Satélite de Israel indica preparativo de ataque aéreo
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Satélite de Israel indica preparativo de ataque aéreo
OESP, 28/06/2006
Satélite de Israel indica preparativo de ataque aéreo
Olho eletrônico pode rastrear alvo para que ele seja atingido por míssil
Roberto Godoy
Israel lançou há dois dias um satélite de alta definição capaz de olhar para o chão do Irã e identificar objetos de 70 centímetros, uns 10 centímetros maiores que esta página. Se o alvo estiver em deslocamento, melhor ainda: será rastreado e seu curso projetado, permitindo que seja atingido por um míssil ar-terra lançado de grande distância. Na guerra moderna, o trabalho do olho eletrônico de Israel é o movimento preparatório de um ataque aéreo maciço.
Ameaçado de vir a ser "varrido da face da Terra", pelo presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, o estado israelense é a mais poderosa força militar da região - tem 170 mil soldados, 100 mísseis estratégicos de alcance na faixa de 2 mil km e cerca de 200 armas nucleares.
Pode alinhar 3.700 tanques, 500 aviões de combate, milhares de canhões, mísseis táticos convencionais e sistemas de armas de tecnologia avançada.
Contra a ameaça dos mísseis BM-25/27 Shahab-5/7, produzidos em cooperação pelo Irã e pela Coréia do Norte - o primeiro lote já foi entregue à Guarda Revolucionária Islâmica - combinada com um programa de capacitação no setor atômico, Israel pode optar por um ataque preventivo. O bombardeio cobriria seis objetivos prioritários - Arak, Lavizan, Natanz, Isfahan, Bushehr e Kalaye - situados a distâncias entre 700 e 1.900 quilômetros de Israel. Bushehr, na região do Golfo, é um ponto-chave. Alí está sendo construído um reator de tecnologia russa para geração de energia. Quando estiver funcionando a plena, capacidade produzirá, como lixo secundário, plutônio suficiente para que o Irã construa 30 bombas atômicas de média capacidade por ano. Em Natanz, o centro experimental onde o Irã faz o enriquecimento de urânio, dois terços do complexo estariam debaixo da terra, em abrigos blindados, amplos para receber 50 mil centrífugas até 2012.
Isfahan guarda uma fábrica de mísseis - convencionais e estratégicos. As ogivas desses lançadores saem de Lavizan, base da indústria eletrônica local e das atividades de emprego civil e de defesa. Arak é a sede da linha de insumos nucleares.
Na secreta Kalaye foram encontrados, por peritos da Agência Internacional de Energia Atômica, vestígios de urânio altamente enriquecido, adequado apenas para o uso em armas de fissão de átomos pesados
Satélite de Israel indica preparativo de ataque aéreo
Olho eletrônico pode rastrear alvo para que ele seja atingido por míssil
Roberto Godoy
Israel lançou há dois dias um satélite de alta definição capaz de olhar para o chão do Irã e identificar objetos de 70 centímetros, uns 10 centímetros maiores que esta página. Se o alvo estiver em deslocamento, melhor ainda: será rastreado e seu curso projetado, permitindo que seja atingido por um míssil ar-terra lançado de grande distância. Na guerra moderna, o trabalho do olho eletrônico de Israel é o movimento preparatório de um ataque aéreo maciço.
Ameaçado de vir a ser "varrido da face da Terra", pelo presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, o estado israelense é a mais poderosa força militar da região - tem 170 mil soldados, 100 mísseis estratégicos de alcance na faixa de 2 mil km e cerca de 200 armas nucleares.
Pode alinhar 3.700 tanques, 500 aviões de combate, milhares de canhões, mísseis táticos convencionais e sistemas de armas de tecnologia avançada.
Contra a ameaça dos mísseis BM-25/27 Shahab-5/7, produzidos em cooperação pelo Irã e pela Coréia do Norte - o primeiro lote já foi entregue à Guarda Revolucionária Islâmica - combinada com um programa de capacitação no setor atômico, Israel pode optar por um ataque preventivo. O bombardeio cobriria seis objetivos prioritários - Arak, Lavizan, Natanz, Isfahan, Bushehr e Kalaye - situados a distâncias entre 700 e 1.900 quilômetros de Israel. Bushehr, na região do Golfo, é um ponto-chave. Alí está sendo construído um reator de tecnologia russa para geração de energia. Quando estiver funcionando a plena, capacidade produzirá, como lixo secundário, plutônio suficiente para que o Irã construa 30 bombas atômicas de média capacidade por ano. Em Natanz, o centro experimental onde o Irã faz o enriquecimento de urânio, dois terços do complexo estariam debaixo da terra, em abrigos blindados, amplos para receber 50 mil centrífugas até 2012.
Isfahan guarda uma fábrica de mísseis - convencionais e estratégicos. As ogivas desses lançadores saem de Lavizan, base da indústria eletrônica local e das atividades de emprego civil e de defesa. Arak é a sede da linha de insumos nucleares.
Na secreta Kalaye foram encontrados, por peritos da Agência Internacional de Energia Atômica, vestígios de urânio altamente enriquecido, adequado apenas para o uso em armas de fissão de átomos pesados
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Re: Satélite de Israel indica preparativo de ataque aéreo
Se os EUA ou Israel atacarem as instalações nucleares do Irã, vão provocar um desastre nuclear (pela ploriferação do material radioativo) que fará Chernobil parecer brincadeira de criança!
- Lauro Melo
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IRÃ dados retirados do http://www.scramble.nl/ em sua ordem de batalha
Após a revolução de fevereiro de 1979, as únicas entregas vindas do Ocidente foram 35 Pilatus PC-7, 15 PC-6 Porters e 15 treinadores construídos no Brasil, EMB-312 Tucano.
Estas entregas ocorreram entre 1983 e 1990. Os pricipais fornecedores não-ocidentais de aviões e apoio técnico foram indubitavelmente a China, com suas entregas de F-6 (MiG-19) e F-7M (MiG-21) e a Rússia, com MiG-29, An-74, Su-24MK (alguns ex-Iraque) e Il-76TDs (alguns ex-Iraque).
Em 1991, durante a Guerra do Golfo, muitos pilotos da Força Aérea do Iraque fugiram para seu vizinho Irã, fornecendo à IRIAF um grande número aviões, incluindo os Mirage F1BQ/EQ (que agora formam ao menos um esquadrão em Mashhad), Su-24MK Fencer-D, MiG-29 Fulcrums, Su-20s, Su-22M Fitters, Su-25 Frogfoots, MiG-23 em diversas configurações e um número de Il-76. Ao menos os Mirages e os Su-24MKs ganharam status operacional.
O braço aéreo das Forças Armadas Iranianas tem atraído muita atenção da mídia ultimamente, ao revelar equipamento localmente produzido ou aperfeiçoado, durante a exibição aérea de Khoramshahr em maio e junho 2002 e na Mostra Aérea Internacional do Irã realizada na ilha de Kish (OIBK) em outubro e em novembro 2002. O Irã claramente está tentando conseguir total auto-suficiência em armamentos e está indo muito bem, se levarmos em conta que o comércio de armas está completamente parado desde a revolução de 1979. Alguns dos projetos empreendidos atualmente pelas indústrias locais como as Indústria de Construção de Aviões do Irã (IAMI), em conjunto com o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) são:
- O Simorgh é uma conversão de Northrop F-5A para F-5B pelaIAMI em Shahin Shahr Isfahan Shafagh,
- O Shafagh é um avião de ataque / treinador avançado biplace que é baseado (alega-se) no “Projeto Integral Russo-Iraniano”. Os planos são de produzir três versões do Shafagh: uma versão de ataque leve/treinamento biplace e duas versões caça-bombardeiro monoplace. Serão dotados com os assentos de ejeção russos.
- O Parastu (andorinha) é um avião a hélice projetado por engenharia reversa (diz-se que é parecido com o Beech F-33 Bonanza).
- O Azarakhsh (relâmpago) é um caça projetado por engenharia reversa.
- O JT2-2 Tazarve é o terceiro protótipo do Dorna (cotovia), um treinador leve a jato.
- O Shahed 274 é um helicóptero leve localmente projetado.
- O Shavabiz 75 é um projeto reverso-projetado do Bell 214C.
- O Projeto 2061 é um Bell 206 reverso-projetado.
- O Iran-140, um Antonov An-140 produzido sob licença.
Após a revolução de fevereiro de 1979, as únicas entregas vindas do Ocidente foram 35 Pilatus PC-7, 15 PC-6 Porters e 15 treinadores construídos no Brasil, EMB-312 Tucano.
Estas entregas ocorreram entre 1983 e 1990. Os pricipais fornecedores não-ocidentais de aviões e apoio técnico foram indubitavelmente a China, com suas entregas de F-6 (MiG-19) e F-7M (MiG-21) e a Rússia, com MiG-29, An-74, Su-24MK (alguns ex-Iraque) e Il-76TDs (alguns ex-Iraque).
Em 1991, durante a Guerra do Golfo, muitos pilotos da Força Aérea do Iraque fugiram para seu vizinho Irã, fornecendo à IRIAF um grande número aviões, incluindo os Mirage F1BQ/EQ (que agora formam ao menos um esquadrão em Mashhad), Su-24MK Fencer-D, MiG-29 Fulcrums, Su-20s, Su-22M Fitters, Su-25 Frogfoots, MiG-23 em diversas configurações e um número de Il-76. Ao menos os Mirages e os Su-24MKs ganharam status operacional.
O braço aéreo das Forças Armadas Iranianas tem atraído muita atenção da mídia ultimamente, ao revelar equipamento localmente produzido ou aperfeiçoado, durante a exibição aérea de Khoramshahr em maio e junho 2002 e na Mostra Aérea Internacional do Irã realizada na ilha de Kish (OIBK) em outubro e em novembro 2002. O Irã claramente está tentando conseguir total auto-suficiência em armamentos e está indo muito bem, se levarmos em conta que o comércio de armas está completamente parado desde a revolução de 1979. Alguns dos projetos empreendidos atualmente pelas indústrias locais como as Indústria de Construção de Aviões do Irã (IAMI), em conjunto com o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) são:
- O Simorgh é uma conversão de Northrop F-5A para F-5B pelaIAMI em Shahin Shahr Isfahan Shafagh,
- O Shafagh é um avião de ataque / treinador avançado biplace que é baseado (alega-se) no “Projeto Integral Russo-Iraniano”. Os planos são de produzir três versões do Shafagh: uma versão de ataque leve/treinamento biplace e duas versões caça-bombardeiro monoplace. Serão dotados com os assentos de ejeção russos.
- O Parastu (andorinha) é um avião a hélice projetado por engenharia reversa (diz-se que é parecido com o Beech F-33 Bonanza).
- O Azarakhsh (relâmpago) é um caça projetado por engenharia reversa.
- O JT2-2 Tazarve é o terceiro protótipo do Dorna (cotovia), um treinador leve a jato.
- O Shahed 274 é um helicóptero leve localmente projetado.
- O Shavabiz 75 é um projeto reverso-projetado do Bell 214C.
- O Projeto 2061 é um Bell 206 reverso-projetado.
- O Iran-140, um Antonov An-140 produzido sob licença.
"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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- lelobh
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O que seria isso " engenharia reversa"?
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
São parecidos, não acha?!?!
Bom exemplo Bolovo, mas que cara de pau dos russos, até o formato das janelas da frente envidraçada e igual
Após a revolução de fevereiro de 1979, as únicas entregas vindas do Ocidente foram 35 Pilatus PC-7, 15 PC-6 Porters e 15 treinadores construídos no Brasil, EMB-312 Tucano.
Lauro, acho que o número de tucanos deve ser bem maior. Segundo a revista ASAS, fontes internacionais citam que foram 24 aeronaves, mas pelos menos 50 foram entregues (23 unidades em operação e 2003).
Editado pela última vez por Carlos em Sex Abr 28, 2006 9:59 pm, em um total de 1 vez.
- Slip Junior
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- Bolovo
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Outro exemplo é o americano AIM-9B (o primeiro de cima pra baixo) e...
... a engenharia reversa russa AA-2 Atoll (o ultimo da foto). Assim nasceu o primeiro missil russo.
Também são parecidos!!
Um dos casos de engenharia reversa mais conhecidos do mundo, é o do Rolls Royce Nene, que os russos copiaram, denominaram de Klimov VK-1 e colocaram no MIG-15. Assim nasceu o primeiro motor a jato russo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Klimov_VK-1
http://en.wikipedia.org/wiki/Rolls-Royce_Nene
... a engenharia reversa russa AA-2 Atoll (o ultimo da foto). Assim nasceu o primeiro missil russo.
Também são parecidos!!
Um dos casos de engenharia reversa mais conhecidos do mundo, é o do Rolls Royce Nene, que os russos copiaram, denominaram de Klimov VK-1 e colocaram no MIG-15. Assim nasceu o primeiro motor a jato russo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Klimov_VK-1
http://en.wikipedia.org/wiki/Rolls-Royce_Nene
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Guilten
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Slip Junior escreveu:Existem também outros exemplos em que os norte-americanos se aproveitaram de tecnologias russas como o caso do sistema de decolagem e pouso vertical do JSF e, até mesmo, no caso do F-117 que foi desenvolvido com base em um estudo de um matemático russo.
Abraços
Slip, com relação ao uso do estudo matemático russo você foi corretíssimo, endosso sua declaração, só me foge no momento o nome do matemático russo......