rodrigo escreveu:Clermont, isso é opinião ou experiência?
É uma
constatação baseada na
experiência de policiais - delegados e oficiais PM - e de jornalistas que afirmam ser tal prática, comum dentro no cenário policial carioca.
Agora, se tal tipo de constatação não tem validade, sugiro que a Moderação delete 99,9% de todas as mensagens desse fórum. Por exemplo, dificilmente alguém aqui, terá estado em Waterloo. E, com certeeza, ninguém esteve no Iraque.
Perícia, no RJ, é um luxo que poucos tem.
Sem dúvida alguma, isso é uma constatação e eu concordo com ela. Mas, para muita gente, é um desejo íntimo secreto. Afinal, se houvesse perícia, sempre, muitos pretensos "heróis" policiais, já estariam cumprindo pena por assassinato e outros crimes.
Da minha parte, prefiro que tal "luxo" passe a ser uma realidade. É muito melhor para a segurança e a decência do que o "luxo" de se comprar metralhadoras Minimi ou MAG.
Aliás, por quê será que uma grande parcela das corporações policiais - em especial, a associação de delegados cariocas - são ferozmente contrárias, as propostas que tiram a perícia do controle da própria polícia e a tornam um organismo independente?
Por que o traficante pode usar a metralhadora e a polícia não pode?
Porque o traficante é um porco imundo,
que não tem preocupação alguma com a vida das outras pessoas. Prova disso, foi o tiroteio que eles desfecharam contra uma escola, ferindo 17 crianças. Aliás, nesse caso, a polícia “deu-se ao luxo” de mandar fazer perícia. E foi essa que constatou que nenhum tiro foi oriundo das armas dos policiais.
O policial, de outro lado,
é o guardião da Lei, ele
precisa ter preocupação com a vida das outras pessoas. Ainda que isso possa por a sua própria em risco.
Rodrigo, eu não tenho nem um décimo de seus conhecimentos teóricos e práticos no uso de armas, mas não posso acreditar que o uso de armamento coletivo automático em ações policiais seja uma forma sensata de combater criminosos sem colocar em risco a vida das pessoas inocentes que habitam os cenários dos confrontos.
O que é o bom senso nesse caso?
Na minha opinião, bom senso é pensar que, se eu morasse numa favela, não iria ficar tranqüilo, sabendo que a polícia que acabou de entrar numa incursão, está para desfechar uma rajada ceifante com metralhadora MAG, bem na direção do meu humilde lar.
Você concorda com essas ONGs?
Eu concordo,
comigo mesmo.
Se dependesse de mim, eu dobraria o número de “caveirões” utilizados pela PM. Se isso
desagrada às ONGs, tô cagando e andando pra elas.
Se dependesse de mim,
nenhuma arma coletiva, de fogo automático seria atribuída às polícias. Se isso
agrada às ONGs, to cagando e andando pra elas.