Submarino Nuclar Brasileiro

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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FinkenHeinle
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#16 Mensagem por FinkenHeinle » Dom Set 05, 2004 7:01 pm

LEO escreveu:Pessoal,


Agora mesmo me veio a pergunta que não quer calar:

- o Brasil tá desenvolvendo o Submarino Nuclear. Mas quanto aos seus sistemas, serão importados ou também serão desenvolvidos nacionalmente?


Olá LEO,


A maioria deverá ser nacional, mesmo. O CIC/COC deverá ser o Siconta. A suíte de EW também será nacional. A MB está trabalhando em um programa de sonares, cujo maior resultado até agora é a modernização (leia-se quase um sonar novo) do sonar de casco para a Modfrag. Quanto à itens de menor demanda, eles serão importados.

O maior revés é a quebra do Programa de Torpedos...




Atte.
André R. Finken Heinle

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Thomas Sowell
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LEO
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#17 Mensagem por LEO » Ter Set 07, 2004 2:23 pm

Olá Finken,


Você pode dar algum detalhe sobre este programa de sonares da MB??




"Veni, vidi, vinci" - Júlio Cesar

http://www.jornalopcao.com.br/index.asp ... djornal=43

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rodrigo
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#18 Mensagem por rodrigo » Sáb Set 11, 2004 12:56 am

Palavra do Almirante Mário César Flores, ex-ministro da Marinha:

´´ Com o ritmo das verbas do programa do submarino nuclear brasileiro, quando este ficar pronto, os países ricos já terão submarinos que voam, movidos à energia solar``




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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#19 Mensagem por luisabs » Seg Mar 27, 2006 11:05 pm

Tecnologia
Submarino nuclear

Voltou aos planos da Marinha brasileira a construção da poderosa arma

Por Cláudio Camargo

Em janeiro de 2005, a Marinha do Brasil iniciou os procedimentos para adquirir um novo submarino convencional e reaparelhar os outros cinco de sua frota, comprados da Alemanha entre 1989 e 2005. Este reaparelhamento prevê a aquisição de novos sistemas de armas (software), torpedos e sonares para os submarinos em serviço. Estes, classificados de classe Tupi, são derivados do modelo alemão U-209 e propelidos a motores diesel-elétricos. O primeiro deles foi fabricado na Alemanha, mas os outros quatro foram montados no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, dentro da filosofia de capacitar o País a dominar a tecnologia de fabricação de submarinos.

A aquisição/montagem dos submarinos Tupi integrou o programa nuclear da Marinha do Brasil, iniciado em 1979, mas freqüentemente interrompido por problemas orçamentários. Esse programa visa dotar o País com um submarino de ataque de propulsão nuclear, mas com armamento convencional (SSN). Como essa tecnologia não é franqueada pelos poucos países que a dominam, a Marinha investiu no desenvolvimento do próprio know-how. Em 27 anos, esse pioneirismo, nem sempre compreendido, conseguiu capacitar o Brasil para produzir um protótipo de reator nuclear e o domínio, quase completo, do ciclo de combustível, através do enriquecimento de urânio por meio de ultracentrífugas.

A outra parte desse programa previa o desenvolvimento de um casco – tecnicamente chamado plataforma – que pudesse comportar o reator nuclear. Nesse particular, o êxito não se repetiu. Apesar das tentativas, não foi possível adaptar o casco do submarino convencional para o nuclear, basicamente porque, para ter segurança, um submarino nuclear deve ter um diâmetro de pelo menos dez metros – coisa difícil de se conseguir a partir de um submarino convencional de 1.400 toneladas.

A partir disso, duas questões se colocam quando se cogita da compra de um novo submarino convencional e do reaparelhamento da frota. A primeira é saber se o País deveria congelar um programa que custou tanto e deu tantos frutos. Não seria o caso de se buscar um novo elo para o desenvolvimento do casco do submarino nuclear? Uma alternativa seria conhecer melhor outras opções, como a oferecida pela França, que por ter desenvolvido primeiramente os submarinos de propulsão nuclear com mísseis balísticos (SSBN) transferiu a tecnologia do casco aos submarinos nucleares com armamento convencional (SSN) e até a submarinos diesel-elétricos.

A outra questão é saber se a Marinha pretende seguir a doutrina adotada pela FAB no programa F/X para a compra de novos caças e exigir dos fornecedores a abertura dos códigos-fonte dos sistemas de armas. A obtenção desses códigos permitiria eliminar a vulnerabilidade de mecanismos de interferência do inimigo em seu sistema. É bom lembrar que, na guerra das Malvinas (1982), os britânicos, de posse dos elementos dos códigos-fonte dos mísseis Exocets argentinos, por exemplo, neutralizaram essa arma letal. Se os argentinos tivessem o mesmo acesso, poderiam ter modificado os códigos e impedido a neutralização de suas armas.

O bom para o Brasil seria ficar com as duas opções: cascos adequados ao submarino nuclear e acesso aos códigos-fonte do sistema de armas. Resta saber quem oferecerá tais alternativas.





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Vinicius Pimenta
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#20 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Mar 28, 2006 12:37 am

Voltou? Nunca saiu!




Vinicius Pimenta

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oraculobq
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#21 Mensagem por oraculobq » Seg Abr 03, 2006 11:22 pm

Nunca saiu dos planos!

Mas quandu o Brasil tiver dinheiropra fazer ele, será melhor fazer um convencional com AIP que é mais silencioso e vai ter grande autonomia.


HeheHEHEHheeh

Quandu a gente fizer um sub nuclear vamos ser Zuados por que só a gente vai tera velharia do seculo "passado".

Vai ser como andar de bicicleta entre os Aerocar.


AHAHUHA
Mundo terrivel...




Luiz Padilha

#22 Mensagem por Luiz Padilha » Qua Abr 05, 2006 8:39 pm

oraculobq escreveu:Nunca saiu dos planos!

Mas quandu o Brasil tiver dinheiropra fazer ele, será melhor fazer um convencional com AIP que é mais silencioso e vai ter grande autonomia.


HeheHEHEHheeh

Quandu a gente fizer um sub nuclear vamos ser Zuados por que só a gente vai tera velharia do seculo "passado".

Vai ser como andar de bicicleta entre os Aerocar.


AHAHUHA
Mundo terrivel...


Bom, gostaria de postar aqui que o sistema AIP qualquer que seja o Sub escolhido para ser cosntruido no país, não terá o sistema AIP.
Segundo o que ouvi hoje, o sistema para o cenário em que atuamos, tras muito pouco em termos de resultados face os altos custo de aquisição e manutenção.(baixo nivel de prontidão)
Pode ser bom para os europeus, mas para nós, segundo o que ouvi, não traria muitos beneficios.
O acréscimo na autonomia para o nosso cenário é irrisório.Portanto, o novo sub será sem AIP, mas terá uma eletronica embarcada mais atual e consequentemente, mais eficaz.
Todos os subs, tirando o Timbira que está fazendo seu PMG, estão operacionais e sempre prontos para dissuadir qualquer que seja a ameaça.
[]'s

Padilha




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Brasileiro
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#23 Mensagem por Brasileiro » Qui Abr 06, 2006 1:08 pm

Padilha, as últimas notícias dizem que a mesma empresa que venderá o novo submarino à Marinha fará também o Modsub dos da classe Tupi. Isso é verdade? Farão os dois contratos de uma vez? ou não tem nada a ver uma coisa com a outra?


abraços]




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#24 Mensagem por oraculobq » Qui Abr 06, 2006 2:23 pm

O fato é que um sub nuclear é otimo para ataque e dissuação.

Mas ele é muito barulhento, ou seja ele é pouco recomendado para defesa.

O Brasil não tem intenção de atacar outros paises, os subs são para auto defesa.

Acho que as pesquisas sobre energia nuclear trouseram grandes avanços para o Brasil.

Mas acho mesmo é que o Brasil poderia começar a desenvolver o sistema AIP. Pois brevemente ele será muito eficiente e ja é muito silencioso.

Talvez fosse bom para o Brasil ter ai ums 6 subs nucleares e ums 20 subs com AIP.

Nós estamos pensando em subs nucleares mas de que adianta esses navios sem armas de progeção de força.

E nossos misseis balisticos?
Nossos torpedos com grande alcance.
Nossos misseis para defesa propria.
Falta muita coisa.

E nós com tantos anos d pesquisa estamos ainda apenas na propulção.

Falta até escolher o Casco que será usado.

Falta muita coisa...

..se DEUS queizer e nossos politicos ajudarem nós chegamos lá...


.... e qunado chegar a hora nossos almirantes devem saber escolher entre os Nucleares e AIP, ou mesmo um misto dos 2, só sei que não pode e nem deve continuar com os subs a disel.




Luiz Padilha

#25 Mensagem por Luiz Padilha » Qui Abr 06, 2006 6:58 pm

Brasileiro escreveu:Padilha, as últimas notícias dizem que a mesma empresa que venderá o novo submarino à Marinha fará também o Modsub dos da classe Tupi. Isso é verdade? Farão os dois contratos de uma vez? ou não tem nada a ver uma coisa com a outra?


abraços]


Não etou sabendo não. Isso ainda demora um pouco. Assim que souber te passo.
MosSub nos Tupi é novo pra mim. O Timbira está no PMG dele e um ModSub tem que ocorrer dentro de um PMG, pelo menos com os subs, então......




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Luís Henrique
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#26 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Abr 08, 2006 10:17 pm

Acho besteiro o AIP. Os EUA e a Rússia são as duas super-potências militares e utilizam nucleares e pronto.

Acho que o Brasil poderia utilizar nuclear e como não temos dinheiro para ter uma marinha americana, utilizarmos uma classe SSK equivalente ao U-214 sem AIP. Acho que é um gasto atoa.

Estes subs operam próximos da costa e não precisam de AIP, se queremos projeção de força, alcance e grande autonomia, utilizamos os nucleares e pronto.

Um misto entre os dois é o ideal, sem utilização de AIP.

O que espero é que encontremos outro programa de torpedo pois isto sim vale a pena. Um torpedo nacional. :wink:




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#27 Mensagem por oraculobq » Dom Abr 09, 2006 1:09 pm

O problema de se pensar no sub nuclear agora é:

Falta de armas para ele, poís se for como está agora ele será apenas mais um algo para os inimigos, ele será um grande e valioso alvo submerso.

Acho que nossos subs são muto eficases para alto defesa, vistoq ue em exercicios nossos subs ja afundaram NAEs da OTAN.

Mas sem armas como misseis e tormpedos nossos subs são apenas alvos.

E não da pra comparar as marinhas RUSSA e AMERICANA com a Brasileira, o fato de elas contarem com subs nucleares está mais ligado a guerra fria onde era muito importante que o sub tivesse autonomia para poder aportar em qualquer porto para pegar suprimentos sem depender muito das bases de suas marinhas de origem, pois em caso de ataque essas poderiam ja estar destruidas.

O Brasil quer subs mais para auto defesa e não para formar uma força expedicionaria.

Seria interessante claro ter sim esses subimarinos claro, mas são muito caros. No momento seria melhor investir em tecnologia para deichar nossos subs menos dependente do ar da superficie e aumentar o numero desses navios na nossa marinha.

Por isso bato na tecla do AIP.




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VICTOR
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#28 Mensagem por VICTOR » Dom Abr 09, 2006 8:19 pm

Confesso que acho um pouquinho esquisitíssima essa atitude de desdenhar o AIP.




Carlos Eduardo

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Luiz Padilha

#29 Mensagem por Luiz Padilha » Dom Abr 09, 2006 8:39 pm

VICTOR escreveu:Confesso que acho um pouquinho esquisitíssima essa atitude de desdenhar o AIP.


Victor,
Não é desdenhar, o sistema é interessante, apenas excessivamente caro para pouco desenpenho. Pagar trocentos milhões a mais para ter 5 dias a mais e depois ter que ter infra-estrutura para reabastecer nos portos em que parar, para que?
Com o tamanho do nosso litoral, é muito pouco o resultado apresentado até agora.
Eu não descarto para o futuro, mas no momento: Custo alto/ manutenção carissima/ Defeitos cosntantes, não é sinonimo de desdenhar.

Até a PODEROSA ARMADA CHILENA (Degan que o diga), [044] comprou o Scorpene sem AIP. E olhe que eles estão com a grana$$$ neste momento.
Portanto, espere um pouco mais e saberás das novidades.
O comandante da força de submarinos, após conversar comigo na semana passada, ponderou sobre uma série de conveniências do AIP.
Me emprestou um livro muito elucidativo, porém, em francês, que estou tentando aprender/traduzir.

Apenas confie na nossa força.

Custa muito caro achar/afundar um classe Tupi brasileiro e ainda mais no nosso quintal.

Pense nisso!

1 torpedo MK46 = trocentos mil dolares

20 torpedos MK46 procurando afundar um classe Tupi brasileiro = trocentos milhões de dólares

Um SH-60, Um classe Arleigh Burke e uma OHP com Towed Array caçando na direção oposta o nosso bom e velho S ???, não tem preço!!!!

[068] [004]

[]'s

Padilha




Carlos Mathias

#30 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Abr 09, 2006 10:25 pm

Um SH-60, Um classe Arleigh Burke e uma OHP com Towed Array caçando na direção oposta o nosso bom e velho S ???, não tem preço!!!!


[018]




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