Dúvida: 7.62 x 5.56
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- Rodrigo Santos
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Dúvida: 7.62 x 5.56
Pessoal, a discussão é antiga mais eu nunca vi ninguém com conclusões sobre o assunto. Não sou muito lá entendido de armas de fogo, mais o assunto me interessa. Considerando rifles de assalto:
Já li que o 5.56 é superior porque um soldado consegue carregar mais munição com menos peso, porque ela dá menos recuo e portanto é mais controlável, e até que a 5.56 apenas fere o combatente, assim é mais eficiente porque obriga a outros soldados inimigos a ajudarem o ferido. As duas primeiras afirmativas até entendo, mais a 3ª tem lógica?
Qual calibre é mais eficiente para tiros a longa, média e curta distância?
Os russos desenvolveram um rifle (AEK-971, se não me engano) que consegue reduzir todos os vetores do recuo menos o da bala atravessando o cano, assim fica com um recuo total menor. Isso possibilitou o retorno ao calibre 7.62, ou pelo menos testes deste. Significa que o principal fator para o uso do 5.56 é mesmo a maior controlabilidade em tiros seguidos?
Já li que o 5.56 é superior porque um soldado consegue carregar mais munição com menos peso, porque ela dá menos recuo e portanto é mais controlável, e até que a 5.56 apenas fere o combatente, assim é mais eficiente porque obriga a outros soldados inimigos a ajudarem o ferido. As duas primeiras afirmativas até entendo, mais a 3ª tem lógica?
Qual calibre é mais eficiente para tiros a longa, média e curta distância?
Os russos desenvolveram um rifle (AEK-971, se não me engano) que consegue reduzir todos os vetores do recuo menos o da bala atravessando o cano, assim fica com um recuo total menor. Isso possibilitou o retorno ao calibre 7.62, ou pelo menos testes deste. Significa que o principal fator para o uso do 5.56 é mesmo a maior controlabilidade em tiros seguidos?
[]´s
Rodrigo
Todos se olham e não se enxergam
Todos se tocam e não se apercebem
Todos se pensam e não se conseguem
Todos totais e tão desiguais
-Moraes
Rodrigo
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- LEO
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Eu acho que o calibre da arma, varia de qual tipo de operação:
Se o calibre 5.56 é mais leve e se tem mais controle sobre ela, acho que seria melhor se utilizado para forças especiais, tropas de ação rápida, fuzileiros navais, ou seja tropas leves.
O calibre 7.62, então seria de melhor utilidade para tropas de infantaria de defesa de territorio, patrulhamento, ataques de forças de infantria em maior numero, apoiada por blindados e outros e talvez, ser utilizada por atiradores, talvez até como "Snipers", porque acho que armas de calibre 7.62mm tem maior alcance que 5.56...
Qual calibre é mais eficiente para tiros a longa, média e curta distância?
Eu acho que a longa e media, o 7.62 e a curta, o 5,56...
Para terminar, acho que cada um é melhor em determinada operação, o 5,56 em tropas que tem mobilidade e precisam de armamento leve.
E o 7.62 em tropas de combate, porque tem mais poder de fogo e talvez por Snipers, pois acho que deve ter um bom alcance efetivo.
É por isso que os fuzileiros, por exemplo, utilizam o M-16 e as tropas do Exercito usam o FAL.
Abraços
LEO
Se o calibre 5.56 é mais leve e se tem mais controle sobre ela, acho que seria melhor se utilizado para forças especiais, tropas de ação rápida, fuzileiros navais, ou seja tropas leves.
O calibre 7.62, então seria de melhor utilidade para tropas de infantaria de defesa de territorio, patrulhamento, ataques de forças de infantria em maior numero, apoiada por blindados e outros e talvez, ser utilizada por atiradores, talvez até como "Snipers", porque acho que armas de calibre 7.62mm tem maior alcance que 5.56...
Qual calibre é mais eficiente para tiros a longa, média e curta distância?
Eu acho que a longa e media, o 7.62 e a curta, o 5,56...
Para terminar, acho que cada um é melhor em determinada operação, o 5,56 em tropas que tem mobilidade e precisam de armamento leve.
E o 7.62 em tropas de combate, porque tem mais poder de fogo e talvez por Snipers, pois acho que deve ter um bom alcance efetivo.
É por isso que os fuzileiros, por exemplo, utilizam o M-16 e as tropas do Exercito usam o FAL.
Abraços
LEO
Os dois são excelentes... cumprem seu papel com perfeição (matar)... em solo brasileiro.. ou qualquer outro.. tanto faz... os dois vão matar do mesmo jeito... dai fica de acordo com o soldado... a preferencia dele...
Eh claro que o 7.62 vai ser mais dificil de pegar outra trajetoria.. se entrar em contato com algum objeto no caminho do alvo.. por ser um calibre mais forte.. e talz.. mais realmente.. na minha opinião.. tanto faz... mais eu prefiro do 7.62x39mm Russo...
Eh claro que o 7.62 vai ser mais dificil de pegar outra trajetoria.. se entrar em contato com algum objeto no caminho do alvo.. por ser um calibre mais forte.. e talz.. mais realmente.. na minha opinião.. tanto faz... mais eu prefiro do 7.62x39mm Russo...
- Vinicius Pimenta
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7.62
Eu nunca atirei com um fuzil, bom pra falar a verdade eu nunca atirei com uma arma de fogo. Com espingarda de chumbinho e pistola de bolinhas eu já atirei, mas isso não conta. Sendo assim, eu não posso dar uma opinião baseada em experiência própria, mas posso ter uma opinião baseado em tudo o que eu já li.
Para início de conversa, o fato de nunca terem chegado a um concenso é porque o "calibre ideal" é de gosto pessoal. O 7.62 é mais potente e difícil ser desviado por elementos externos, porém o controle do fuzil não é muito simples. Não é fácil encontrar soldados que consigam manter a mira quando estão descarregando o pente. É por isso que geralmente se usa o tiro simples ou a rajada de trê tiros, para não desperdiçar munição.
O 5.56 é mais leve e passível de sofrer interferências externas, na floresta amazônica poderia ser menos eficiente pois seria comum o desvio dos projéteis nas árvores por exemplo, tal como aconteceu no Vietnã com os fuzis americanos. Como a bala é muito leve e rápida ele pode também atravessar o corpo do inimigo sem causar um dano sério. Isto também ocorreu no Vietnã, onde os soldados americanos diziam que mesmo após darem vários tiros nos vietcongs eles ainda corriam em sua direção, fazendo com que os americanos tivessem que gastar mais tiros para derrubar os inimigos.
Aí varia do gosto pessoal, cada um tem seus prós e contras. Um soldado deve escolher aquele que mais se encaixa com sua "personalidade". No meu caso, se eu puder escolher quando eu entrar na FAB (e vou entrar), se eu conseguir controlar um fuzil 7.62 satisfatoriamente eu com certeza devo preferir esse calibre.
7.62 brasileiro de preferência
Abraços!
Para início de conversa, o fato de nunca terem chegado a um concenso é porque o "calibre ideal" é de gosto pessoal. O 7.62 é mais potente e difícil ser desviado por elementos externos, porém o controle do fuzil não é muito simples. Não é fácil encontrar soldados que consigam manter a mira quando estão descarregando o pente. É por isso que geralmente se usa o tiro simples ou a rajada de trê tiros, para não desperdiçar munição.
O 5.56 é mais leve e passível de sofrer interferências externas, na floresta amazônica poderia ser menos eficiente pois seria comum o desvio dos projéteis nas árvores por exemplo, tal como aconteceu no Vietnã com os fuzis americanos. Como a bala é muito leve e rápida ele pode também atravessar o corpo do inimigo sem causar um dano sério. Isto também ocorreu no Vietnã, onde os soldados americanos diziam que mesmo após darem vários tiros nos vietcongs eles ainda corriam em sua direção, fazendo com que os americanos tivessem que gastar mais tiros para derrubar os inimigos.
Aí varia do gosto pessoal, cada um tem seus prós e contras. Um soldado deve escolher aquele que mais se encaixa com sua "personalidade". No meu caso, se eu puder escolher quando eu entrar na FAB (e vou entrar), se eu conseguir controlar um fuzil 7.62 satisfatoriamente eu com certeza devo preferir esse calibre.
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Vinicius Pimenta
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- Plinio Jr
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A grande verdade é que logo após a Guerra do Vietnã, tanto os países da OTAN quanto do então Pacto de Varsóvia, começar a adotar conceitos de mobilidade p/ seus soldados. Até aquele momento, os países tinham como padrão o cal. 7,62 mm , que eram em sua grande maioria, fuzis pesados, de grande recuo e que necessitavam uma posição fixa p/ disparar, em movimento os resultados deixavam muito a desejar, tanto em curto quanto médio alcance, podemos colocar nesta categoria, FN FAL , o LR inglês, o G-3 alemão, entre outros.
O AK-47 russo e suas cópias pelo mundo, na verdade sofre um efeito contrário, leve e uma excelente arma p/ curto alcance, mas a sua precisão a médio e longo alcance são decepcionantes .
Visando um calibre mais eficaz em todos os alcances e até mesmo, diminuir o peso e tamanho que estas armas possuíam, surgiram uma grande família de fuzis em calibres 5.56mm , o mesmo adotado pelo fuzil Stoner americano e em seguida pelo M-16.
Mesmo os russos adotaram o AK-74, cujo calibre é semelhante ao 5.56mm, os israelenses desenvolveram o Galil, muito semelhante em aparência e conceitos ao AK-47, mas em calibre 5,56mm e o mesmo fizeram os finlandeses da Valmet.
A grande verdade é que ainda não está disponível uma arma em cal. 7,62mm que seja eficiente sob todos os alcances e que seja leve (o FAL pesa quase 7 kg enquanto o M-16 A2 por exemplo pesa cerca de 4 kg) p/ um soldado de infantaria em qualquer cenário de combate isto faz uma grande diferença.
No momento o calibre 7,62mm está destinado aos Snipers e cumprem muito bem esta função, graças a sua precisão a longas distâncias.
Aqui no Brasil, ocorreu uma grande demonstração que as FA´s não se entendem p/ que se possa haver uma modernização. Até pouco tempo atrás, o exército e a marinha tinham como arma padrão , o FN FAL e a força aérea, o G-3 alemão, todos cal 7. 62 mm.
Com o tempo passando, a marinha resolveu adquirir o M-16 A2 americano, a força aérea os Fuzis suíços da SIG e o exército continua com o FAL e está desenvolvendo junto a Imbel uma nova versão do mesmo , em calibre 5,56mm que em testes, mostrou um pobre desempenho..
Lamentável, ao invés das FA´s fazerem uma padronização, elas complicam ainda mais os seus serviços logísticos e criam problemas de adestramento e intercambio entre elas ....
Abraços
Plinio Jr.
O AK-47 russo e suas cópias pelo mundo, na verdade sofre um efeito contrário, leve e uma excelente arma p/ curto alcance, mas a sua precisão a médio e longo alcance são decepcionantes .
Visando um calibre mais eficaz em todos os alcances e até mesmo, diminuir o peso e tamanho que estas armas possuíam, surgiram uma grande família de fuzis em calibres 5.56mm , o mesmo adotado pelo fuzil Stoner americano e em seguida pelo M-16.
Mesmo os russos adotaram o AK-74, cujo calibre é semelhante ao 5.56mm, os israelenses desenvolveram o Galil, muito semelhante em aparência e conceitos ao AK-47, mas em calibre 5,56mm e o mesmo fizeram os finlandeses da Valmet.
A grande verdade é que ainda não está disponível uma arma em cal. 7,62mm que seja eficiente sob todos os alcances e que seja leve (o FAL pesa quase 7 kg enquanto o M-16 A2 por exemplo pesa cerca de 4 kg) p/ um soldado de infantaria em qualquer cenário de combate isto faz uma grande diferença.
No momento o calibre 7,62mm está destinado aos Snipers e cumprem muito bem esta função, graças a sua precisão a longas distâncias.
Aqui no Brasil, ocorreu uma grande demonstração que as FA´s não se entendem p/ que se possa haver uma modernização. Até pouco tempo atrás, o exército e a marinha tinham como arma padrão , o FN FAL e a força aérea, o G-3 alemão, todos cal 7. 62 mm.
Com o tempo passando, a marinha resolveu adquirir o M-16 A2 americano, a força aérea os Fuzis suíços da SIG e o exército continua com o FAL e está desenvolvendo junto a Imbel uma nova versão do mesmo , em calibre 5,56mm que em testes, mostrou um pobre desempenho..
Lamentável, ao invés das FA´s fazerem uma padronização, elas complicam ainda mais os seus serviços logísticos e criam problemas de adestramento e intercambio entre elas ....
Abraços
Plinio Jr.
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Olá Plinio,
Suas considerações estão quase todas corretas mas você se equivocou em um ponto:
Pelo o que me consta FAL significa Fuzil Automático Leve - ou segundo brincadeiras de militares do EB seria Fuzil "Aparentemente Leve". . O fato é que o FAL pesa 4,200 Kg sem o carregador, com o mesmo, chutando que pese 800 g, o peso do FAL vai para 5 kg. Uma diferença de 2 kg para um soldado é muito grande. Você deve ter confundindo com o FAP - Fuzil Automático Pesado - que pesa 6 kg.
Suas considerações estão quase todas corretas mas você se equivocou em um ponto:
Plinio Jr escreveu:(o FAL pesa quase 7 kg enquanto o M-16 A2 por exemplo pesa cerca de 4 kg)
Pelo o que me consta FAL significa Fuzil Automático Leve - ou segundo brincadeiras de militares do EB seria Fuzil "Aparentemente Leve". . O fato é que o FAL pesa 4,200 Kg sem o carregador, com o mesmo, chutando que pese 800 g, o peso do FAL vai para 5 kg. Uma diferença de 2 kg para um soldado é muito grande. Você deve ter confundindo com o FAP - Fuzil Automático Pesado - que pesa 6 kg.
Vinicius Pimenta
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Também não entendo quase nada de armas de fogo, só tenho um pouco de conhecimento teórico.
Até pouco tempo eu era à favor do 5.56x45 pelas razões aqui explicadas, e também pelo fato de que os engajamentos hoje em dia ocorrerem a distâncias pequenas, principalmente num território como o nosso, de densa vegetação. Dessa forma um calibre com alcance prático em torno dos 600m tornar-se-ia um exagero. Todavia com essa "guerra" no Iraque ficou evidente a grande ploriferação dos coletes balísticos entre as tropas convencionais, e são coletes bem fortes com camadas de aramida e cerâmica. Com todos tendo um maior nível de proteção, pra quê vai servir um calibre como o 5.56x45mm? Se sem colete ele não mata, com colete nem cóssegas vai fazer. O pensamento de que "ferir é melhor negócio" nesse caso não teria efetividade.
Eu penso que no nosso caso seria ideal o desenvolvimento de um calibre intermediário entre os mais famosos, algo como 6.5x50mm... Mas como isso demanda demasiado investimento e esse investimento não se justifica pois não somos um país "guerreador", isto está totalmente fora de cogitação.
Ainda mais levando-se em conta os grandes custos necessários para substituir os fuzis (principalmente do Exército), e que os BILs foram infelizes no uso dos MD1 e MD2, não acho que a substituição seja necessária. Sem contar que as metralhadoras "de verdade" (não é uma Minimi...) e os fuzis de precisão usam calibre 7.62, não precisaria de usar dois tipos de munição.
Os 5.56x45mm como já disseram, são ótimos para ações de comandos, mas os Comandos adquirem armas de dotação não-oficial do Exército e em pequenas quantidades, sendo irrisória em relação ao resto da força.
Certo que o FAL é um pouco antigo, mas não é um fuzil de dar muitos problemas pelo que dizem por aí, então sua substituição não é emergencial.
Até pouco tempo eu era à favor do 5.56x45 pelas razões aqui explicadas, e também pelo fato de que os engajamentos hoje em dia ocorrerem a distâncias pequenas, principalmente num território como o nosso, de densa vegetação. Dessa forma um calibre com alcance prático em torno dos 600m tornar-se-ia um exagero. Todavia com essa "guerra" no Iraque ficou evidente a grande ploriferação dos coletes balísticos entre as tropas convencionais, e são coletes bem fortes com camadas de aramida e cerâmica. Com todos tendo um maior nível de proteção, pra quê vai servir um calibre como o 5.56x45mm? Se sem colete ele não mata, com colete nem cóssegas vai fazer. O pensamento de que "ferir é melhor negócio" nesse caso não teria efetividade.
Eu penso que no nosso caso seria ideal o desenvolvimento de um calibre intermediário entre os mais famosos, algo como 6.5x50mm... Mas como isso demanda demasiado investimento e esse investimento não se justifica pois não somos um país "guerreador", isto está totalmente fora de cogitação.
Ainda mais levando-se em conta os grandes custos necessários para substituir os fuzis (principalmente do Exército), e que os BILs foram infelizes no uso dos MD1 e MD2, não acho que a substituição seja necessária. Sem contar que as metralhadoras "de verdade" (não é uma Minimi...) e os fuzis de precisão usam calibre 7.62, não precisaria de usar dois tipos de munição.
Os 5.56x45mm como já disseram, são ótimos para ações de comandos, mas os Comandos adquirem armas de dotação não-oficial do Exército e em pequenas quantidades, sendo irrisória em relação ao resto da força.
Certo que o FAL é um pouco antigo, mas não é um fuzil de dar muitos problemas pelo que dizem por aí, então sua substituição não é emergencial.
Sérgio Luiz
- Rodrigo Santos
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Bom, talvez o fuzil AEK-971 resolva pelo menos parte dos problemas do 7.62. Afinal ele apresenta (supostamente) 20% maior controlabilidade do que um fuzil com o mesmo calibre, pois realiza alguns contra-movimentos dos mecanismos internos.
Essa é a versão 5.56, mas 100 unidades 7.65 foram adquiridos pelo exército russo para testes de campo.
Claro que se você juntar essas características com o calibre 5.56 vai ter um fuzil com recuo bastante pequeno e supostamente preciso.
Essa é a versão 5.56, mas 100 unidades 7.65 foram adquiridos pelo exército russo para testes de campo.
Claro que se você juntar essas características com o calibre 5.56 vai ter um fuzil com recuo bastante pequeno e supostamente preciso.
Editado pela última vez por Rodrigo Santos em Ter Mar 25, 2003 12:57 am, em um total de 1 vez.
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Rodrigo
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O tema aqui está abrangente e interessante, legal estar debatendo isto c/ vcs..
É verdade Vinícius , eu errei e feio, o peso do FAL carregado é algo em torno de 5 Kg, o peso que havia colocado era do FAP , que é na ordem dos 7 kg carregado, apesar da burrada, pude conferir que ele ainda é mais pesado que seus semelhantes, como SLR inglês, o AK-47 russo e o HK G-3 alemão , que estão todos na faixa dos 4 kgs.
Na minha opinião , quanto ao calibre, eu acho que o Brasil deve seguir a tendência mundial e adotar o calibre 5,45 mm , acho que traz ao soldado a possibilidade de ter uma arma mais segura, precisa e mais cômoda p/ manuseio e aprendizado.
Os projéteis 5,56mm tem em média uma velocidade de 900 m / segundo , isto demonstra um poder de penetração maior contra alvos, mesmo utilizando coletes, a longa e média distâncias , retirando a vantagem dos projéteis de 7,62mm contra os mesmos alvos s/ esta proteção, sua velocidade está estimada em 700 m /segundo em sua grande maioria.
Eu pude ver algumas matérias do fuzil russo AEK-971, como sugerido pelo Rodrigo, na teoria seria um fuzil que agrega vantagens de um cal. 5,45 mm , mas tem o cal. padrão russo de 7,62mm, mas os mesmos encontram-se em fase de testes e ainda é cedo tirar algum tipo de conclusão s/ que os mesmos tenham terminado.
O mais interessante para o Brasil seriam os fuzis austríacos Steyr Aug , que demonstraram grandes desempenhos em diversos cenários de operação, principalmente em terrenos abertos, cidades e selvas, sendo arma padrão de países como Malásia, Tailândia e Singapura, cuja grande parte de seus territórios são compostos de selva, Austrália e Nova Zelândia, Omã, Marrocos e Arábia Saudita seriam os outros usuários do mesmo, acho que seria uma excelente alternativa.
Eu tive a oportunidade de servir o EB e manusear o FN FAL, é uma boa arma, mas de concepção muito antiga, do começo dos anos 60, muita coisa mudou até então, tive a oportunidade de manusear outros fuzis em algumas exposições de nossas FA´s , fuzis como o suíço Sig (utilizado pela FAB), M-16 A2 e as diferenças são significativas.
Tratando-se de um equipamento fundamental p/ os nossos soldados, acredito que devam merecer uma atenção maior e constantes estudos e atualizações...
Um grande abraço
Plinio
É verdade Vinícius , eu errei e feio, o peso do FAL carregado é algo em torno de 5 Kg, o peso que havia colocado era do FAP , que é na ordem dos 7 kg carregado, apesar da burrada, pude conferir que ele ainda é mais pesado que seus semelhantes, como SLR inglês, o AK-47 russo e o HK G-3 alemão , que estão todos na faixa dos 4 kgs.
Na minha opinião , quanto ao calibre, eu acho que o Brasil deve seguir a tendência mundial e adotar o calibre 5,45 mm , acho que traz ao soldado a possibilidade de ter uma arma mais segura, precisa e mais cômoda p/ manuseio e aprendizado.
Os projéteis 5,56mm tem em média uma velocidade de 900 m / segundo , isto demonstra um poder de penetração maior contra alvos, mesmo utilizando coletes, a longa e média distâncias , retirando a vantagem dos projéteis de 7,62mm contra os mesmos alvos s/ esta proteção, sua velocidade está estimada em 700 m /segundo em sua grande maioria.
Eu pude ver algumas matérias do fuzil russo AEK-971, como sugerido pelo Rodrigo, na teoria seria um fuzil que agrega vantagens de um cal. 5,45 mm , mas tem o cal. padrão russo de 7,62mm, mas os mesmos encontram-se em fase de testes e ainda é cedo tirar algum tipo de conclusão s/ que os mesmos tenham terminado.
O mais interessante para o Brasil seriam os fuzis austríacos Steyr Aug , que demonstraram grandes desempenhos em diversos cenários de operação, principalmente em terrenos abertos, cidades e selvas, sendo arma padrão de países como Malásia, Tailândia e Singapura, cuja grande parte de seus territórios são compostos de selva, Austrália e Nova Zelândia, Omã, Marrocos e Arábia Saudita seriam os outros usuários do mesmo, acho que seria uma excelente alternativa.
Eu tive a oportunidade de servir o EB e manusear o FN FAL, é uma boa arma, mas de concepção muito antiga, do começo dos anos 60, muita coisa mudou até então, tive a oportunidade de manusear outros fuzis em algumas exposições de nossas FA´s , fuzis como o suíço Sig (utilizado pela FAB), M-16 A2 e as diferenças são significativas.
Tratando-se de um equipamento fundamental p/ os nossos soldados, acredito que devam merecer uma atenção maior e constantes estudos e atualizações...
Um grande abraço
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Fuzil 5,56 x 7,62
Deve-se levar em consideração que o poder de penetração do 5,56 é menor que o do 7,62 e sendo utilizado na região da Floreta Amazônica, onde a vegetação é densa, é melhor utilizar-mos o Fuzil Cal 7,62 mm
Cleverton
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- Plinio Jr
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Olá Cleverton..
Concordo com vc que o 7,62mm é mais poderoso, mas os fuzis de hoje neste calibre são maiores em comprimento, vide o FAL e exigem uma posição adequada p/ efetuar disparos devido ao seu grande recuo.
Os combates em uma floresta são praticamente a curtas distâncias ou corpo a corpo, isto tira a vantagem de abater inimigos a longa e média distância que o 7,62mm tem . Como soldado, prefiro ter uma arma que possa me dar um bom poder de fogo e flexibilidade p/ poder atingir vários alvos durante este combate, vc não tem tempo de ficar fixando um alvo na mira devido o recuo que sua arma tem... enquanto vc tenta fazer isto o inimigo está em cima de vc.. suas chances de sobrevivência serão muito pequenas ...
Um exemplo que posso citar, foram alguns batalhões de soldados australianos que foram combater com os americanos no Vietnã, utilizavam o SLR inglês, similar ao FAL e calibre 7,62mm.. Depois de vários combates na selva, abandonaram o SLR e adotaram o M-16 americano, pois viram que o fuzil ingles era inadequado p/ combates em selva, principalmente a curta distância, onde a maioria dos combates ocorriam ..
Como havia comentando anteriormente, no momento, não existe um arma no cal 7,62mm, que tenha um bom desempenho a curtas distâncias e que não apresente um grande recuo ao ser manuseado, hoje os exércitos são mais práticos e querem dar aos seus soldados, uma melhor condição e equipamentos de combate. Acho que aqui no Brasil não deveria ser diferente...
Um grande abraço
Plinio
Concordo com vc que o 7,62mm é mais poderoso, mas os fuzis de hoje neste calibre são maiores em comprimento, vide o FAL e exigem uma posição adequada p/ efetuar disparos devido ao seu grande recuo.
Os combates em uma floresta são praticamente a curtas distâncias ou corpo a corpo, isto tira a vantagem de abater inimigos a longa e média distância que o 7,62mm tem . Como soldado, prefiro ter uma arma que possa me dar um bom poder de fogo e flexibilidade p/ poder atingir vários alvos durante este combate, vc não tem tempo de ficar fixando um alvo na mira devido o recuo que sua arma tem... enquanto vc tenta fazer isto o inimigo está em cima de vc.. suas chances de sobrevivência serão muito pequenas ...
Um exemplo que posso citar, foram alguns batalhões de soldados australianos que foram combater com os americanos no Vietnã, utilizavam o SLR inglês, similar ao FAL e calibre 7,62mm.. Depois de vários combates na selva, abandonaram o SLR e adotaram o M-16 americano, pois viram que o fuzil ingles era inadequado p/ combates em selva, principalmente a curta distância, onde a maioria dos combates ocorriam ..
Como havia comentando anteriormente, no momento, não existe um arma no cal 7,62mm, que tenha um bom desempenho a curtas distâncias e que não apresente um grande recuo ao ser manuseado, hoje os exércitos são mais práticos e querem dar aos seus soldados, uma melhor condição e equipamentos de combate. Acho que aqui no Brasil não deveria ser diferente...
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- Vinicius Pimenta
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Bom mas se um 5,56 fosse realmente mais efetivo na selva eu não creio que o EB ainda estaria insistindo na utilização do 7,62. Como a Amazônia é prioridade máxima eu acredito que eles deveriam ter então um plano para a substituição do 7,62 por esse calibre.
Mas ao que parece o Pára-FAL, utilizado na selva, está atendendo satisfatoriamente as necessidades do EB.
Mas ao que parece o Pára-FAL, utilizado na selva, está atendendo satisfatoriamente as necessidades do EB.
Vinicius Pimenta
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O motivo que leva o EB a continuar usando o FAL é muito conhecido por nós Vinicius, falta de verbas.
O EB ainda está tentando junto com a Imbel, desenvolver uma versão em cal. 5,45mm do mesmo, pois teria muitos componentes da versão 7,62mm, o que iria baratear a mudança, mas os resultados tem sido sofríveis e o impasse continua, alías, há pelo menos 10 anos que o EB está tentando introzir o cal. 5,45mm em suas fileiras atráves deste fuzil, mas não tem sido bem sucedidos.
O FAL tem sido o fuzil padrão das FA´s aki na América do Sul, sendo utilizado por quase todos os exércitos, mas isto está mudando rapidamente. Países como Chile, Argentina, Paraguai, Colombia e Bolívia, já trocaram seus FAL´s por fuzis em calibres 5,45 de origem americana, israelense, suiça entre outros.
A própria MB que era usuária do FAL, cansou de esperar uma posição do EB p/ manter uma padronização, não aguentou o impasse e equipou seus soldados com M-16s, incluindo unidades de fuzileiros navais e soldados dos barcos de patrulha na região amazônica...
Não tenho nada contra o FAL, é um fuzil confiável, que como tc antes, que pude manusear tbm, mas está obsoleto, assim como diversos equipamentos em nossas FA´s e que devem ser substituidos por algo que possa adequar nossos soldados as condições bélicas atuais..tarefa que não tem sido nada fácil p/ nossas FA´s
Um grande abraço
Plinio
O EB ainda está tentando junto com a Imbel, desenvolver uma versão em cal. 5,45mm do mesmo, pois teria muitos componentes da versão 7,62mm, o que iria baratear a mudança, mas os resultados tem sido sofríveis e o impasse continua, alías, há pelo menos 10 anos que o EB está tentando introzir o cal. 5,45mm em suas fileiras atráves deste fuzil, mas não tem sido bem sucedidos.
O FAL tem sido o fuzil padrão das FA´s aki na América do Sul, sendo utilizado por quase todos os exércitos, mas isto está mudando rapidamente. Países como Chile, Argentina, Paraguai, Colombia e Bolívia, já trocaram seus FAL´s por fuzis em calibres 5,45 de origem americana, israelense, suiça entre outros.
A própria MB que era usuária do FAL, cansou de esperar uma posição do EB p/ manter uma padronização, não aguentou o impasse e equipou seus soldados com M-16s, incluindo unidades de fuzileiros navais e soldados dos barcos de patrulha na região amazônica...
Não tenho nada contra o FAL, é um fuzil confiável, que como tc antes, que pude manusear tbm, mas está obsoleto, assim como diversos equipamentos em nossas FA´s e que devem ser substituidos por algo que possa adequar nossos soldados as condições bélicas atuais..tarefa que não tem sido nada fácil p/ nossas FA´s
Um grande abraço
Plinio
- Vinicius Pimenta
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Sim Plinio, eu sei que o grande problema é a verba. Mas o que eu digo é que nunca fiquei sabendo de qualquer plano do EB para adotar o cal. 5,56 (ou 5,45, agora nem sei mais) em seus pelotões de selva. Eu sabia que as tentativas de produzir uma nova arma com esse calibre na Imbel estavam fracassando mas pensava que essa arma visava substituir os fuzis dos batalhões das outras regiões do Brasil, não da Amazônia. Sempre pensei que o 7,62 fosse o ideal para a selva mas como você está me dizendo isso tudo, acho que vou ter que fazer igual a aquele comercial: "Xii, está na hora de você rever os seus conceitos!" hehehe
Então se você está dizendo com tanta propriedade que o 5,XX é melhor, quem sou eu pra duvidar? Como eu já disse antes, eu nunca atirei com um FAL, mas concordo plenamente que ele já está obsoleto.
Sendo assin, Plinio, o que falta para o EB desenvolver um arma eficiente com o calibre 5,XX? Tirando a tradicional falta de verbas, é claro. Não seria por falta de capacitação técnica, não é? Não creio que desenvolver um fuzil demande uma tecnologia que nós ainda não dominemos.
Então se você está dizendo com tanta propriedade que o 5,XX é melhor, quem sou eu pra duvidar? Como eu já disse antes, eu nunca atirei com um FAL, mas concordo plenamente que ele já está obsoleto.
Sendo assin, Plinio, o que falta para o EB desenvolver um arma eficiente com o calibre 5,XX? Tirando a tradicional falta de verbas, é claro. Não seria por falta de capacitação técnica, não é? Não creio que desenvolver um fuzil demande uma tecnologia que nós ainda não dominemos.
Vinicius Pimenta
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- Rodrigo Santos
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