Ao amigo Túlio, obrigado pelas referências elogiosas. Aos demais obrigado também por permitir-me participar de tão elevado fórum, e blá, blá blá...
SU-35BM. Isso pode ser uma modificação/modernização efetuada em Flanker mais antigo, ou um caça feito novo, bastando aplicar sobre a célula nova as melhorias deste "pacote". O RCS de um Flaker assim modificado é de 1m. É certamente maior que o RCS de eurocanards e F-22, porém, levando-se em conta as capacidades de um caça deste nível e o preço deste, é um excelente número, lembrando que não se perde nada em termos de desempenho aerodinâmico, ao contrário. Nesta modificação há o uso extensivo de materiais compostos e titânio=menos peso; são usadas as AL-41, na faixa dos 15.000kg de empuxo e 4000h de vida útil*= mais potência e economia de comb; radar IRBIS ou semelhante, novo painel LCD, novos ECM, IRST, e etc.
Relativamente ao RCS novamente, se levarmos em conta a relação "RCS X alcançe de detecção" que a colega Koslova nos brindou, veremos que a redução em 10X do RCS do Flanker (10m para 1m) trará uma dificuldade pelo menos 50% maior para radares hostis, quer dizer, metade da distância. Por outro lado, por ser um caça pesado, um Flanker pode carregar um enorme radar, pode gerar muita potência e esta relação potência X antena, significa um equipamento com capacidade de detectar alvos a grandes distâncias, coisa que caças leves nunca poderão, por limitações físicas.
De uns 10 anos para cá, é sabido que a Rosoboronextport(?) tem desenvolvido um grande esforço para suprir mais eficientemente seus clientes, centralizando as vendas e contratros das indústrias de defesa russas e relacionado-os diretamente ao governo do próprio país. Quer dizer, quando se compra da ROSOetc, está-se fechando negócio diretamente com o governo russo. Isso possibilita que se pague com alimentos por exemplo, e/ou abre muito maiores possibilidades no campo da cooperação tecnológica. Por outro lado, este tipo de pagamento é impensável em relação as indústrias americanas e européias.
Esta mesma empresa forneçe para as FAs da Rússia, que por mais tentem desmerecer, ainda é um grande potência militar mundial, talvez superada apenas pelos EUA. Isso significa dizer que é um empresa perene, assim como o país que representa, mesmo que também tentem vender a idéia absurda de que a Rússia vai acabar. Quer dizer, enquanto houver Rússia e suas FAs, vai haver suporte.
Por último, mas não menos importante, as possibilidades de absorção de tecnologia num estreitamento de relações com a Rússia são vastas. Em praticamente todos os setores indústriais e militares o Brasil poderia ter acesso à tecnologias que jamais seriam repassadas(seja por venda ou qualquer outro meio) por outros fornecedores militares tradicionais. À época do finado FX, os russos ofereceram, em termos de off-sets tecnológicos, inigualável quantidade de tecnologias e assesso à centros de excelência daquele país. A própria EMBRAER foi convidada a participar e teve o assesso à túneis de vento super e hipersônicos oferecidos, fora outras possibilidades. Aventou-se também a chance de se pagar os aviões e etc com alimentos, proposta esta menosprezada pela concorrência, pois que estes querem apenas dinheiro e suas empresas não podem receber este tipo de compensação/pagamento. E outros também, que dizem por aí, querem receber em Euros...
Não há espaço para duvidar da excelência dos competidores americanos e europeus, porém, soa até ridículo tentar diminuir a indústria de defesa de um país que, por décadas à fio, opôs-se a maior potência militar do planeta, com sucesso e continua a desenvolver armas sempre eficientes. As vezes pode não ser bonitinho, mas funciona.
*A vida útil dos motores russos são medidas sempre com o motor em regime máximo de uso.