Aviação e o São Paulo (opinião de iniciante)

[FCarvalho]

Olá a todos.
Só pra tentar ajudar nas discursões deste tópico, a MB atualmente não tem pretensões de substituir o "São Paulo" pelo menos nos proximos 15 anos, isto é certo. O que se pretende a médio prazo é após a consolidação da aviação naval, tanto no que diz respeito ao quadro de pilotos e pessoal tecnico de apoio, formalizar junto ao governo os meios e recursos necessários para dar andamento ao projeto de construção de um Nae nacional; porém neste aspecto não estão descartadas as hipóteses de aquisição de projetos no exterior e construção em estaleiros nacionais, ou de fazer-se tudo por aqui mesmo.
Naturalmente a MB tem a pretenção de poder contar com pelo menos 2 NAe de porte médio, tanto que um suposto projeto que já vinha sendo gerido desde os anos 80 comtemplava uma belonave de 35.000 t, com capacidade para embarcar cerca de 35/40 aeronaves, como no Foch. Infelizmente os importúnios financeiros do país como sempre não permitiram tal desenvolvimento.
As atuais e futuras condições financeiras do país acredito, talvez possam até permitir o desenvolvimento de tal projeto no Brasil, mas em vista do total e inequívoco despropósito e falta de compromisso real da classe política em relação às necessidades das FA's, penso ser quase impossível este sonho da MB realizar-se, a não ser que houvessem mudanças muito bruscas na mentalidade dos nossos dirigentes.
O mais sensato para nosso país me parece ser a compra de um projeto no exterior que se encaixe em nossas necessidades e tentar construí-lo localmente, até por questão de economia.
Neste aspecto um modelo russo com 41,000t de deslocamento, 265 metros de comprimento e com capacidade para 60 aeronaves de nome Uryel, acho, e que aparece no site indicado pelo Fox torna-se bastante interessante, uma vez que apresenta as caracteristicas de deslocamento e aeronaves bem dentro daquilo que a MB planeja usar.
Como ainda não sei como se coloca imagens nos tópicos peço que se possível ao fox ou a outro participante que possa, colocar as imagens do mesmo aqui no post.

Abraços.








[/img]

[VICTOR]

O A-12:
Aumento do peso na Catapulta

Perguntei sobre essas coisas num fórum internacional, me retornaram informações interessantes (extra-oficiais, claro):
- catapultas a vapor precisam de muito vapor, mesmo o CVN Charles de Gaulle não é capaz de prover todo o vapor necessário (ele precisa reduzir a velocidade para 28 nós); ou seja, um porta-aviões convencional não seria capaz de ter uma catapulta muito poderosa.

- até as catapultas magnéticas se tornarem operacionais, todas são a vapor, que é o caso do A-12 (é isso)?

- se fosse para trocar a catapulta, seria caríssimo, teriam que quebrar o convôo para acessá-la, e boa parte da estrutura abaixo do convôo teria que ser reorganizada (sendo assim, pode-se considerar que a catapulta é praticamente parte integrante da estrutura da embarcação).

[César]

Na proposta do F-16 para o FX, foi oferecido uma reforma para aumento de potência nas catapultas do A-12 caso o caça americano seja escolhido. Isso é obviamente, um passo dos americanos para no futuro oferecerem caças F-18 a preço de banana pra MB.

Brasileiro, desculpe pela demora em responder. Acho que a MB deva sim fazer uma reforma no A-12, e principalmente modernizar o A-4(além de comprar aviões AEW). Mas pra mim, o que ela devia fazer mesmo era adquirir alguns caças inteceptadores como CDF, já que o A-4 nessa função simplismente não dá certo. A modernização dos A-4 e compra de mísseis Ar-ar seria, ao meu ver, uma medida apenas paliativa.

Na reforma do São Paulo, o que nós precisamos com urgência total e a colocação de alguns mísseis SAM. De preferência que tenha capacidade de defesa aérea de área.

Abraço a todos.

César

[Fox]

Blz Fcarvalho,

Vou colocar o Link, porque as imagens são muito grandes, podendo atrapalhar um pouco o fórum.

http://www.warships1.com/RUScv01a_SS_pics.htm

Até mais....................................................................................................

Fox

[Vinicius Pimenta]

Olá Fox,

Não gostei muito desse NAe não. Achei ele meio esquisito. O que é aquela (desculpem o termo leigo) bola gigantesca perto da torre? Aquilo faz parte da embarcação ou é uma construção ao fundo?

[Fox]

Blz Vinicius,

Cara eu coloquei esse link porque foi um pedido do Fcarvalho, porem acho que essas fotos estão erradas (no site), a única foto (desenho) que eu consigo visualizar um porta avião e a primeira, as outras duas eu não consigo ter essa visualizar, parece mais uma escolta.
Aquela “bola” eu acho que seja um radome para proteção de algum sistema, imagino que seja semelhante a da marinha francesa, que utilização um sistema parecido. Esse sistema na marinha da França e um radar de busca aérea.

Se quiser dar uma olhada no sistema semelhante que a marinha França utiliza:



[/url]http://www.globalsecurity.org/military/world/europe/images/d-602-suffren-DN-SC-92-01092.jpg[url]

Ate mais..................................................................................................

Fox [/url]

[Vinicius Pimenta]

Valeu, Fox, mas é muito grande aquela bola! Muito feio.

[FCarvalho]

Olá Fox, muito obrigado pela ajuda com as fotos.
Este projeto de Nae de nome Soyuz, me chamou a atenção porque é o que, em termos técnicos, mais se aproxima das necessidades e capacidades para o tipo de Nae que a MB pretende operar. Suas carcteristicas o indicam como uma provavél alternativa na hora de substituirmos o São Paulo.
Como se trataria da aquisição apenas do projeto, o mesmo poderá e será modificado para aderquar-se as nossas carcteristicas, mantendo-se é claro as qualidades estruturais e marinheiras que caibam dentro dos padrões de construção naval ocidental aqui adotado.
Fox você teria consdições de "traduzir" os dados tecnicos da classe de Nae russo por você indicada? Seria interessante a comparação, uma vez que as medidas indicadas estão em "pés", acredito.
Vinicius, apesar da "feiúra" do navio, em termos navais, beleza não conta tanto quanto capacidade e desempenho bélicos. A grande bola aparente na "ilha" do navio trata-se em geral de sistemas de radar, seja para controle aéreo ou marítimo, dependendo da posição. Este sistema é usado em virtude das condições abrasivas de alto mar, como salinidade, vento, calor, frio, etc; são usados apenas para proteger os sistemas neles contidos. Alguns dos sistemas radares usados no Sivam tambem possuem esta bola, para sua proteção contra as intéperes do tempo amazônico.
Apesar de nossa capacidade nos permitir o uso tão somente de Nae de tamnaho médio, o projeto proposto pelo fox, seria o ideal para uma marinha com as responsabilidades que a MB possui.
Alguem já parou pra pensar no tamanho da capacidade operativa, sem falar na projeção de poder oferecida, se pudessemos dispor de 4 belonaves como estas no atlântico su!?
Sonhar não custa nada.

Abraços.

[Fox]

Blz Fcarvalho,

‘ = ft = Pés
1 m = 3,2830 ft

Classe Ul'Yanovsk (Projeto 1143.7)

Dimensões

Comprimento Total = 324,39 m.
Feixe = 39,78 m.
Esboço = 10,78 m.
Comprimento da plataforma de vôo = 324,39 m.
Largura da plataforma de vôo = 75,69 m.

Deslocamento

Carga padrão = 60.000 toneladas.
Carga cheia = 79.758 toneladas.

Ate mais.............................................................................................................

Fox

[Vinicius Pimenta]

FCarvalho, eu sei que a feiúra não importa. Prefiro ter um equipamento feio porém capaz do que um bonito incapaz.

Eu acho que 2 NAes entre 45 e 50 mil tons seriam o ideal para a MB. 4 seria um exagero tanto pelo número de escoltas adicionais quanto pela necessidade. Mas que seria bonito, isso seria!

[FCarvalho]

Olá Vinicius.
Quanto a questão de quantde de Nae operados pela MB, normalmente ela segue os padrões adotados pelas marinhas européias, que mais ou menos se aproximam das nossa caracteristicas operacionais, no caso França, Inglaterra, Itália, etc.
Só que, guardadas as devidas diferenças, 2 Nae, ainda que de 45/50 mil toneladas, não atendem completamente as nossas necessidades de defesa; veja bem que falo em defesa, não em manter uma capacidade operacional mínima. A MB tem e há muito possui a capacidade de operar Nae, mas visto as carencias financeiras do país, sempre raciocinou-se em termos materiais com o mínimo. Esta forma de pensar, para atender nossas necessidades de defesa acabaram por implantar nas FA's uma mentalidade de sobrevivência vejetativa, que a médio e longo prazo prejudicou, como está prejudicando, o desenvolvimento de muitos projetos e tecnologias no Brasil.
Ao afirmar que precisamos de no mínimo de 4 Nae e não 2, não quero dizer que esteja superestimando nossas necessidades ou capacidades atuais, mas é necessário olhar um pouco mais a frente, e a MB tem consciência disso, se quisermos realmente ter uma MB capaz, efetiva e eficaz, pronta a responder a potenciais desafios futuros. Temos que estar capacitados a operar nos "4 mares brasileiros" conjuntamente e uniformemente, sem ter que abrir brechas no sistema defesivo de qualquer um de nossos "mares operacionais", e aí não somente incluo nossas águás jurisdicionais, mas todo o Atlântico Sul e caso necessário mais além.
Em resumo, se não vislumbrarmos a MB em termos futuros a médio e longo prazo, prezando somente manter uma "capacidade operacional mínima", acabaremos por produzir FA's incapazes de cumprir seu papel de forma integral, como a própria sociedade cobra delas. O exemplo da GM II deve ser sempre recordado, e suas consequências também.
Se não me engano, a MB divulgou informação a despeito de que o mínimo de escoltas para se manter um padrão operacional que convença, seria de 28. Mas como você deve saber estamos longe disso. Se caso viessemos a constar com estes 4 Nae, nossa capacidade de oferecer defesa naval, ainda que mínima, aí sim estaria assegurada ao longo de todo nosso litoral, sem brechas. Isto é o mínimo que a sociedade esperae quer da sua marinha.
Resta saber se a própria sociedade ( governo principalmente) terá consciência e responsabilidade em compartilhar esta missão com sua marinha.

Abraços.

[Vinicius Pimenta]

Fala FCarvalho,

Eu até concordo com você cara, mas acho que nós devemos ser realistas. Embora nossas FA's não sejam suficientes para uma defesa total, acho que devemos ter em mente que a estratégia de defesa brasileira (se é que temos alguma) é de dissuasão. Entre dissuasão e defesa incondicional é um grande caminho. Acho que hoje em dia, tirando os EUA, nenhum país tem FA's que sejam capazes de defender totalmente seus territórios de um ataque dos EUA, por exemplo. E outra, se hoje é difícil justificar 1 NAe na MB, que dirá 4! É como você, disse concientizar a sociedade e o governo é uma tarefa muito árdua.