Bem, sem levar em conta os "fatores externos", e levando em conta apenas o combate ar-ar, talvez o Su-35 tenha vantagem sobre os demais concorrentes. Digo isso por que tanto os sistemas do Mirage2000(RDY-2 e cia) quanto do Gripen(PS-05/A aliado a baixa RCS) são muito bons.
Mas cara você sabe que em uma análise profunda a gente não pode desconsiderar esses fatores externos. Como já disse outras vezes, o combate aéreo é, acima de tudo, um combate informacional. Quem tiver mais informações sobre o adversário pode se posicionar melhor, disparar primeiro... e o resto você já sabe.
O que quero dizer é que já que eu tenho certeza que o Enéas não pensou nesses "pormenores", a análise dele fica limitada e, logo, não válida.
Cara, mas levando em conta os fatores externos, se os apoios forem iguais para ambos os lados, aí mesmo que o Su-35 leva vantagem, não? Eu acho válida. A única coisa "errada" que ele falou foi que o Su-35 "é o melhor em operação", quando deveria ter falado "um dos melhores".
Concordo em parte. Mas, acho(talvez esteja errado) que a FAB iria querer mais um caça com capacidade multi-funcional geral maior e grande capacidade de swing-role, do que um que seja fantástico no ar, mas apenas médio em outras funções.
E o Su-35 não é? A exigência do Projeto F-X, pelo que me consta é de um caça primordialmente de superioridade aérea com capacidade multifunção. Isso o Su-35 é. Poderíamos dizer que o Gripen é bom em Ar-Solo mas é mais limitado que o Su-35 em Ar-Ar. Cada concorrente tem seus pontos fortes e pontos fracos, resta saber quais são os que pesam mais.
O Su-35 está em operação? No meu entender o F-22 está mais próximo da operacionalidade do que aquele esquadrão de demonstração de Su-35.
Se fosse ver apenas caças ditos operacionais, então o Su-35 nem poderia entrar nessa lista. O Enéas teria que dizer SU-27. O que acho que ele nem sabe o que é. E o Su-27 não é o caça operacional mais poderoso do mundo.
Está. Não ainda em um esquadrão de caça mas está. Os F/A-22 que estão voando são protótipos ainda está em fase de projeto. Então não poderíamos dizer que o EF-2000 está em operação, nem a versão convencional do Rafale. E o Gripen do F-X, está operacional? Quantas unidades a Flygvapnet possui? Putz, pior ainda, e o Mirage 2000BR?
Concordo novamente que ele pode ter tido um acesso maior que nós, mas não a ponto de lançar essa afirmação. Ele só poderia ter certeza do que fala caso fosse um membro da comissão(aí sim ele teria total acesso a isso), porém, por ser assunto sigiloso ele não poderia abrir a boca sobre o assunto.
E as propostas russas, pelo que sabemos, são boas mesmo. Mas as dos Suecos também, a dos Franceses também são legalzinhas. Por que ele não mencionou isso?
A proposta francesa só não perde para a americana. Não propuseram nada além da fantasiosa transferência total de tecnologia para a Embraer. As melhores propostas são a russa e a sueca, nessa ordem.
Está falando da possibilidade de que? Centro de manutenção ou a fabricação dos mísseis?
Ele falou sobre mísseis. Centro de manutenção não é o mais importante. Os Parques de Material Aeronáutico da FAB SEMPRE fizeram as manutenções.
Bem, digo aquilo que o Slip disse há pouco tempo atrás. Se o Brasil desejar ele poderia instalar um Derby ou R-Darter no Gripen caso ele vencesse. Com a nossa integração com a África do Sul isso não seria difícil.
Se por um lado isso é positivo por uma maior quantidade de fornecedores, por outro expõe talvez uma fragilidade na relação de autonomia sueca no projeto Gripen. Eles podem oferecer o Derby ou o R-Darter graças a nós! Nós temos boas relações com Israel e África do Sul mas e se não tivéssemos?
Ok. Ele não mencionou, mas deveria ter mencionado se quizesse fazer uma análise idônea né cara?
E quem falou que ele estava ali pra fazer alguma análise definitiva? Ele estava demonstrando um ponto de vista pessoal. O texto não fala só sobre o F-X. O tema foi inserido dentro de um discurso dele.
Outra, eu sinceramente acho muito difícil os caras pensarem em produzir mísseis aqui, pois o Brasil irá comprar cerca de 48 unidades(imagino) o que não justifica.
Mas não dá pra falar nada além disso, por que os únicos que sabem quantos AAM serão adquiridos e quanto custa, e se os Russos oferecem mesmo isso em contrato, são os oficiais da FAB que fizeram o seu relatório.
Sim, eu também acho difícil. Mas aí é problema nosso que não temos escala. Porém isso não invalida a proposta. Eles oferecem a possibilidade. Se vamos aproveitar, é problema nosso.
Como eu disse, já é um bom começo. A ignorância desse assunto no meio político é muito grande. O Enéas melhorou, ponto pra ele, mas ainda precisa melhorar muito.
O meio político em si precisa melhorar. Vejo o Enéas como um dos poucos que sabem o mínimo.
Ahhh, mas eu estava fazendo uma análise técnica. Não pesei esse fator político pois, como você mesmo disse, os off-sets não deveriam pesar tanto assim.
Pois deveria. Assim como ele não pensou na parte técnica, pensando apenas na política. O mundo não é como deveria ser.
Na análise técnica o que conta mais é a transferência de tecnologia(que pontua mais) e quem está disparado na frente nessa parte é o Mirage.
Será mesmo? O que eles ofereceram a mais que os russos? Na verdade acho que os russos foram os que ofereceram mais (SNA, VLS, mísseis...).
Já sei que você vai entrar no mérito da parceria (EmbraerXAvibras). Isso se resolve muito facilmente usando a Golden Share.
Levando agora o fator político em conta, sim, os off-sets tem a sua parcela de importância. Mas então por que ele só falou dos off-sets dos Russos e "se esqueceu" dos off-sets dos demais que são tão bons ou melhores?
Off-sets melhores que os russos? Acho que eu respondi acima.
Digo, ele não se esqueceu. Ele ou não sabia(não posso culpá-lo, mas deveria saber pra fazer esse texto) ou foi omisso pro artigo ficar tendencioso ao avião Russo. Nenhuma das duas opções é boa(o Lula fez a segunda opção durante a campanha pro Mirage2000.....).
Cara, como você sabe que ele não sabe?
Se fossemos pensar em aproximação estratégica, os Suecos também tem muitas coisas que nos interessam(principalmente no que concerne ao NCW) e a França também tem seus produtos. Mas não posso negar que haveria uma boa aproximação entre Brasil e Rússia nesse contexto de escolha do Su-35.
Você confundiu aproximação estratégica com acesso à bons produtos. Aproximação estratégica é a que está sendo feita com África do Sul, Índia, China e Rússia. NCW seria um excelente ampliação de nossas capacidades de defesa, mas não uma parceria estratégica.
E sim, o Brasil deveria prover condições para que tivéssemos uma defesa aérea eficaz. Infelizmente, você sabe mais do que eu que isso não acontece.
Claro, mas não foi o que ele disse! Que está na hora de termos aviões de guerra capazes! Ou não foi?
Mas é aquela coisa, já é um começo. Afinal encontramos pelo menos 1 político que não se deixou ludibriar pela estória da carochinha do M2000BR.
Isso é verdade!