Governo quer ampliar controle militar de vôo
Mariana Barbosa, Tânia Monteiro
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fechou a questão: os controladores de vôo que atuam no Sistema de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Dacta), subordinado ao Ministério da Defesa, serão exclusivamente militares. Nesse modelo, cabe aos centros regionais, os Cindactas, monitorar a maior parte dos vôos no País.
Em sintonia com a posição defendida pelo comando da Força Aérea Brasileira (FAB), Dilma já declarou a interlocutores que o governo quer criar uma carreira para controladores de vôo na Aeronáutica, a exemplo de outras especializações no meio militar, como as de infantaria e medicina. Para isso, seria criado um quadro especial de oficial controlador, que abrangeria as patentes de tenente a coronel.
Como cerca de 80% a 90% dos atuais controladores militares são sargentos com nível universitário, eles seriam automaticamente promovidos a segundo-tenente. Aqueles que não têm diploma universitário virariam controladores auxiliares.
O controle permanecerá nas mãos de civis apenas nas torres dos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Em virtude da carência de profissionais vivida pelo País, será mantido o concurso para admitir controladores civis, já aprovado pelo governo.
REFÉM
Na avaliação da Casa Civil, a ampliação do controle civil tornaria o governo refém de sindicatos, com o risco de greves no setor. Oficialmente, o Executivo aguarda o resultado dos estudos do grupo de trabalho criado para avaliar a questão para se pronunciar, o que só deverá ocorrer em 60 dias.
Mesmo com a pressão dos militares e da Casa Civil, o ministro da Defesa, Waldir Pires, mantém o discurso de que, na maioria dos países, o controle é civil. Pires está buscando informações sobre como funciona o controle do tráfego aéreo em países como França, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Austrália, mas destacou que é "muito cedo" para falar em decisões.
"Trabalhamos na linha de que se chegue a um consenso, no próprio grupo de trabalho. Se não houver consenso, evidentemente que será uma decisão de Estado, de governo", disse o ministro ontem, após reunião com 16 representantes de setores envolvidos no debate.
Pires afirmou que os estudos estão em fase inicial e cabe a ele verificar "a compatibilidade entre aspirações"". Disse que o desejo dos controladores "é o de marchar para a construção de um sistema civil", mas é preciso ver "de que forma isso se compatibiliza com toda a estrutura das necessidades de defesa estratégica" do País.
O controle do espaço aéreo CIVIL deve ser desmilitarizado???
Moderador: Conselho de Moderação
Parece que a adoção de um sistema misto, mas essencialmente militar, está já decidida pelo governo. E se a promoção automática dos sargentos controladores para tenentes realmente colar, aposto que as operações padrão acaba na hora. Os 500 e poucos controladores civis é que não vão gostar muito...
Parece que a adoção de um sistema misto, mas essencialmente militar, está já decidida pelo governo. E se a promoção automática dos sargentos controladores para tenentes realmente colar, aposto que as operações padrão acaba na hora. Os 500 e poucos controladores civis é que não vão gostar muito...
Governo quer ampliar controle militar de vôo
Mariana Barbosa, Tânia Monteiro
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fechou a questão: os controladores de vôo que atuam no Sistema de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Dacta), subordinado ao Ministério da Defesa, serão exclusivamente militares. Nesse modelo, cabe aos centros regionais, os Cindactas, monitorar a maior parte dos vôos no País.
Em sintonia com a posição defendida pelo comando da Força Aérea Brasileira (FAB), Dilma já declarou a interlocutores que o governo quer criar uma carreira para controladores de vôo na Aeronáutica, a exemplo de outras especializações no meio militar, como as de infantaria e medicina. Para isso, seria criado um quadro especial de oficial controlador, que abrangeria as patentes de tenente a coronel.
Como cerca de 80% a 90% dos atuais controladores militares são sargentos com nível universitário, eles seriam automaticamente promovidos a segundo-tenente. Aqueles que não têm diploma universitário virariam controladores auxiliares.
O controle permanecerá nas mãos de civis apenas nas torres dos aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Em virtude da carência de profissionais vivida pelo País, será mantido o concurso para admitir controladores civis, já aprovado pelo governo.
REFÉM
Na avaliação da Casa Civil, a ampliação do controle civil tornaria o governo refém de sindicatos, com o risco de greves no setor. Oficialmente, o Executivo aguarda o resultado dos estudos do grupo de trabalho criado para avaliar a questão para se pronunciar, o que só deverá ocorrer em 60 dias.
Mesmo com a pressão dos militares e da Casa Civil, o ministro da Defesa, Waldir Pires, mantém o discurso de que, na maioria dos países, o controle é civil. Pires está buscando informações sobre como funciona o controle do tráfego aéreo em países como França, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Austrália, mas destacou que é "muito cedo" para falar em decisões.
"Trabalhamos na linha de que se chegue a um consenso, no próprio grupo de trabalho. Se não houver consenso, evidentemente que será uma decisão de Estado, de governo", disse o ministro ontem, após reunião com 16 representantes de setores envolvidos no debate.
Pires afirmou que os estudos estão em fase inicial e cabe a ele verificar "a compatibilidade entre aspirações"". Disse que o desejo dos controladores "é o de marchar para a construção de um sistema civil", mas é preciso ver "de que forma isso se compatibiliza com toda a estrutura das necessidades de defesa estratégica" do País.
- Guerra
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Como cerca de 80% a 90% dos atuais controladores militares são sargentos com nível universitário, eles seriam automaticamente promovidos a segundo-tenente. Aqueles que não têm diploma universitário virariam controladores auxiliares.
Vou querer também se não eu conto para todo mundo!!!
Eu nunca vi colocar militar para trabalhar com civil e não terminar no RDE.