Transferência de tecnologia: verdade ou mito?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

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Booz
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#31 Mensagem por Booz » Dom Nov 26, 2006 4:37 pm

Projeto.
A cunha é extamamente esta, ca-pa-ci-ta-ção.
Isto requer muito mais do que brilhar os olhinhos para uma tecnologia em que não tem como absorver por pura falta de conhecimento. "Não jogueis pérolas oas porcos..." Coisa mais ou menos assim. Como se pegássemos um aluno de curso elementar e o jogássemos em um doutorado, esperando que o mesmo saia de lá cônsco de todos os "segredos".

Tivemos muitas chances de nos capacitar, em várias áreas.
Só para citar alguns. O almt. Ávaro Alberto, pioneiro na "vontade nuclear" brasileira, a conturbada ENGESA, a própria EMBRAER, entre tantas outras. Pode-se até se torcer o nariz para algumas delas, e por alguns bons motivos(ENGESA e EMBRAER por exexmplo), mas é inegável seus ganhos, sem paralelo na AL

Sabemos que em dado momento, TODAS, essas iniciativas foram sabotadas, quer pela incúria e incompetência do estado, e de nosso fastio e cegueira e olhar para nossa soberania, quer pelas mãos de ferro americanas que não querem nem ouvir falar de um nação "eficiente" em seu quintal de influência.
Claro, a duras penas estamos nos capacitando, avançando, e isto incomoda ao mesmo tempo que nos permeia a condição de absorção de tecnologias de ponta. O que incomoda mais ainda.

No entanto, há coisas em que a cabeça da gente chega a ferver, pois é apenas culpa nossa.
Veja o exemplo:
Até o meio da década de 80 os alunos da CEFETQ/RJ (não sei se de todas às CEFETS) earm compulsoriamente alistados na MB. Eles faziam treinamento militar nas folgas dos seus cursos e terminavam com o posto de SGT/R2 da MB.

O que isto na prática significava?
Bem, um maior enlaçe da garotada com os estudos técnicos desenvolvidos pela MB e, last but not least (e com patriotismo por favor) um ganho de civismo.
Porém, o melhor de tudo era a reserva técnica - inigualável - que a MB passava a deter.
Só para os amigos imaginarem o que isto realmente significa.
O AMERJ, onde se projetava o ex-futuro SSN, perdeu mais de 60% dos seus técnicos e operários qualificados (perguntem pelos especializadíssimos soldadores?). Esta, é uma parcela de de material humano que não se consegue repor em menos de 6 a 10 anos. Pior, muitos tinham 20/30 anos 9ou mais) de experiência, e simplesmente foram se aposentando como, ainda, estão aposentando. Não há como retê-los. E não estão sendo reposto em número suficiente.
E a MB fez escafeder o convênio com às CEFETS.
Imprescindível material humano, altamente qualificado, está sendo perdido.
Porque não condicinar esta garotada? Porque não abrigá-la nos seios das instituições de pesquisas militares, enquanto noveis técnicos desempregados, aproveitando o enorme investimento que o estado fez para formá-los? (sabe quanto custa frmar um técnico nas CEFETS?).
É inacreditável como perdemos centros de excelência e deles pessoal qualificado.
Pensem como será a correria para qualificar novos técnicos e operários, para que se cumpram os prazos de construção do novo IKL e da modernização dos Tupys? Os alemães vão ao suicídio.

Isto nos faz retroagir, faz com que percamos capacitação e dai... volta-se ao prumo da questão. Tudo é educação.
Putz! Me desculpem, sai um pouco do tema e me empolguei, falei demais.




A.K. for T-7
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#32 Mensagem por A.K. for T-7 » Dom Nov 26, 2006 8:01 pm

Para encerrar minha participação:

Discutir o nível de transferência tecnológica em projetos militares num fórum público é como querer discutir o sexo dos anjos. Não é possível face à limitação de informações disponíveis ou veiculáveis, sem contar que os reflexos de situações que estão ocorrendo agora em caráter sigiloso só vão produzir seus frutos e mostrar resultados palpáveis muitos anos à frente.

Mas não posso deixar de avaliar que, face o parque tecnológico e industrial brasileiro, que conta com empresas e instituições como Embraer, Atech, Engeprom, Mectron, Avibrás, AMERJ, CTEx, CTA, INPE, entre outros, nossa capcidade de absorção, assimilação e aproveitamento de transferências tecnológicas está muito à frente em termos de AL.

Agora gostaria de dizer para vocês é que, talvez como conseqüência de minha formação em escolas e academias militares, não consigo manter a cabeça fria quando vejo colegas cultos e informados que sempre colaboraram de forma extremamente positiva com o Fórum e que estão defendendo nossas realizações como BRASILEIROS, como Nação, serem sistematicamente esculachados e terem suas colocações deturpadas ao bel prazer de uma esdrúxula manipulação de dados e palavras.

Não tenho sangue de barata e não aceito isso. Pode chamar de patriotada, de atitude irracional, de atitude de torcedor, de arquibancada, ou o que quer que seja, mas defendo o meu país e aqueles que o defendem, principalmente contra aqueles que querem jogar nossas realizações penosamente conquistadas numa vala comum que, DEFINITIVAMENTE, não é seu lugar.

Aqueles que conseguem manter uma atitude "isenta", "racional" e "culta" diante de deliberados ataques, meus parabéns, mas eu não sou assim. Enxergo isso como omissão, na medida que sei que muitos destes tem condições de argumentar e expor idéias para demonstrar a positividade de nossas conquistas, mas se eximem de fazê-lo.

Em outros Fórums, como já dito aqui, se você fala bem do Brasil ou de nossas realizações você é massivamente atacado e sumariamente excluído. Louvo os moderadores do DB por conseguir manter uma isenção e evitar este tipo de absurdo por aqui, mas não aceito a omissão na defesa dos colegas.

Infelizmente esta minha "paixão" tem me tomado muito tempo e causado certa indignação e, na medida em que isto ocorre, o hobby deixa de ser hobby e passa a ser prejudicial, por isso vou tentar não mais entrar em tais discusões, tentando restringir-me a postar notícias de interesse.

Saudações a todos aqueles que acreditam no país e que lutam diariamente por ele, não importando como,




Se chiar resolvesse, Sonrisal não morria afogado.
Carlos Mathias

#33 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Nov 26, 2006 9:03 pm

O Beraldi respondeu exatamente o que eu ia tentar falar. Além de discordar da colega Koslova, acho presunçoso e demasiado arrogante chamar de torcedores de arquibancada e etc os colegas que pensam diferente, seja porque não tem acesso à informações confidenciais que a colega tem, pois que afirma coisas que só e apenas assim pode-se afirmar com tamanha certeza, ou está como todos nós especulando e/ou baseando-se no que é de relativo conhecimento público. Com toda a certeza a colega Koslova tem muito mais conhecimento técnico que eu e alguns aqui(ou até todos) na área em que labuta, e assim é a obrigação de todo profissional. Porém e sempre porém, isso não significa que quem vive aqui possa ser considerado "torcedor de arquibancada" apenas porque defende que um país com o parque industrial que temos, com a capacidade humana(Koslova inclusa), econômica e tudo mais, deva atrelar-se a um modelo de simples compras de sistemas de armas extrangeiros, sejam quais forem os fornecedores. Nenhum país com as potencialidades brasileiras assim o fez, assim como praticamente todos os países de certa forma insignificantes economicamente no cenário mundial escolheram a compra da prateleira. Portanto, não vejo porque o Brasil tornar-se exclusivamente um comprador de prateleira ou de material usado reciclado pode tornar nosso parque tecnológico e industrial melhor. Também não vejo economia aí, pois que os casos de "erro" citados na análise da colega, errados foram não pelos programas em si, mas pela gestão e/ou uma mudança de paradigma governamental, que nada tem a ver com a idéia de absorção de tecnologia em si. Aliás, se formos aqui enumerar os programas fracassados e caríssimos dos grandes produtores de armas do mundo, certamente ultrapassaram em muito os nosso "prejuízo" com nossos "fracassos". Mas não conheço nenhum deles que tenha se tornado um comprador de armas. Que me perdoe a colega, mas discordo desta análise.




WalterGaudério
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#34 Mensagem por WalterGaudério » Dom Nov 26, 2006 10:53 pm

Veja o exemplo:
Até o meio da década de 80 os alunos da CEFETQ/RJ (não sei se de todas às CEFETS) earm compulsoriamente alistados na MB. Eles faziam treinamento militar nas folgas dos seus cursos e terminavam com o posto de SGT/R2 da MB.

O que isto na prática significava?
Bem, um maior enlaçe da garotada com os estudos técnicos desenvolvidos pela MB e, last but not least (e com patriotismo por favor) um ganho de civismo.
Porém, o melhor de tudo era a reserva técnica - inigualável - que a MB passava a deter.


jp boa noite. Sua intervenção acerca do acima relatadoé verdadeira, eu mesmo tinha contato direto com a "garotada", e era sim extremamente positivo.


Só para os amigos imaginarem o que isto realmente significa.
O AMERJ, onde se projetava o ex-futuro SSN, perdeu mais de 60% dos seus técnicos e operários qualificados (perguntem pelos especializadíssimos soldadores?).


jp, o AMRJ era apenas o sítio onde se contruirá o SSN BR, seu acervo de informações acerca da contrução/desenvolvimento de submarinos está estratégicamente "concentrado" em cerca de 6 OMs da MB.

Matenho contato direto com pelo menos 3 delas, incluindo DEN/CPN no AMRJ, por questões profissionais, além é claro de razões afetivas, pois tenho um filho oficial da ativa da MB.

O que posso dizer da perda de pessoal da MB no AMRJ, especificamente as Gerência de Reparos de Submarinos (AMRJ-G4) e Gerência de Construção de Submarinos (AMRJ-G7) é que de fato ocorreu. No entanto desde 1999 essse pessoal vem sendo reposto paralelamente a aposentadoria de pessoal especializado bastante experiente. Mas esses novos operários vem sendo contstemente especializados, inclusive coma arealização de cursos no exterior(Alemanha-HDW/FERROSTAL AG SIEMENS-KRUPP). Enfim, o pessoal vem sendo reposto a contento e vem ganahndo experiência adequada e bastante satisfatória na medida em que os PMGs dos IKL 1400 vem ocorrendo, como é digno de nota especialmente agora no caso do S 33 ora em reparos no EMS-Edifício de Montagem de Submarinos do AMRJ.


Esta, é uma parcela de de material humano que não se consegue repor em menos de 6 a 10 anos. Pior, muitos tinham 20/30 anos 9ou mais) de experiência, e simplesmente foram se aposentando como, ainda, estão aposentando. Não há como retê-los. E não estão sendo reposto em número suficiente.


Negativo, o pessoal está sendo reposto em nível adequado e sendo especializado em grau satisfatoriamente elevado gerando inclusive(ironia) a cobiça de estaleiros privados por sua qualificação. (estive envolvido, como eng. mec naval da PETROBRAS no comissionamento da plataforma P-50 e estou agora envolvido no mesmo processo só que com a P-51), tenhocointato com este pessoal e sei o que estou dizendo.
Eles estão sendo repostos em número suficiente e estarão com o Know How adequado qdo. do início da construção do IKL-214 BN(Brazilian Navy Standart)

E a MB fez escafeder o convênio com às CEFETS.


Outra inverdade, vc não acreditaria no que REALMENTE aconteceu com a história do COnvênio dos CEFETS.
Mas eu sei sim o que foi.
Teve política revanchista no meio.
Do tipo mais nojento que se pode imaginar.
Mas não posso dar nome aos bois(que, adivinhe, estavam no poder agora á pouco e foram defenestrados por corrupção a cerca de menos de dois anos atrás...)
Foi um crime de lesa-pàtria muito bem orquestrado diga-se de passagem.
Não posso falar desse assunto.

Sds.

Walter




Editado pela última vez por WalterGaudério em Dom Nov 26, 2006 11:33 pm, em um total de 1 vez.
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#35 Mensagem por WalterGaudério » Dom Nov 26, 2006 11:24 pm

Agora gostaria de dizer para vocês é que, talvez como conseqüência de minha formação em escolas e academias militares, não consigo manter a cabeça fria quando vejo colegas cultos e informados que sempre colaboraram de forma extremamente positiva com o Fórum e que estão defendendo nossas realizações como BRASILEIROS, como Nação, serem sistematicamente esculachados e terem suas colocações deturpadas ao bel prazer de uma esdrúxula manipulação de dados e palavras.


Infelizmente para alguns ser do contra ou falar mal parece ser esporte que mereça dedicação exclusiva e permanente.

Não tenho sangue de barata e não aceito isso. Pode chamar de patriotada, de atitude irracional, de atitude de torcedor, de arquibancada, ou o que quer que seja, mas defendo o meu país e aqueles que o defendem, principalmente contra aqueles que querem jogar nossas realizações penosamente conquistadas numa vala comum que, DEFINITIVAMENTE, não é seu lugar.


Admiro e reconheço tua atitude. E me enche de orgulho que os mais novos, como vc, tenham a mesma vibração que eu tinha qdo. tinha sua idade e que mantenho até agora, só que com a ponderação que é peculiar aos 46.
Lamento no entanto, que como disseste, alguns " querem jogar nossas realizações penosamente conquistadas numa vala comum" o fazem porque a posse de diploma universitário, doutourado, e o escambau, principalmente qdo. o conquistaram no exterior, parece que os coloca na posição automática de proprietários da razão.
E não fazem a mínima idéia do que se vive realmente dentro de uma OM, como se opera p/ valer um determinado tipo de equipamento, enfim, vive a realidade.


Aqueles que conseguem manter uma atitude "isenta", "racional" e "culta" diante de deliberados ataques, meus parabéns, mas eu não sou assim. Enxergo isso como omissão, na medida que sei que muitos destes tem condições de argumentar e expor idéias para demonstrar a positividade de nossas conquistas, mas se eximem de fazê-lo.


Estive na ativa da MB por cerca de 24 anos e conheço a fundo sua realidade em diveros aspectos /áreas(o que obviamente não me torna dono da verdade, como alguns se colocam de vez em qdo. mesmo cheios de boas intenções), o que me habilitaria a discutir p/ valer em muitos outros tópicos do que aqueles que habitualmente frequënto, no entanto, justamente por isso fico pasmo qdo. vejo tópicos do tipo o A-12 consome "20% da verba da MB" "o Brasil nunca poderia ter possuido armas nucleares" "a participação das forças armadas brasileiras na guerra das Malvinas se resumiu em mandar apoio moral aos beligerantes", "a MB não conhece a Armada de Chile" e "os sistemas de GE da MB não são efetivos contra os sistemas similares de outros países" por aí vai.

Tenho limitações qto. ao que posso falar(não que seja eu um possuidor de segredos militares...), e tem gente da MB achando que sou meio linguarudo(aliás se tu soubesses qtos. milicos estãoregistrados aqui, daria p/ formar um Btl. reforçado a la CFN).

Mas tenha certeza(coselho meu), que as vezes é melhor ficar calado e rachar graça das barbaridades, principalmente daquelas ditas com ares de verdade, do que perder tempo com discussões infindáveis com quem dar veredito sobre canhão sem saber diferenciar pistola de revolver.

Tudo bem que se trata de um fórum de discussão. Uma coisa é esclarecer um fato, reparar uma informação mal interpretada, coisas normais, é o lado positivo do fórum, e este aqui cumpre bem este papel. Mas como se trata de veiculo democrático tem tb os malas que insistem que sabem tudo detrás da tela do comp.
Com esses é melhor logo admitir que estão errados e deixa-los queimar digitação à toa.

Sds.

Se for o caso contate-me via MP

Walter

PS. Cheguei a esta conclusão ao participar do Forum SA e me deparar com uma excrescência chamada Parafatti(não precisa dizer mais nada...)




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#36 Mensagem por Matheus » Dom Nov 26, 2006 11:35 pm

PS. Cheguei a esta conclusão ao participar do Forum SA e me deparar com uma excrescência chamada Parafatti(não precisa dizer mais nada...)[/quote]


hauhauhau.....tinha tb a sua filha que participava lá, não?




AlbertoRJ
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#37 Mensagem por AlbertoRJ » Dom Nov 26, 2006 11:52 pm

Bem galera, talvez não tenha sido uma boa idéia começar esse tópico com base em uma discussão entre um estrangeiro e um brasileiro sobre "transferência de tecnologia" em programas nacionais. É um tema onde a maioria de nós (eu pelo menos), não têm o necessário conhecimento técnico e acesso a certas informações e cada país tem a sua realidade, não sendo um mais correto que o outro. Também pode ser que não valha mesmo a pena gastar tempo com quem não nos dê crédito (no sentido de respeito).

Acho sim, que temos que valorizar avanços que conseguimos, sem menosprezar ninguém, como é do nosso caráter. E também criticar claro. Nós mesmos não nos faltamos a fazer isso, com bastante frequência até. Mas se eu acho que existem exageros ou mesmo inverdades eu penso que é um direito meu contestar, mesmo que soe como uma patriotada.

Nós que frequentamos fóruns de países vizinhos sabemos que eles não são diferentes. Com o merecido orgulho, é comum encontrarmos chilenos engrandecendo as conquistas tecnológicas da sua indústria, por exemplo. Já vi citações sérias dizendo que a a Embraer é sócia da ENAER na fabricação dos "pilones" do EMB-145 (e acho que isso saiu na imprensa de lá). Fico quieto nesses casos porque entendo que os chilenos são um dos povos mais orgulhosos e patriotas que eu conheço. Mas certa vez eu respondi a um conhecido forista que estava sacaneando o T-25 doado à Bolívia, de forma gratuita, querendo dizer que era uma m&&da. Pode até ser, o que eu não acho, mas se querem menosprezar que façam algo melhor que um Pillán. Depois até me arrependi eu não consigui ficar indiferente.

E também por não conseguir ficar indiferente é que trouxe para cá essa discussão.

De qualquer forma, existe agora um espaço mais específico para quiser pôr em dúvida o que se conseguiu em todos esses programas.

Abraços!




Editado pela última vez por AlbertoRJ em Seg Nov 27, 2006 12:56 am, em um total de 2 vezes.
Alberto -
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#38 Mensagem por WalterGaudério » Seg Nov 27, 2006 12:19 am

MCD-SM escreveu:PS. Cheguei a esta conclusão ao participar do Forum SA e me deparar com uma excrescência chamada Parafatti(não precisa dizer mais nada...)



hauhauhau.....tinha tb a sua filha que participava lá, não?[/quote]

Correto. Essa aí "ja me trocou por um outro" e vai se casar ano que vem. Será um natal meio esquisito esse. Mas como pai, fico feliz em ver que o mundo continua girando e eu sou só uma parte infima da coisa.
Mas é isso aí.
E,claro parece que vou ser vovô antes dos 50! :shock: :D :shock: :lol: :!: :?:

Baixou um espírito tuga e acabei desvirtuando o tópico.

Sds

Walter




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#39 Mensagem por Túlio » Seg Nov 27, 2006 1:51 am

Sobre o que foi dito acima:

Senhores, também participo de Fóruns do exterior, é até fácil me achar lá, uso o mesmo nick - num é tuliosorio, não deu pra botar só tulio - e estou começando a unificar avatar também, demora um pouco ainda...

E, em um Fórum Sul-Americano, levei mecha direto: num caso de um colega Paraguaio, teve até um colega daqui do DB - com outro nick - que tirou as caras e mandou chumbo no índio; em outro caso, no mesmo Fórum, outro colega, este Chileno, também se fresqueou comigo e também é registrado aqui (não, NÃO É o Degan nem o Guarisapo), nem dei muita bola, deixei falando sózinho...

O que gostaria que todos entendessem é que NÃO QUEREMOS NEM PRECISAMOS DISSO AQUI NO NOSSO DB, POWS!!!

Outro Fóruns que conheço, não digo todos, vivem na maior esculhambação e o que vemos? Passam dois, três dias e necas de postagens novas. TODO MUNDO PERDE! E por quê? Oras, o mundo está cheio de Fóruns, quê que eu vou fazer freqüentando casa da mãe Joana? Se gosto de Defesa, quero ler e escrever kôza que preste a respeito e não ficar mandando e levando chumbo.

BAGUNÇA ACABA COM O AMBIENTE PARA UM DEBATE SAUDÁVEL!

Eis então o porquê de haver Moderação atuante no DB: MANTEMOS O AMBIENTE PROPÍCIO À DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES.

E a receita parece ser a melhor, o DB véio só faz crescer, e o faz graças a TODOS NÓS! Alguém aí já parou para contar o número de vezes que 'furamos' a mídia? A quantidade de lebres que já levantamos? E daria para fazer isso na base do 'ô tu aí, seu FDP, comuna, quem sabe sou eu' & quetales?

NÃO!!!

Temos verdadeiros ícones no assunto Defesa por aqui, o Walter, o Beraldi, o Juarez, o Lauro, a Koslova, o PRick, o Jauro, o Zero-Quatro, o Rodrigo, tantos que teria que pesquisar para citar todos, os que omiti que me desculpem, mas vejam que horas são, POWS!!! Amanhã - HOJE - estarei de plantão lá em cima da maldita montanha...

Assim, debates num ambiente virtual servem para APRENDER E ENSINAR, não para BRIGAR!

Conto com a compreensão dos amigos; contem com a garantia de que sou assim NÃO APENAS no mundo virtual.

!!!Valews!!!




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#40 Mensagem por Luiz Bastos » Seg Nov 27, 2006 3:28 am

Galera.

Gostaria de parabenizar a todos pelo excelente debate com relação a transferência de tecnologia. Meu entendimento no que tange a transferência de tecnologia é um pouco simplista. Nunca a GM ou a Ford ou outra qualquer me transferiu tecnologia para fazer um carro, mas com um pouco de dinheiro e com o que aprendi nos carros delas eu tenho certeza de poder fazer um carro igual ou até melhor. Assim eu penso a TT. Na hora que houver a necessidade os recursos vão aparecer e novos produtos estarão ai para todos nós vermos.
O Brasileiro é um bicho teimoso. Ele não desiste nunca e tem uma cabeça criativa que poucos povos tem no mundo. Basta haver o desafio. O brasileiro adora um desafio. Quando alguém diz que não pode ser feito lá vem um brasileiro mostrar que pode. É assim o tempo todo, gostem os outros ou não.
Gostaria de dizer também que este debate foi bárbaro. Poucas vezes li algo tão produtivo e de alto nível. Quanta informação. Quanta paixão. Mas nós somos assim mesmo . Apaixonados e amistosos. Muitos nos criticam por sermos generalista, mas eu penso que a razão do nosso sucesso é este, alem da inteligência inerente a cada um de nós. Ha muitos anos atrás eu conversava com um ex mecânico de avião da base de Natal -RN e perguntava algumas estórias da II guerra. O homem me contava naquela ocasião, que durante a guerra os americanos não entendiam porque os aparelhos avariados da Fab tinham um tempo de retorno sempre inferior aos americanos. Analisaram, pesquisaram e se surpreenderam. O aparelho chegava na oficina com 4 itens a serem consertados: Motor, trem de pouso, carburador e cabo do leme. Ao passo que na oficina americana cada problema era resolvido por uma equipe distinta, na manutenção brasileira o mecânico que resolvia o motor também limpava o carburador e o regulava. Ou seja. A generalidade de atividades era benéfica. O cara não perdia tempo. Acabava uma coisa e não ficava esperando até entrar uma outra equipe. Ele mesmo, conhecedor da atividade a ser desenvolvida no próximo reparo, efetuava a manutenção devolvendo o aparelho rapidamente para a ativa. Qual de nós não saca uma infinidade de outras coisas alem da nossa atividade principal? Eu era Analista mas mexia no hardware, impressoras, entendia um pouco de fotocopiadoras, eletricidade, hidráulica, futebol, mulher e era teimoso pacas. Nuca aceitava a derrota com facilidade, e quando ocorria, no próximo problema eu não era pego com as calças na mão. Com relação ao nosso Brasil que posso dizer além do que já foi dito e muito bem dito por aqui? Só que eu o amo de paixão, mesmo com todos os problemas existentes, eu não desisto nunca deste país. Quem ama perdoa. Talvez os estrangeiros e os deportados do DB sejam mais realistas e vejam coisas que nós não vemos, mas fazer o que? É como as nossas mulheres. Todo mundo vê defeitos, menos nós. Fui

Obs: Certas pessoas gauchescas, depois que passaram a "moderador" estão cada vez mais meti....... importantes. :twisted: (brincadeirinha meu grande guru do Sul). Só está faltando o Finken neste debate. Parabéns a todos.




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#41 Mensagem por Luiz Bastos » Seg Nov 27, 2006 3:29 am

Galera.

Gostaria de parabenizar a todos pelo excelente debate com relação a transferência de tecnologia. Meu entendimento no que tange a transferência de tecnologia é um pouco simplista. Nunca a GM ou a Ford ou outra qualquer me transferiu tecnologia para fazer um carro, mas com um pouco de dinheiro e com o que aprendi nos carros delas eu tenho certeza de poder fazer um carro igual ou até melhor. Assim eu penso a TT. Na hora que houver a necessidade os recursos vão aparecer e novos produtos estarão ai para todos nós vermos.
O Brasileiro é um bicho teimoso. Ele não desiste nunca e tem uma cabeça criativa que poucos povos tem no mundo. Basta haver o desafio. O brasileiro adora um desafio. Quando alguém diz que não pode ser feito lá vem um brasileiro mostrar que pode. É assim o tempo todo, gostem os outros ou não.
Gostaria de dizer também que este debate foi bárbaro. Poucas vezes li algo tão produtivo e de alto nível. Quanta informação. Quanta paixão. Mas nós somos assim mesmo . Apaixonados e amistosos. Muitos nos criticam por sermos generalista, mas eu penso que a razão do nosso sucesso é este, alem da inteligência inerente a cada um de nós. Ha muitos anos atrás eu conversava com um ex mecânico de avião da base de Natal -RN e perguntava algumas estórias da II guerra. O homem me contava naquela ocasião, que durante a guerra os americanos não entendiam porque os aparelhos avariados da Fab tinham um tempo de retorno sempre inferior aos americanos. Analisaram, pesquisaram e se surpreenderam. O aparelho chegava na oficina com 4 itens a serem consertados: Motor, trem de pouso, carburador e cabo do leme. Ao passo que na oficina americana cada problema era resolvido por uma equipe distinta, na manutenção brasileira o mecânico que resolvia o motor também limpava o carburador e o regulava. Ou seja. A generalidade de atividades era benéfica. O cara não perdia tempo. Acabava uma coisa e não ficava esperando até entrar uma outra equipe. Ele mesmo, conhecedor da atividade a ser desenvolvida no próximo reparo, efetuava a manutenção devolvendo o aparelho rapidamente para a ativa. Qual de nós não saca uma infinidade de outras coisas alem da nossa atividade principal? Eu era Analista mas mexia no hardware, impressoras, entendia um pouco de fotocopiadoras, eletricidade, hidráulica, futebol, mulher e era teimoso pacas. Nuca aceitava a derrota com facilidade, e quando ocorria, no próximo problema eu não era pego com as calças na mão. Com relação ao nosso Brasil que posso dizer além do que já foi dito e muito bem dito por aqui? Só que eu o amo de paixão, mesmo com todos os problemas existentes, eu não desisto nunca deste país. Quem ama perdoa. Talvez os estrangeiros e os deportados do DB sejam mais realistas e vejam coisas que nós não vemos, mas fazer o que? É como as nossas mulheres. Todo mundo vê defeitos, menos nós. Fui

Obs: Certas pessoas gauchescas, depois que passaram a "moderador" estão cada vez mais meti....... importantes. :twisted: (brincadeirinha meu grande guru do Sul). Só está faltando o Finken neste debate. Parabéns a todos.




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#42 Mensagem por Túlio » Seg Nov 27, 2006 9:28 am

Magistral, Luís véio!!!

NADA a acrescentar, exceto que não me havia dado conta desse fator, a mania brazuca de TOCAR TODOS OS INSTRUMENTOS', outras culturas, como a anglo-saxônica e suas culturalmente afins, desdenham do 'jack for all trades but master of none', sei lá, kôza que para eles num dá certo, por quê num poderia ser diferente conosco?

A meu ver, conquanto Povo, não somos melhores nem piores do que ninguém, apenas MELHORES EM ALGUMAS KÔZAZ, PIORES EM OUTRAS...

!!!Valews!!!




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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#43 Mensagem por Penguin » Seg Nov 27, 2006 11:49 am

..




Editado pela última vez por Penguin em Seg Nov 27, 2006 11:52 am, em um total de 1 vez.
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#44 Mensagem por Penguin » Seg Nov 27, 2006 11:51 am

Quem pode tb adquire tecnologia assim....


China bought bomber secrets

The Washington Times
Nov 27, 2006 - 5:33:43 AM


China obtained secret stealth technology used on B-2 bomber engines from a Hawaii-based spy ring in a compromise U.S. officials say will allow Beijing to copy or counter a key weapon in the Pentagon's new strategy against China.

Details of the classified defense technology related to the B-2's engine exhaust system and its ability to avoid detection by infrared sensors were sold to Chinese officials by former defense contractor Noshir S. Gowadia, an Indian-born citizen charged with spying in a federal indictment released by prosecutors in Hawaii.

Additionally, Mr. Gowadia provided extensive technical assistance to Chinese weapons designers in developing a cruise missile with an engine exhaust system that is hard to detect by radar, according to court papers made public recently.

He also helped the Chinese modify a cruise missile so that it can intercept U.S. air-to-air missiles, and helped Chinese weapons designers improve testing and measurement facilities, the court papers state.

Most of the indictment, handed up Nov. 8, outlines how the engineer helped China develop a radar-evading stealth exhaust nozzle for a cruise missile engine.

Additionally, the court papers indicated that Mr. Gowadia sent e-mails to Israel, Germany, and Switzerland in 2002 and 2004 that contained data labeled "secret" and "top secret" that was related to U.S. stealth technology intended for use in the TH-98 Eurocopter and for foreign commercial aircraft.

One computer file found in Mr. Gowadia's Maui, Hawaii, home was a file containing the radar cross-sections of U.S. B-1 and F-15 jets and the Air Force's air-launched cruise missile, information that would be useful to countering those systems by anti-aircraft missiles or other air defense weapons.

The case is the second major military technology espionage case involving China. Earlier this year, two Chinese-born brothers in Los Angeles were arrested as suspects in passing Navy warship and submarine weapons secrets to China.

In all, Mr. Gowadia is charged with making at least six secret visits to China from 2002 through 2005, and being paid at least $110,000 by Chinese officials for highly classified defense technology supplied through January, according to court papers. Investigators think he was paid as much as $2 million, some of which remains in foreign bank accounts.




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Koslova
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#45 Mensagem por Koslova » Seg Nov 27, 2006 11:54 am

Carlos Mathias escreveu:O Beraldi respondeu exatamente o que eu ia tentar falar. Além de discordar da colega Koslova, acho presunçoso e demasiado arrogante chamar de torcedores de arquibancada e etc os colegas que pensam diferente, seja porque não tem acesso à informações confidenciais que a colega tem, pois que afirma coisas que só e apenas assim pode-se afirmar com tamanha certeza, ou está como todos nós especulando e/ou baseando-se no que é de relativo conhecimento público. Com toda a certeza a colega Koslova tem muito mais conhecimento técnico que eu e alguns aqui(ou até todos) na área em que labuta, e assim é a obrigação de todo profissional. Porém e sempre porém, isso não significa que quem vive aqui possa ser considerado "torcedor de arquibancada" apenas porque defende que um país com o parque industrial que temos, com a capacidade humana(Koslova inclusa), econômica e tudo mais, deva atrelar-se a um modelo de simples compras de sistemas de armas extrangeiros, sejam quais forem os fornecedores. Nenhum país com as potencialidades brasileiras assim o fez, assim como praticamente todos os países de certa forma insignificantes economicamente no cenário mundial escolheram a compra da prateleira. Portanto, não vejo porque o Brasil tornar-se exclusivamente um comprador de prateleira ou de material usado reciclado pode tornar nosso parque tecnológico e industrial melhor. Também não vejo economia aí, pois que os casos de "erro" citados na análise da colega, errados foram não pelos programas em si, mas pela gestão e/ou uma mudança de paradigma governamental, que nada tem a ver com a idéia de absorção de tecnologia em si. Aliás, se formos aqui enumerar os programas fracassados e caríssimos dos grandes produtores de armas do mundo, certamente ultrapassaram em muito os nosso "prejuízo" com nossos "fracassos". Mas não conheço nenhum deles que tenha se tornado um comprador de armas. Que me perdoe a colega, mas discordo desta análise.





Eu não chamei ninguem de "torcedor de arquibancada" Mathias.

Disse que o clima é de jogo de futebol, e que isto é, algo distante do racionalismo necessario para este tipo de questão.

São coisas completamente diferentes e nem nada desqualifica ninguem ou nenhuma opinião emitida.

A critica é quando ao formato da discussão e não contra os debatedores.

Leia novamente o que eu escrevi e percebera isto.




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