Manuel e Ferrol:
De facto o que o P44 diz é uma infeliz verdade.
O problema crónico da falta de verbas impede-nos de construir cá navios mais sofisticados que os simples NPO's e ainda ssim, cheios de percalços, não acredito que técnicos, mas simplesmente por falta de dinheiro, o que acaba por atrasar o programa.
Tecnicamente Portugal apenas poderia constrir o casco, e tudo o resto teria que ser importado, e isso é o mais caro de tudo.
Será já muito bom se o LPD cujo projecto está a ser desenvolvido pela HWD for construido nos ENVC.
Quanto a fragatas, acho, e já o defendi, que Portugal se deveria associar a um consórcio internacional num programa a 15 anos para a aquisição de pelo menos 5 ou 6 fragatas sendo que 3 para usos gerais e 2 ou 3 para AAW.
Dado que nessa altura talvez fosse possivel colocar no mercado as 3 VdG, uma vez que o Governo parece ter adoptado a politica de tentar vender equipamentos militares que ainda valham alguma coisa.
Nesse campo, acho que o ideal seria Portugal tentar entrar no programa das FREMM.
Ou em alternativa comprar simplesmente Meko's para essa data (2015/2010).
No entanto, acho que nada é possível nesse campo, já que outros programas em curso, apesar de atrasos e percalços também são importantes, para o Exército e Força Aérea.
E a verba dos 2 U-214 acabam por comer grande parte do orçamento.
Se vierem as 2 M holandesas já não será mau, em vez das duas OHP, e muito melhor que simplesmente nada vir e ficarmos apenas com as 3 Vasco da Gama e abater em 2008 as 2
João Belo.
Portugal é um país pobre e que não tem perspetivas de melhorar muito em muitos aspectos.
Depois os politicvos vivem divorciados das coisas da Defesa e os almirantes acham provavelmente que quanto menos navios tivermos, menos trabalho terão.
É sempre uma maçada um almirante abandonar os salões alctifados do CEMA para ir para a Base Naval de Lisboa para estar perto dos navios.
______________________________
A mim há uma outra coisa que me preocupa:
Dada a obsolescência e idade avançada das 7 corvetas que nos restam (das classes JC e BdA), e dado o atraso que se acentua cada vez mais na construção e incorporação dos 10 NPO's, será que correremos o risco a médio prazo de ficarmos sem meios para patrulhar as nossas águas de modo administrativo e militar?
Se as corvetas durarem mais 5 anos, e se todos os NP0's só estiverem operacionais daqui a 7/8 anos, como é que é?
Teremos os BAM espanhois a fazerem esse serviço por nós?