Frota
País apressa compra de caça para manter poder regional
Venezuela anuncia aquisição de Sukhoi e FAB retoma projeto FX
Leandro Mazzini
O Brasil recebe em dezembro os quatro primeiros caças Mirage 2000-C de um total de 12 comprados da Força Aérea Francesa, em um acordo de R$ 222,4 milhões. Com a frota aérea reduzida depois da aposentadoria dos Mirage III, ano passado, é o mínimo que a Aeronáutica pode fazer, por enquanto, frente ao poderio aéreo dos países vizinhos.
Pilotos do Chile já voam com os potentes F-16 americanos e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, fez um anúncio recente que deixou a América do Sul em alerta: encomendou 30 caças russos Sukhoi, o avião de combate mais potente do mundo.
A intenção de Chávez com o novo arsenal aéreo permanece um mistério para o governo brasileiro, que tem o líder venezuelano como aliado. O caso, no entanto, coloca em questão o chamado “equilíbrio regional”de forças e obrigou a Força Aérea Brasileira (FAB) a apressar a retomada do Projeto FX BR, abortado há dois anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Orçado em US$ 760 milhões – algo em torno de R$ 1,67 bilhão – o projeto prevê a compra de 12 caças modernos. A encomenda dos Mirage 2000-C usados, reforça o governo, é paliativa. “A aquisição é uma solução intermediária. O pensamento da FAB é o de retomar, tão logo seja possível, o processo do Projeto FX”, informou a Aeronáutica.
Agora, a FAB reforça a pressão para a licitação. O artifício de Lula de abortar o projeto foi político e não orçamentário. É o que diz o Brigadeiro do Ar Delano Teixeira Menezes, terceiro subchefe de Planejamentos Estratégicos da Aeronáutica entre 1998 e 99. Ele participou do grupo que originou o projeto FX no governo de Fernando Henrique.
- Lula disse que o dinheiro seria usado no Fome Zero – lembra Delano. – Mas o desembolso só vem cinco anos depois de os primeiros aviões chegarem.
O país adquiriu 12 Mirage 2000-C por meio de um acordo, assinado em julho do ano passado entre Brasil e França, que inclui também a aquisição do suprimento necessário e o treinamento de pilotos e mecânicos. Os Mirage – que têm mais de 20 anos de vida útil – são usados pela França desde os anos 90, quanto foram fabricados. No Brasil, os aparelhos ficarão na Base de Anápolis, em Goiás.
- No caso do FX, a FAB escolheu só 12 aviões porque são caças de “defesa aérea pura”, ou seja, para defender a capital – explica Delano. – Mas podem operar em todo o território.
De acordo com a Aeronáutica, o Brasil tem hoje em operação 54 caças AMX, de fabricação ítalo-brasileira, e 47 F-5, modelo norte-americano, distribuídos em bases pelo país. Os novos caças franceses já foram testados e serão entregues ao Brasil com a mesma versão utilizada pelo país europeu, com transferência de tecnologia primordial exigido pela FAB.
País apressa compra de caça para manter poder regional
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País apressa compra de caça para manter poder regional
Eu fiquei bem animado ao ler o título da notícia. Mas no texto se revela a mesma lenga lenga de sempre (ver trecho grifado).
- 3rdMillhouse
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O caso é que o país seja maior que seus governantes. Para que cada panaca novo que apareça simplesmente seja obrigado a dar continuidade aos programas de estado, por definição acima do debate ideológico, e não tenha como dar asas a suas fantasias sem pelo menos adaptalas ao contexto da nação.
O FX poderia ter sido tranquilamente definido no fim de FHC se as necessidades do estado estivessem acima do debate ideológico. Como não é assim todo presidente que toca nesse assunto sempre diz que comprará o FX caso seja reeleito e de fato nunca o fazem.
O FX poderia ter sido tranquilamente definido no fim de FHC se as necessidades do estado estivessem acima do debate ideológico. Como não é assim todo presidente que toca nesse assunto sempre diz que comprará o FX caso seja reeleito e de fato nunca o fazem.
Editado pela última vez por interregnum em Seg Jul 03, 2006 3:49 pm, em um total de 1 vez.
E lá vamos nós novamente...
Vamos começar tudo de novo. risos
Qual é o mais eficiente? Quem se sairia melhor no cenário de combate Sul-Americano?
FAB/Rafale X FAV/Su-30?
FAB/Rafale X FAC/F-16
Esta eu quero ver...
Abraços,
Allan PSK
Qual é o mais eficiente? Quem se sairia melhor no cenário de combate Sul-Americano?
FAB/Rafale X FAV/Su-30?
FAB/Rafale X FAC/F-16
Esta eu quero ver...
Abraços,
Allan PSK
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SU 30 MK para Chavito
Srs. Não esperem nenhuma mudança de planejamento, no que tange a compras neste ano e nem no próximo, principalmente se os Bolcheviques ganharem denovo.
Não há previsão orçamentária de investimento no orçamento deste ano, e não deve haver no próximo também.
Grande abraço
Não há previsão orçamentária de investimento no orçamento deste ano, e não deve haver no próximo também.
Grande abraço
- faterra
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O Brasil recebe em dezembro os quatro primeiros caças Mirage 2000-C de um total de 12 comprados da Força Aérea Francesa, em um acordo de R$ 222,4 milhões. Com a frota aérea reduzida depois da aposentadoria dos Mirage III, ano passado, é o mínimo que a Aeronáutica pode fazer, por enquanto, frente ao poderio aéreo dos países vizinhos.
Já mudaram a data para o recebimento destas primeiras 4 unidades? Era para o início do 2º semestre, a tempo de participar do desfile de 7 de setembro.
A intenção de Chávez com o novo arsenal aéreo permanece um mistério para o governo brasileiro, que tem o líder venezuelano como aliado. O caso, no entanto, coloca em questão o chamado “equilíbrio regional” de forças e obrigou a Força Aérea Brasileira (FAB) a apressar a retomada do Projeto FX BR, abortado há dois anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Belo aliado. Este governo deve usar aquelas viseiras que se coloca em burros quando estão puxando carroça. Só vêem onde aponta o nariz.
Agora, a FAB reforça a pressão para a licitação. O artifício de Lula de abortar o projeto foi político e não orçamentário. É o que diz o Brigadeiro do Ar Delano Teixeira Menezes, terceiro subchefe de Planejamentos Estratégicos da Aeronáutica entre 1998 e 99. Ele participou do grupo que originou o projeto FX no governo de Fernando Henrique.
- Lula disse que o dinheiro seria usado no Fome Zero – lembra Delano. – Mas o desembolso só vem cinco anos depois de os primeiros aviões chegarem.
Até nós os “analfabetos” sabíamos que o desembolso seria realizado após o início das entregas, em prestações ao longo de alguns anos. Ninguém lembrou ao Lula este pequeno grande detalhe? Será que ficaram quietos só para ver o “bobão” cair em uma pegadinha? O tiro saiu pela culatra. Quem fez papel de bobo no final foram eles, que saíram de mãos vazias. O País e a FAB “apenas” sairam prejudicados.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
O programa FX não foi cancelado por questões orçamentárias. Precisa ser muito inocente para acreditar nisto. A verdade é que o FHC fez uma tremenda cagada na modelagem do processo de compra e tudo virou uma enorme ranca-rabo político internacional. Ai, para completar, o Lula não teve peito para contrariar interesses e ...todo mundo sabe o resto.