, todos integrados sob o comando único da AC.

Assim, o Exército Brasileiro está dotado de uma adequada estrutura de preparação, planejamento e condução de operações para fazer face às "forças adversas" que, indiscu tivelmente, se constituem na mais latente ameaça a ser enfrentada no contexto da Defesa Externa, na Área Estratégica Amazônica, nos dias de hoje.



Resto: http://www.defesanet.com.br/toa/toa_guerrilha_3.htm




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#39 Mensagem por zela » Qua Dez 06, 2006 11:59 pm

Carlos Mathias escreveu:7 guerrilheiros????? Bota sete aí... certa vez eu estava fazendo um vôo que passava por Rio branco e uma funcionária disse que tava o maior auê de pessoal militar no aeroporto, uma movimentação muito grande de aviões e tropas. Daí, ela falou que os caras que tavam chegando dos garimpos e do meio do mato, estavam falando que o EB foi "lá do outro lado" e fez um carnaval, tinha cara morto na mata à rodo, mas que depois a bicharada da mata se encarregava de limpar tudo. Foi isso que eu ouvi.


Seis tão me deixando cada vez mais curioso :evil:




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#40 Mensagem por 3rdMillhouse » Qui Dez 07, 2006 1:02 am

zela escreveu:
Carlos Mathias escreveu:7 guerrilheiros????? Bota sete aí... certa vez eu estava fazendo um vôo que passava por Rio branco e uma funcionária disse que tava o maior auê de pessoal militar no aeroporto, uma movimentação muito grande de aviões e tropas. Daí, ela falou que os caras que tavam chegando dos garimpos e do meio do mato, estavam falando que o EB foi "lá do outro lado" e fez um carnaval, tinha cara morto na mata à rodo, mas que depois a bicharada da mata se encarregava de limpar tudo. Foi isso que eu ouvi.


Seis tão me deixando cada vez mais curioso :evil:


O que ouço falar é que direto os Batalhões de Fronteira trocam tiro com as FARC, e direto tem presunto das FARC boiando nas águas do Amazonas.




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#41 Mensagem por Bolovo » Qui Dez 07, 2006 1:04 am

Pelo que eu sei, o Brasil só registra os caras da FARC e tal, daí passa para as FAs da Colômbia, que essas sim, destroçam os guerrilheiros.




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#42 Mensagem por Bruno Falcão » Qui Dez 07, 2006 1:19 am

Um sargento do exercito me contou que de vez em quando eles vão fazer uns "passeios" la na região da cabeça do cachorro com uns Fennec e jogam um foguetinhos la, segundo ele é só pra mostrar quem manda na area :lol: :lol:




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#43 Mensagem por 3rdMillhouse » Qui Dez 07, 2006 1:25 am

Bruno Falcão escreveu:Um sargento do exercito me contou que de vez em quando eles vão fazer uns "passeios" la na região da cabeça do cachorro com uns Fennec e jogam um foguetinhos la, segundo ele é só pra mostrar quem manda na area :lol: :lol:


É assim que se trata comunista, "the Army Way", debaixo de bala e muito foguete.




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#44 Mensagem por Einsamkeit » Qui Dez 07, 2006 1:37 am

3rdMillhouse escreveu:
Bruno Falcão escreveu:Um sargento do exercito me contou que de vez em quando eles vão fazer uns "passeios" la na região da cabeça do cachorro com uns Fennec e jogam um foguetinhos la, segundo ele é só pra mostrar quem manda na area :lol: :lol:


É assim que se trata comunista, "the Army Way", debaixo de bala e muito foguete.


BAPI neles :twisted:




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#45 Mensagem por rodrigo » Qui Dez 07, 2006 11:07 am

A Operação Traíra foi a maior ação de combate do EB depois da 2ª guerra mundial. Os FE varreram a região, nunca mais as FARC atacaram o Brasil.

Comentário mau educado - ainda tem ..... no Brasil que apóia a guerrilha que já atacou as tropas brasileiras. Nem vou dizer o que gostaria de fazer com esses .....




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aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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