Esquadrão Corsário
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
- Pablo Maica
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Esse problema dos brasileiros no Líbano me faz pensar numa coisinha: enquanto eram usados na aviação comercial, esses mesmo 707 voavam diariamente para EUA ou Europa. Agora que estão na FAB só dá pra fazer um vôo, parar, fazer manutenção, esperar quase uma semana e só depois voltar pra buscar mais gente?
Afinal, essa demora toda é culpa da FAB ou do Itamaraty?
E mais, quantos 707 realmente estariam disponíveis para o trabalho? Creio que o Vip mais 2, certo?
Afinal, essa demora toda é culpa da FAB ou do Itamaraty?
E mais, quantos 707 realmente estariam disponíveis para o trabalho? Creio que o Vip mais 2, certo?
- Pablo Maica
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- Pablo Maica
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Oi Pablo,
Não é que eu queira ser crica, mas onde quero chegar é que países ricos como EUA e Canadá não necessariamente se utilizaram de aeronaves militares para retirar milhares de cidadãos do Líbano. Foram utilizadas aeronaves civis e mesmo navios fretados.
Já o Brasil insistiu em usar aeronaves militares inadequadas à missão. E que não me venham com a história de que não existe orçamento para fretar aviões civis, pois em uma situação como essa é plenamente legal contratar sem licitação (previsão expressa na lei 8.666).
É por isso que me questiono se a opção por usar somente os 707 foi tomada pela FAB ou pelo Itamaraty, pois considero que essa decisão foi completamente equivocada.
Legalmente falando (previsão expressa na constituição federal), se o governo quisesse poderia até mesmo ter requisitado aviões de TAM, VARIG ou seja de quem for para buscar o pessoal no Líbano.
Não é que eu queira ser crica, mas onde quero chegar é que países ricos como EUA e Canadá não necessariamente se utilizaram de aeronaves militares para retirar milhares de cidadãos do Líbano. Foram utilizadas aeronaves civis e mesmo navios fretados.
Já o Brasil insistiu em usar aeronaves militares inadequadas à missão. E que não me venham com a história de que não existe orçamento para fretar aviões civis, pois em uma situação como essa é plenamente legal contratar sem licitação (previsão expressa na lei 8.666).
É por isso que me questiono se a opção por usar somente os 707 foi tomada pela FAB ou pelo Itamaraty, pois considero que essa decisão foi completamente equivocada.
Legalmente falando (previsão expressa na constituição federal), se o governo quisesse poderia até mesmo ter requisitado aviões de TAM, VARIG ou seja de quem for para buscar o pessoal no Líbano.
- Carlos Lima
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Bom... em primeiro lugar não dá para comparar a estrutura dos EUA e do Canadá com o Brasil...
Outro ponto a se considerar é que por conta dos compromissos dos EUA e do Canadá com a OTAN, esses países não tem o mesmo problema de negociação do espaço aéreo que o Brasil tem...
Além disso a Europa é cheia de aeronaves de transporte americanas e eles tem uma frota toda de navios no mediterraneo.
É claro que eles possuem uma força de transporte muito maior do que a nossa.
O irônico disso tudo é que o sucatão era espinafrado pela imprensa e agora todo mundo aplaude querendo ver um desses aparecendo lá pelo Líbano...
[]s
CB_Lima
Outro ponto a se considerar é que por conta dos compromissos dos EUA e do Canadá com a OTAN, esses países não tem o mesmo problema de negociação do espaço aéreo que o Brasil tem...
Além disso a Europa é cheia de aeronaves de transporte americanas e eles tem uma frota toda de navios no mediterraneo.
É claro que eles possuem uma força de transporte muito maior do que a nossa.
O irônico disso tudo é que o sucatão era espinafrado pela imprensa e agora todo mundo aplaude querendo ver um desses aparecendo lá pelo Líbano...
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- Carlos Lima
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VISÃO DO CORREIO
Socorro demorado
A operação de retirada de cidadãos retidos no Líbano desnudou a falta de estrutura do governo brasileiro para lidar com embates internacionais de grandes proporções, como o causado pelos ataques israelenses. Ao todo, 70 mil brasileiros vivem no país árabe. A embaixada do Brasil em Beirute já recebeu 50 mil pedidos de ajuda. São pessoas desesperadas, envoltas num conflito em que Israel, em sua luta contra os guerrilheiros do Hezbollah, aplica força desproporcional e sem qualquer preocupação humanitária, atingindo civis indiscriminadamente.
É bem verdade que o Itamaraty tem feito o que pode para ultrapassar a intransigência do governo israelense. Inicialmente, a rota de fuga estabelecida previa um longo trajeto de ônibus até Adana, na Turquia, pelo litoral do Mediterrâneo. Depois de muita insistência, a embaixada brasileira em Telavive conseguiu abrir um corredor de saída direto para a Síria, reduzindo a jornada dos refugiados de 14 horas para duas horas. Mas os sucessos diplomáticos não se refletem em ações imediatas.
Os países europeus e o Canadá agiram com presteza, encaminhando ferry boats capazes de retirar milhares de pessoas. Os Estados Unidos enviaram parte da 6ª Frota, sediada no Mediterrâneo. Nossa movimentação, até agora, limitou-se a três vôos com velhos aviões KC-137 (Boeing 707-200 militarizados) da Força Aérea Brasileira (FAB), de pequeno porte e construídos há mais de 30 anos. Os comboios de ônibus são organizados pelos próprios interessados em deixar o Líbano, numa flagrante demonstração de falta de coordenação. O Itamaraty se limita a pagar as despesas, incluindo a hospedagem em Adana.
Depois de uma semana, apenas 854 brasileiros foram evacuados da área de conflito. São números compatíveis aos tempos anteriores à globalização, quando o país não exportava mão-de-obra e a preocupação com brasileiros no exterior limitava-se a poucas centenas de turistas. Hoje, a conjuntura exige estrutura permanente, capaz de retirar milhares de migrantes em poucos dias.
Os meios à disposição da FAB são reduzidos: quatro KC-137, três com capacidade para 150 passageiros e um em configuração vip, com apenas 86 lugares. Devido às necessidades de manutenção, nunca há mais que dois prontos para voar. A rigor, parte da frota de 12 aviões turbohélices C-130 Hércules poderia ser incorporada ao esforço, mas são aparelhos lentos e desconfortáveis, que voam a uma velocidade de cruzeiro, de somente 500 quilômetros por hora.
A solução imediata estaria no fretamento de barcos e aviões europeus, mas não há recursos orçamentários para cobrir os gastos. Providenciar os meios para retirar todos os brasileiros que queiram deixar a área de conflito é tarefa emergencial. Pelo menos sete brasileiros, número oficial, já foram mortos no Líbano. E a ofensiva em território libanês não tem prazo para terminar.
-
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cb_lima escreveu:Os problemas do Hércules seriam velocidade, desconforto e número de escalas...
Acho que caso essa situação mude para evacuação em massa, a história muda...
É o que eu acho
[]s
CB_Lima
Quanto ao desconforto, é melhor ficar lá e correr o risco de tomar uma paveway na cabeça ou ficar sentado num banco de lona?
Se querem ajuda que aceitem do que for, manda uns 5 hércules pra lá = 400 resgatados. Se conseguir autorização para atravessar a África só faz uma escala em Cabo Verde e vai pra Recife, dai vai pra onde quiser no Brasil.
Mens Sana, Corpore Sano.
The Baaz
The Baaz
- Carlos Lima
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Eu entendo o que você quer dizer perfeitamente... mas aí entram as negociações com relação a "revoada" dos Hércules e todas as suas escalas.
Eu li algo sobre isso em algum lugar...
Um outro detalhe é que todo o cidadão americano tem que pagar em torno de 200 Dólares por cabeça para ser evacuado...do contrário eles teriam que "se virar" para evacuar da zona de conflito!
Isso estava valendo até quarta-feira passada a noite...! Daí gerou tanta confusão que eles resolveram não cobrar mais a "taxa de evacuação".
Mas quem foi embora até aquela data pagou a taxa senão os Marines não levavam embora para casa!
[]s
CB_Lima
Eu li algo sobre isso em algum lugar...
Um outro detalhe é que todo o cidadão americano tem que pagar em torno de 200 Dólares por cabeça para ser evacuado...do contrário eles teriam que "se virar" para evacuar da zona de conflito!
Isso estava valendo até quarta-feira passada a noite...! Daí gerou tanta confusão que eles resolveram não cobrar mais a "taxa de evacuação".
Mas quem foi embora até aquela data pagou a taxa senão os Marines não levavam embora para casa!
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CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- Pablo Maica
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A-29 escreveu:Oi Pablo,
Não é que eu queira ser crica, mas onde quero chegar é que países ricos como EUA e Canadá não necessariamente se utilizaram de aeronaves militares para retirar milhares de cidadãos do Líbano. Foram utilizadas aeronaves civis e mesmo navios fretados.
Já o Brasil insistiu em usar aeronaves militares inadequadas à missão. E que não me venham com a história de que não existe orçamento para fretar aviões civis, pois em uma situação como essa é plenamente legal contratar sem licitação (previsão expressa na lei 8.666).
É por isso que me questiono se a opção por usar somente os 707 foi tomada pela FAB ou pelo Itamaraty, pois considero que essa decisão foi completamente equivocada.
Legalmente falando (previsão expressa na constituição federal), se o governo quisesse poderia até mesmo ter requisitado aviões de TAM, VARIG ou seja de quem for para buscar o pessoal no Líbano.
Poizé A-29 parece que há uma negociação entre o itamaraty e as Cias aéres, mas pelo jeito o pessoal das empresas não ta muito disposto a fazer o serviço e o governo não esta tendo pulso firme.
Um abraço e t+