CFN
Moderador: Conselho de Moderação
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
CFN
Olá pessoal,
Até que ponto é válido que o Corpo de Fuzileiros Navais seja um comando separado do Comando da Marinha como acontece com o USMC?
Quais as vantagens e desvantagens que isto traz? No caso do Brasil isto seria uma boa opção?
Abraços!
Até que ponto é válido que o Corpo de Fuzileiros Navais seja um comando separado do Comando da Marinha como acontece com o USMC?
Quais as vantagens e desvantagens que isto traz? No caso do Brasil isto seria uma boa opção?
Abraços!
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
- Slip Junior
- Sênior
- Mensagens: 3291
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 6:00 pm
- Agradeceram: 1 vez
Vinicius,
Tipo eu não sei muito bem não, mas eu imagino que tal disvinculação seria um grande desperdicio de dinheiro no nosso caso. Tipo requeriria uma nova formulação de um estado-maior diferente do atual, geraria mais burocracia nas nossas forças armadas e talvez até criaria um mal-estar dentro da própria MB. E tb pelo fato de possuimos pouco dinheiro acredito que seja mais interessante essa vincilação pois permite um melhor emprego dos helicópteros da MB com capacidade para desempenhar outras funções.
No caso do USMC, o negócio é bem diferente porque lá os caras podem se dar ao luxo de dar ao seu corpo de fuzileiros uma aviação de apoio totalmente e unicamente a sua disposição.
Abraços
Tipo eu não sei muito bem não, mas eu imagino que tal disvinculação seria um grande desperdicio de dinheiro no nosso caso. Tipo requeriria uma nova formulação de um estado-maior diferente do atual, geraria mais burocracia nas nossas forças armadas e talvez até criaria um mal-estar dentro da própria MB. E tb pelo fato de possuimos pouco dinheiro acredito que seja mais interessante essa vincilação pois permite um melhor emprego dos helicópteros da MB com capacidade para desempenhar outras funções.
No caso do USMC, o negócio é bem diferente porque lá os caras podem se dar ao luxo de dar ao seu corpo de fuzileiros uma aviação de apoio totalmente e unicamente a sua disposição.
Abraços
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
Entendi, vou formular minha opinião.
Ter um CFN separado do comando de uma marinha representa do ponto de vista técnico-operacional uma solução interessante, pois traz um nível de independência maior para a força, dependendo exclusivamente dela própria para executar suas missões. Entretanto, isto só pode ser desenvolvido por países ricos, pois acarreta gastos muito grandes.
Para o Brasil seria completamente inviável principalmente pelo item "verba". De qualquer forma, mesmo que o Brasil pudesse se dar à esse luxo, eu acho que não haveria necessidade para isso.
Alguém sabe quantos países possuem o seu CFN separado do comando de sua marinha tal como o USMC?
Ah! Pode parecer idiota da minha parte mas de repente pode haver alguém que leia esse tópico e não esteja entendendo essas siglas. Como não custa nada, CFN significa Corpo de Fuzileiros Navais, e USMC, United States Marine Corps, ou CFN dos EUA.
Abraços!
Ter um CFN separado do comando de uma marinha representa do ponto de vista técnico-operacional uma solução interessante, pois traz um nível de independência maior para a força, dependendo exclusivamente dela própria para executar suas missões. Entretanto, isto só pode ser desenvolvido por países ricos, pois acarreta gastos muito grandes.
Para o Brasil seria completamente inviável principalmente pelo item "verba". De qualquer forma, mesmo que o Brasil pudesse se dar à esse luxo, eu acho que não haveria necessidade para isso.
Alguém sabe quantos países possuem o seu CFN separado do comando de sua marinha tal como o USMC?
Ah! Pode parecer idiota da minha parte mas de repente pode haver alguém que leia esse tópico e não esteja entendendo essas siglas. Como não custa nada, CFN significa Corpo de Fuzileiros Navais, e USMC, United States Marine Corps, ou CFN dos EUA.
Abraços!
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
A idéia parece muito interessante, mas como já foi dito, falta dinheiro. Além do mais, acho que uma decisão como essa iria rachar o alto comando naval ao meio. Não parece ser muito prudente.
Abraço a todos.
César.
Abraço a todos.
César.
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
- LEO
- Sênior
- Mensagens: 3469
- Registrado em: Sáb Fev 22, 2003 6:07 pm
- Localização: Campinas/SP
- Agradeceu: 1 vez
- Contato:
Para ter um comando separado, seria interessante se o CFN tivesse uma grande força de mobilização, como a USMC, que tem uma força de cerca de 200 mil homens, mais blindados e barcos, mas eu acho que o CFN deve contar no maximo com 15 mil homens, então deve ser inviavel se criar uma força separada do comando da Marinha.
O fato de a USMC ser um orgão independente da USN, primeiro se deve que o Estados Unidos tem muito dinheiro, e depois, acho que para "economizar" um pouco, vejam porque:
-Se os dois fossem apenas um, a USN teria um gasto maior para manter seu corpo de fuzileiros navais, que não é pequeno, e restaria menos recursos para manter a força naval e a construção de novos meios.
Sendo os dois separados, ambos tem mais recursos para usar em suas determinadas areas. Se tivessemos um bom orçamento de defesa, poderia se pensar em montar aos poucos, um comando separado...
Acho que é isso...
Abraços
LEO
O fato de a USMC ser um orgão independente da USN, primeiro se deve que o Estados Unidos tem muito dinheiro, e depois, acho que para "economizar" um pouco, vejam porque:
-Se os dois fossem apenas um, a USN teria um gasto maior para manter seu corpo de fuzileiros navais, que não é pequeno, e restaria menos recursos para manter a força naval e a construção de novos meios.
Sendo os dois separados, ambos tem mais recursos para usar em suas determinadas areas. Se tivessemos um bom orçamento de defesa, poderia se pensar em montar aos poucos, um comando separado...
Acho que é isso...
Abraços
LEO
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
O USMC tem 200 MIL HOMENS????!!! Mas isso é todo o efetivo do Exército Brasileiro!!!!! Assim fica difícil...
E eu acredito que o CFN não tenha necessidade de ter mais do que 5000 homens, visto que sua tarefa é, por exemplo, tomar de assalto uma praia e depois repassar o terreno "limpo" para os efetivos do EB. Talvez eu esteja falando besteira, mas acho que 5000 é mais do que suficiente, sendo 15000 um número muito elevado.
Abraços!
E eu acredito que o CFN não tenha necessidade de ter mais do que 5000 homens, visto que sua tarefa é, por exemplo, tomar de assalto uma praia e depois repassar o terreno "limpo" para os efetivos do EB. Talvez eu esteja falando besteira, mas acho que 5000 é mais do que suficiente, sendo 15000 um número muito elevado.
Abraços!
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
- LEO
- Sênior
- Mensagens: 3469
- Registrado em: Sáb Fev 22, 2003 6:07 pm
- Localização: Campinas/SP
- Agradeceu: 1 vez
- Contato:
O USMC tem 200 MIL HOMENS????!!!
Na verdade são 198,000 8)
Mas, também tem cerca de 300 avioes de ataque F-18, e mais de ataque medio AV-8, avioes tanque e de transporte, esquadroes de helicopteros de ataque que operam helicopteros AH-1, CH-53, CH-46, UH-1, equipamentos de guerra eletronica, reconhecimento e ainda operam carros de combate M1 Abrams e outros blindados leves, e ainda tem barcos anfibios, artilharia em geral... ufa..... e lembrando que eles são os fuzileiros navais, hein........
Abraços
LEO
Na verdade são 198,000 8)
Mas, também tem cerca de 300 avioes de ataque F-18, e mais de ataque medio AV-8, avioes tanque e de transporte, esquadroes de helicopteros de ataque que operam helicopteros AH-1, CH-53, CH-46, UH-1, equipamentos de guerra eletronica, reconhecimento e ainda operam carros de combate M1 Abrams e outros blindados leves, e ainda tem barcos anfibios, artilharia em geral... ufa..... e lembrando que eles são os fuzileiros navais, hein........
Abraços
LEO
- LEO
- Sênior
- Mensagens: 3469
- Registrado em: Sáb Fev 22, 2003 6:07 pm
- Localização: Campinas/SP
- Agradeceu: 1 vez
- Contato:
Falando um pouco do GRUMEC...
O Grumec é subordinada a força de submarinos, então é uma força separada do CFN, (assim como os US Navy SEALS) alguém tem ideia de quantos homens o Grumec tem? Que submarinos eles usam, os classe Tupi? O submarino toneleiro teve qual destino, o Grumec ou o ferro velho?
Onde fica a sede do Grumec, no Rio de Janeiro, assim como o CFN? O CFN e o Grumec tem instalaçoes em outras partes do país?
Alguém tem conhecimento de uma ação real do Grumec, ou do CFN?
ps- sabiam que o Grumec é conhecido como uma dos melhores do mundo
Abraço
LEO
O Grumec é subordinada a força de submarinos, então é uma força separada do CFN, (assim como os US Navy SEALS) alguém tem ideia de quantos homens o Grumec tem? Que submarinos eles usam, os classe Tupi? O submarino toneleiro teve qual destino, o Grumec ou o ferro velho?
Onde fica a sede do Grumec, no Rio de Janeiro, assim como o CFN? O CFN e o Grumec tem instalaçoes em outras partes do país?
Alguém tem conhecimento de uma ação real do Grumec, ou do CFN?
ps- sabiam que o Grumec é conhecido como uma dos melhores do mundo
Abraço
LEO
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
LEO escreveu:Falando um pouco do GRUMEC...
O Grumec é subordinada a força de submarinos, então é uma força separada do CFN, (assim como os US Navy SEALS) alguém tem ideia de quantos homens o Grumec tem?
Falar em números de Forças Especiais é muito complicado, se as informações de tropas regulares já são confusas, FEsp então... Mas não creio que passe dos 50 homens. O Grumec é um grupo de elite muito restrito, é a elite da elite.
Que submarinos eles usam, os classe Tupi?
Exatamente. O Brasil só possui os classe Tupi.
O submarino toneleiro teve qual destino, o Grumec ou o ferro velho?
Ele foi desativado e agora é uma espécie de museu flutuante, ou pelo menos era até algum tempo, está ancorado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro aberto à visitação pública. Bom pelo menos já esteve porque eu conheço muita gente que já foi, eu mesmo ainda não tive essa oportunidade, mesmo morando no Rio.
Onde fica a sede do Grumec, no Rio de Janeiro, assim como o CFN?
Exatamente. Mais precisamente no Complexo Naval de Mocanguê, sede da Esquadra Brasileira e do Comando da Força de Submarinos. Fica na Baía de Guanabara, no Rio.
O CFN e o Grumec tem instalaçoes em outras partes do país?
O Grumec não. O CFN tem algumas instalações no restante do país, inclusive um na Amazônia especializado em operações ribeirinhas.
Alguém tem conhecimento de uma ação real do Grumec, ou do CFN?
Eu não conheço, aliás o Brasil está longe de operações reais de conhecimento público desde a IIGM, excluindo Forças de Paz é claro.
ps- sabiam que o Grumec é conhecido como uma dos melhores do mundo
É verdade, eles são realmente fantásticos.
Abraços!
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Qualquer termo de comparação entre Forças americanas e outras qualquer se tornam absurdas:
O orçamento da USCG(guarda costeira americana) é da ordem de 180 milhões de dólares e possui mais aeronaves que a avex, por exemplo e ela nem é subordinada ao depertamento de defesa e sim ao de transportes. O orçamento da Avex gira em torno de 10 milhões de dólares anuais...
O orçamento da USCG(guarda costeira americana) é da ordem de 180 milhões de dólares e possui mais aeronaves que a avex, por exemplo e ela nem é subordinada ao depertamento de defesa e sim ao de transportes. O orçamento da Avex gira em torno de 10 milhões de dólares anuais...
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37864
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5701 vezes
- Agradeceram: 3255 vezes
CFN
Olá a todos.
Só pra constar, o nosso CFN atualmente conta em termo de efetivos de combate, com 3 btls de inf.(2295), 7 grupamentos (280 cada) e 1 Btl de inf.(765) independente, sediado em Manaus, mas que ainda não está totalmente equipado e guarnecido. Somando-se temos cerca de 5000 combatentes anfíbios, o que pras atuais capacidades da MB está de bom tamanho.
A MB tem planos para forma mais dois btls, um em Belém e outro situado na área do pantanal, numa base que infelizmente me fugiu o nome no momento.
Fora isto ainda há falta de diversos equipamentos de apoio ao combate e logisticos para complementar dua ação.
Como disse o Walker, é dificil comparar-nos com americanos, até porque a organização e formação militar deles está além de qualquer padrão no mundo.
No nosso caso, como está organizado, o CFN apesar das limitações, é umas das poucas OM's nacionais com capacidade real e efetiva de combate, com os meios disponíveis atuais. Como sua atuação está atrelado intimamente as ações da MB, penso que dificilmente, mesmo que com melhoras nas dotações de pessoal e material, ele venha a ser desligado do comando central da MB, mesmo porque isto não traria benefícioi algum em termos operacionais para ele.
Nossas forças especiais estão em matéria de conceito, proporcionalmente inversas as suas condições e números. Neste campo realmente estamos entre os melhores, e não deixamos a dever a ninguém.
Uma opinião: será que já não seria tempo da MB começar a pensar no uso de um MBT para o CFN, uma vez que os SK-105 são um remendo para tapar uma lacuna que temos nesta área? Mesmo helicóteros de combate, já não são necessários para assegurar apoio mais efetivo nos desembarques? São lacunas que vejo temos que começar a questionar, principalmente em vista das frequentes forças de paz de que somos chamados a participar.
Abraços.
Só pra constar, o nosso CFN atualmente conta em termo de efetivos de combate, com 3 btls de inf.(2295), 7 grupamentos (280 cada) e 1 Btl de inf.(765) independente, sediado em Manaus, mas que ainda não está totalmente equipado e guarnecido. Somando-se temos cerca de 5000 combatentes anfíbios, o que pras atuais capacidades da MB está de bom tamanho.
A MB tem planos para forma mais dois btls, um em Belém e outro situado na área do pantanal, numa base que infelizmente me fugiu o nome no momento.
Fora isto ainda há falta de diversos equipamentos de apoio ao combate e logisticos para complementar dua ação.
Como disse o Walker, é dificil comparar-nos com americanos, até porque a organização e formação militar deles está além de qualquer padrão no mundo.
No nosso caso, como está organizado, o CFN apesar das limitações, é umas das poucas OM's nacionais com capacidade real e efetiva de combate, com os meios disponíveis atuais. Como sua atuação está atrelado intimamente as ações da MB, penso que dificilmente, mesmo que com melhoras nas dotações de pessoal e material, ele venha a ser desligado do comando central da MB, mesmo porque isto não traria benefícioi algum em termos operacionais para ele.
Nossas forças especiais estão em matéria de conceito, proporcionalmente inversas as suas condições e números. Neste campo realmente estamos entre os melhores, e não deixamos a dever a ninguém.
Uma opinião: será que já não seria tempo da MB começar a pensar no uso de um MBT para o CFN, uma vez que os SK-105 são um remendo para tapar uma lacuna que temos nesta área? Mesmo helicóteros de combate, já não são necessários para assegurar apoio mais efetivo nos desembarques? São lacunas que vejo temos que começar a questionar, principalmente em vista das frequentes forças de paz de que somos chamados a participar.
Abraços.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Salve, pessoal.
Sobre o efetivo dos Fuzileiros Navais, se não me engano, devem passar dos 12 mil homens. Além dos três batalhões de fuzileiros e dos grupamentos regionais, devem ser somados os efetivos das várias unidades de engenharia, artilharia, transporte e anti-aéreas; das unidades de viaturas anfíbias e blindadas; das tropas de apoio à Divisão Anfíbia; das unidades das instalações de ensino; o batalhão naval; o de operações especiais navais.
Levando-se em conta que um país como a Grã-Bretanha, com os compromissos estratégicos típicos de uma potência internacional, não tem mais do que 6 mil fuzileiros navais (e lembrando que as tropas de apoio de artilharia e de engenharia, pertencem ao Exército britânico, e não à Marinha Real) , me parece que o número desses combatentes está superdimensionado no Brasil. Afinal, quantos batalhões de fuzileiros (reforçados), a Marinha brasileira pode lançar num hipótetico desembarque de assalto? Todos os três da Divisão Anfíbia?
Em particular, acho discutível esse número de 7 grupamentos regionais, com um total de homens quase igual ao dos batalhões de fuzileiros da Divisão Anfíbia. No fim das contas, creio eu que a responsabilidade final pela proteção às instalações navais e aéreas do país, recai sobre a força terrestre, o Exército. Assim, o número de pessoal dos grupamentos terrestres da Marinha (que também incluem marinheiros além de fuzileiros), e dos batalhões de infantaria da Aeronáutica, deveria ser discutido com mais detalhes.
E realmente, continuo achando tremendamente discutível a necessidade de criação desses batalhões independentes de guerra fluvial. E não consigo ver sua relevância, num teatro de operações que, necessariamente, estará sob controle operacional do Exército. Apenas criará mais dificuldades de relacionamento de comando.
O que acontece é que a Marinha decide criar batalhões e não parece ter a necessidade de pedir permissão à ninguém. Realmente, seria interessante saber, em detalhes, como se deu essa transformação de um grupamento de 280 fuzileiros navais em um batalhão independente com 765 homens. Não lembro de ter ouvido falar que isso tenha sido discutido pelo Congresso Nacional.
Como não temos um efetivo comando combinado, a Marinha não precisou pedir a opinião das outras Forças Armadas, em particular do Exército, que em caso de guerra, terá de arcar com a responsabilidade de incorporar um batalhão terrestre de outra corporação dentro dos seus planos operacionais. E tendo que tomar todo o cuidado, para não ofender a Marinha, caso destine tal batalhão à alguma função menos nobre. E também, tendo a preocupação de evitar colocar essa unidade em alguma situação que lhe provoque grande número de baixas, a fim de não ser acusado pela Marinha de haver sacrificado as vidas de fuzileiros navais, em detrimento das vidas dos soldados do Exército.
Creio que os recursos financeiros com recrutamento, treinamento, acomodações para esses novos batalhões terrestres da Marinha, poderiam ser mais bem empregados no reforço de suas capacidade anfíbias; na incrementação das suas flotilhas fluviais no Amazonas e no Pantanal. Em mais material para os batalhões de desembarque da Divisão Anfíbia dos Fuzileiros Navais.
Agora, se a Marinha não está precisando desses recursos, e está convencida de que se faz necessário um reforço das capacidades defensivas em terra, no Pantanal e no Amazonas, então poderia ter a generosidade de repassar tais recursos para o Exército brasileiro. Para a defesa do Brasil, seria muito mais útil reforçar e modernizar as brigadas de infantaria do Exército nessas regiões mencionadas do que criar novos batalhões independentes de outra força armada.
Sobre o efetivo dos Fuzileiros Navais, se não me engano, devem passar dos 12 mil homens. Além dos três batalhões de fuzileiros e dos grupamentos regionais, devem ser somados os efetivos das várias unidades de engenharia, artilharia, transporte e anti-aéreas; das unidades de viaturas anfíbias e blindadas; das tropas de apoio à Divisão Anfíbia; das unidades das instalações de ensino; o batalhão naval; o de operações especiais navais.
Levando-se em conta que um país como a Grã-Bretanha, com os compromissos estratégicos típicos de uma potência internacional, não tem mais do que 6 mil fuzileiros navais (e lembrando que as tropas de apoio de artilharia e de engenharia, pertencem ao Exército britânico, e não à Marinha Real) , me parece que o número desses combatentes está superdimensionado no Brasil. Afinal, quantos batalhões de fuzileiros (reforçados), a Marinha brasileira pode lançar num hipótetico desembarque de assalto? Todos os três da Divisão Anfíbia?
Em particular, acho discutível esse número de 7 grupamentos regionais, com um total de homens quase igual ao dos batalhões de fuzileiros da Divisão Anfíbia. No fim das contas, creio eu que a responsabilidade final pela proteção às instalações navais e aéreas do país, recai sobre a força terrestre, o Exército. Assim, o número de pessoal dos grupamentos terrestres da Marinha (que também incluem marinheiros além de fuzileiros), e dos batalhões de infantaria da Aeronáutica, deveria ser discutido com mais detalhes.
E realmente, continuo achando tremendamente discutível a necessidade de criação desses batalhões independentes de guerra fluvial. E não consigo ver sua relevância, num teatro de operações que, necessariamente, estará sob controle operacional do Exército. Apenas criará mais dificuldades de relacionamento de comando.
O que acontece é que a Marinha decide criar batalhões e não parece ter a necessidade de pedir permissão à ninguém. Realmente, seria interessante saber, em detalhes, como se deu essa transformação de um grupamento de 280 fuzileiros navais em um batalhão independente com 765 homens. Não lembro de ter ouvido falar que isso tenha sido discutido pelo Congresso Nacional.
Como não temos um efetivo comando combinado, a Marinha não precisou pedir a opinião das outras Forças Armadas, em particular do Exército, que em caso de guerra, terá de arcar com a responsabilidade de incorporar um batalhão terrestre de outra corporação dentro dos seus planos operacionais. E tendo que tomar todo o cuidado, para não ofender a Marinha, caso destine tal batalhão à alguma função menos nobre. E também, tendo a preocupação de evitar colocar essa unidade em alguma situação que lhe provoque grande número de baixas, a fim de não ser acusado pela Marinha de haver sacrificado as vidas de fuzileiros navais, em detrimento das vidas dos soldados do Exército.
Creio que os recursos financeiros com recrutamento, treinamento, acomodações para esses novos batalhões terrestres da Marinha, poderiam ser mais bem empregados no reforço de suas capacidade anfíbias; na incrementação das suas flotilhas fluviais no Amazonas e no Pantanal. Em mais material para os batalhões de desembarque da Divisão Anfíbia dos Fuzileiros Navais.
Agora, se a Marinha não está precisando desses recursos, e está convencida de que se faz necessário um reforço das capacidades defensivas em terra, no Pantanal e no Amazonas, então poderia ter a generosidade de repassar tais recursos para o Exército brasileiro. Para a defesa do Brasil, seria muito mais útil reforçar e modernizar as brigadas de infantaria do Exército nessas regiões mencionadas do que criar novos batalhões independentes de outra força armada.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37864
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5701 vezes
- Agradeceram: 3255 vezes
Olá Clermont, como vai.
Quanto ao efetivo, é preciso ter em mente que como unidade combativa e de projeção de poder da MB, o CFN ainda esta longe de ter os meios materiais e humanos suficientes para cumprir de forma completa a sua missão. 12 mil homens pode parecer muito para o Brasil, mas lembre-se que destes, tão somente 6 mil entram efetivamente em combate, e é aí que números fazem a diferença. Com a atual dotação, o CFN tem claras restrições de uso, tanto pelo numeros de infantaria disponível. como pelos meios de apoio ao combate necessários a um desembarque anfíbio.
A MB atualmente não tem capacidade para lançar todos os três btls num assalto anfíbio, por conta da falta de navios dedicados; mas nesta questão a MB optou por usar o CFN a partir do que denominou "Unidade Anfíbia", que é composta por um btl infantaria reforçado, mais os meios de apoio ao combate e logisticos. Este tipo de organização é o modelo referencial para operações a serem desenvolvidas no ambito do CFN, respeitando suas caracteristicas e limitações; atualmente a MB procura dispor de trê "unidades anfibias", mas em virtude da atual disposição de homens e material, só é possivel dispor de duas. Pense nesta unidade como as OM's "pronto-emprego" do EB, com maximização e otimização de recursos.
Concordo com você no que se refere a questão de comando e controle, mas devemos lembrar que cada força tem suas peculiaridades e missões, e sendo assim, as unidades a sua disposição estão dispostas pelo país de forma a atender as necessidade operacionais e de segurança peculiares a cada força. O EB em um cenário de operações reais dificilmente assumiria funções de cmdo de FN ou dos Binfa, até porque, não lhe é afeto a missão destes. A defesa das OM's de cada força tem que ser pensada conjuntamente, e realizada de forma integrada e eficaz, isto, de fato, é o que torna a nossa defesa melhor, mas ainda não chegamos lá.
Os btls de FN, tanto na Amazônia como em Ladário, tem por princípio, servir de marco de presença da soberania nacional e dispor às unidades da MB nestes locais, dos meios necessarios para projetar poder em terra, que é umas das funções precípuas do CFN e da própria MB. Nisto não há conflito com a sfunções do EB, aliá são até complementares. Em resposta a sua questão a criação do btl em Manaus, poderá encontrar informações melhores no site : http://www.infomar.hpg.ig.br, em notícias; depois é só tirar suas prórpias conclusões.
Com relação a MB não pedir a opinião das demais forças, isto meu amigo, infelizmente vem de longa data e de uma cultura de ações "independencista" entre as forças. Não muda tão cedo. Talvez agora com o MD isto mude.
Uma última opinião, de quem mora numa região muito falada, mas pouco conhecida. Quanot mais unidades do EB, MB ou FAB por aqui, melhor, nem tanto pela questão militar, mas muito mais pelo simples fato de demonstrarque estamos cuidaando daquilo que é nosso, e que somos responsáveis quanto a isso. Depois dos militares sempre vem uma carreira de "gente" e investimentos; sempre funcionou assim, e continua hoje, até que inventem outro meio melhor de sesenvolver estas regiões.
Abraços.
Quanto ao efetivo, é preciso ter em mente que como unidade combativa e de projeção de poder da MB, o CFN ainda esta longe de ter os meios materiais e humanos suficientes para cumprir de forma completa a sua missão. 12 mil homens pode parecer muito para o Brasil, mas lembre-se que destes, tão somente 6 mil entram efetivamente em combate, e é aí que números fazem a diferença. Com a atual dotação, o CFN tem claras restrições de uso, tanto pelo numeros de infantaria disponível. como pelos meios de apoio ao combate necessários a um desembarque anfíbio.
A MB atualmente não tem capacidade para lançar todos os três btls num assalto anfíbio, por conta da falta de navios dedicados; mas nesta questão a MB optou por usar o CFN a partir do que denominou "Unidade Anfíbia", que é composta por um btl infantaria reforçado, mais os meios de apoio ao combate e logisticos. Este tipo de organização é o modelo referencial para operações a serem desenvolvidas no ambito do CFN, respeitando suas caracteristicas e limitações; atualmente a MB procura dispor de trê "unidades anfibias", mas em virtude da atual disposição de homens e material, só é possivel dispor de duas. Pense nesta unidade como as OM's "pronto-emprego" do EB, com maximização e otimização de recursos.
Concordo com você no que se refere a questão de comando e controle, mas devemos lembrar que cada força tem suas peculiaridades e missões, e sendo assim, as unidades a sua disposição estão dispostas pelo país de forma a atender as necessidade operacionais e de segurança peculiares a cada força. O EB em um cenário de operações reais dificilmente assumiria funções de cmdo de FN ou dos Binfa, até porque, não lhe é afeto a missão destes. A defesa das OM's de cada força tem que ser pensada conjuntamente, e realizada de forma integrada e eficaz, isto, de fato, é o que torna a nossa defesa melhor, mas ainda não chegamos lá.
Os btls de FN, tanto na Amazônia como em Ladário, tem por princípio, servir de marco de presença da soberania nacional e dispor às unidades da MB nestes locais, dos meios necessarios para projetar poder em terra, que é umas das funções precípuas do CFN e da própria MB. Nisto não há conflito com a sfunções do EB, aliá são até complementares. Em resposta a sua questão a criação do btl em Manaus, poderá encontrar informações melhores no site : http://www.infomar.hpg.ig.br, em notícias; depois é só tirar suas prórpias conclusões.
Com relação a MB não pedir a opinião das demais forças, isto meu amigo, infelizmente vem de longa data e de uma cultura de ações "independencista" entre as forças. Não muda tão cedo. Talvez agora com o MD isto mude.
Uma última opinião, de quem mora numa região muito falada, mas pouco conhecida. Quanot mais unidades do EB, MB ou FAB por aqui, melhor, nem tanto pela questão militar, mas muito mais pelo simples fato de demonstrarque estamos cuidaando daquilo que é nosso, e que somos responsáveis quanto a isso. Depois dos militares sempre vem uma carreira de "gente" e investimentos; sempre funcionou assim, e continua hoje, até que inventem outro meio melhor de sesenvolver estas regiões.
Abraços.
- LEO
- Sênior
- Mensagens: 3469
- Registrado em: Sáb Fev 22, 2003 6:07 pm
- Localização: Campinas/SP
- Agradeceu: 1 vez
- Contato:
Acho que o site que vc indicou saiu do ar. Não deu pra abrir
Veja: http://www.infomarmb.hpg.ig.com.br/
Agora abre