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Varig quer ajuda do BNDES para comprar aviões da Embraer
Valor Online - 10:14 16/08
A Varig pode se tornar a primeira empresa brasileira a comprar aviões da nova família de jatos da Embraer. A VarigLog, nova dona da Varig, pretende entrar com pedido de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para custear parte da operação, segundo disse ao Valor fonte envolvida na negociação. Uma parcela menor da encomenda, de cerca de 15% do valor total, seria aportada pela nova Varig.
Hoje representantes da VarigLog e da Embraer se reúnem com técnicos do BNDES, na sede do banco, para apresentar o plano de negócios para a nova empresa. A Varig seria a primeira companhia do país a comprar aviões da fabricante brasileira. Não há uma única venda da Embraer hoje para o mercado brasileiro de aviação comercial.
Este ano a Embraer concorreu com a Airbus para substituir os Fokker-100 utilizados pela TAM. O pacote incluía a venda do jato 190, com capacidade para 100 passageiros. Mas na reta final, a TAM acabou optando pela Airbus. O preço de tabela de um Embraer 190 é de US$ 33 milhões.
Procurada pelo Valor, a nova Varig não se pronunciou sobre o assunto. A frota da Varig atualmente é formada por três MD-11 e seis Boeing 737-300. A Embraer tem hoje uma carteira firme de pedidos de US$ 10,2 bilhões, para clientes como JetBlue, dos EUA, Air Canada, Copa Airlines, do Panamá, Alitalia, entre outros. Este montante inclui pedidos para os três segmentos em que a Embraer atua: aviação comercial, executiva e de defesa.
A Embraer fornece quatro modelos para aviação comercial, a chamada família E-Jets, com capacidade de 80 a 120 passageiros. A disputa no caso da Varig, segundo uma fonte que acompanha a negociação, deve ficar entre os modelos Embraer 190 (100 lugares) e o Embraer 195 (120 lugares). "Não interessa à Varig comprar aviões de pequeno porte", disse a fonte.
O novo pacote cambial do governo também pode incentivar a compra das aeronaves pela Varig, uma vez que, entre outras medidas, reduz de 15% para zero a alíquota de Imposto de Renda sobre o leasing financeiro de aeronaves. A medida vale para contratos feitos até dezembro de 2008. A alíquota permanecerá zerada até 2013. Hoje as empresas aéreas utilizam principalmente o leasing comercial, similar ao aluguel de aeronave. Nesta operação, no entanto, a propriedade do bem continua com a empresa de leasing.
Na semana passada, o presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, disse que a Varig anunciaria, nas próximas duas semanas, a compra, direta ou por meio de leasing, de 50 aeronaves, possivelmente de duas fabricantes diferentes, em contratos que deveriam alcançar cerca de US$ 2 bilhões. Cerca de 15% deste valor, de acordo com o executivo, seria investimento da própria companhia.
O executivo afirmou, na ocasião, que estava negociando "com todas as fabricantes", incluindo a Embraer e a Airbus. O consultor da Airbus no Brasil, Mário Sampaio, negou que a empresa esteja em negociações para vender aviões para a Varig. "O único cliente da Airbus no Brasil é a TAM, que adquiriu 120 aviões nos últimos 8 anos", disse Sampaio.
A Embraer, por sua vez, não confirmou a informação. Em teleconferência, na última segunda-feira, o vice-presidente-executivo de Relações com o Investidor da Embraer, Antonio Luiz Pizarro Manso, limitou-se a dizer que a Embraer "está interessada em todos os clientes em potencial".
Um consultor de aviação que preferiu não se identificar disse que fabricantes como Airbus, Boeing e a própria Embraer teriam dificuldades de fornecer aviões para a Varig, uma vez que estão com a carteira de pedidos "abarrotada".
Ontem, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, disse que a "velha" Varig, que permanece em recuperação judicial, planeja ampliar, ainda este ano, os vôos da Nordeste. Dessa forma, a companhia antiga poderia gerar um maior fluxo de caixa para o pagamento de uma dívida de R$ 7 bilhões com credores. O plano de recuperação judicial aprovado prevê que a Nordeste voaria com apenas uma aeronave na rota Congonhas-Porto Seguro-Congonhas.
O executivo deve deixar o cargo hoje, quando os credores da empresa vão escolher, em assembléia, o novo gestor judicial da companhia. "Do tamanho que vai ficar a empresa, não cabe ter presidente e gestor judicial, até porque isso tem custo", afirmou. Os candidatos são o diretor de vendas da Varig Carlos Muzzio, o funcionário Ivan Garcia e o ex-vice-presidente técnico-operacional da aérea, Miguel Dau.
O Tribunal Regional de Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro, por sua vez, decide no próximo dia 24 se a VarigLog deve pagar as rescisões trabalhistas aos 9.500 funcionários da empresa e os salários atrasados. Três ações foram impetradas na Justiça do Trabalho solicitando que a VarigLog arque com os custos trabalhistas. A VarigLog mantém sua posição de não pagar os funcionários da antiga empresa, sob o argumento de que a Nova Lei de Falências não prevê a chamada sucessão trabalhista.
(Colaborou Ana Paula Grabois, do Valor Online)
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A mudança de fornecedor de aeronaves seria inteligente? Mantendo o mesmo fornecedor, o treinamento de pilotos e manutenção não são mais baratos?
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rodrigo escreveu:A mudança de fornecedor de aeronaves seria inteligente? Mantendo o mesmo fornecedor, o treinamento de pilotos e manutenção não são mais baratos?
Saudações Rodrigo.
Vale lembrar que a nova VARIG é uma companhia totalmente nova, uma vez que a VOLO comprou apenas as partes mais lucrativas da antiga VRG, como a logomarca, logotivo e deixando a bomba para trás e pelo visto começará do zero, aproveitando o máximo das suas aeronaves. Além do mais, é melhor operar aeronaves com até 110 lugares que proporcionaria maior ocupação do que aquelas de 130, o que traria maior aproveitamento em cada vôo.
Até mais!
Thiago
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"O respeito e a educação são garantia de uma boa discussão. Só depende de você!"
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