Astronauta vai para a reserva e deixa governo perplexo
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Astronauta vai para a reserva e deixa governo perplexo
Se tem um perfil de personalidade ao qual não tenho a menor simpatia, este perfil certamente é aquele do “bom moço”, do “boa praça”. Desconfio de pessoas politicamente corretas, que dizem sempre o que se quer ouvir, que são previsíveis, que são obvias.
Admiro pessoas como Nelson Piquet, Alan Prost, Niegel Manssell, trapaceiros, mau humorados, a essência do politicamente incorreto. Uma vez perguntaram a Piquet, o que ele achava da situação de Rubens Barrichello que quando estava no Brasil costumava andar acompanhado de guarda costas.
Piquet ao seu estilo foi corrosivo:
“Eu ganhei 3 campeonatos mundiais e ando sozinho dirigindo meu próprio carro”.
Como não temos mais pilotos campeões de F-1, tratamos de “formar” um campeão. Mesmo que Barrichello seja um bom piloto tecnicamente, ele não tem o “algo a mais” que se precisa para ser campeão de F-1.
Qual o problema de não se ter este “algo a mais”?
Absolutamente nenhum, Gerard Berger jamais ganhou um campeonato de F-1, quando muito ganhava corridas quando o seu companheiro de equipe tinha um mal desempenho, assim como Barrichello, Berger era o piloto competente, mas que não estava ali para ser campeão.
Isto não impediu porem que Berger fosse admirado em seu pais, a Áustria, também que fosse amigo e conselheiro de boa parte dos pilotos do circo, era uma figura querida e respeitada.
Qual a diferença de Berger para Barrichello?
O austríaco jamais pensou em ocupar um lugar que não era o dele.
Em um mundo complicado como a F-1, cada chefe de equipe, cada piloto, cada projetista, ocupa o seu espaço, seria ridículo ver Jack Stuart, proprietário da modesta equipe Stuart se comportar com a empáfia e arrogância de Ron Dennis, bem como o todo poderoso da Mc Laren se comportar como Briatori, o grande malandro do circo. Cada qual tem seu espaço, cada qual o seu estilo.
O mundo espacial é análogo. Complicado, seletivo, tenso.
Ilan Ramon, primeiro astronauta de Israel, falecido no acidente com a Columbia, era um dos pilotos mais qualificados do mundo, seus feitos como piloto da IAF, mesmo antes de ser enviado ao espaço, o credenciavam como uma espécie de herói nacional em Israel.
Discreto, franco, ciente do seu papel dentro do estado de Israel, Ramon jamais utilizou da sua fama para qualquer vaidade mundana, sem programas de TV, sem autógrafos, jamais uma celebridade, apenas um piloto da IAF.
A viagem de Ramon a bordo do Columbia era apenas relações publicas da cooperação entre a EUA e Israel, não tinha valor cientifico relevante, não tinha impacto operacional algum para a Força Aérea de Israel ou a industria espacial daquele pais.
Ramon era um herói antes mesmo de embarcar no foguete, se tivesse ele vivo, estaria cumprindo as mesmas atividades que normalmente desenvolveria na IAF.
Pontes também é um piloto competente, uma pessoa sincera, ciente das suas responsabilidades.
A diferença é que Pontes aceitou o seu papel de Barrichello, isto é, tentou ocupar um lugar no mundo espacial que não era nem de longe aquilo que ele representa.
Assim como a viagem de Ramon, o vôo de Pontes era apenas relações publicas da cooperação entre a Brasil e Rússia, não tinha valor cientifico relevante, não tinha impacto operacional algum para a Força Aérea Brasileira ou a industria espacial do pais.
O rapaz de Bauru no entanto foi vitima de uma cultura que precisa forjar heróis e feitos para suprir um vácuo de realizações nacionais. E por mais brilho e competência que ele teve, este artificialismo gerado em torno do seu vôo só serviu para borrar uma historia que por si só era muito bonita.
Neil Armstrong hoje estaria cruzando os EUA de leste a oeste em um jato particular se cobra-se para dar palestras motivacionais, dezenas de astronautas russos, alguns com 5, 6, 7 vôos espaciais no currículo estariam morando em belos apartamentos nos bairros nobres de Moscou se vendessem camisetas e botons autografados.No entanto muitos continuam trabalhando para o governo, ganhando seus soldos de classe média, dirigindo seus carros modestos e longe das badalações da vida. Porque eles ainda fazem isto?
Sugiro a vocês responderem intimamente a esta pergunta.
Dou uma dica.
Estar dentro de um foguete espacial, projeta-la ou construí-la é uma atividade que já não é mais algo condicionado a remunerações financeiras ou pequenos mimos que uma vida de celebridade possa gerar. Estas questões passam a serem secundarias, pequenas, mundanas demais na vida de quem faz isto.
É uma paixão endêmica, quase uma doença que começa a se manifestar ainda criança e vai crescendo a cada dia.
Tem cura esta doença?
Espero que não porque se tiver, a minha vida pode começar a não fazer sentido.
Elizabeth
Astronauta vai para a reserva e deixa governo perplexo
Agência Estado
Menos de um mês depois de voltar da Estação Espacial Internacional e ser recebido no Brasil como herói nacional, o primeiro astronauta brasileiro, tenente-coronel Marcos Pontes, pediu para entrar na reserva. Isso permitirá que ele cobre por palestras e se dedique a atividades na iniciativa privada.
O afastamento da carreira militar foi comunicado ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, numa reunião na semana passada. A decisão caiu como um balde de água fria entre os defensores da viagem de Pontes ao espaço, principalmente a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Todos imaginavam que, depois da missão que custou US$ 10 milhões ao País, o astronauta atuaria como garoto propaganda do programa espacial e em favor da divulgação científica.
Uma das especulações é de que Pontes, com o afastamento, passará a prestar serviços para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade não confirma a informação. Numa entrevista no site do Ministério da Defesa, Pontes diz que pretende "trabalhar pelo Brasil num sentido de juventude" e que espera a colaboração "da indústria nacional e do governo."
Em seu site - no qual não faltam informações para a contratação de palestras - o astronauta afirma estar disposto a criar um instituto destinado a incentivar a educação para crianças de baixa renda. No texto ele reforça sua esperança em contar com o apoio da Força Aérea e do Senai para o projeto.
A decisão de Pontes frustrou os planos divulgados pelo presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi. No retorno do astronauta ao Brasil, ele afirmara ao Estado que Pontes teria carta branca para decidir qual seria seu destino na agência. Ele foi convidado, por exemplo, a participar de uma viagem que a AEB faria para os Estados Unidos, para discutir a parceria do Brasil com a Nasa. Outra possibilidade seria a de Pontes trabalhar na formação de novos astronautas.
Agora, com sua saída da carreira militar, qualquer participação na AEB terá de ser negociada - e remunerada. O único vínculo que Pontes mantém com a AEB, no momento, é o compromisso de proferir - gratuitamente - palestras que já estavam agendadas.
Procurado ontem pelo Estado, Gaudenzi se limitou a dizer, por meio de sua assessoria de Comunicação, que Pontes "cumpriu sua missão com a Agência Espacial Brasileira, que era levar o Programa de Microgravidade ao espaço". Outras informações, segundo ele, deveriam ser solicitadas à Aeronáutica.
Perplexidade - Dentro do MCT, a saída de Pontes causou perplexidade. Já corria a informação de que, num período não muito distante, ele deixaria a carreira militar. Mas ninguém imaginava que tal decisão seria tomada ainda na ressaca das comemorações da viagem à Estação Espacial Internacional.
O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, que sempre criticou a missão do astronauta, reagiu com ironia ao afastamento de Pontes. "Agora ele deve vender bonequinhos", disse. Em abril, denúncias de que o astronauta lucraria com a venda de lembranças com seu nome e com a realização de palestras - algo proibido pelo Código Militar - passaram a ser investigadas.
"Tudo foi publicidade, algo muito parecido com fogos de artifício, que explodem e logo acabam", disse Candotti. Para a ciência, segundo ele, não haverá prejuízo. "A Aeronáutica é que pode perder um piloto, um operador."
O Procurador-Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, disse que a saída de Pontes, logo após o alto investimento feito pelo País em sua formação, não é ilegal. "Já em termos morais, é outra história", disse.
Pela lei, servidores públicos ou funcionários que se afastam para fazer cursos têm o dever de permanecer um período no serviço público, tão logo retornem. "Se isso não é cumprido, é possível até mesmo fazer a cobrança do que foi investido no funcionário", afirma Furtado. No caso de Pontes, no entanto, isso não se aplica. "Ele não estava afastado do serviço. A função dele era aquela."
Admiro pessoas como Nelson Piquet, Alan Prost, Niegel Manssell, trapaceiros, mau humorados, a essência do politicamente incorreto. Uma vez perguntaram a Piquet, o que ele achava da situação de Rubens Barrichello que quando estava no Brasil costumava andar acompanhado de guarda costas.
Piquet ao seu estilo foi corrosivo:
“Eu ganhei 3 campeonatos mundiais e ando sozinho dirigindo meu próprio carro”.
Como não temos mais pilotos campeões de F-1, tratamos de “formar” um campeão. Mesmo que Barrichello seja um bom piloto tecnicamente, ele não tem o “algo a mais” que se precisa para ser campeão de F-1.
Qual o problema de não se ter este “algo a mais”?
Absolutamente nenhum, Gerard Berger jamais ganhou um campeonato de F-1, quando muito ganhava corridas quando o seu companheiro de equipe tinha um mal desempenho, assim como Barrichello, Berger era o piloto competente, mas que não estava ali para ser campeão.
Isto não impediu porem que Berger fosse admirado em seu pais, a Áustria, também que fosse amigo e conselheiro de boa parte dos pilotos do circo, era uma figura querida e respeitada.
Qual a diferença de Berger para Barrichello?
O austríaco jamais pensou em ocupar um lugar que não era o dele.
Em um mundo complicado como a F-1, cada chefe de equipe, cada piloto, cada projetista, ocupa o seu espaço, seria ridículo ver Jack Stuart, proprietário da modesta equipe Stuart se comportar com a empáfia e arrogância de Ron Dennis, bem como o todo poderoso da Mc Laren se comportar como Briatori, o grande malandro do circo. Cada qual tem seu espaço, cada qual o seu estilo.
O mundo espacial é análogo. Complicado, seletivo, tenso.
Ilan Ramon, primeiro astronauta de Israel, falecido no acidente com a Columbia, era um dos pilotos mais qualificados do mundo, seus feitos como piloto da IAF, mesmo antes de ser enviado ao espaço, o credenciavam como uma espécie de herói nacional em Israel.
Discreto, franco, ciente do seu papel dentro do estado de Israel, Ramon jamais utilizou da sua fama para qualquer vaidade mundana, sem programas de TV, sem autógrafos, jamais uma celebridade, apenas um piloto da IAF.
A viagem de Ramon a bordo do Columbia era apenas relações publicas da cooperação entre a EUA e Israel, não tinha valor cientifico relevante, não tinha impacto operacional algum para a Força Aérea de Israel ou a industria espacial daquele pais.
Ramon era um herói antes mesmo de embarcar no foguete, se tivesse ele vivo, estaria cumprindo as mesmas atividades que normalmente desenvolveria na IAF.
Pontes também é um piloto competente, uma pessoa sincera, ciente das suas responsabilidades.
A diferença é que Pontes aceitou o seu papel de Barrichello, isto é, tentou ocupar um lugar no mundo espacial que não era nem de longe aquilo que ele representa.
Assim como a viagem de Ramon, o vôo de Pontes era apenas relações publicas da cooperação entre a Brasil e Rússia, não tinha valor cientifico relevante, não tinha impacto operacional algum para a Força Aérea Brasileira ou a industria espacial do pais.
O rapaz de Bauru no entanto foi vitima de uma cultura que precisa forjar heróis e feitos para suprir um vácuo de realizações nacionais. E por mais brilho e competência que ele teve, este artificialismo gerado em torno do seu vôo só serviu para borrar uma historia que por si só era muito bonita.
Neil Armstrong hoje estaria cruzando os EUA de leste a oeste em um jato particular se cobra-se para dar palestras motivacionais, dezenas de astronautas russos, alguns com 5, 6, 7 vôos espaciais no currículo estariam morando em belos apartamentos nos bairros nobres de Moscou se vendessem camisetas e botons autografados.No entanto muitos continuam trabalhando para o governo, ganhando seus soldos de classe média, dirigindo seus carros modestos e longe das badalações da vida. Porque eles ainda fazem isto?
Sugiro a vocês responderem intimamente a esta pergunta.
Dou uma dica.
Estar dentro de um foguete espacial, projeta-la ou construí-la é uma atividade que já não é mais algo condicionado a remunerações financeiras ou pequenos mimos que uma vida de celebridade possa gerar. Estas questões passam a serem secundarias, pequenas, mundanas demais na vida de quem faz isto.
É uma paixão endêmica, quase uma doença que começa a se manifestar ainda criança e vai crescendo a cada dia.
Tem cura esta doença?
Espero que não porque se tiver, a minha vida pode começar a não fazer sentido.
Elizabeth
Astronauta vai para a reserva e deixa governo perplexo
Agência Estado
Menos de um mês depois de voltar da Estação Espacial Internacional e ser recebido no Brasil como herói nacional, o primeiro astronauta brasileiro, tenente-coronel Marcos Pontes, pediu para entrar na reserva. Isso permitirá que ele cobre por palestras e se dedique a atividades na iniciativa privada.
O afastamento da carreira militar foi comunicado ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, numa reunião na semana passada. A decisão caiu como um balde de água fria entre os defensores da viagem de Pontes ao espaço, principalmente a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Todos imaginavam que, depois da missão que custou US$ 10 milhões ao País, o astronauta atuaria como garoto propaganda do programa espacial e em favor da divulgação científica.
Uma das especulações é de que Pontes, com o afastamento, passará a prestar serviços para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade não confirma a informação. Numa entrevista no site do Ministério da Defesa, Pontes diz que pretende "trabalhar pelo Brasil num sentido de juventude" e que espera a colaboração "da indústria nacional e do governo."
Em seu site - no qual não faltam informações para a contratação de palestras - o astronauta afirma estar disposto a criar um instituto destinado a incentivar a educação para crianças de baixa renda. No texto ele reforça sua esperança em contar com o apoio da Força Aérea e do Senai para o projeto.
A decisão de Pontes frustrou os planos divulgados pelo presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi. No retorno do astronauta ao Brasil, ele afirmara ao Estado que Pontes teria carta branca para decidir qual seria seu destino na agência. Ele foi convidado, por exemplo, a participar de uma viagem que a AEB faria para os Estados Unidos, para discutir a parceria do Brasil com a Nasa. Outra possibilidade seria a de Pontes trabalhar na formação de novos astronautas.
Agora, com sua saída da carreira militar, qualquer participação na AEB terá de ser negociada - e remunerada. O único vínculo que Pontes mantém com a AEB, no momento, é o compromisso de proferir - gratuitamente - palestras que já estavam agendadas.
Procurado ontem pelo Estado, Gaudenzi se limitou a dizer, por meio de sua assessoria de Comunicação, que Pontes "cumpriu sua missão com a Agência Espacial Brasileira, que era levar o Programa de Microgravidade ao espaço". Outras informações, segundo ele, deveriam ser solicitadas à Aeronáutica.
Perplexidade - Dentro do MCT, a saída de Pontes causou perplexidade. Já corria a informação de que, num período não muito distante, ele deixaria a carreira militar. Mas ninguém imaginava que tal decisão seria tomada ainda na ressaca das comemorações da viagem à Estação Espacial Internacional.
O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, que sempre criticou a missão do astronauta, reagiu com ironia ao afastamento de Pontes. "Agora ele deve vender bonequinhos", disse. Em abril, denúncias de que o astronauta lucraria com a venda de lembranças com seu nome e com a realização de palestras - algo proibido pelo Código Militar - passaram a ser investigadas.
"Tudo foi publicidade, algo muito parecido com fogos de artifício, que explodem e logo acabam", disse Candotti. Para a ciência, segundo ele, não haverá prejuízo. "A Aeronáutica é que pode perder um piloto, um operador."
O Procurador-Geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, disse que a saída de Pontes, logo após o alto investimento feito pelo País em sua formação, não é ilegal. "Já em termos morais, é outra história", disse.
Pela lei, servidores públicos ou funcionários que se afastam para fazer cursos têm o dever de permanecer um período no serviço público, tão logo retornem. "Se isso não é cumprido, é possível até mesmo fazer a cobrança do que foi investido no funcionário", afirma Furtado. No caso de Pontes, no entanto, isso não se aplica. "Ele não estava afastado do serviço. A função dele era aquela."
- Rui Elias Maltez
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É a "estrela".
Esse Pontes, por ser o primeiro astronauta que falava português foi muito noticiado por cá aquando da sua curta viagem.
Pois por 2 vezes, numa transimissão autorizada pela ESA, uma escola dos arredores de Lisboa pretendeu falar com ele, para que durante 25 minutos os alunos lhe colocassem perguntas.
A transmissão foi aberta a partir do Centro de Controle Espacial, e o Pontes, nem ligou pévia, não se aproximou do micro, nem respondeu a nada.
Por duas vezes, em dias seguidos, e sem sucesso.
Mania que é grande e importante, mas para nós ele foi uma grande besta!
Esse Pontes, por ser o primeiro astronauta que falava português foi muito noticiado por cá aquando da sua curta viagem.
Pois por 2 vezes, numa transimissão autorizada pela ESA, uma escola dos arredores de Lisboa pretendeu falar com ele, para que durante 25 minutos os alunos lhe colocassem perguntas.
A transmissão foi aberta a partir do Centro de Controle Espacial, e o Pontes, nem ligou pévia, não se aproximou do micro, nem respondeu a nada.
Por duas vezes, em dias seguidos, e sem sucesso.
Mania que é grande e importante, mas para nós ele foi uma grande besta!
- Clermont
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Não entendo nada dessas mumunhas tecnológicas, mas vou dar um chutinho na bola...
A diferença entre um Armstrong, um Gagarim e similares e um Pontes, suponho que seja a seguinte: os primeiros tinham uma nítida compreensão de que o sucesso de suas missões era vital para a sobrevivência de suas nações. Todo aquele esforço era mesmo um esforço militar - em última análise. E eles sabiam que era um esforço totalmente nacional. Então, isso era sentido, no íntimo, como uma missão. Eles tinham de dar tudo de si pelo sucesso que era equivalente a vitória. E tal sentimento era compartilhado pela equipe de técnicos e cientistas.
Já o caso atual desse passeio do Brasil no espaço, no fundo, no fundo, tem a mesma consistência de espuma de cerveja. Serviu, tão somente, para lustrar as carreiras de uns e para servir de propaganda institucional para outros. E, talvez, para ajudar a eleição de um certo barbudo...
E esse coronel da FAB, sabia disso muito bem, pois não é um tonto. Daí por quê não é nenhum sacrifício da parte dele, abandonar sua corporação, nesse momento, enquanto ainda está na "crista da onda", do que continuar na força e servir como "ponto de reagrupamento" vivo, para reforçar o moral da sua corporação. Numa das palestras dele, eu vi um jovem 2o Ten da FAB, numa entrevista, comentar como o feito do coronel servia para reforçar sua dedicação a profissão militar.
Depois de ler essa notícia, o que pensará esse mesmo jovem oficial? É triste...
De qualquer modo, a atitude dele não é diferente de tantos pilotos da FAB que abandonam a farda para ingressar na aviação civil; ou de oficiais do Exército que procuram outra carreira mais lucrativa, digamos, na Polícia Federal.
Há alguns dias, ouvi um jovem que acabara de completar 18 anos, pedindo orientação a um sargento da Aeronáutica sobre como ingressar na corporação. Nada a ver com alguma vocação militar mais íntima; somente a procura de uma boa colocação para um jovem com habilidades na manutenção de redes de computadores. Esse mesmo jovem, dias depois dos incidentes de São Paulo, disse:
- Assim que eu tiver condições, saio do Brasil! Aqui não tem condições pra se viver!
Infelizmente, instituições que, em teoria, deveriam ser movidas pelo idealismo, como as Forças Armadas, se ressentem muito da situação social, moral e econômica pelas quais passa o Brasil
Uma peninha que o coronel Pontes não tenha um pouco mais de vocação de autosacrifício sacerdotal....
Puxa, adorei ler isso! Curou meu remorso por ter pego 2 Kg de merluza, que o caixa pesou, equivocadamente, como se fossem 2 Kg de sardinha. Economizei uns reais, mas fiquei me sentindo como se fosse o próprio José Dirceu. (Aliás, como um caixa confunde um filé de merluza com uma sardinha?)
Mas agora, estou me sentindo bem melhor!
Ei, tive uma idéia! Que tal um tópico nos "Assuntos Gerais" com o título: "Quais as pequenas sacanagens que você já fez no seu dia-a-dia?"
A diferença entre um Armstrong, um Gagarim e similares e um Pontes, suponho que seja a seguinte: os primeiros tinham uma nítida compreensão de que o sucesso de suas missões era vital para a sobrevivência de suas nações. Todo aquele esforço era mesmo um esforço militar - em última análise. E eles sabiam que era um esforço totalmente nacional. Então, isso era sentido, no íntimo, como uma missão. Eles tinham de dar tudo de si pelo sucesso que era equivalente a vitória. E tal sentimento era compartilhado pela equipe de técnicos e cientistas.
Já o caso atual desse passeio do Brasil no espaço, no fundo, no fundo, tem a mesma consistência de espuma de cerveja. Serviu, tão somente, para lustrar as carreiras de uns e para servir de propaganda institucional para outros. E, talvez, para ajudar a eleição de um certo barbudo...
E esse coronel da FAB, sabia disso muito bem, pois não é um tonto. Daí por quê não é nenhum sacrifício da parte dele, abandonar sua corporação, nesse momento, enquanto ainda está na "crista da onda", do que continuar na força e servir como "ponto de reagrupamento" vivo, para reforçar o moral da sua corporação. Numa das palestras dele, eu vi um jovem 2o Ten da FAB, numa entrevista, comentar como o feito do coronel servia para reforçar sua dedicação a profissão militar.
Depois de ler essa notícia, o que pensará esse mesmo jovem oficial? É triste...
De qualquer modo, a atitude dele não é diferente de tantos pilotos da FAB que abandonam a farda para ingressar na aviação civil; ou de oficiais do Exército que procuram outra carreira mais lucrativa, digamos, na Polícia Federal.
Há alguns dias, ouvi um jovem que acabara de completar 18 anos, pedindo orientação a um sargento da Aeronáutica sobre como ingressar na corporação. Nada a ver com alguma vocação militar mais íntima; somente a procura de uma boa colocação para um jovem com habilidades na manutenção de redes de computadores. Esse mesmo jovem, dias depois dos incidentes de São Paulo, disse:
- Assim que eu tiver condições, saio do Brasil! Aqui não tem condições pra se viver!
Infelizmente, instituições que, em teoria, deveriam ser movidas pelo idealismo, como as Forças Armadas, se ressentem muito da situação social, moral e econômica pelas quais passa o Brasil
Uma peninha que o coronel Pontes não tenha um pouco mais de vocação de autosacrifício sacerdotal....
Admiro pessoas como Nelson Piquet, Alan Prost, Niegel Manssell, trapaceiros, mau humorados, a essência do politicamente incorreto.
Puxa, adorei ler isso! Curou meu remorso por ter pego 2 Kg de merluza, que o caixa pesou, equivocadamente, como se fossem 2 Kg de sardinha. Economizei uns reais, mas fiquei me sentindo como se fosse o próprio José Dirceu. (Aliás, como um caixa confunde um filé de merluza com uma sardinha?)
Mas agora, estou me sentindo bem melhor!
Ei, tive uma idéia! Que tal um tópico nos "Assuntos Gerais" com o título: "Quais as pequenas sacanagens que você já fez no seu dia-a-dia?"
- Carlos Lima
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Excelente o seu post Koslova,
O problema é essa interminável mania de nós brasileiros "construirmos" heróis... desde os tempos de Tiradentes (pelo menos) fazem isso...
O nosso povo ignorante... observa e aplaude isso
Nunca vi povo com tamanha necessidade de identidade e de auto-afirmação. Queríamos tanto ter heróis mas não damos o devido valor para professores, médicos e policiais. Os nossos Pracinhas voltaram de uma Guerra e tirando os que tinham "peixe", os poucos sobreviventes vivem na "M..." (o documentário "A Cobra Fumou" dá até pena).
Aqui na Europa o ex-combatente é bem tratado. Não ganham salários excepcionais, nada disso, vivem uma vida modesta, mas ganham respeito e ouvidos atento as lições dadas por eles!
Bom... voltando ao Pontes, se esse Sr (já que está se aposentando) quer se aposentar... bom... é difícil fazer algo para impedir isso, mas acho que se ele quer montar a sua própria "fundação" e cobrar para dizer como foram gastos os Milhões de Dólares do bolso do contribuinte para ele plantar feijão...
Isso é uma afronta!
Deveria existir algum maneira de impedir isso (já que moralmente não há como contar com o rapaz)...
E se ele não quer mais estar na FAB que ele então fosse trabalhar na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e dar palestras tendo eles como ponto de apoio.
Na realidade será... Pontes no Jô ($$), Pontes no Faustão ($$), Pontes no "O Globo" ($$), Coluna do Pontes no Estado de São Paulo ($$ - provavelmente na área de "agricultura espacial"), Blog do Pontes ($$).
Na política a plataforma dele será "Mandar a Corrupção para o Espaço" (mas isso custa $$, já que até para mandá-lo rolou uma grana).
Quanto ao povo... esse vai olhar isso e aplaudir de Pé
As instituições se divertem com isso, nossa mídia e os nossos políticos se alimentam de "heróis" e usam eles para fazermos esquecer o senso de prioridade e não resolver os problemas sérios.
Como disse o rapaz ao Sgto vontade de estar no Brasil é nenhuma
Meus 2 cents
CB_Lima
O problema é essa interminável mania de nós brasileiros "construirmos" heróis... desde os tempos de Tiradentes (pelo menos) fazem isso...
O nosso povo ignorante... observa e aplaude isso
Nunca vi povo com tamanha necessidade de identidade e de auto-afirmação. Queríamos tanto ter heróis mas não damos o devido valor para professores, médicos e policiais. Os nossos Pracinhas voltaram de uma Guerra e tirando os que tinham "peixe", os poucos sobreviventes vivem na "M..." (o documentário "A Cobra Fumou" dá até pena).
Aqui na Europa o ex-combatente é bem tratado. Não ganham salários excepcionais, nada disso, vivem uma vida modesta, mas ganham respeito e ouvidos atento as lições dadas por eles!
Bom... voltando ao Pontes, se esse Sr (já que está se aposentando) quer se aposentar... bom... é difícil fazer algo para impedir isso, mas acho que se ele quer montar a sua própria "fundação" e cobrar para dizer como foram gastos os Milhões de Dólares do bolso do contribuinte para ele plantar feijão...
Isso é uma afronta!
Deveria existir algum maneira de impedir isso (já que moralmente não há como contar com o rapaz)...
E se ele não quer mais estar na FAB que ele então fosse trabalhar na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e dar palestras tendo eles como ponto de apoio.
Na realidade será... Pontes no Jô ($$), Pontes no Faustão ($$), Pontes no "O Globo" ($$), Coluna do Pontes no Estado de São Paulo ($$ - provavelmente na área de "agricultura espacial"), Blog do Pontes ($$).
Na política a plataforma dele será "Mandar a Corrupção para o Espaço" (mas isso custa $$, já que até para mandá-lo rolou uma grana).
Quanto ao povo... esse vai olhar isso e aplaudir de Pé
As instituições se divertem com isso, nossa mídia e os nossos políticos se alimentam de "heróis" e usam eles para fazermos esquecer o senso de prioridade e não resolver os problemas sérios.
Como disse o rapaz ao Sgto vontade de estar no Brasil é nenhuma
Meus 2 cents
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
Eu fui um dos que defendi a viagem do nosso astronauta. Confesso que fiquei irritado e achei uma sacanagem a principio.
Mas vamos aguardar o que ele vai fazer daqui pra frente, vamos ver se ele vai agregar algum valor a Indústria Aeroespacial de nosso país agora que está na reserva. Eu prefiro aguardar e ver.
Pequeno trecho da Mensagem no site dele (http://www.marcospontes.net):
"Minhas convicções e valores, nascidos na Aeronáutica e sustentados pelo meu amor pelas nossas cores e pela nossa juventude, continuarão sendo os meus guias nessa nova jornada. A criação e administração de um instituto para promover a educação no país, o trabalho para a continuidade da participação brasileira na Estação Espacial Internacional (EEI / ISS), para a inclusão da indústria nacional no mercado internacional de tecnologia espacial e para a criação de um centro nacional de pesquisas em microgravidade, a luta para termos um segundo astronauta brasileiro, são algumas das atividades que estarei desenvolvendo nesse período."
Mas vamos aguardar o que ele vai fazer daqui pra frente, vamos ver se ele vai agregar algum valor a Indústria Aeroespacial de nosso país agora que está na reserva. Eu prefiro aguardar e ver.
Pequeno trecho da Mensagem no site dele (http://www.marcospontes.net):
"Minhas convicções e valores, nascidos na Aeronáutica e sustentados pelo meu amor pelas nossas cores e pela nossa juventude, continuarão sendo os meus guias nessa nova jornada. A criação e administração de um instituto para promover a educação no país, o trabalho para a continuidade da participação brasileira na Estação Espacial Internacional (EEI / ISS), para a inclusão da indústria nacional no mercado internacional de tecnologia espacial e para a criação de um centro nacional de pesquisas em microgravidade, a luta para termos um segundo astronauta brasileiro, são algumas das atividades que estarei desenvolvendo nesse período."
Só criticar e ficar plantado feito estátua...e ser trapaceio
Rubens Barrichello e Mj. Pontes, estão dentro de suas funções profissionais servindo da melhor maneira possível...Se a imprensa ou órgãos oficiais não sabem ou criam situações relativamente medíocres, de nada irá adiantar ficar plantado criticando e deixando que as coisas fiquem no mesmo patamar...
Agora, NÃO gosto de trapaceiros e NUNCA vou aceitar trapaça...
Muito incoerente criticar dois profissionais em seu campo de atuação e dizer adimirar TRAPACEIROS!
Agora, NÃO gosto de trapaceiros e NUNCA vou aceitar trapaça...
Muito incoerente criticar dois profissionais em seu campo de atuação e dizer adimirar TRAPACEIROS!
" Sobre a nudez da verdade, o manto diáfano da fantasia"
Eça de Queiroz
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Excelente post, Koslova. Impecável a comparação com a F-1 !!!! Talvez o melhor dos últimos tempos, uma bela analogia.
Azar do Pontes que ele tenha escolhido ser um Rubinho, que está às portas talvez de ser demitido da escuderia por deficiência técnica. Provavelmente, vamos ter que aturar o Pontes em algum cargo eletivo ou presidente de alguma ONG qualquer ...
Off topic - Sempre preferi o Piquet ao Senna. Realmente só admirei até hoje de um único atleta, pela sua história pessoal e caráter (não que ele não estivesse envolvido em lutas suspeitas, como a segunda vitória contra Sonny Liston), um certo Cassius Marcellus, atualmente Muhamad Ali. Acho que ele tem méritos maiores que um certo "Atleta do Século", genial enquanto Pelé, mas francamente chato e enrolado enquanto Édson Arantes do Nascimento.
Azar do Pontes que ele tenha escolhido ser um Rubinho, que está às portas talvez de ser demitido da escuderia por deficiência técnica. Provavelmente, vamos ter que aturar o Pontes em algum cargo eletivo ou presidente de alguma ONG qualquer ...
Off topic - Sempre preferi o Piquet ao Senna. Realmente só admirei até hoje de um único atleta, pela sua história pessoal e caráter (não que ele não estivesse envolvido em lutas suspeitas, como a segunda vitória contra Sonny Liston), um certo Cassius Marcellus, atualmente Muhamad Ali. Acho que ele tem méritos maiores que um certo "Atleta do Século", genial enquanto Pelé, mas francamente chato e enrolado enquanto Édson Arantes do Nascimento.
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
Antes de meter o pau, seria bom cda um se por no lugar do Pontes.
Vamos supor que vcs tivessem a possibilidade de se aposentar, absolutamente de acordo com as leis, e depois ganhar por hora de palestra o dobro do que ganhariam por mês. Ah, e sem esquecer que por ter trabalhado tanto tempo fora da estrutura normal do seu emprego, quando voltassem a ele simplesmente não haveria lugar para você trabalhar.
Pois é exatamente isso que se passou com o Pontes. Se ficasse na FAB irira ficar atrás de uma mesinha até ser chamado para aparecer em alguma sonelidade. Sinceramente duvido que alguém no lugar dele faria diferente.
Vamos supor que vcs tivessem a possibilidade de se aposentar, absolutamente de acordo com as leis, e depois ganhar por hora de palestra o dobro do que ganhariam por mês. Ah, e sem esquecer que por ter trabalhado tanto tempo fora da estrutura normal do seu emprego, quando voltassem a ele simplesmente não haveria lugar para você trabalhar.
Pois é exatamente isso que se passou com o Pontes. Se ficasse na FAB irira ficar atrás de uma mesinha até ser chamado para aparecer em alguma sonelidade. Sinceramente duvido que alguém no lugar dele faria diferente.
- Rui Elias Maltez
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Eu não sei o que se passou por aí, mas a atitude que teve relativamente a esta escola portuguesa foi de estrela de meia tigela.
Se ele foi para o espaço, não tinha mais que fazer que comunicar com os terráqueos, se a transmissão estava autorizada e contratada com a ESA.
Ou ele estaria nessa altura na cagadeira e não pode vir falar?
Que eu saiba ele não é engenheiro-químico nem estaria desenvolvendo pesquisas em volta de física quantica, ou a estudar a natureza dos buracos negros
Se ele foi para o espaço, não tinha mais que fazer que comunicar com os terráqueos, se a transmissão estava autorizada e contratada com a ESA.
Ou ele estaria nessa altura na cagadeira e não pode vir falar?
Que eu saiba ele não é engenheiro-químico nem estaria desenvolvendo pesquisas em volta de física quantica, ou a estudar a natureza dos buracos negros
LEIA O COMENTÁRIO ENCAMINHADO AO ESTADO S. PAULO, a jornalista Lígia Forment, no dia 24 de maio.
Muitas informações desencontradas circulam no momento sobre a minha passagem do serviço ativo para a reserva da Força Aérea Brasileira. Fique registrado o seguinte:
Corretamente falando, eu continuo ligado a Força Aérea (oficial da reserva) e completamente engajado no programa espacial brasileiro em prol do Brasil, da FAB, da AEB e das industrias nacionais. Ou seja, a minha ida para a reserva NAO ALTERA NADA NO CONTEXTO de PARTICIPAÇAO NO PROGRAMA ESPACIAL. E claro que continuo no programa espacial!
O fato é que, na verdade, esse foi um processo necessário, realizado em concordância com o FAB após longo aconselhamento com o Comandante da Aeronáutica e conversa com o Presidente da AEB, de forma a dar continuidade eficiente as minhas atividades junto ao programa espacial brasileiro com a construção das partes brasileiras da ISS pela industria nacional. Ou seja, no estagio atual dessa cooperação, não existem mais as minhas atividades de astronauta (missão já realizada e próxima missão possível sem data prevista a longo prazo), mas sim atividades necessárias do meu relacionamento internacional e conhecimento técnico para a homologação e preparação da indústria nacional no processo. A missão Centenário foi cumprida e concluída com todo o sucesso, justificando cada centavo investido pelo país na sua realização segundo a necessidade da administração que a comandou e gerenciou (AEB). Eu, como parte operacional cumpri o trabalho para o qual fui designado pelo Brasil em 1998 para sua execução (cumpri todas as etapas de preparação, o vôo e os experimentos). Encerrada a missão, a responsabilidade da FAB como acordado em 1998 para a minha manutenção o programa cessou também. Agora o foco de minha "missão", utilizando meu conhecimento e preparo, tem de ser mudado do setor operacional para o setor técnico-industrial. Isso irá permitir que cumpramos a nossa parte atual como país na cooperação da ISS junto aos outros 15 país (pendência desde 2001 - quando deveria ser entregue o componente "express pallet" segundo o acordo daquela época) e tenhamos assim, mantido o crédito e o respeito internacional pela nossa indústria e Programa Espacial. Inicio então essa nova fase, agora ligado a indústria que assume a responsabilidade, até então da FAB, sendo a maior beneficiada com o sucesso dessa nova fase com a homologação das industrias e possível entrada e participação no mercado espacial.
No campo pessoal, além do objetivo citado acima de manter com sucesso a participação brasileira na ISS apesar da conclusão da Missão operacional como astronauta (acordada para apoio da FAB) , também concorreram os fatos de minha carreira ter sido sacrificada para o cumprimento da missao pelo país (sem cursos de carreira necessários a promoções subsequentes), a conclusão do meu tempo regulamentar de serviço ativo e a decisão de administrar instituição para a área social (educação).
Marcos Pontes
Muitas informações desencontradas circulam no momento sobre a minha passagem do serviço ativo para a reserva da Força Aérea Brasileira. Fique registrado o seguinte:
Corretamente falando, eu continuo ligado a Força Aérea (oficial da reserva) e completamente engajado no programa espacial brasileiro em prol do Brasil, da FAB, da AEB e das industrias nacionais. Ou seja, a minha ida para a reserva NAO ALTERA NADA NO CONTEXTO de PARTICIPAÇAO NO PROGRAMA ESPACIAL. E claro que continuo no programa espacial!
O fato é que, na verdade, esse foi um processo necessário, realizado em concordância com o FAB após longo aconselhamento com o Comandante da Aeronáutica e conversa com o Presidente da AEB, de forma a dar continuidade eficiente as minhas atividades junto ao programa espacial brasileiro com a construção das partes brasileiras da ISS pela industria nacional. Ou seja, no estagio atual dessa cooperação, não existem mais as minhas atividades de astronauta (missão já realizada e próxima missão possível sem data prevista a longo prazo), mas sim atividades necessárias do meu relacionamento internacional e conhecimento técnico para a homologação e preparação da indústria nacional no processo. A missão Centenário foi cumprida e concluída com todo o sucesso, justificando cada centavo investido pelo país na sua realização segundo a necessidade da administração que a comandou e gerenciou (AEB). Eu, como parte operacional cumpri o trabalho para o qual fui designado pelo Brasil em 1998 para sua execução (cumpri todas as etapas de preparação, o vôo e os experimentos). Encerrada a missão, a responsabilidade da FAB como acordado em 1998 para a minha manutenção o programa cessou também. Agora o foco de minha "missão", utilizando meu conhecimento e preparo, tem de ser mudado do setor operacional para o setor técnico-industrial. Isso irá permitir que cumpramos a nossa parte atual como país na cooperação da ISS junto aos outros 15 país (pendência desde 2001 - quando deveria ser entregue o componente "express pallet" segundo o acordo daquela época) e tenhamos assim, mantido o crédito e o respeito internacional pela nossa indústria e Programa Espacial. Inicio então essa nova fase, agora ligado a indústria que assume a responsabilidade, até então da FAB, sendo a maior beneficiada com o sucesso dessa nova fase com a homologação das industrias e possível entrada e participação no mercado espacial.
No campo pessoal, além do objetivo citado acima de manter com sucesso a participação brasileira na ISS apesar da conclusão da Missão operacional como astronauta (acordada para apoio da FAB) , também concorreram os fatos de minha carreira ter sido sacrificada para o cumprimento da missao pelo país (sem cursos de carreira necessários a promoções subsequentes), a conclusão do meu tempo regulamentar de serviço ativo e a decisão de administrar instituição para a área social (educação).
Marcos Pontes
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Pois eu mantenho minha posição inicial, evidenciada no tópico 'Marcos Pontes': O ÍNDIO É DOS BUENOS! Fez o que lhe mandaram, como bom Militar, POWS! Largou de mão uma missão DE VERDADE para fazer as vontades dos politiqueiros safados FDP que querem é manchete AGORA, e não RESULTADOS NO MOMENTO CERTO.
Foi passear e plantar feijãozinho no espaço quando poderia ter trancado o pé para ir na época certa...
O índio treinou até enjoar e foi fazer papel de turista espacial...
E a minha adorada Koslova posta uma bela mensagem no tópico supracitado só para largar essa outra aqui... Num sou ombudsman do DB nem nada, mas é dose mesmo...
Quer dizer então que o índio tem que ser uma espécie de sem-terra do espaço mas não, E DE JEITO NENHUM, ganhar uns trocos e difundir a vocação espacial do Brasil sem ter que se contentar em ser garoto-propaganda dos P*TISTAS?
Então tô loko, POWS!!!
Só falta mesmo agora é o Morcego começar a choramingar pela TRAIÇÃO ao 'noffo guia', depois pegar seu litro de pinga e um espelho e ir para a floresta e ficar lá RINDO!
Tá sodas...
Foi passear e plantar feijãozinho no espaço quando poderia ter trancado o pé para ir na época certa...
O índio treinou até enjoar e foi fazer papel de turista espacial...
E a minha adorada Koslova posta uma bela mensagem no tópico supracitado só para largar essa outra aqui... Num sou ombudsman do DB nem nada, mas é dose mesmo...
Quer dizer então que o índio tem que ser uma espécie de sem-terra do espaço mas não, E DE JEITO NENHUM, ganhar uns trocos e difundir a vocação espacial do Brasil sem ter que se contentar em ser garoto-propaganda dos P*TISTAS?
Então tô loko, POWS!!!
Só falta mesmo agora é o Morcego começar a choramingar pela TRAIÇÃO ao 'noffo guia', depois pegar seu litro de pinga e um espelho e ir para a floresta e ficar lá RINDO!
Tá sodas...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)