Viriato
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Viriato
Viriato (180 a.C. — 139 a.C.) foi um dos líderes da tribo lusitana que confrontou os romanos na Península Ibérica, e que morreu traído por um punhado de seguidores por dinheiro. Contudo, depois de Viriato morrer, os seus seguidores foram mortos ou escravizados.
Viriato, um pastor e caçador nos altos Montes Hermínios da Lusitânia, actual Serra da Estrela, de onde era natural (de Loriga), foi eleito chefe dos lusitanos. Depois de defender vitoriosamente as suas montanhas, Viriato lançou-se decididamente numa guerra ofensiva. Entra triunfante na Hispânia Citerior, (divisão romana da Península Ibérica em duas províncias, Citerior e Ulterior, separadas por uma linha perpendicular ao rio Ebro e que passava pelo saltus Castulonensis (a actual Serra Morena, em Espanha), e lança contribuições sobre as cidades que reconhecem o governo de Roma.
Em 147 a.C. opõe-se à rendição dos lusitanos a Caio Vetílio que os teria cercado no vale de Betis, na Turdetânia. Mais tarde derrotaria os romanos no desfiladeiro de Ronda, que separa a planície de Guadalquivir da costa marítima da Andaluzia, onde viria a matar o próprio Vetílio. Mais tarde, nova vitória contra as forças de Caio Pláucio, tomando Segóbriga e as forças de Cláudio Unimano que, em 146 a.C. era o governador da Hispânia Citerior. No ano seguinte as tropas de Viriato voltam a derrotar os romanos comandados por Caio Nígidio.
Ainda nesse ano, Fábio Máximo, irmão de Cipião o Africano, é nomeado cônsul da Hispânia Citerior e encarregado da campanha contra Viriato sendo-lhe, para isso, fornecidas duas legiões. Após algumas derrotas, Viriato consegue recuperar e, em 143 a.C. volta a derrotar os romanos, empurrando-os para Córdova. Ao mesmo tempo, as tropas celtibéricas revoltavam-se contra os romanos iniciando uma luta que só terminaria por volta de 133 a.C. com a queda de Numância.
Em 140 a.C. Viriato inflinge uma derrota decisiva a Fábio Máximo Servilliano, novo cônsul, onde morreram em combate cerca de 3000 romanos. Servilliano consegue manter a vida oferecendo promessas e garantias da autonomia dos lusitanos e Viriato decide não o matar. Ao chegar a Roma a notícia desse tratado, foi considerado humilhante para a imponência romana e o Senado volta atrás, declarando guerra contra os lusitanos.
Assim, Roma envia novo general, Servílio Cipião que tinha o apoio das tropas de Popílio Lenas. Este renova os combates com Viriato, mas este mantém superioridade militar e força-o a pedir uma nova paz. Envia, neste processo, três comissários de sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros. Cipião recorreu ao suborno dos companheiros de Viriato, que assassinaram o grande chefe enquanto dormia. Um desfecho trágico para Viriato e os lusitanos, e vergonhoso para Roma, superpotência da época, e que se intitulava arauto da civilização.
Após o seu assassinato, Decius Junius Brutus pôde marchar para o nordeste da península, atravessando o rio Douro subjugando a Galiza. Júlio César ainda governou o território (agora Galécia) durante algum tempo.
Monumento a Viriato, Viseu, Portugal.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lusit%C3%A2nia
Localização da província Lusitânia (em destaque) no Império Romano.
Viriato (180 a.C. — 139 a.C.) foi um dos líderes da tribo lusitana que confrontou os romanos na Península Ibérica, e que morreu traído por um punhado de seguidores por dinheiro. Contudo, depois de Viriato morrer, os seus seguidores foram mortos ou escravizados.
Viriato, um pastor e caçador nos altos Montes Hermínios da Lusitânia, actual Serra da Estrela, de onde era natural (de Loriga), foi eleito chefe dos lusitanos. Depois de defender vitoriosamente as suas montanhas, Viriato lançou-se decididamente numa guerra ofensiva. Entra triunfante na Hispânia Citerior, (divisão romana da Península Ibérica em duas províncias, Citerior e Ulterior, separadas por uma linha perpendicular ao rio Ebro e que passava pelo saltus Castulonensis (a actual Serra Morena, em Espanha), e lança contribuições sobre as cidades que reconhecem o governo de Roma.
Em 147 a.C. opõe-se à rendição dos lusitanos a Caio Vetílio que os teria cercado no vale de Betis, na Turdetânia. Mais tarde derrotaria os romanos no desfiladeiro de Ronda, que separa a planície de Guadalquivir da costa marítima da Andaluzia, onde viria a matar o próprio Vetílio. Mais tarde, nova vitória contra as forças de Caio Pláucio, tomando Segóbriga e as forças de Cláudio Unimano que, em 146 a.C. era o governador da Hispânia Citerior. No ano seguinte as tropas de Viriato voltam a derrotar os romanos comandados por Caio Nígidio.
Ainda nesse ano, Fábio Máximo, irmão de Cipião o Africano, é nomeado cônsul da Hispânia Citerior e encarregado da campanha contra Viriato sendo-lhe, para isso, fornecidas duas legiões. Após algumas derrotas, Viriato consegue recuperar e, em 143 a.C. volta a derrotar os romanos, empurrando-os para Córdova. Ao mesmo tempo, as tropas celtibéricas revoltavam-se contra os romanos iniciando uma luta que só terminaria por volta de 133 a.C. com a queda de Numância.
Em 140 a.C. Viriato inflinge uma derrota decisiva a Fábio Máximo Servilliano, novo cônsul, onde morreram em combate cerca de 3000 romanos. Servilliano consegue manter a vida oferecendo promessas e garantias da autonomia dos lusitanos e Viriato decide não o matar. Ao chegar a Roma a notícia desse tratado, foi considerado humilhante para a imponência romana e o Senado volta atrás, declarando guerra contra os lusitanos.
Assim, Roma envia novo general, Servílio Cipião que tinha o apoio das tropas de Popílio Lenas. Este renova os combates com Viriato, mas este mantém superioridade militar e força-o a pedir uma nova paz. Envia, neste processo, três comissários de sua confiança, Audas, Ditalco e Minuros. Cipião recorreu ao suborno dos companheiros de Viriato, que assassinaram o grande chefe enquanto dormia. Um desfecho trágico para Viriato e os lusitanos, e vergonhoso para Roma, superpotência da época, e que se intitulava arauto da civilização.
Após o seu assassinato, Decius Junius Brutus pôde marchar para o nordeste da península, atravessando o rio Douro subjugando a Galiza. Júlio César ainda governou o território (agora Galécia) durante algum tempo.
Monumento a Viriato, Viseu, Portugal.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lusit%C3%A2nia
Localização da província Lusitânia (em destaque) no Império Romano.
Triste sina ter nascido português
Sinceramente, qual é o interesse da disputa. Não existiam nem portugueses nem espanhóis. E que eu saiba, eu e os portugueses nortenhos não temos nada a ver com os lusitanos. Os portugueses a sul do douro até podem aceitar o termo luso ou lusitano, mas para os nortenhos é absurdo. Eu não sou lusitano, sou galego.
Entonces la wikipedia en portugués debería cambiarse y acreditarse que solo es una teoría, porque ahi se afirma sin empacho que nació en Serra Estela.
Me encanta la Wikipedia, pero adolece de falta de credibilidad. Espero que el proyecto de Citicendium, funcione: http://pt.wikipedia.org/wiki/Citizendium
De todas formas, si creo que hay más de "Lusitania" en el actual Portugal que en la actual España.
Lo de que hace frio en Zamora, pardiez, que es bien cierto.
Me encanta la Wikipedia, pero adolece de falta de credibilidad. Espero que el proyecto de Citicendium, funcione: http://pt.wikipedia.org/wiki/Citizendium
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Pra frente/Hacia adelante.
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sierra002 escreveu:Entonces la wikipedia en portugués debería cambiarse y acreditarse que solo es una teoría, porque ahi se afirma sin empacho que nació en Serra Estela.
Me encanta la Wikipedia, pero adolece de falta de credibilidad. Espero que el proyecto de Citicendium, funcione: http://pt.wikipedia.org/wiki/Citizendium
Já se sabe que a Wikipedia é feita por utilizadores da Net, logo nunca podemos jurar a pés juntos que tudo que lá está escrito é 100% veridico
De todas formas, si creo que hay más de "Lusitania" en el actual Portugal que en la actual España.
Lo de que hace frio en Zamora, pardiez, que es bien cierto.
Essa pergunta também eu já fiz em tempos , existem "descendentes" (?) de Lusitanos tanto portugueses como espanhois, acho muito "incorrecto" a associação que se faz Lusitania=Portugal,pois é completamente errada, dado que nem toda a Lusitania era Portugal, nem todo o Portugal era a Lusitânia.
Já agora alguém sabe como nasceu esta associação?
MAPA DA LUSITANIA:
[img]http://www.celtiberia.net/imagftp/im358932655-Mapa%20de%20la%20Lusitania%20del%20Grupo%20Mérida%202003%20red.jpg[/img]
http://www.celtiberia.net
Triste sina ter nascido português
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Estado Novo...era moda nesse tempo que os povos Europeus se dissessem descendentes de um povo longínquo, de preferência alguém que tenham dado luta e tenham realizado feitos notáveis. O regime Português escolheu os Lusitanos, o Espanhol escolheu segundo me parece os Visigodos.
Como o PT já disse no “forumdefesa”, o actual território Português tinha vários povos, incluindo os Lusitanos. Lembro-me de memória os Cónicos (?), que estavam na zona de Coimbra...Enfim, esse mapa é uma estimativa, já que estamos a falar de tribos e povos. Mesmo os Lusitanos, segundo um ex-professor de história com que eu tive a falar à umas semanas, não eram um povo, mas sim uma espécie de confederação de povos.
De qualquer maneira, o importante é as pessoas perceberem que não são descendentes directos dos Lusitanos, mas sim o resultado final da assimilação de inúmeros povos, com várias origens geográficas e que o resultado final foi o que hoje são os Portugueses, Galegos, Leoneses, Castelhanos, Catalães, etc. Não há grandes diferenças entre nós, a maior diferença é cultural e histórica e não "étnica". Eu li não sei onde, um artigo onde se dizia que por exemplo os Alemães tinham uma variedade genética muito maior que os povos da Península Ibérica, ou seja, aquela teoria daquele senhor de bigode ridículo está completamente errada. Os povos que tiveram menos contactos e que têm menos variedade genética na Europa são na verdade os Escoceses e os Irlandeses.
Como o PT já disse no “forumdefesa”, o actual território Português tinha vários povos, incluindo os Lusitanos. Lembro-me de memória os Cónicos (?), que estavam na zona de Coimbra...Enfim, esse mapa é uma estimativa, já que estamos a falar de tribos e povos. Mesmo os Lusitanos, segundo um ex-professor de história com que eu tive a falar à umas semanas, não eram um povo, mas sim uma espécie de confederação de povos.
De qualquer maneira, o importante é as pessoas perceberem que não são descendentes directos dos Lusitanos, mas sim o resultado final da assimilação de inúmeros povos, com várias origens geográficas e que o resultado final foi o que hoje são os Portugueses, Galegos, Leoneses, Castelhanos, Catalães, etc. Não há grandes diferenças entre nós, a maior diferença é cultural e histórica e não "étnica". Eu li não sei onde, um artigo onde se dizia que por exemplo os Alemães tinham uma variedade genética muito maior que os povos da Península Ibérica, ou seja, aquela teoria daquele senhor de bigode ridículo está completamente errada. Os povos que tiveram menos contactos e que têm menos variedade genética na Europa são na verdade os Escoceses e os Irlandeses.
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O problema do mapa que tu colocaste é que é da Peninsula Ibérica Romana, que já é diferente da antiga divisão territorial pré-Romana. Mapas há muitos e estudos ainda mais. Se perguntarem a um Espanhol onde ficava a capital da Lusitania, ele responde que fica onde é actualmente território Espanhol. Ora isso não está errado, a capital da Lusitania Romana fica em Espanha, mas no tempo dos Lusitanos não era. Mas mesmo que fosse, não há razão de lamentos por parte dos Portugueses ou de rejubilo por parte dos Espanhóis. Estamos a falar de um povo muito antigo e que não há dúvida que há um pouco de Lusitano em todos nós, como há de Romano, Visigodo, Francês...
PS: como eu já disse anteriormente, eu pessoalmente não tenho dúvida alguma que devo ter algum sangue Judeu e Francês, mas acima de tudo sou Português!
PS: como eu já disse anteriormente, eu pessoalmente não tenho dúvida alguma que devo ter algum sangue Judeu e Francês, mas acima de tudo sou Português!
- ferrol
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É que antes dos romanos, a península non estaba dividida. O que nós vemos como divisións nos mapas pre-romanos, son apenas convencións dos lugares onde se atoparon restos de tal ou cal pobo pre-romano, e que os historiadores toman coma áreas de influencia, pero non poden ser consideradas fronteiras. A península por aqueles tempos estaba pouco habitada, que era normal que cando unha tribu se asentase ó lado dun río ou riba dun monte, non vise outros veciños hasta pasados meses ou anos, e por suposto non soubese se era unha área de influencia celta ou turdetana, posto que só buscaban un lugar para asentarse, non para expandir influencia ningunha sobre un teritorio dado.cabeça de martelo escreveu:O problema do mapa que tu colocaste é que é da Peninsula Ibérica Romana, que já é diferente da antiga divisão territorial pré-Romana.
Non recoñezo neste foro a ningún español que dixese o contrario...cabeça de martelo escreveu:Estamos a falar de um povo muito antigo e que não há dúvida que há um pouco de Lusitano em todos nós, como há de Romano, Visigodo, Francês...
Confúndese criterios. O criterio "xudeu", é un criterio cultural e relixioso, pero non territorial hasta hai ben pouco. Pero francés ou portugués son criterios meramente administrativos, da xente que nace en tal ou cual lugar.cabeça de martelo escreveu:PS: como eu já disse anteriormente, eu pessoalmente não tenho dúvida alguma que devo ter algum sangue Judeu e Francês, mas acima de tudo sou Português!
Logo ser xudeu é unha opción escollida, como quen escolle a relixión católica ou a islámica, ou se cambia dunha a outra. Pero ser español, portugués ou francés é casual, posto que é o lugar, non escollido, onde se nace. Logo estar orgulloso de ser portugués ou español carece de senso, psto que non foi escollido.
Eu estou orgulloso de todo o que puiden conseguir na vida polo méu esforzo e traballo, pero realmente estar orgulloso de ser español, polo feito de nacer ahí, carece de senso, posto que non require ningún esforzo ou reto persoal (bueno, da mioña nai, en todo caso...)
Me temo que vou levar "porradas" por esto último. Sexan comprensivos, estamos preto da fin de semana...
Un saúdo.
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ferrol escreveu:
(....)Confúndese criterios. O criterio "xudeu", é un criterio cultural e relixioso, pero non territorial hasta hai ben pouco. Pero francés ou portugués son criterios meramente administrativos, da xente que nace en tal ou cual lugar.cabeça de martelo escreveu:PS: como eu já disse anteriormente, eu pessoalmente não tenho dúvida alguma que devo ter algum sangue Judeu e Francês, mas acima de tudo sou Português!
Logo ser xudeu é unha opción escollida, como quen escolle a relixión católica ou a islámica, ou se cambia dunha a outra. Pero ser español, portugués ou francés é casual, posto que é o lugar, non escollido, onde se nace. Logo estar orgulloso de ser portugués ou español carece de senso, psto que non foi escollido.
Eu estou orgulloso de todo o que puiden conseguir na vida polo méu esforzo e traballo, pero realmente estar orgulloso de ser español, polo feito de nacer ahí, carece de senso, posto que non require ningún esforzo ou reto persoal (bueno, da mioña nai, en todo caso...)
Me temo que vou levar "porradas" por esto último. Sexan comprensivos, estamos preto da fin de semana...
Un saúdo.
De mim não levas, percebo muito bem o que sentes
Chamem-me antipatriota, mas a nossa nacionalidade é um mero acaso do destino
Agora quem leva porrada sou eu
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