Koslova escreveu:Ola Lauro.
São 3000m contra um alvo em movimento ou parado?
São 3000m admitindo uma cota positiva negativa ou um lançamento na mesma cota do alvo?
Ola Koslova,
Boa Tarde,
Seria uma média, pois o alvo poderia estar vindo de encontro com a infantaria ( ataque ) ou tentando se defender. Também poderia estar estático ( camuflado ).
Algumas coisas são importantes entender antes de ficar citando dados de fabricantes
O TRIGAT MR que utiliza a mesma metodologia de direcionamento do MSS 1.2 (laser beam riding guidance system) tem alcance maximo efetivo de 2400m (para um alvo até 150Km/h) e possui massa de lançamento de 18.2Kg (contra 15,5kg do MSS.12).
Dificilmente o alvo prioritário do MSS 1.2 estaria a 150 km/h !
Creio que esta variável pode ser descartada.
Acho que teríamos, que vislumbrar um alcance efetivo, para um alvo até 75km / h.
Em outros termos.
Pelas informações da MECTRON o MSS 1.2 vai 25% mais longe com um míssil 15% mais leve que seu par europeu.
Teriam os brasileiros descoberto algo revolucionário em propulsão ou aerodinâmica?
Nada disto:
A MECTRON considera condições ideais de lançamento (alvo parado e pelo menos na mesma cota)
Todos os fabricantes fazem isto.
Grande parte das empresas mundias, utiliza este recurso. Nos mais vários ramos industriais e tecnologicos.
No ramo militar então, e uma verdadeira tempestade de dados “irreais”.
Alguns até utilizam técnicas “desconhecidas” para fazer marketing de seus produtos.
A diferença é que estamos aqui e sabemos cada detalhe deste projeto ( MSS 1.2 ).
Mas outros projetos apenas conhecemos de forma “parcial”.
Quando citei 2200m de alcance para o MSS.1.2 estava considerando alcance Maximo em situação de mesma cota para alvo em alta velocidade.
Se é correto considerar condições ideais ou não, ai é uma questão de marketing e não de engenharia, mas o MSS-1.2 é sim um projeto com relação massa / alcance abaixo do tido como ideal para emprego em infantaria.
A hipótese que citou é a mais tangível.
Mas existem outros cenário que o alcance de 3000 m pode ser atingido, dependendo das variáveis ( tanque em aproximação, em fuga com velocidade inferior, estático etc...)
O BILL-2 pode oferecer a mesma solução de tiro com uma massa de 34% menor.
O MAF o TRIGAT e o Kornet para emprego em infantaria eram carinhosamente chamados em Israel pelo pessoal de planejamento de programas de mísseis táticos da IDF como “a geração perdida”, pelo motivo que não apresentavam vantagens significativas sobre sistemas SACLOS em termos técnicos sendo mais caros e com menor relação massa / alcance que estes, alem de aparecerem em um momento onde paises como EUA e Israel olhavam para esta classe de mísseis com soluções muito melhores como fibra óptica e sistemas CCD Fire and forget. Soluções tidas como ótimas dos anos 90 em diante.
Ok, faltou uma visão de longo prazo.
Mas felizmente ( ou infelizmente ) nosso teatro de operação e totalmente diferente da Europa e Ásia.
Que exigem mais qualificação.
sds,