A Lei do Abate e o PT - Folha de S. Paulo

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Spetznaz
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#76 Mensagem por Spetznaz » Qua Jul 21, 2004 3:40 pm

orque impérios, na sua forma clássica, já não existem, e os EUA tenta se colocar na posição de superpotência, de forma que parecem estar querendo se tornar um império

Opa....
O fink....2 coisas.
1- Nem os países sao os mesmos em cua organizaçao e estrutura, por isso nao podemos esperar a mesma forma de império que os persas, romanos etc.... O q existe é uma adaptaçao da forma de império aos tempos de hj. Os EUA sao disparados os mais ricos do mundo. Os EUA, como se nao bastasse impoem, muitas vezes através da força, sua opiniao e e seu sistema economico global.
2- Os eua nao tentam se colocar na posiçao de superpotencia. Eles sao uma superpotencia, que por sinal é a unica. É indiscutível tal posiçao......

Falow.




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Naval
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#77 Mensagem por Naval » Qui Jul 22, 2004 5:04 pm

Vou ser bem sincero Naval, acho que os dois estão no mesmo saco, FHC não fez nada de bom em termos estratégicos, assim como nosso Mulinha tbm não o faz, vide que ele está dando sequencia ao sucateamento de nossas FA´s, algo iniciado no governo FHC.


Concordo contigo Plinio, mas assim mesmo prefiro o mulinha, pelo menos este é patriota.
As forças armadas assim como os outros segmentos da sociedade estão sendo vítimas da herança maldita de FHC que entregou um governo falido e quase ingovernável. Tomou-se medidas não populares é verdade, rigoroso ajuste pra organizar as contas, os frutos vão aparecer, vide aumentos , mesmo que ridículos, mas já é alguma coisa que FHC não deu.
Ano que vem mais R$900 milhoes para o orçamento das forças armadas.(http://www.defesanet.com.br).

PS: É claro que nessa história de ajuste alguns segmentos se deram bem melhor que outros, mas isso é outro assunto, é questão de injustiça.
E como falei antes os fortes sempre vão pisar nos fracos, ''ás vezes'' se consegue justiça, ''ás vezes.

Pessoal, temos que nos conscientizar que não basta colocar a culpa de tudo nos americanos e no nosso governo!!! Quem elege o presidente somos nós!!! Por isso, a responsabilidade também é nossa!!!


Concordo contigo Finken, então vamos reformular a afirmação do companheiro: Quando teremos um povo nacionalista???

Um pequeno silogismo.

O governo é uma merda;
Quem elege o governo é o povo;
Logo, o povo é uma merda!!!

2- Os eua nao tentam se colocar na posiçao de superpotencia. Eles sao uma superpotencia, que por sinal é a unica. É indiscutível tal posiçao......


Interessante, eu tô estudando um livro e num dos capítulos sobre jurisdição, o autor indaga se algum dia existirá um super-estado que venha a impor a todas as nações o seu poder, criando, então, uma verdadeira jurisdição supra-estatal.

Pra mim esse estado já existe, e vcs sabem quem é...

Valeu.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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#78 Mensagem por jif_jr » Sáb Jul 31, 2004 1:31 am

Interessante, eu tô estudando um livro e num dos capítulos sobre jurisdição, o autor indaga se algum dia existirá um super-estado que venha a impor a todas as nações o seu poder, criando, então, uma verdadeira jurisdição supra-estatal.

Pra mim esse estado já existe, e vcs sabem quem é...



O que viria a ser uma jurisdição supra-estatal ?

Este estado que vc mencionou por mais poderoso que seja e talvez o maior império que já existtiu não está com esta bola toda não, pois tem se mostrado muito dependente do resto do mundo, se são um super-estado porque depois da encrenca que se meteram no Iraque vieram implorar o apoio da ONU e depois de outros paises? e porque não conseguiram barrar o TPI (Tribunal Penal Internacional) ? e porque o mundo virou as costas para ele e decidiu ratificar o Protocolo de Kyoto sem sua participação ? Porque a ALCA ainda não saiu do papel ?
Que este Estado tem um poder inigualável é indiscutível, entretanto ainda não é poderoso o suficiente para impor ao mundo suas vontades, será que a China já caiu nas graças deste Estado ?




... e se preciso for até mesmo com a perda da própria vida!!!!


COR UNUM ET ANIMA UNA PRO BRASILIA
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#79 Mensagem por Spetznaz » Sáb Jul 31, 2004 12:59 pm

Nao acho, definitivamente, que os EUA tem alguma jurisdiçao supra estatal.
Estamos longe disso, e acho q nunca existirá tal concepçao amparada em um Estado unico exercendo-a. A unica forma disso acontecer é um pacto social, como o contrato social, em nome de uma instituiçao, que certamente nao representará nenhum país, pelo menos nao formalmente, e que atuará nesta parte da uniformizaçao das leis e no que é mais importante e dificil, na aplicaçao da sançao coercitiva.

Jif falou um exemplo valído da falibilidade desta sua teoria, como a ALCA.
Já os outros exemplos por ele dado só mostram a superioridade deste país, já que ele consegue passar por cima de tratados e convençoes, sem que sobre ele caia sançoes políticas como embragos, etc.

Na minha modesta opiniao, tal estado, nunca existirá. Talvez algum dia exista uma normatizaçao, no sentido kelseniano mesmo, internacional.


Valeu.




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VICTOR
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Editorial - Correio Braziliense (via Notimp)

#80 Mensagem por VICTOR » Seg Ago 09, 2004 3:07 pm

DIREITO & JUSTIÇA

Quando a ordem for abater

Edson Luiz Saraiva dos Reis

Advogado especializado em Direito Tributário e Aeronáutico, integrante de Alcoforado Advogados Associados S/C.

O combate ao contrabando de armas, de plantas, de animais e ao tráfico de drogas está tomando dimensões de verdadeira guerra, onde o uso da força bruta pelo Estado passou a se fazer necessário e legalmente admitido, em prol da soberania, da segurança, da ordem, e em respeito a relevante interesse da nação. É nesse contexto que a Lei nº 9.614/98, conhecida como a Lei do Abate, que alterou o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) — Lei nº 7.565/86 — acaba de ser regulamentada via Decreto nº 5.144, de 16.7.2004, no que concerne às medidas a serem adotadas em face de aeronaves hostis ou consideradas suspeitas de estarem sendo utilizadas no tráfico de substâncias entorpecentes e drogas afins.

Ato semelhante, Decreto nº 5.129, de 6.7.2004 (considerado a Lei do Abate Naval), foi publicado, dias antes, regulando o modo de abordagem das embarcações suspeitas pela recém-denominada Patrulha Naval. Em ambos os casos, as forças armadas brasileiras passaram a contar com expressa autorização legal para fazer uso de medidas coercitivas e enérgicas com o escopo de garantir a soberania nacional, a segurança, a lei e a ordem. E essas medidas poderão significar a destruição total das aeronaves ou embarcações utilizadas na prática de ilícitos.

Entrementes, no que tange especificamente à denominada Lei do Abate e ao seu recém-editado regulamento, exsurge discussão jurídica acerca da constitucionalidade, quer seja por estarem sendo vislumbradas como medidas que não observam os princípios do devido processo legal (com seus corolários: o contraditório e a ampla defesa) — pela necessidade de apreciação a cargo do Poder Judiciário, em razão de ameaça ou lesão a direito e pelo fato de inexistir tribunais de exceção — quer seja, até mesmo, por pensarem caracterizar o retorno institucionalizado da pena de morte no Brasil.

Porém, não deve ser esse o entendimento mais ponderado sobre a questão, uma vez que os princípios constitucionais estão incorporados no CBA que, claramente, preconiza em seu art. 292 o direito à ampla defesa e ao contraditório. Basta que, na forma dos arts. 18 e 303, o comandante ou o piloto da aeronave perseguida cumpra as orientações emanadas da autoridade aeronáutica para, então, fazer uso do devido processo legal, sendo correto afirmar que, caso persista na fuga, estará abdicando desse direito disponível.

De outro lado, a medida extrema de deter a aeronave não significa a decretação da pena de morte. O Estado, no exercício da sua soberania, almeja fazer cumprir a lei e garantir a ordem, o que pode ser feito sem significar mortes. A preocupação do Estado é patente, eis que, antes da adoção da medida extrema de destruição, deverão ser progressivamente observados os seguintes procedimentos: 1) no caso de suspeita, o órgão controlador de vôo ordena a identificação e o pouso da aeronave para o controle em solo; 2) desobedecida a ordem, a autoridade aeronáutica requisitará a interceptação; 3) o controle operacional passa para o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra); 4) aeronaves de interceptação se aproximam de forma ostensiva com o escopo de confirmar a identidade e vigiar o seu comportamento, interrogando-a por intermédio de rádio ou de sinais visuais (medidas de averiguação); 5) estão sendo gravadas as comunicações e imagens dos procedimentos adotados; 6) os pilotos militares e os controladores de defesa são qualificados, segundo padrões estabelecidos pelo Comdabra; 7) a aeronave militar determina a mudança de rota no intuito de forçar o pouso em aeródromo que for determinado (medidas de intervenção); 8 ) persistindo o descumprimento, serão disparados, pela aeronave interceptadora, tiros de aviso, objetivando persuadir os suspeitos; 9) insistindo no erro, a aeronave interceptada passa a ser classificada como hostil; 10) estando a aeronave sobre áreas não densamente povoadas e relacionadas com rotas conhecidamente utilizadas pelo tráfico de drogas, os pilotos solicitarão autorização para adoção da medida extrema; 11) o Comandante da Aeronáutica autoriza o uso da última medida; 12) e, finalmente, as aeronaves militares disparam contra a aeronave hostil com o fito de provocar danos e impedir o prosseguimento do vôo (medida de destruição).

Urge frisar que os aparelhos usados para o tráfico de drogas não dispõem de características aerodinâmicas que permitam a execução de manobras evasivas capazes de dificultar uma interceptação empreendida pelos ALX da FAB. Significa dizer que, tiros poderão ser disparados para atingir certos pontos da aeronave interceptada (empenagens, ailerons, etc), sem, contudo, ocasionar morte de pessoas, mas o pouso imediato e forçado.

Certo é que, ante tantos procedimentos observados, quando a ordem for abater, é o comandante ou piloto interceptado quem terá assumido, pela sua pertinácia exagerada e irresponsável, o risco do resultado que vier a produzir.




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#81 Mensagem por César » Sáb Ago 14, 2004 12:18 pm

TV Record apresenta reportagem sobre o Tiro de Destruição

O programa “Domingo Espetacular”, a ser exibido no final da tarde do dia 15 de agosto, vai enfocar o trabalho da Força Aérea em prol do policiamento do espaço aéreo brasileiro.

Utilizando-se de explicações fornecidas por pilotos e especialistas da FAB, aliadas a imagens aéreas e terrestres de excelente qualidade, a matéria proporcionará à opinião pública uma oportunidade de familiarização com os passos a serem seguidos pelos aviões interceptados pela FAB, bem como mostrará algumas condições nas quais pode ser realizado o Tiro de Destruição.

O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, participou do programa esclarecendo os principais pontos relativos ao tema.


Fonte: FAB




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

Antoine de Saint-Exupéry
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#82 Mensagem por Slip Junior » Sex Set 10, 2004 9:39 am

Enfim, o abate

Nos próximos dias, o Brasil vai receber do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, um waiver , espécie de dispensa que nos livrará das sanções comerciais previstas na legislação americana para países que possuem lei do abate de aviões. O embaixador John Danilovich informou na quarta-feira ao ministro José Viegas que seu governo já deu sinal verde à exceção brasileira.

É o último arremate diplomático na complicadíssima negociação que vai permitir que, seis anos depois de aprovada, a chamada Lei do Abate finalmente entre em vigor em 17 de outubro — noventa dias após sua regulamentação.

Tecnicamente chamada Lei do Tiro de Destruição, a norma legal que vai permitir a derrubada de aeronaves clandestinas suspeitas de envolvimento com o narcotráfico ficou engavetada esses anos todos por oposição dos Estados Unidos, que depois de terem um avião de missionários abatido no Peru passaram a pressionar os países contra esse tipo de ação.

No vaivém dos entendimentos entre os governos Lula e Bush, porém, as dificuldades foram sendo superadas com garantias diversas e uma detalhada regulamentação. Ela estabelece uma série de nove procedimentos de abordagem da FAB antes que uma aeronave seja considerada hostil e abatida em vôo. O chamado tiro de destruição, o último recurso, só pode ser disparado com autorização pessoal do comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno.

— Nossa regulamentação teve boa receptividade externa, e não há mais problemas com os Estados Unidos. Existem dispositivos legais americanos que poderiam deixar o Brasil sujeito a sanções comerciais, mas a saída disso é o presidente dos EUA mandar um waiver para um determinado país, que fica então fora do alcance dessa legislação. É isso que deverá acontecer nos próximos dias — explicou o ministro da Defesa, José Viegas.

Em contagem regressiva para que a Lei do Abate passe a valer de fato, o governo está preparando uma série de providências. A Secom e a Aeronáutica estão preparando uma campanha de esclarecimento a todos os pilotos de aeronaves leves, explicando passo a passo os procedimentos que, a partir do dia 17 de outubro, serão tomados a cada vez que se localizar uma aeronave supostamente clandestina. São medidas para levar o avião a se identificar, averiguar seu registro, solicitar mudança de rota ou pouso obrigatório. Quando tudo isso falhar, e o piloto se recusar a aterrissar, estará sujeito primeiro a um tiro de advertência e só depois ao tiro de destruição.

Além da campanha, Viegas trabalha num acordo com a Colômbia e o Peru para integração do controle do espaço aéreo na região amazônica. Sexta-feira passada, o ministro reuniu-se com seus congêneres desses países para acertar a cooperação através do Sivam. O presidente peruano Alejandro Toledo deixou claro também que tem pressa nos preparativos para essa integração, que permitirá detectar por radar aeronaves que passarem pelas fronteiras e comunicar aos países vizinhos em tempo real para que sejam interceptadas. Todo esse sistema será discutido também num encontro de ministros da Defesa, na semana que vem, em Quito, no Equador.

A troca de experiências com os vizinhos vem sendo útil também para convencer os adversários da Lei do Abate de que seus objetivos e resultados estão muito mais no plano da dissuasão do que da destruição. A simples existência da lei que permite a derrubada dos aviões já é um tremendo fator de persuasão para os pilotos do narcotráfico, que agora sabem que ou aterrissam, ou morrem.

Os colombianos, por exemplo, informaram a Viegas que em 12 meses de vigência da lei em seu país, 31 aviões de narcotraficantes foram apreendidos e inutilizados. Em terra firme, e sem o sacrifício de nenhuma vida.


Fonte: Globo Online via NOTIMP/FAB.

Abraços




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#83 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Set 10, 2004 4:04 pm

Grande Notícia!


Õ Bushino vai deixar a gente abater aviões no nosso espaço aéreo com os nossos aviões... Hehehe, engraçado...




Atte.
André R. Finken Heinle

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#84 Mensagem por Sniper » Sáb Set 11, 2004 5:30 pm

É parece que as relações entre Brasil e Estados Unidos, estão se amenizando! Nos últimosmeses a situação parecia "tensa" entre estes dois países! :D




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