Exército simula guerra contra os EUA

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Exército simula guerra contra os EUA

#1 Mensagem por Brasileiro » Dom Out 10, 2004 11:22 am

AMAZÔNIA
Exército simula guerra contra EUA

Entre os cenários de eventuais conflitos armados, as Forças Armadas treinam para o caso de precisarem lutar contra soldados norte-americanos e defender um dos maiores patrimônios naturais do mundo

Lucas Figueiredo
Do Estado de Minas

“Na paz, prepare-se para a guerra. Na guerra, prepare-se para a paz.’’ O ensinamento escrito no século VI a.C. pelo general chinês Sun Tzu em A arte da guerra continua atualíssimo. Passados 2,5 mil anos, as Forças Armadas brasileiras seguem aplicando a regra à risca. Sem entrar num conflito armado contra outra nação desde a Segunda Guerra Mundial — e sem perspectivas de fazê-lo —, o Exército brasileiro, no entanto, está se preparando para a guerra.

Divulgação
Operações de terra, ar e mar: treinamento tinha como objetivo preparar tropas para resistir a uma invasão comandada por uma força muito superior

Dentre os cenários de possíveis conflitos armados, o que mais tem mobilizado as Forças Armadas nos últimos anos é o da invasão da Amazônia pelos Estados Unidos. Sim, as Forças Armadas brasileiras treinam para a eventualidade de um dia terem de lutar contra soldados norte-americanos para defender o principal patrimônio natural do país.

Para se ter uma idéia de como o assunto é levado a sério, o Exército chegou a simular a invasão da Amazônia, no fim do ano passado, num exercício que envolveu 3 mil soldados, 35 aviões, 170 embarcações e 200 veículos e carros de combate. Batizado de Operação Ajuricaba, o treinamento tinha como objetivo oficial adestrar tropas para resistir a uma hipotética invasão da Amazônia por uma força muito superior, composta por soldados de um país mais poderoso, ou seja, feito sob medida para os EUA.

Por motivos óbvios, as Forças Armadas brasileiras nunca admitirão publicamente que a sua principal Hipótese de Emprego — como são chamadas os possíveis cenários de conflitos armados — é a invasão da Amazônia pelos EUA. Mas, em breve, o tema será tratado com todas as letras por um dos principais cientistas políticos do país. Ainda neste mês, Luiz Alberto Moniz Bandeira lança o livro As relações perigosas: Brasil - Estados Unidos (De Collor a Lula - 1990-2004).

Na obra, Moniz Bandeira disseca como, em meados da década de 80, as Forças Armadas brasileiras abandonaram a hipótese de guerra com a Argentina — que vigorou por mais de um século — e começaram a se dedicar a reforçar a segurança da Amazônia.

Novo Vietnã

Segundo Moniz, em 1985, com a redemocratização da Argentina e o lançamento das bases da aliança Brasília/Buenos Aires, que viria desembocar mais tarde no Mercosul, as Forças Armadas brasileiras começaram a transferir para a Amazônia parte de suas tropas estacionadas na região Sul, a fim de prevenir (e desestimular) possíveis investidas dos EUA. ‘‘Esse deslocamento de milhares de soldados indicou claramente a percepção dos militares brasileiros de que os inimigos vinham do Norte, mais precisamente, dos Estados Unidos’’, escreve Moniz Bandeira.

Com mais de vinte livros publicados no Brasil e no exterior, Moniz Bandeira analisa na sua nova obra, entre outros temas, o planejamento das Forças Armadas brasileiras para a hipótese de guerra na Amazônia. Batizado de Estratégia de Resistência, o plano prevê transformar a Amazônia num novo Vietnã, no caso de uma invasão norte-americana. Ou seja, enquanto o ‘‘inimigo’’ apostaria suas fichas no combate ofensivo, buscando a decisão do conflito em curto espaço de tempo, a ‘‘resistência’’ iria no sentido oposto.

Para compensar a inferioridade material e tecnológica, as Forças Armadas brasileiras optariam pela estratégia de alongar o conflito, como acontece hoje no Iraque e como aconteceu, nas décadas de 60 e 70, no Vietnã. Assim, a Estratégia de Resistência incluiria táticas de guerrilha, com a população local atuando à paisana na tentativa de barrar o avanço do ‘‘inimigo’’, a realização de emboscadas, a construção de armadilhas e o emprego da ‘‘guerra psicológica’’ para minar o moral do adversário.

A Operação Ajuricaba — referência ao chefe da tribo dos Manaós, que no século XVIII liderou uma resistência contra os ‘‘invasores’’ portugueses — foi realizada em duas etapas. A primeira delas, no fim de 2002, serviu para colher informações sobre a região. Em novembro do ano passado, foi feita a simulação de guerra propriamente dita.

Realizada em seis estados (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Pará), numa área de 2,6 milhões de km², a simulação procurou ser o mais realista possível. Os ‘‘invasores’’, chamados de Partido Vermelho, foram representados por tropas do Rio, Goiás, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. A ‘‘resistência’’, batizada de Partido Azul, era composta por militares baseados na própria Amazônia, muitos deles de origem indígena. A presença de soldados índios na tropa não é à toa. Alguns deles, como o cabo Salvador Rebe Romão de Carvalho, de origem Tucana, foram aproveitados como operadores de radiotransmissores. Ao transmitirem mensagens em línguas indígenas, esses soldados eliminam a possibilidade do ‘‘inimigo’’ interceptá-las e decodificá-las.
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Muitos oficiais perceberam o Plano Colômbia como o Cavalo de Tróia dos EUA para dominar as nascentes do Rio Amazonas

Luiz Alberto Moniz Bandeira, autor do livro As relações perigosas: Brasil - Estados Unidos
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O número
2,6 milhões de km², em seis estados, foram utilizados no treinamento batizado de Operação Ajuricaba

Preocupações são normais, diz comando

Adeptos da estratégia da dissuação, os militares brasileiros acreditam que, quanto mais estiverem preparados para repelir o inimigo, menos provável será a guerra. A cobiça pela Amazônia, no entanto, é o principal fator que leva as Forças Armadas a estarem alertas para repelir qualquer intento de invasão da região.

No seu novo livro, Moniz Bandeira discorre sobre as tentativas dos EUA de fincar sua bandeira na região, intensificadas a partir de década de 80. A investida inicial veio embalada num discurso pró-índios e pró-natureza, com a disseminação de propostas para tornar a Amazônia uma área independente. Depois, explica o cientista político, veio a insistência das Forças Armadas norte-americanas em solicitar aos países da região o envio de soldados para a Amazônia, seja para participar de treinamentos, seja de atuar em ações antiguerrilha e antinarcotráfico.

Moniz Bandeira analisa, em particular, o caso da Colômbia, país que detém parte de seu território na Amazônia e que aceita que Forças Armadas dos EUA atuem na segurança interna do território colombiano. ‘‘Muitos oficiais (brasileiros) perceberam o Plano Colômbia como o Cavalo de Tróia dos EUA para dominar as nascentes do rio Amazonas, e recearam que o combate ao narcotráfico e às guerrilhas pudesse servir como pretexto para a ocupação dissimulada da Amazônia, sob a alegação de que o Exército brasileiro não estava em condições de controlar a região e impedir o trânsito de alimentos e armas para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)’’, afirma.

Em nota oficial, o Exército informou que não visualiza qualquer ameaça concreta de ingerência externa na Amazônia brasileira, nem considera tal situação em seus cenários atuais. ‘‘As preocupações com a nossa Amazônia são normais, pois decorrem da necessidade de manter a unidade nacional, integrando a região ao resto do país, já que a mesma representa mais de 50% do território nacional e detém importantes riquezas minerais e biodiversidade que, naturalmente, despertam o interesse mundial’’. A nota diz ainda que, em relação aos Estados Unidos, ‘‘o relacionamento entre esse país e o Brasil, e em particular entre os militares, sempre foi pautado pelo respeito aos princípios democráticos e pelo respeito mútuo’’.

Contactados pela reportagem, o Ministério da Defesa e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não quiseram se pronunciar. (LF)

A batalha na amazônia, passo a passo

Como seria a invasão americana à Amazônia, de acordo com as informações sobre a Operação Ajuricaba disponibilizadas pelo Exército brasileiro

Os Estados Unidos invadem o Brasil no dia 12 de novembro de 2003. Por volta da 20h, um avião americano sobrevoa o município de São Gabriel da Cachoeira. De lá, saem dezenas de pára-quedistas em direção ao solo brasileiro.

Os americanos atacam com fizeram no Afeganistão e no Iraque. Grande potencial bélico e tecnológico, dispostos a decidir a guerra em pouco tempo. Os pára-quedistas lançados sobre São Gabriel da Cachoeira são apenas a equipe de vanguarda, cuja missão é liberar a área para o desembarque do grosso da tropa.

A vanguarda inimiga é despejada também sobre Boa Vista (RR) e Manacapuru (AM). A partir desses três pontos, as Forças Armadas norte-americanas planejam controlar os rios Negro, Branco e Solimões.

Para compensar a supremacia do inimigo, o Brasil utiliza os mesmos métodos com que o Vietnã conseguira vencer os EUA na guerra ocorrida entre 1964 e 1975. Primeiro, nossas Forças Armadas procuram prolongar o conflito, evitando ataques frontais contra o inimigo. Depois optam pelas táticas de ‘‘guerra de guerrilhas’’, como fustigar o inimigo para em seguida bater em retirada, armar emboscadas e armadilhas na selva, praticar a ‘‘guerra psicológica’’ e utilizar a população local como soldados à paisana.

A resistência entra em ação. Fogos de morteiro iluminam os céus da Amazônia, e soldados, camuflados na mata, disparam armas antiaéreas de vários tipos e calibres. Os boletins do Exército registram que dois pára-quedistas invasores foram mortos e um outro saiu ferido. Do lado da resistência, nenhuma baixa. É um bom começo.




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#2 Mensagem por alex » Dom Out 10, 2004 10:21 pm

Nada de mais.
é obrigação de um exercito se preparar e simular ataques contra seu território.
Os EUA antes da Segunda Guerra possuiam planos com nome de cores ( planos laranja, amarelo, etc) que previam as ações a serem tomadas numa guerra (na época hipotética) contra o Japão, Alemanha, Italia e outros países e possíveis combinações desses países (Japão+Alemanha, Alemanha+Italia,etc).
Após Pearl Harbor essas simulações tiveram que ser revistas (ditado alemão:
todo plano de guerra funciona até entrar em contato com o inimigo), porém pouparam muito trabalho durante as ofensivas aliadas pois partes destes planos foram utilizados.
Assim como hoje os EUA devem simular ofensivas contra o Irã, Siria e Coréia do Norte
Um plano contra uma hipotética ação norte americana teriam pontos a serem usados contra um possivel combate contra paises amazonicos vizinhos também




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#3 Mensagem por Defensor » Seg Out 23, 2006 5:57 pm

Nossas FFAAs tem armamentos específicos para atuar na Amazônia? Intrincadas bacias hidrográficas, alta temperatura e umidade variável - do árido (em algumas ocasiões) ao súper úmido. Vastas extensões territoriais e enormes distâncias exigem equipamentos de transporte muito sofisticados. Temos torpedos fluviais para bloquear nossos rios? Nossas minas marítimas foram adaptadas para água doce?
Gostaria discutir estas questões.




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Re: Exército simula guerra contra os EUA

#4 Mensagem por Jet Crash® » Seg Out 23, 2006 7:24 pm

Brasileiro escreveu:AMAZÔNIA
Exército simula guerra contra EUA

Entre os cenários de eventuais conflitos armados, as Forças Armadas treinam para o caso de precisarem lutar contra soldados norte-americanos e defender um dos maiores patrimônios naturais do mundo


Será que eles ensinaram acenar com a bandeira branca?

Mais uma da série balela ufanista.




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Re: Exército simula guerra contra os EUA

#5 Mensagem por chm0d » Seg Out 23, 2006 7:27 pm

Jet Crash® escreveu:
Brasileiro escreveu:AMAZÔNIA
Exército simula guerra contra EUA

Entre os cenários de eventuais conflitos armados, as Forças Armadas treinam para o caso de precisarem lutar contra soldados norte-americanos e defender um dos maiores patrimônios naturais do mundo


Será que eles ensinaram acenar com a bandeira branca?

Mais uma da série balela ufanista.


Eu nao acho.




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#6 Mensagem por Brasileiro » Seg Out 23, 2006 7:43 pm

Lá vamos nós de novo.... :roll:


abraços]




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#7 Mensagem por BrasileiroBR » Seg Out 23, 2006 8:15 pm

os EUA é nosso aliado.. (segundo alguns foristas)

alguem avisa pros generais e pra esse cientista politico ai!!

:roll:




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#8 Mensagem por César » Seg Out 23, 2006 9:03 pm

Defensor escreveu:Nossas FFAAs tem armamentos específicos para atuar na Amazônia? Intrincadas bacias hidrográficas, alta temperatura e umidade variável - do árido (em algumas ocasiões) ao súper úmido. Vastas extensões territoriais e enormes distâncias exigem equipamentos de transporte muito sofisticados. Temos torpedos fluviais para bloquear nossos rios? Nossas minas marítimas foram adaptadas para água doce?
Gostaria discutir estas questões.

Olá defensor,

Interessantes questões que você abordou. Eu não tenho conhecimento técnico para respondê-las, mas realmente gostaria que alguém o fizesse e não desvirtuasse o tópico com questões ideológicas e argumentos não técnicos.

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#9 Mensagem por antunsousa » Seg Out 23, 2006 9:23 pm

Defensor escreveu:Nossas FFAAs tem armamentos específicos para atuar na Amazônia? Intrincadas bacias hidrográficas, alta temperatura e umidade variável - do árido (em algumas ocasiões) ao súper úmido. Vastas extensões territoriais e enormes distâncias exigem equipamentos de transporte muito sofisticados. Temos torpedos fluviais para bloquear nossos rios? Nossas minas marítimas foram adaptadas para água doce?
Gostaria discutir estas questões.


Sim, tudo isso é considerado. A doutrina de guerra na selva do CIGS põe esses fatores na conta. Recomendo que você leia o artigo CIGS: o lado oculto no endereço: http://www.segurancaedefesa.com/CIGS.html.




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#10 Mensagem por antunsousa » Seg Out 23, 2006 10:04 pm

Uma coisa que eu não entendo na análise do pessoal sobre essa possibilidade de guerra na Amazônia é que eles esquecem de pôr na hipótese o restante do Brasil. Se, eventualmente, algum país resolvesse dar início a uma tal guerra, certamente, não poderia atacar apenas a região. No restante do país inteiro haveria muita mobilização. Haveria produção de armamento nos parques industriais do sul, sudeste e nordeste. Vocês acham que não? Acham que a guerra estouraria na Amazônia e que no restante do país a vida seguiria tranqüila, como se nada tivesse acontecendo? Pô, claro que não.

Mas, eu ainda mantenho a minha opinião: uma tal guerra é muito, muito improvável. Ué, vão invadir por causa dos minérios que podem comprar? Da riqueza biológica que não só pode como já roubam. Vão invadir por causa das terras que são, na maioria, arenosas e ácidas? Vão invadir pela água que, ao contrário do que dizem, não vai acabar? Vão invadir por causa da madeira que podem, não só comprar, mas, explorar? Gente, usem a cabeça, por favor, usem a cabeça. O único motivo legítimo para invadir a região seria, para de fato, barrar o processo de destruição, mas, logo eles, que detonaram e ainda detonam o meio-ambiente vão fazer isso?




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#11 Mensagem por Piffer » Seg Out 23, 2006 10:56 pm

Ufanismos e bravatas à parte, dizer que estamos treinando contra os EUA não nos ajuda em nada.

Não lembro se foi neste fórum que isso foi discutido, mas um exercício da ESG simulava uma operação que foi reconhecida (embora isso não fosse explícito) como uma invasão do Uruguai. Causou um pequeno transtorno diplomático para o Brasil.

Embora qualquer país tenha hipóteses de emprego formuladas (por mais improváveis que sejam) contra seus vizinhos e outros países, é o tipo de coisa que não se espalha aos quatro ventos.

Agora um repórter de MG ouve falar que o EB está fazendo um exercício da Amazônia e que um cidadão está escrevendo um livro sobre as relações com os EUA e já sai escrevendo essas coisas.




Carpe noctem!
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#12 Mensagem por antunsousa » Seg Out 23, 2006 11:49 pm

Piffer escreveu:Ufanismos e bravatas à parte, dizer que estamos treinando contra os EUA não nos ajuda em nada.

Não lembro se foi neste fórum que isso foi discutido, mas um exercício da ESG simulava uma operação que foi reconhecida (embora isso não fosse explícito) como uma invasão do Uruguai. Causou um pequeno transtorno diplomático para o Brasil.

Embora qualquer país tenha hipóteses de emprego formuladas (por mais improváveis que sejam) contra seus vizinhos e outros países, é o tipo de coisa que não se espalha aos quatro ventos.

Agora um repórter de MG ouve falar que o EB está fazendo um exercício da Amazônia e que um cidadão está escrevendo um livro sobre as relações com os EUA e já sai escrevendo essas coisas.


Realmente... que reportér mais sem noção.




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#13 Mensagem por Guerra » Ter Out 24, 2006 8:43 am

Piffer escreveu:Ufanismos e bravatas à parte, dizer que estamos treinando contra os EUA não nos ajuda em nada.

Não lembro se foi neste fórum que isso foi discutido, mas um exercício da ESG simulava uma operação que foi reconhecida (embora isso não fosse explícito) como uma invasão do Uruguai. Causou um pequeno transtorno diplomático para o Brasil.

Embora qualquer país tenha hipóteses de emprego formuladas (por mais improváveis que sejam) contra seus vizinhos e outros países, é o tipo de coisa que não se espalha aos quatro ventos.

Agora um repórter de MG ouve falar que o EB está fazendo um exercício da Amazônia e que um cidadão está escrevendo um livro sobre as relações com os EUA e já sai escrevendo essas coisas.


Quando eu li o nome do topico foi a primeira coisa que passou na minha cabeça. Eu participei de varios exercicios de resistencia na amazônia e nenhum mencionou o nome dos EUA.
NO CIGS o inimigo é chamado de "OMEGA", que é uma coligação de varios paises. Na ordem, por exemplo, o inimigo dispõe de tropas de selva com grande experiencia, mas não diz o nome do pais. Poderia ser desde da Colombia, até o Nepal.




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#14 Mensagem por joaozinho » Ter Out 24, 2006 8:47 am

antunsousa escreveu:Uma coisa que eu não entendo na análise do pessoal sobre essa possibilidade de guerra na Amazônia é que eles esquecem de pôr na hipótese o restante do Brasil. Se, eventualmente, algum país resolvesse dar início a uma tal guerra, certamente, não poderia atacar apenas a região. No restante do país inteiro haveria muita mobilização. Haveria produção de armamento nos parques industriais do sul, sudeste e nordeste. Vocês acham que não? Acham que a guerra estouraria na Amazônia e que no restante do país a vida seguiria tranqüila, como se nada tivesse acontecendo? Pô, claro que não.

Mas, eu ainda mantenho a minha opinião: uma tal guerra é muito, muito improvável. Ué, vão invadir por causa dos minérios que podem comprar? Da riqueza biológica que não só pode como já roubam. Vão invadir por causa das terras que são, na maioria, arenosas e ácidas? Vão invadir pela água que, ao contrário do que dizem, não vai acabar? Vão invadir por causa da madeira que podem, não só comprar, mas, explorar? Gente, usem a cabeça, por favor, usem a cabeça. O único motivo legítimo para invadir a região seria, para de fato, barrar o processo de destruição, mas, logo eles, que detonaram e ainda detonam o meio-ambiente vão fazer isso?

E a água potável amigo, a guerra do futuro será por ela. A Europa tem pouca água potável, dessalinização é muito caro, sem falar que a Europa é densamente povoada.




Nem petista, nem tucano, sou nacionalista!
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#15 Mensagem por Guerra » Ter Out 24, 2006 8:52 am

antunsousa escreveu:
O único motivo legítimo para invadir a região seria, para de fato, barrar o processo de destruição, mas, logo eles, que detonaram e ainda detonam o meio-ambiente vão fazer isso?


Eu concordo com você. Se houver uma guerra na região, eu acho que esse será o motivo, e acho que o fato deles detonarem o meio-ambiente vai ser a maior motivação para entrar nessa empreitada, porque os EUA não detona o meio ambiente porque gosta, fazem por necessidade economica.




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