Caramba, até a tal da caixa-preta amassou. É dificil imaginar a dimensão de um acidente desse. Eu tive a oportunidade de ver um acidente aereo no meio da selva de uma aeronave que caiu dentro da area do CIGS. O local é chamado de clareira do avião, e é feito uma missão no meio dos destroços. Pelo o que eu estou vendo, aquele parece uma brincadeira perto desse acidente.
Gol 1907
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- Guerra
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Caramba, até a tal da caixa-preta amassou. É dificil imaginar a dimensão de um acidente desse. Eu tive a oportunidade de ver um acidente aereo no meio da selva de uma aeronave que caiu dentro da area do CIGS. O local é chamado de clareira do avião, e é feito uma missão no meio dos destroços. Pelo o que eu estou vendo, aquele parece uma brincadeira perto desse acidente.
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Legacy enganou controle aéreo e ignorou alertas pelo rádio
Fonte: http://www.estadao.com.br
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Transponder do jato fabricado pela Embraer voltou a funcionar após choque com Boeing
Aeronáutica quer saber por que depois da colisão o piloto retomou uso do rádio
Suspeita de crime coloca Polícia Federal no caso
Pilotos tiveram passaportes apreendidos
Caixa-preta do avião da Gol será enviada ao Canadá
Os peritos da Aeronáutica não têm dúvidas de que o jato Legacy enganou os controladores de vôo do Cindacta 1, em Brasília, e provocou a maior tragédia da aviação civil do País: a queda de um Boeing da Gol, na sexta-feira, que matou 155 pessoas. Todas as informações da Aeronáutica mostram que os pilotos americanos do Legacy voaram com o transponder desligado - aparelho que identifica o avião no radar e integra o sistema de alerta anticolisão -, impedindo que os controladores de vôo vissem os dois aviões na mesma rota e evitassem a colisão.
Mais grave e misterioso: a Aeronáutica quer saber por que o piloto do jato não atendeu aos inúmeros chamados que a torre do Cindacta 1 fez até o momento do choque. Quer saber também como, após a colisão, não só o transponder voltou a funcionar como o piloto passou a chamar a torre, narrando o choque com um objeto não identificado pelo mesmo rádio que não havia atendido até então. 'Muito provavelmente, ele havia diminuído o volume do rádio. Ele (o avião) começou a ser chamado pela torre de Brasília e não respondia. A resposta veio, como por milagre, após o impacto', disse um oficial.
A Aeronáutica fez uma reconstituição dos vôos das duas aeronaves envolvidas na colisão para verificar possíveis falha de cobertura dos radares ou na comunicação das torres de controle. Não detectou nada de errado. Depoimentos colhidos revelam ainda que o transponder do Legacy estava ligado quando o jato levantou vôo em São José dos Campos (SP) rumo a Manaus. Assim, as investigações encaminham para o enquadramento do piloto do Legacy, Joe Lepore, e do co-piloto, Jan Paul Palladino, por homicídio culposo, caso fique provado que agiram com imprudência.
Segundo os peritos, sem o transponder do Legacy ligado, o sistema anticolisão do Boeing não tinha como registrar a aproximação do jato. Nem os operadores de vôo tinham como verificar a posição exata da aeronave. O radar indicava que o Legacy estava a 36 mil pés de altitude (10.972 metros), daí porque, apesar de o jato não responder aos chamados da torre, os operadores não decidiram desviar o Boeing, que vinha a 37 mil pés (11.277 m). A localização do jato estava distorcida por causa do transponder desligado.
Para entender por que isso ocorreu é preciso saber como os aviões são controlados pelos radares. Há a detecção primária. Por meio dela, qualquer objeto voador é acusado pelo radar. Quando mais distante do radar, maior a distorção na localização da aeronave. O Cindacta-1 de Brasília controlava o Legacy, que sobrevoava a divisa entre Mato Grosso e Pará.
Existe ainda o sistema secundário de radar. É ele que se comunica com o transponder para receber a posição exata e a altimetria do avião. Sem que o sistema esteja ligado, o avião não deixa de aparecer para a torre. Mas a identificação some e a localização perde exatidão.
Os registros dos radares mostram que o transponder do Legacy foi desligado pouco antes da colisão. E religado depois, antes do pouso na Base Aérea do Cachimbo (PA). Também mostram que o Legacy, enquanto ainda estava sendo monitorado pelo radar secundário, voava a 37 mil pés, mesmo depois de passar por Brasília. Ao decolar de São José, o jato recebeu o plano de vôo, assinado pelo piloto, que indicava que devia viajar a 37 mil pés passando pelo eixo São Paulo-Brasília e, então, descer para 36 mil pés.
Isso é obrigatório por causa da mudança de proa - sentido da aeronave - ao entrar no trecho Brasília-Manaus. Na rota Manaus-Brasília, a altitude de 37 mil pés é o espaço usado pelos aviões que vêm no sentido contrário, como o Boeing.
A Aeronáutica quer saber o que desligou o transponder. Pode ter sido decisão do piloto ou pane, o que é pouco provável. O equipamento tem cinco posições: desligado, stand by e os módulos A,B e C. Só neste último o transponder envia ao controle de vôo os dados de altimetria. Suspeita-se que o piloto o desligou para fazer manobras não-autorizadas com o jato recém-adquirido pela empresa de táxi aéreo ExcelAire ou ganhar altitude e velocidade a fim de economizar combustível.
COMUNICAÇÃO
Outro fator que pode ter contribuído para o acidente é uma improvável falha de comunicação. A regra é cumprir o plano de vôo. Para alterá-lo, é preciso pedir autorização. Assim, a torre entendia que o Legacy não ia descumpri-lo. Ele estaria em sua aerovia e não havia por que avisar ao Boeing sobre a existência de alguém em sua rota.
Só depois que percebeu o transponder do Legacy desligado é que o controle tentou contato com o jato, para pedir que ele religasse o aparelho. Ao depor, Lepore teria dito que estava fora da cabine do avião.
Técnicos da Aeronáutica rejeitaram suposições de haver um ponto cego no monitoramento de tráfego. Na fita do controle do tráfego aéreo pode ser visto outro avião, da TAM, na mesma rota. Há anomalias na comunicação por rádio na área do acidente, mas insuficientes para impedir o contato do Cindacta com as aeronaves.
- BrasileiroBR
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Cor Caixa Preta
Cor laranja é para facilitar a sua visualização na busca do equipamento e ajuda a diferenciar da cor da selva e inclusive na água.
É padrão mundial.
Abraços,
Justo
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- Bolovo
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BrasileiroBR escreveu:Carlos Mathias escreveu:Como sempre, cagada de alguém. Avião não cai, é derrubado .
e esse infeliz TINHA QUE SER AMERICANO!
aff
PS: Por que "caixa-preta" se ela é laranja??
Qual o problema de ser americano?! O_o
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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JORNALISTA AMERICANO DIZ QUE TRÁFEGO AÉREO DO BRASIL É PÉSSIMOImprimir Enviar por e-mail Receber Newsletter
Do G1, em São Paulo, com informações da Globo News
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Em entrevista para um programa matinal da rede de televisão CNN, o jornalista americano Joe Sharkey, que trabalha no jornal "The New York Times", pôs sob suspeita as investigações brasileiras sobre a colisão entre o Legacy, em que ele estava, e o Boeing da Gol, que acabou caindo após o choque em Mato Grosso.
Sharkey classificou como péssimo o controle aéreo na região onde se deu o acidente. Ele declarou ainda que os pilotos do Legacy não tiveram nenhuma comunicação por rádio após o choque. Em entrevista à Rede Globo antes de voltar aos Estados Unidos, Sharkey havia contado que os pilotos encontraram a base aérea da Serra do Cachimbo utilizando mapas, sem ajuda da torre de comando.
Perguntado sobre os pilotos do jato da Embraer que estão sob investigação, Sharkey disse que é preciso ter paciência e esperar para ver qual é a verdadeira história
"Nós precisamos ter cuidado com as evidências coletadas pelas autoridades brasileiras sobre o acidente." Ele disse ainda acreditar que os pilotos do jato, que ficaram com os passaportes retidos no Brasil, correm "algum tipo de perigo". Mas não fez nenhum comentário adicional sobre a questão.
Sharkey era um dos cinco passageiros do Legacy, que nada sofreram. Sharkey veio ao Brasil para fazer uma reportagem sobre o mercado de aviação no País a convite da empresa norte-americana que adquiriu a aeronave de pequeno porte
Do G1, em São Paulo, com informações da Globo News
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Em entrevista para um programa matinal da rede de televisão CNN, o jornalista americano Joe Sharkey, que trabalha no jornal "The New York Times", pôs sob suspeita as investigações brasileiras sobre a colisão entre o Legacy, em que ele estava, e o Boeing da Gol, que acabou caindo após o choque em Mato Grosso.
Sharkey classificou como péssimo o controle aéreo na região onde se deu o acidente. Ele declarou ainda que os pilotos do Legacy não tiveram nenhuma comunicação por rádio após o choque. Em entrevista à Rede Globo antes de voltar aos Estados Unidos, Sharkey havia contado que os pilotos encontraram a base aérea da Serra do Cachimbo utilizando mapas, sem ajuda da torre de comando.
Perguntado sobre os pilotos do jato da Embraer que estão sob investigação, Sharkey disse que é preciso ter paciência e esperar para ver qual é a verdadeira história
"Nós precisamos ter cuidado com as evidências coletadas pelas autoridades brasileiras sobre o acidente." Ele disse ainda acreditar que os pilotos do jato, que ficaram com os passaportes retidos no Brasil, correm "algum tipo de perigo". Mas não fez nenhum comentário adicional sobre a questão.
Sharkey era um dos cinco passageiros do Legacy, que nada sofreram. Sharkey veio ao Brasil para fazer uma reportagem sobre o mercado de aviação no País a convite da empresa norte-americana que adquiriu a aeronave de pequeno porte
- JOSE CARNEIRO
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Segundo a Folha de São Paulo: "...Nessa "pista" (Embraer - Brasília), o avião estava a 37 mil pés (cerca de 11,2 km). Ao chegar a Brasília, ele deveria virar a noroeste e pegar a UZ6, esta uma "rodovia de mão dupla", com aviões indo e vindo.
Para evitar os choques, os aviões usam "pistas" com 1.000 pés (300 metros) de distância e em alguns casos, separação longitudinal. Para evitar colisões, os aviões vindos de Manaus usam as pistas "ímpares" (21 mil pés, 37 mil pés, por exemplo) e os que vêm de Brasília, as "pares" (20 mil pés, 36 mil pés).”
Segundo o Jornalista americano que estava no Legacy (Joe Sharkey): “...E a viagem até então tinha sido boa. Minutos antes da colisão, eu fui até a cabine para conversar com os pilotos, que disseram que o avião estava voando perfeitamente. Eu li o mostrador que apontava nossa altitude: 37 mil pés (11.277 metros).”
Se ele está certo, os pilotos do Legacy, erraram feio e provocaram o acidente. Resta saber se eles foram irresponsáveis a ponto de desligar o equipamento de segurança. Sobre a comunicação, para os que entendem mais que eu, em caso de falha, o padrão não é seguir o plano de vôo? Ou seja, 36 e não 37 mil pés.
Daí eu me pergunto, se ele testemunha que os pilotos não estavam seguindo o plano de vôo e mesmo assim a FAB e a ANAC querem mais provas antes de acusar alguém e temos o NTSC acompanhando as investigações, por que ele está dizendo que está preocupado com a seriedade das autoridades e das provas encontradas por elas brasileiras? Será que ele não acredita no que ele mesmo viu?
Para evitar os choques, os aviões usam "pistas" com 1.000 pés (300 metros) de distância e em alguns casos, separação longitudinal. Para evitar colisões, os aviões vindos de Manaus usam as pistas "ímpares" (21 mil pés, 37 mil pés, por exemplo) e os que vêm de Brasília, as "pares" (20 mil pés, 36 mil pés).”
Segundo o Jornalista americano que estava no Legacy (Joe Sharkey): “...E a viagem até então tinha sido boa. Minutos antes da colisão, eu fui até a cabine para conversar com os pilotos, que disseram que o avião estava voando perfeitamente. Eu li o mostrador que apontava nossa altitude: 37 mil pés (11.277 metros).”
Se ele está certo, os pilotos do Legacy, erraram feio e provocaram o acidente. Resta saber se eles foram irresponsáveis a ponto de desligar o equipamento de segurança. Sobre a comunicação, para os que entendem mais que eu, em caso de falha, o padrão não é seguir o plano de vôo? Ou seja, 36 e não 37 mil pés.
Daí eu me pergunto, se ele testemunha que os pilotos não estavam seguindo o plano de vôo e mesmo assim a FAB e a ANAC querem mais provas antes de acusar alguém e temos o NTSC acompanhando as investigações, por que ele está dizendo que está preocupado com a seriedade das autoridades e das provas encontradas por elas brasileiras? Será que ele não acredita no que ele mesmo viu?
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Sharkey classificou como péssimo o controle aéreo na zona do acidente. E declarou ainda que os pilotos do legacy não tiveram comunicação por rádio após o choque entre os aviões. Na entrevista que deu à Rede Globo na segunda feira, Sharkey havia contado que os pilotos encontraram a base aérea da Serra do Cachimbo utilizando mapas, sem ajuda de nenhuma torre de comando.
Alguém viu o Jornal Hoje?
O que me revolta é a petulância desses jornalistas idiotas do New York Times.
Temos um controle de tráfego aéreo dos mais modernos do mundo, os radares da amazônia são moderníssimos.
A essa altura do campeonato eu já perdi totalmente minhas esperanças sobre os jornalistas deste infeliz jornal.
Lembram do Larry Rotter?
abraços]
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Pressão deu certo
Governo aceita pedido de famílias e decide afastar Anac do contato com parentes de vítimas. Resgate é reforçado
As notícias sobre as declarações da diretora Denise Abreu feitas às famílias sobre a situação dos corpos das vítimas surpreenderam Terezinha. “Isso evidencia o despreparo dessa diretora para lidar com uma situação tão complexa. Acredito que deva ser a primeira vez que ela se depara com uma crise assim e faltou habilidade para lidar com o fato”, avaliou.
Um dia depois de o ministro Waldir Pires (Defesa) ter falado na localização de cem vítimas do vôo 1907, o brigadeiro Jorge Kersul Filho, que coordena as Forças Armadas no local do acidente, disse que é "razoável" falar apenas entre 40 e 50 corpos -são 155 vítimas no total.
O AMADORISMO É MUITO GRANDE. Que CEO é este????
Governo aceita pedido de famílias e decide afastar Anac do contato com parentes de vítimas. Resgate é reforçado
As notícias sobre as declarações da diretora Denise Abreu feitas às famílias sobre a situação dos corpos das vítimas surpreenderam Terezinha. “Isso evidencia o despreparo dessa diretora para lidar com uma situação tão complexa. Acredito que deva ser a primeira vez que ela se depara com uma crise assim e faltou habilidade para lidar com o fato”, avaliou.
Um dia depois de o ministro Waldir Pires (Defesa) ter falado na localização de cem vítimas do vôo 1907, o brigadeiro Jorge Kersul Filho, que coordena as Forças Armadas no local do acidente, disse que é "razoável" falar apenas entre 40 e 50 corpos -são 155 vítimas no total.
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"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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- hancelo
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Citação:
Transponder do jato fabricado pela Embraer voltou a funcionar após choque com Boeing
Aeronáutica quer saber por que depois da colisão o piloto retomou uso do rádio
Suspeita de crime coloca Polícia Federal no caso
Pilotos tiveram passaportes apreendidos
Caixa-preta do avião da Gol será enviada ao Canadá
Os peritos da Aeronáutica não têm dúvidas de que o jato Legacy enganou os controladores de vôo do Cindacta 1, em Brasília, e provocou a maior tragédia da aviação civil do País: a queda de um Boeing da Gol, na sexta-feira, que matou 155 pessoas. Todas as informações da Aeronáutica mostram que os pilotos americanos do Legacy voaram com o transponder desligado - aparelho que identifica o avião no radar e integra o sistema de alerta anticolisão -, impedindo que os controladores de vôo vissem os dois aviões na mesma rota e evitassem a colisão.
Mais grave e misterioso: a Aeronáutica quer saber por que o piloto do jato não atendeu aos inúmeros chamados que a torre do Cindacta 1 fez até o momento do choque. Quer saber também como, após a colisão, não só o transponder voltou a funcionar como o piloto passou a chamar a torre, narrando o choque com um objeto não identificado pelo mesmo rádio que não havia atendido até então. 'Muito provavelmente, ele havia diminuído o volume do rádio. Ele (o avião) começou a ser chamado pela torre de Brasília e não respondia. A resposta veio, como por milagre, após o impacto', disse um oficial.
A Aeronáutica fez uma reconstituição dos vôos das duas aeronaves envolvidas na colisão para verificar possíveis falha de cobertura dos radares ou na comunicação das torres de controle. Não detectou nada de errado. Depoimentos colhidos revelam ainda que o transponder do Legacy estava ligado quando o jato levantou vôo em São José dos Campos (SP) rumo a Manaus. Assim, as investigações encaminham para o enquadramento do piloto do Legacy, Joe Lepore, e do co-piloto, Jan Paul Palladino, por homicídio culposo, caso fique provado que agiram com imprudência.
Segundo os peritos, sem o transponder do Legacy ligado, o sistema anticolisão do Boeing não tinha como registrar a aproximação do jato. Nem os operadores de vôo tinham como verificar a posição exata da aeronave. O radar indicava que o Legacy estava a 36 mil pés de altitude (10.972 metros), daí porque, apesar de o jato não responder aos chamados da torre, os operadores não decidiram desviar o Boeing, que vinha a 37 mil pés (11.277 m). A localização do jato estava distorcida por causa do transponder desligado.
Para entender por que isso ocorreu é preciso saber como os aviões são controlados pelos radares. Há a detecção primária. Por meio dela, qualquer objeto voador é acusado pelo radar. Quando mais distante do radar, maior a distorção na localização da aeronave. O Cindacta-1 de Brasília controlava o Legacy, que sobrevoava a divisa entre Mato Grosso e Pará.
Existe ainda o sistema secundário de radar. É ele que se comunica com o transponder para receber a posição exata e a altimetria do avião. Sem que o sistema esteja ligado, o avião não deixa de aparecer para a torre. Mas a identificação some e a localização perde exatidão.
Os registros dos radares mostram que o transponder do Legacy foi desligado pouco antes da colisão. E religado depois, antes do pouso na Base Aérea do Cachimbo (PA). Também mostram que o Legacy, enquanto ainda estava sendo monitorado pelo radar secundário, voava a 37 mil pés, mesmo depois de passar por Brasília. Ao decolar de São José, o jato recebeu o plano de vôo, assinado pelo piloto, que indicava que devia viajar a 37 mil pés passando pelo eixo São Paulo-Brasília e, então, descer para 36 mil pés.
Isso é obrigatório por causa da mudança de proa - sentido da aeronave - ao entrar no trecho Brasília-Manaus. Na rota Manaus-Brasília, a altitude de 37 mil pés é o espaço usado pelos aviões que vêm no sentido contrário, como o Boeing.
A Aeronáutica quer saber o que desligou o transponder. Pode ter sido decisão do piloto ou pane, o que é pouco provável. O equipamento tem cinco posições: desligado, stand by e os módulos A,B e C. Só neste último o transponder envia ao controle de vôo os dados de altimetria. Suspeita-se que o piloto o desligou para fazer manobras não-autorizadas com o jato recém-adquirido pela empresa de táxi aéreo ExcelAire ou ganhar altitude e velocidade a fim de economizar combustível.
COMUNICAÇÃO
Outro fator que pode ter contribuído para o acidente é uma improvável falha de comunicação. A regra é cumprir o plano de vôo. Para alterá-lo, é preciso pedir autorização. Assim, a torre entendia que o Legacy não ia descumpri-lo. Ele estaria em sua aerovia e não havia por que avisar ao Boeing sobre a existência de alguém em sua rota.
Só depois que percebeu o transponder do Legacy desligado é que o controle tentou contato com o jato, para pedir que ele religasse o aparelho. Ao depor, Lepore teria dito que estava fora da cabine do avião.
Técnicos da Aeronáutica rejeitaram suposições de haver um ponto cego no monitoramento de tráfego. Na fita do controle do tráfego aéreo pode ser visto outro avião, da TAM, na mesma rota. Há anomalias na comunicação por rádio na área do acidente, mas insuficientes para impedir o contato do Cindacta com as aeronaves.
como eu disse lá na frente
eles pensaram que estavam no ano de 1906 e que só eles existiam nesta rota.
O maior patrimônio de uma nação é o espírito de luta de seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito. (George B. Courtelyou)
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hancelo escreveu:(...) como eu disse lá na frente
eles pensaram que estavam no ano de 1906 e que só eles existiam nesta rota.
Eu acho que esse acidente aconteceu pura e simplesmente por causa da típica arrogância americana. Muito provavelmente eles desligaram o equipamento de alerta de colisão (TCAS), apesar disso ser totalmente contra as normas. Ora, eles estavam na América do Sul, estavam no Brazil. Aqui eles acham que não tem lei. E que aqui eles podem tudo.
Eles tem que se fu#%$ de verde e amarelo!!!
PS: e ainda por cima vem aquele reporter FDP dizer que os pilotos americanos estão correndo perigo nas nossas mãos!!! Pelo menos aqui eles terão direito a um julgamento, não aqueles atentados jurídicos aos quais todos os cidadões estrangeiros estão sujeitos nos EUA.
Cadeia nesses FDPs!!!!
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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SGT GUERRA escreveu:
Caramba, até a tal da caixa-preta amassou.
Amassou mas certamente o módulo de dados está completamente preservado. Certa vez o Discovery Channel apresentou um programa sobre acidentes aeronáuticos e pelo que me lembro o dano apresentado estaria dentro dos limites estabelecidos.
Jet Crash®