Programa F-X
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- Rodrigo Santos
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Olha, eu resolvi dar uma lida no que o FAS tem a dizer sobre ambos sistemas. Fiquei bastante impressionado com o que li sobre o S-300, especialmente o S-300PMU2. E considerando que o FAS costuma puxar a bola um pouco pro lado dos americanos, isso é ainda mais impressionante
Impressionante também é o preço desse tipo de sistema. Lá eles citam a compra pela Índia de 6 "sistemas" de S-300, com cada sistema de combate contando com 48 mísseis. Tudo isso por 1 bilhão de doletas, em 1995.
Já sobre o Patriot PAC-3, é difícil achar informações sobre o alcance máximo, mais parece estar em torno de 30 Km, o que é pífio se comparado com os mais de 100 Km do S-300. Se alguém tiver informações confiáveis seria interessante para enriquecer a discussão.
Impressionante também é o preço desse tipo de sistema. Lá eles citam a compra pela Índia de 6 "sistemas" de S-300, com cada sistema de combate contando com 48 mísseis. Tudo isso por 1 bilhão de doletas, em 1995.
Já sobre o Patriot PAC-3, é difícil achar informações sobre o alcance máximo, mais parece estar em torno de 30 Km, o que é pífio se comparado com os mais de 100 Km do S-300. Se alguém tiver informações confiáveis seria interessante para enriquecer a discussão.
[]´s
Rodrigo
Todos se olham e não se enxergam
Todos se tocam e não se apercebem
Todos se pensam e não se conseguem
Todos totais e tão desiguais
-Moraes
Rodrigo
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- Vinicius Pimenta
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Eu acho que um sistema antiaéreo de longo alcance um item crítico que falta para o Brasil. E esse discussão é muito boa. Não seria melhor abrir um tópico exclusivo para esse tema? Deixemos este aqui para o FX.
A propósito um sistema como o S-300 deveria ficar a cargo de quem, da FAB ou do EB?
Abraços!
A propósito um sistema como o S-300 deveria ficar a cargo de quem, da FAB ou do EB?
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Vinicius Pimenta
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- Plinio Jr
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Bom pessoal, acho que o FX é somente a ponta de iceberg e deixa claro a situação de nossas FA´s . Eu por exemplo acho a quantidade de 12 aeronaves rídícula, independente de quem seja o vencedor, é muito pouco p/ um país de 08 milhões km2 de extensão ...
Um exemplo, de 12 aeronaves, possivelmente, 04 serão biplace e 08 mono, se considerarmos que das 08 ativas, pelo menos 06, na melhor das manutenções, estejam disponíveis de imediato, o que é muito pouco.
O ideal p/ o FX seria um mínimo de 24 aeronaves, dizer que não tem grana p/ isto é safadeza pura, porque nos últimos 15 anos, pouco de investiu nas Fa´s com esta desculpa e até agora a situação social do país só piorou e continua a piorar, gostaria que nossos políticos fossem bem claros e expliquem a sociedade como é feito o orçamento da união, algo que até hoje, independente de qual seja o presidente, eles não explicam .
A lista de equipamentos que nossas FA´s precisam é grande, são decadas de pouco investimento e muitas necessidades acabam surgindo,
não temos SAM´s nem de grande e média altitude, necessita-se de tanques, AFVs, artilharia de diversos calibres, helicópteros de transporte médios e pesado, helicop. de ataque, equipamentos de comunicação e ECM, bombas inteligentes, mísseis ar de todos os tipos, misséis ar-terra, aviões de reabastecimento aéro e transporte presidencial, caças p/ marinha, mais submarinos, mais 01 porta-aviões e até mesmo fuzis de assalto p/ o exercito pois esta nova versão do FAL é completamente ultrapassada e aki haviam desenvolvido um excelente fuzil , o LAPA e acabou sendo outro projeto p/ gaveta !!!
É isso aí, qto mais tempo se leva p/ adquirir equipamentos atualizados, maior a listinha de compras via ficando...
Um abraço
Plinio
Um exemplo, de 12 aeronaves, possivelmente, 04 serão biplace e 08 mono, se considerarmos que das 08 ativas, pelo menos 06, na melhor das manutenções, estejam disponíveis de imediato, o que é muito pouco.
O ideal p/ o FX seria um mínimo de 24 aeronaves, dizer que não tem grana p/ isto é safadeza pura, porque nos últimos 15 anos, pouco de investiu nas Fa´s com esta desculpa e até agora a situação social do país só piorou e continua a piorar, gostaria que nossos políticos fossem bem claros e expliquem a sociedade como é feito o orçamento da união, algo que até hoje, independente de qual seja o presidente, eles não explicam .
A lista de equipamentos que nossas FA´s precisam é grande, são decadas de pouco investimento e muitas necessidades acabam surgindo,
não temos SAM´s nem de grande e média altitude, necessita-se de tanques, AFVs, artilharia de diversos calibres, helicópteros de transporte médios e pesado, helicop. de ataque, equipamentos de comunicação e ECM, bombas inteligentes, mísseis ar de todos os tipos, misséis ar-terra, aviões de reabastecimento aéro e transporte presidencial, caças p/ marinha, mais submarinos, mais 01 porta-aviões e até mesmo fuzis de assalto p/ o exercito pois esta nova versão do FAL é completamente ultrapassada e aki haviam desenvolvido um excelente fuzil , o LAPA e acabou sendo outro projeto p/ gaveta !!!
É isso aí, qto mais tempo se leva p/ adquirir equipamentos atualizados, maior a listinha de compras via ficando...
Um abraço
Plinio
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- Novato
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- Slip Junior
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O Eurofighter 2000, o Dassault Rafale e o Boeing F/A-18 também foram oferecidos, mas posteriormente desclassificados da concorrência devido a seus altos custos de aquisição.
Também foi oferecida uma participação no programa MAKO, mas que foi desconsiderada pelos comandantes da FAB.
Os demais fabricantes não fizeram ofertas.
Abraços
Também foi oferecida uma participação no programa MAKO, mas que foi desconsiderada pelos comandantes da FAB.
Os demais fabricantes não fizeram ofertas.
Abraços
Ao amigo Slip
Gostaria de parabeniza-lo pela sua análise perfeita e imparcial sobre o projeto FX e assino em baixo pelas suas opiniões a respeito do duelo Sukhoi 35 x Gripen.
Apesar de não ter votado no Mirage2000 na enquete proposta, entendo perfeitamente que essa é a melhor escolha para FAB em termos operacionais e logísticos na sua atual situação.
Reforço que os baixos preços de aquisição do Sukhoi na realidade são uma verdadeira armadilha em termos logísticos(manutenção) e operacionais e exemplefico melhor na atual situação do EB, onde não existem turbinas para troca por TBO de 1600 horas de vôo nas nossas aeronaves e se faz necessário uma extenção autorizada pelo fabricante françes. Agora imagine o que vai acontecer com a manutenção desses aviões Russos, onde em média os overhauls de turbina acontecem com uma média de 800 horas de vôo...
Apesar de não ter votado no Mirage2000 na enquete proposta, entendo perfeitamente que essa é a melhor escolha para FAB em termos operacionais e logísticos na sua atual situação.
Reforço que os baixos preços de aquisição do Sukhoi na realidade são uma verdadeira armadilha em termos logísticos(manutenção) e operacionais e exemplefico melhor na atual situação do EB, onde não existem turbinas para troca por TBO de 1600 horas de vôo nas nossas aeronaves e se faz necessário uma extenção autorizada pelo fabricante françes. Agora imagine o que vai acontecer com a manutenção desses aviões Russos, onde em média os overhauls de turbina acontecem com uma média de 800 horas de vôo...
Re: Ao amigo Slip
VALENTIM escreveu:Gostaria de parabeniza-lo pela sua análise perfeita e imparcial sobre o projeto FX e assino em baixo pelas suas opiniões a respeito do duelo Sukhoi 35 x Gripen.
Apesar de não ter votado no Mirage2000 na enquete proposta, entendo perfeitamente que essa é a melhor escolha para FAB em termos operacionais e logísticos na sua atual situação.
Reforço que os baixos preços de aquisição do Sukhoi na realidade são uma verdadeira armadilha em termos logísticos(manutenção) e operacionais e exemplefico melhor na atual situação do EB, onde não existem turbinas para troca por TBO de 1600 horas de vôo nas nossas aeronaves e se faz necessário uma extenção autorizada pelo fabricante françes. Agora imagine o que vai acontecer com a manutenção desses aviões Russos, onde em média os overhauls de turbina acontecem com uma média de 800 horas de vôo...
Que eu saiba, segundo a proposta do consorcio do SUKHOI a manutencao do aviao seria na propria AVIBRAS, alem da integracao dos sistemas de armas. Nao acredito que de 98 para pelo menos, os manuais nao estejam em Ingles. Esse negocio de manual em Russo, pelo menos atualmente, e delirio.
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Estou escrevendo essa mensagem nesse tópico por um motivo: Esse tópico foi o primeiro do Fórum do DB(tirando o de boas vindas), e nele tem uma bela discussão entre o Vinicius e o Slip(e muitos outros também fazem bons comentários).
Também é legal, para quem participou dessa discussão, ver como era a sua opinião a respeito desse assunto há um ano atrás.
Abraços!
César, o cara que não tem nada melhor pra fazer
Também é legal, para quem participou dessa discussão, ver como era a sua opinião a respeito desse assunto há um ano atrás.
Abraços!
César, o cara que não tem nada melhor pra fazer
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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- Vinicius Pimenta
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Excelente a idéia de trazer esse tópico devolta. Minha opinião mudou um pouco desde então. Se antes eu era um defensor ferrenho do Su-35, me vejo hoje em dia mais divido entre ele e o Gripen. Costumo dizer que pela "emoção" escolheria o Su-35, pela "razão, o Gripen.
Outro fato interessante foi que eu já defendia a idéia do mix Su/Gripen há muito tempo, desde a época do Asas de Guerra, pois aquelas mensagens eram as primeiras do fórum, agente tinha acabado de migrar do Asas para cá. Achei interessante eu ser um dos primeiros a defender essa idéia que hoje é aceita por grande parte dos membros desse e de outros fóruns. Não que tenha sido eu que tenha pensado nisso primeiro, com certeza alguém já tinha pensado nisso antes, mas ali eu tinha chegado àquela conclusão sozinho, pois não tinha lido nada parecido em nenhum lugar.
Por fim, repetindo, é uma ótima de vermos como nós pensávamos há pouco mais de um ano atrás. Acho que realmente esse tópico vale a pena ser lido por quem está chegando agora ou que chegou há mais tempo mas não chegou a pegar essa discussão em andamento.
Outro fato interessante foi que eu já defendia a idéia do mix Su/Gripen há muito tempo, desde a época do Asas de Guerra, pois aquelas mensagens eram as primeiras do fórum, agente tinha acabado de migrar do Asas para cá. Achei interessante eu ser um dos primeiros a defender essa idéia que hoje é aceita por grande parte dos membros desse e de outros fóruns. Não que tenha sido eu que tenha pensado nisso primeiro, com certeza alguém já tinha pensado nisso antes, mas ali eu tinha chegado àquela conclusão sozinho, pois não tinha lido nada parecido em nenhum lugar.
Por fim, repetindo, é uma ótima de vermos como nós pensávamos há pouco mais de um ano atrás. Acho que realmente esse tópico vale a pena ser lido por quem está chegando agora ou que chegou há mais tempo mas não chegou a pegar essa discussão em andamento.
Vinicius Pimenta
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- Vinicius Pimenta
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Melhor mesmo seria um mix de Su-35 e mig-29 de último modelo, todos equipados com aviônicos da elbit, da mesma linha dos usados no f-5br e amx-m. Quanto a esse papo de que seria um pesadelo e coisa e tal a operação dos Su-35, não dá para comparar os jurássicos m-III, cuja manutenção até hoje temos que pedir licença para fazer, e isso num avião velho e ridículo.
Hora, se os russos garantem manutenção local, então é fácil concluir que tudo seria bem diferente, diferente de pedir licença aos americanos(no caso do gripen) ou aos franceses (caso do sucatão) quando quisermos consertar motores, mais uma vez observem que isto em relação a um motor velho, podre, bagulho, etc...
É preferível um avião independente que precise de mais manutenção(?) que um que seja necessário licensinha. O FX pede transferência de tecnologia exatamente por isso, se fosse para continuar nesta maldita dependencia, era só comprar mais sucatões, ou F-16.
Diz a lenda que um Rolls-Roice nunca quebra, mas haja dinheiro!!!
Hora, se os russos garantem manutenção local, então é fácil concluir que tudo seria bem diferente, diferente de pedir licença aos americanos(no caso do gripen) ou aos franceses (caso do sucatão) quando quisermos consertar motores, mais uma vez observem que isto em relação a um motor velho, podre, bagulho, etc...
É preferível um avião independente que precise de mais manutenção(?) que um que seja necessário licensinha. O FX pede transferência de tecnologia exatamente por isso, se fosse para continuar nesta maldita dependencia, era só comprar mais sucatões, ou F-16.
Diz a lenda que um Rolls-Roice nunca quebra, mas haja dinheiro!!!
- Paisano
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Olá Pessoal,
Mais um capítulo da novela Projeto FX. Desta vez o personagem é a Revista IstoÉ.
PS: Tenho a impressão que é uma notícia requentada.
===============================================
Armadilha russa
Sukkhoi quer vender caças para
a Força Aérea e usar o dinheiro
para competir com a Embraer
Mário Simas Filho
Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reunir o Conselho de Segurança Nacional e, em seguida, anunciar qual o avião escolhido para suceder os superados caças Mirage IIIEBR na necessária missão de defender o espaço aéreo brasileiro. Por trás da decisão presidencial está muito mais que um gasto de aproximadamente US$ 800 milhões para a compra de 12 modernos caças supersônicos. “Esse investimento só será válido se for traduzido em real oportunidade de desenvolvimento. Para isso, o pacote a ser escolhido deve vir com uma profunda transferência tecnológica, que nos garanta um up-grade na direção de diminuir nossas exportações no futuro”, observa o deputado Delfim Netto (PP-SP). É comum que os contratos internacionais estejam rodeados de contrapartidas comerciais e até de transferências tecnológicas. Mas, muitas vezes, as propostas apresentadas escondem algumas armadilhas. No caso da disputa dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), uma dessas armadilhas está na proposta apresentada pela russa Rosoboronexport.
Em parceria com a Avibrás, os russos oferecem o supersônico Sukkhoi Su-35. O avião, por enquanto um protótipo bi-reator, é o xodó dos pilotos da FAB e tratado, por assessores do ministro da Defesa, José Viegas, como um dos favoritos para a substituição de nossos velhos Mirage. Para convencer o governo brasileiro a optar pelo seu caça, os russos se comprometem a comprar até US$ 3 bilhões em produtos brasileiros e prometem transferir tecnologia em várias áreas, inclusive na espacial, o que agrada sobremaneira aos entusiastas do Sukkhoi. O problema, no entanto, está exatamente naquilo que não está escrito na proposta.
Planos – Enquanto briga para tentar vender seus caças no mercado externo, na Rússia a Sukkhoi trabalha no projeto de construção de um jato comercial regional, o Russian Regional Jet (RRJ). O plano está bem adiantado. A previsão é produzir, nos próximos dez anos, 640 unidades desses jatos, com capacidade de 60 a 95 assentos, segundo revelou a revista americana Aviation International News, na última semana de fevereiro. A intenção dos russos é vender o jato regional para o mercado da Ásia, principalmente Malásia, Índia, Vietnã e Indonésia, que já compram aviões militares da Sukkhoi. Para tanto, os russos estão garantindo apoio para produção e manutenção dessas aeronaves para indústrias dos países que se comprometerem a comprar o RRJ.
O maior problema dos russos é dinheiro. Para tirar o RRJ do papel, há um investimento de cerca de US$ 670 milhões apenas em projetos de pesquisa e desenvolvimento. O dinheiro está sendo levantado em bancos (30%), ações de risco com fabricantes de componentes (45%) e fundos estatais (15%). Os restantes 10% deverão ser aportados pela Sukkhoi, que para isso depende da venda de seus caças para países da América Latina, do norte da África e do Oriente Médio. Atualmente, a Sukkhoi está preocupada porque a procura pelos seus caças vem decrescendo na Ásia. Ainda de acordo com a revista americana, caso a Sukkhoi não consiga vender seus caças, será difícil encontrar trabalho para os 20 mil trabalhadores da KnAAPO (Komsomolsk-on-Amur Aircraft Industrial Organization, a empresa russa que comercializa os aviões) sem entrar no mercado de aviação civil.
Tiro no pé – Os planos da Sukkhoi expostos pela Aviation International News mostram que, se o governo brasileiro vier a optar pelo caça russo na concorrência
da FAB, estará, a médio prazo, fazendo um gol contra. A eventual compra do Sukkhoi Su-35 pelo Brasil contribuirá diretamente para o desenvolvimento do jato russo, que irá disputar um seleto mercado com a brasileira Embraer. Quarta maior fabricante de aviões do planeta, a Embraer emprega diretamente 13 mil pessoas e indiretamente mais de 150 mil. Nos últimos nove anos, a empresa exportou US$ 14 bilhões e fez investimentos de US$ 1,7 bilhão. Se perder mercado, a empresa terá que reduzir suas atividades.
Assim como os russos, a brasileira Embraer também aposta na concorrência da FAB para continuar a crescer. A empresa se associou à francesa Dassault e disputa a venda dos caças com o Mirage 2000-5Br. “Precisamos da tecnologia supersônica para poder continuar a crescer”, diz Maurício Botelho, presidente da Embraer. Nas últimas semanas, assessores do Ministério da Defesa e do comando da Aeronáutica espalharam boatos de que a Embraer seria contemplada, qualquer que fosse a escolha do presidente. Em reunião com Lula, porém, Botelho esclareceu que apenas a parceria com os franceses lhe garante a total transferência tecnológica, o que lhe assegurará mercado e geração de empregos.
Mais um capítulo da novela Projeto FX. Desta vez o personagem é a Revista IstoÉ.
PS: Tenho a impressão que é uma notícia requentada.
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Armadilha russa
Sukkhoi quer vender caças para
a Força Aérea e usar o dinheiro
para competir com a Embraer
Mário Simas Filho
Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá reunir o Conselho de Segurança Nacional e, em seguida, anunciar qual o avião escolhido para suceder os superados caças Mirage IIIEBR na necessária missão de defender o espaço aéreo brasileiro. Por trás da decisão presidencial está muito mais que um gasto de aproximadamente US$ 800 milhões para a compra de 12 modernos caças supersônicos. “Esse investimento só será válido se for traduzido em real oportunidade de desenvolvimento. Para isso, o pacote a ser escolhido deve vir com uma profunda transferência tecnológica, que nos garanta um up-grade na direção de diminuir nossas exportações no futuro”, observa o deputado Delfim Netto (PP-SP). É comum que os contratos internacionais estejam rodeados de contrapartidas comerciais e até de transferências tecnológicas. Mas, muitas vezes, as propostas apresentadas escondem algumas armadilhas. No caso da disputa dos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), uma dessas armadilhas está na proposta apresentada pela russa Rosoboronexport.
Em parceria com a Avibrás, os russos oferecem o supersônico Sukkhoi Su-35. O avião, por enquanto um protótipo bi-reator, é o xodó dos pilotos da FAB e tratado, por assessores do ministro da Defesa, José Viegas, como um dos favoritos para a substituição de nossos velhos Mirage. Para convencer o governo brasileiro a optar pelo seu caça, os russos se comprometem a comprar até US$ 3 bilhões em produtos brasileiros e prometem transferir tecnologia em várias áreas, inclusive na espacial, o que agrada sobremaneira aos entusiastas do Sukkhoi. O problema, no entanto, está exatamente naquilo que não está escrito na proposta.
Planos – Enquanto briga para tentar vender seus caças no mercado externo, na Rússia a Sukkhoi trabalha no projeto de construção de um jato comercial regional, o Russian Regional Jet (RRJ). O plano está bem adiantado. A previsão é produzir, nos próximos dez anos, 640 unidades desses jatos, com capacidade de 60 a 95 assentos, segundo revelou a revista americana Aviation International News, na última semana de fevereiro. A intenção dos russos é vender o jato regional para o mercado da Ásia, principalmente Malásia, Índia, Vietnã e Indonésia, que já compram aviões militares da Sukkhoi. Para tanto, os russos estão garantindo apoio para produção e manutenção dessas aeronaves para indústrias dos países que se comprometerem a comprar o RRJ.
O maior problema dos russos é dinheiro. Para tirar o RRJ do papel, há um investimento de cerca de US$ 670 milhões apenas em projetos de pesquisa e desenvolvimento. O dinheiro está sendo levantado em bancos (30%), ações de risco com fabricantes de componentes (45%) e fundos estatais (15%). Os restantes 10% deverão ser aportados pela Sukkhoi, que para isso depende da venda de seus caças para países da América Latina, do norte da África e do Oriente Médio. Atualmente, a Sukkhoi está preocupada porque a procura pelos seus caças vem decrescendo na Ásia. Ainda de acordo com a revista americana, caso a Sukkhoi não consiga vender seus caças, será difícil encontrar trabalho para os 20 mil trabalhadores da KnAAPO (Komsomolsk-on-Amur Aircraft Industrial Organization, a empresa russa que comercializa os aviões) sem entrar no mercado de aviação civil.
Tiro no pé – Os planos da Sukkhoi expostos pela Aviation International News mostram que, se o governo brasileiro vier a optar pelo caça russo na concorrência
da FAB, estará, a médio prazo, fazendo um gol contra. A eventual compra do Sukkhoi Su-35 pelo Brasil contribuirá diretamente para o desenvolvimento do jato russo, que irá disputar um seleto mercado com a brasileira Embraer. Quarta maior fabricante de aviões do planeta, a Embraer emprega diretamente 13 mil pessoas e indiretamente mais de 150 mil. Nos últimos nove anos, a empresa exportou US$ 14 bilhões e fez investimentos de US$ 1,7 bilhão. Se perder mercado, a empresa terá que reduzir suas atividades.
Assim como os russos, a brasileira Embraer também aposta na concorrência da FAB para continuar a crescer. A empresa se associou à francesa Dassault e disputa a venda dos caças com o Mirage 2000-5Br. “Precisamos da tecnologia supersônica para poder continuar a crescer”, diz Maurício Botelho, presidente da Embraer. Nas últimas semanas, assessores do Ministério da Defesa e do comando da Aeronáutica espalharam boatos de que a Embraer seria contemplada, qualquer que fosse a escolha do presidente. Em reunião com Lula, porém, Botelho esclareceu que apenas a parceria com os franceses lhe garante a total transferência tecnológica, o que lhe assegurará mercado e geração de empregos.
De novo essa conversa fiada de que a Sukhoi usará os US$ 700 milhões no RRJ. Isso já foi desmentido pelo representante da Sukhoi quando esteve no Brasil, acessem as noticias antigas no site defesanet. Até quando representantes da Embraer continuarão com estas "Bravatas". A Isto é não se cansa de favorecer a Embraer nestas reportagens.