Guerra no tráfico no RJ - mais um capítulo

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Guerra
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#421 Mensagem por Guerra » Qua Mar 15, 2006 3:12 pm

ZeRo4 escreveu:
SGT GUERRA escreveu:
ZeRo4 escreveu:Meu irmão me passou um rádio aqui... encontraram os 10 bicos no Vidigal!!! Eu avisei que não tinha nada haver nego procurar em favela do ADA e TCP...

O negócio agora é melhor a segurança nos quartéis...


E o policiamento também, porque dai nem o EB precisa passar pelo constrangimento de ter seus quarteis invadidos e não poder fazer nada e nem a PM precisa passar pelo constrangimento de ter outra força fazendo seu trabalho. Ninguém se estressa.


O Policiamento é bem feito sim... agora, dps que vagabundo pula o quartel e rende os sentinelas não da pra fazer mais nada! Até pq a maioria dos quartéis das FAs no RJ ficam muito próximo a favelas, então a segurança tem q ser REDOBRADA no quartel, fora isso não tem muito o que a PMERJ ou PCERJ possam fazer.

Outra coisa, nenhuma força fez o papel da PMERJ ou da PCERJ, eles continuam cumprindo suas metas fazendo o possíveld e acordo com as condições de trabalho e efetivo impostos a esses orgãos... a PCERJ, caso não saiba, sofre de uma carência de apenas 10.000 policiais! em sua grande maioria Investigadores e Inspetores que são a "tropa de frente" da PCERJ!

O EB tem que parar com essa "mania" feia de colocar recrutas e homens despreparados para fazer a segurança do quartel... meu amigo deu baixa na PE ano passado e fiquei horrorizado com a história de um recruta que quase matou um tenente devido ao desespero e despreparo dos recrutas para fazer a segurança do quartel.

Agora uma boa notícia...

Parece que FELIZMENTE dessa vez o EB tomou tenência e vai mais além... meu irmão chegou do plantão hj e a notícia é que o EB vai continuar plantado nas favelas, dessa vez pra tentar prender os marginais que levaram os fuzis.

Também vão continuar plantados no morro do Dendê, onde um traficante teria adquirido grande quantidade de munição 7,62 e .50! A 37Dp (Ilha) apoiando a operação, deu mapas do morro para os homens do EB!!! parece que agora vai...



Zero4, vai ser dificil voce me convencer que o EB também não é uma vitima da violencia no Rio de Janeiro. No Rio tem policiais de menos, isso é verdade, mas também tem bandidos demais. De quem é a culpa? Sei das dificuldades da PM e reconheço o trabalho dos policiais. Acho que são vitimas da inoperência do estado.



O EB tem que parar com essa "mania" feia de colocar recrutas e homens despreparados para fazer a segurança do quartel... meu amigo deu baixa na PE ano passado e fiquei horrorizado com a história de um recruta que quase matou um tenente devido ao desespero e despreparo dos recrutas para fazer a segurança do quartel.


E vai colocar quem? Voce sabe que existe uma diferença entre exército e força terrestre. A força terrestre são unidades adestradas para o combate. Se nessas OMs é dificil formar um soldado decente imagina em OMs não vocacionadas para o combate. E do que adianta colocar um soldado adestrado para vigiar o quartel, quando muitas vezes o soldado adestrado é um bandido. Voce se esquece que é da sociedade que o EB tira seus efetivos.

Só para de contar história Zero4, se eu começar contar histórias (que eu vi, ninguém me contou) da PM do Rio, com certeza eu vou manchar a imagem de homens de bem.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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#422 Mensagem por Guerra » Qua Mar 15, 2006 3:27 pm

Pablo Maica escreveu:
SGT GUERRA escreveu:
Ricardo Rosa escreveu:
Pablo Maica escreveu:Esse fato do tiro no pé demosntra bem o misto de despreparo + nervosismo, é isso que da quando se cooca um soldado que deu meia duzia de tiros de fal e que só tirava guarita no meio de uma favela onde o bixo pega, por isso que eu bato na tecla do fim do SMO e da profissionalização do efetivo.


Um abraço e t+ :D



Bom dia a todos,

É isso aí Pablo, novamente apoiado.

Abraços.


:oops: :oops: na minha epoca de recruta eu dei um tiro de festim na bunda de um sgt.... isso nem é motivo para riso, mas quando lembro da cena do sgt pulando com a bunda saindo fumaça eu dou risadas :lol: :lol:


Putz Guerra quase cai da cadeira de tanto rir hauhauhauhauhauhauha tu deve te pagado até a alma descolar do corpo hauhauhauhauhauhauha [094] [094] [107] [107]


Um abraço e t+ :D


SGT GUERRA escreveu:
na minha epoca de recruta eu dei um tiro de festim na bunda de um sgt.... isso nem é motivo para riso, mas quando lembro da cena do sgt pulando com a bunda saindo fumaça eu dou risadas

HAHAHAHAHA!!! Só tem figura nesse fórum... HAHAHAHHAHA


Estava sem reforçador...foi naquele tempo da farda VO...chegou a ficar desbotado onde o tiro pegou. Mas também paguei feito um condenado...naquela epoca só se fala em direitos humanos no vaticano...tiro de festim nos pé eu levei uns quatro :lol: :lol: :lol:




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#423 Mensagem por ZeRo4 » Qua Mar 15, 2006 4:17 pm

SGT GUERRA escreveu:Zero4, vai ser dificil voce me convencer que o EB também não é uma vitima da violencia no Rio de Janeiro. No Rio tem policiais de menos, isso é verdade, mas também tem bandidos demais. De quem é a culpa? Sei das dificuldades da PM e reconheço o trabalho dos policiais. Acho que são vitimas da inoperência do estado.


Não vou tentar te convencer, pois esse não é o meu objetivo... a PMERJ e a PCERJ tem muitas dificuldades, mas eu pergunto... será que alguma outra polícia do Brasil daria conta tão bem do recado??? Acho que não...

SGT GUERRA escreveu:E vai colocar quem? Voce sabe que existe uma diferença entre exército e força terrestre. A força terrestre são unidades adestradas para o combate. Se nessas OMs é dificil formar um soldado decente imagina em OMs não vocacionadas para o combate. E do que adianta colocar um soldado adestrado para vigiar o quartel, quando muitas vezes o soldado adestrado é um bandido. Voce se esquece que é da sociedade que o EB tira seus efetivos.


Eu não entendo muito de EB, até pq naum servi o quartel :), mas enfim... creio que alguns soldados são sim mais experientes, tem aqueles que enganjam!!! enfim... qualquer coisa!!! a situação tem q mudar!!! essa história de colocar um cara com três ou quatro meses de quartel, que mal sabe atirar tomando conta de tudo é ridícula.

Pq q a vagabundagem não invade quartel da PMERJ pra roubar armas??? o 22o BPM é DENTRO do Complexo da Maré, uma das piores (se não a pior...) área para patrulhamento do RJ!!! As favelas todas infestadas de Angolanos ex-guerrilheiros... e ninguém nunca tentou!!! Tenta...

SGT GUERRA escreveu:Só para de contar história Zero4, se eu começar contar histórias (que eu vi, ninguém me contou) da PM do Rio, com certeza eu vou manchar a imagem de homens de bem.


Eu acho histórias interessantes, eu msm goste de ler as do pessoal aqui do fórum!!! Se tu não acredita ou por qualquer motivo não gosta de ler, apenas pule esta parte ok???

Sobre histórias sobre a PMERJ eu tenho um monte também... umas boas, outras ruins, outras péssimas!!! mas a PMERJ é uma instituição não se resume a uma ou duas histórias ok???




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#424 Mensagem por Alcantara » Qua Mar 15, 2006 7:08 pm

ZeRo4 escreveu:Pq q a vagabundagem não invade quartel da PMERJ pra roubar armas??? o 22o BPM é DENTRO do Complexo da Maré, uma das piores (se não a pior...) área para patrulhamento do RJ!!! As favelas todas infestadas de Angolanos ex-guerrilheiros... e ninguém nunca tentou!!! Tenta...

ZeRo4, se me permites, vou dar a minha opinião sobre esse comentário. Cara, a tropa do Exército não está acostumada a ter combate real, diário e constante como as forças de segurança do Rio de Janeiro. O cara que entra para o Exército vai fazer o treinamento básico e depois vai passar os meses seguintes pintando meio fio (ou, como dizem em São Paulo, guia), árvore e sei mais o que de branco. O Exército tem o pessoal profissional, mas em unidades específicas. Agora, a PMERJ e a PCERJ vivem em situação de combate todo o dia e por isso ficam muito mais "expertas". Não dá pra comparar a "manha" de um soldado não profissional com um policial "curtido' pelo combate diário. Se você fosse comparar com os nossos soldados profissionais, aí a coisa muda de figura.

Agora deixa eu correr para a minha trincheira que o SGT Guerra vem aí com fogo pesado contra a minha posição, hehehehe!!! :lol:




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#425 Mensagem por ZeRo4 » Qua Mar 15, 2006 7:24 pm

E ae Alcantara, blz???

Eu concordo 100% e é por isso que eu digo que a segurança dos quartéis deve ficar a cargo de tropas profissionais ou soldados mais experientes!

Lembra quando eu disse que esse Fuzis não iriam aparecer??? E não iriam mesmo... sabe pq? Dps da frustrada tentativo de invadir a Rocinha antes do carnaval, os traficantes do C.V perderam 09 fuzis... o traficante Dinho Porquinho, da área do Complexo do Alemão então resolveu realizar o ataque para roubar os 10 fuzis... só esqueceu de discutir isso com o Marcinho VP, outra traficante também do Alemão.

O VP só ficou sabendo do roubo após as operações do EB... ficou descontente!!! Os líderes do C.V decidiram então entregar as armas afim de evitar um possível racha na facção que já está bastante enfraquecida perante o T.C.P e o A.D.A.

Eu duvido que esse tipo de ação pare de ocorrer, a não ser que o EB melhore a segurança dos quartéis, que hj em dia é ridícula... mesmo quando esses são rodeados de favelas.




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#426 Mensagem por Túlio » Qua Mar 15, 2006 10:28 pm

Exército negocia com tráfico e retoma armas

Militares recuperaram fuzis e pistola no domingo em troca do fim
das ações; comando militar diz que informação é absurda

Raphael Gomide
Sucursal Rio
Colaboraram SERGIO TORRES e
MARIO HUGO MONKEN, da Sucursal do Rio

Integrantes do Exército negociaram sigilosamente com a facção criminosa Comando Vermelho a recuperação de dez fuzis e uma pistola roubados de um quartel do Rio, em São Cristóvão (zona norte), no dia 3 de março, segundo relatos feitos à Folha por pessoas envolvidas. As armas já estavam em posse do Exército desde domingo à noite.

Elas estão com a numeração raspada em três diferentes lugares. Um comboio de 12 carros descaracterizados, com homens fortemente armados do Exército transportou, no domingo à noite, os fuzis e a pistola até uma unidade da instituição. Militares celebraram o sucesso da operação no mesmo dia.

Às 19h40 de ontem, o Exército anunciou oficialmente a recuperação das armas. Informou que foram encontradas em um local em São Conrado, bairro vizinho à Rocinha.

Apesar de já estar com o armamento desde domingo, o Exército realizou uma megaoperação ontem na Rocinha. Havia feito o mesmo anteontem na favela do Dendê, na Ilha do Governador, e na Vila dos Pinheiros, na Maré, ambas na zona norte.

A operação sigilosa para recuperar as armas, cuja negociação ocorreu entre a sexta-feira, dia 10, e o domingo, 12, envolveu um líder da facção criminosa Comando Vermelho que não está preso.

Ele negociou a devolução do material a fim de livrar favelas da facção da operação de asfixia do Exército, que reduziu drasticamente o lucro da venda de drogas nas áreas ocupadas. O negociante da facção assumiu que o Comando Vermelho fez o assalto e manteve as armas escondidas até o fim de semana em uma favela plana (o que não é o caso da Rocinha), na qual a venda de droga está sob seu controle, como a Folha informou no dia 9.

O acordo

Para devolver as armas ao Exército, o negociador apresentou três pré-condições:

1) fim das operações de asfixia das tropas do Exército nas favelas do Rio -o que aconteceu entre domingo e segunda-feira;

2) apresentação pública das armas como se tivessem sido apreendidas em uma favela na qual a venda de drogas estivesse sob domínio da facção inimiga, a ADA (Amigos dos Amigos);

3) transferência de um líder do CV do presídio Bangu 1 para Bangu 3 ou 4. Essa transferência pode demorar algum tempo para acontecer, para não aparentar ligação com a operação e por depender da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio.

Rocinha

Ontem, às 10h07 -depois de iniciada no domingo uma fase que o Exército classificou de "seletiva e pontual", sem operações "massivas"-, cerca de 400 soldados ocuparam a favela da Rocinha, a maior do Rio, onde a venda de droga é comandada pela facção criminosa ADA.

A Folha soube da operação na noite de anteontem. Às 9h de ontem, quando a reportagem chegou à entrada da Rocinha, era normal o movimento de moradores. Com um radiotransmissor, o jornal acompanhou os diálogos travados por traficantes.

A chegada das tropas à Rocinha os surpreendeu. "Olha o comboio do Exército! Tá vindo comboio do Exército, lá na estrada da Gávea! É muito caminhão, tem tanque de guerra! Os caras estão vindo para cá!", começou a gritar muito nervoso, pelo rádio, um vigia do tráfico na favela, que antes fazia brincadeiras com outros colegas.

Os traficantes negaram estar com os fuzis. "As armas não estão com a gente, não! Aqui não tem [fuzil] 7.62!", gritou um rapaz, pelo rádio. ""Vai lá buscar no Complexo do Alemão. Está tudo lá. Aqui é o bonde do tesouro. Temos dinheiro para comprar armas, não precisamos roubar", disse outro.

Abacate

Após o desespero inicial, em que descreviam freneticamente o poderio militar da Força, os traficantes da Rocinha passaram a fazer ameaças por rádio e a negar estar com as armas.

"Vai entrar na bala geral. Barulha os caras!", disse outro. "Vagabundagem, fica na atividade, subiu o maior bondão de abacate [Exército]!", disse um traficante.

Com um potente aparelho de som instalado em um jipe militar estacionado em frente a um dos pontos mais movimentados da favela, o Exército pedia ajuda à população da favela. ""Atenção moradores da comunidade. O Exército brasileiro vai recuperar as armas desviadas. Denuncie os assaltantes. Sua identidade será preservada. Exército brasileiro. Braço forte e mão amiga."

Pelos radiotransmissores, os traficantes falavam sobre a conduta surpreendente dos militares. "O periquito [como os traficantes chamam os militares do Exército] em vez de ficar na atividade, fica de costa para vagabundo", disse um deles.

General diz que não faz acordo com criminosos

Sucursal de Brasília

Questionado sobre a existência de negociações com a facção criminosa Comando Vermelho para a recuperação das armas, o comandante do Comando Militar do Leste, general Domingos Curado, qualificou a hipótese de absurda. "O Exército não negocia com criminosos e age dentro da lei", afirmou, após se reunir com o ministro da Defesa e vice-presidente, José Alencar, e com o comandante do Exército, Francisco Albuquerque.

Ele afirmou ontem que ainda não é possível saber se as tropas deixarão o Rio. Segundo ele, existe um Inquérito Policial Militar (IPM) em curso e, se houver novos mandados, a Força poderá entrar novamente nas favelas cariocas.


Exército diz que achou armas após denúncia

General afirma que armamento foi localizado com base em
informação de "um elemento que passou e se evadiu"

Mario Hugo Monken
Sucursal do Rio
Pedro Dias Leite
Sucursal de Brasília

O chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste, general Hélio Chagas Macedo, disse ontem que o Exército chegou a localização dos dez fuzis e de uma pistola por intermédio de uma pessoa que passou no local onde estavam os militares na favela da Rocinha (São Conrado, zona sul) e relatou onde estavam as armas.

O armamento foi achado por volta das 18h30 na localidade conhecida como Esqueleto, na estrada das Canoas, em São Conrado, entre a Rocinha (onde a venda de drogas é controlada pela ADA) e o Vidigal (Comando Vermelho). A operação de resgate contou com a participação da PM. Segundo o Exército, o informante fugiu. A Força não deu informações a respeito dele nem de como as armas foram encontradas.

"Houve uma denúncia no local de um elemento que passou, fez a denúncia e se evadiu", declarou Macedo. Ele disse acreditar que os próprios traficantes teriam revelado a localização das armas porque as ações do Exército estavam sufocando o comércio de drogas.

Não quis mencionar, porém, sobre suspeitos porque há um Inquérito Policial Militar (IPM) em andamento. Não quis falar também qual facção criminosa teria comandado a ação.

"A entrega das armas mostra que não estava sendo conveniente [para o tráfico] a presença do Exército. As operações levaram a esse quadro de que era melhor devolver o armamento do que continuar as ações de vulto nas favelas. Foi melhor para eles [os traficantes]. A devolução do armamento diminuirá a presença ostensiva em número do Exército", disse.

O Ministério Público Militar, que auxilia as investigações sobre o roubo do armamento, informou que já existem quatro suspeitos identificados. Dois seriam ex-militares do próprio Estabelecimento Central de Transportes, onde houve o roubo, sendo que um deles é morador da favela Nova Brasília, no complexo do Alemão (zona norte), com venda de droga controlada pelo CV.

Um outro seria parente de um dos ex-militares suspeitos e o quarto, um civil. Nenhum deles foi preso ou indiciado até agora.

Compreensivos com o crime

O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou ontem que "nós estamos sendo muito compreensivos com o crime no Brasil" e deixou claro que o Exército pode voltar às ruas do Rio de Janeiro, desta vez para ações contra criminosos, se houver um pedido do governo do Estado.

"Se houver um pedido do governo do Rio para que o Exército participe em alguma ação episódica para minorar os problemas da criminalidade no Rio, o Exército jamais se furtaria e não se retira", disse Alencar, que acumula o cargo de ministro da Defesa.

Alencar afirmou que a ação do tráfico foi um "atrevimento". "Agora, o Exército obviamente que tinha de estar presente a todas essas áreas, porque tinha de buscar o que lhe pertencia. Mas não é apenas isso. Um atrevimento. Nós estamos sendo muito compreensivos com o crime no Brasil. E, com essa compreensão, o crime vai crescendo. Então tem de haver ações dessa natureza para mostrar que o crime não compensa."

O vice afirmou que deu a informação sobre a recuperação dos dez fuzis "imediatamente" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também disse que o êxito da ação era de responsabilidade do governo do Estado do Rio de Janeiro e da Polícia Federal, numa clara tentativa de evitar uma guerra de egos.


:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#427 Mensagem por Bolovo » Qua Mar 15, 2006 10:46 pm

tulio escreveu::shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Exército nega acordo com tráfico para recuperar armas no Rio

RIO DE JANEIRO (Reuters) -
O Exército rejeitou veementemente nesta quarta-feira que tenha feito um acordo com traficantes do Rio de Janeiro para recuperar os armamentos roubados de um quartel na cidade, no dia 3 de março.

"Nós não negociamos com criminosos ou fora-da-lei", disse em entrevista coletiva o chefe do Estado Maior do Comando Militar do Leste (CML), general Hélio Macedo, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de ter havido um acordo entre o Exército e a facção Comando Vermelho para encerrar as operações em favelas cariocas em troca das armas roubadas.

Segundo o militar, a recuperação dos dez fuzis e uma pistola foi "um trabalho de inteligência".

O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, Marcelo Itagiba, reiterou que não houve acordo, mas não quis divulgar qual foi a fonte da informação que levou às armas.

"Não há nenhuma negociação possível com nenhum tipo de criminoso. Refutamos essa informação. A informação é inconsistente e inverídica", disse o secretário, em referência a uma notícia publicada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta quarta-feira. O general Macedo declarou que as tropas do Exército se retiraram das ruas após a apreensão dos armamentos e só voltarão se tiverem pistas concretas dos responsáveis pelo roubo ou para recuperar outros armamentos que foram roubados das Forças Armadas.

"A força-tarefa continua. Sempre, Exército, Polícia Civil e Polícia Militar atuam na área de inteligência e para esse tipo de busca. As ações continuam integradas independentemente do inquérito policial militar", explicou.

De acordo com o general, não haverá aumento no efetivo da segurança nos quartéis, mas os procedimentos poderão ser reavaliados para se evitar novos roubos.

Os dez fuzis e uma pistola foram roubados de um quartel em São Cristóvão, na região central do Rio, no início do mês. Logo após o incidente, uma operação militar foi deflagrada em favelas do Rio. O Exército reiterou desde o início que a ocupação seria mantida até que o armamento fosse recuperado.




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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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#428 Mensagem por delmar » Qua Mar 15, 2006 11:11 pm

delmar escreveu:.
Qual o objetivo do exército nesta operação?

No meu entender é o de sufocar economicamente os traficantes. Quanto mais tempo os militares ficarem fazendo barreiras, maior será o prejuizo causado e quanto mais favelas forem ocupadas maior será o número de prejudicados. A possibilidades das armas estarem ou não nas favelas bloqueadas é irrelevante.
O tráfico precisa vender sua mercadoria, abastecer as "bocas", recolher o dinheiro. Enquanto durar a ação militar fica tudo parado. Os consumidores desaparecem, a mercadoria fica em estoque.
A maior parte do pessoal envolvido no tráfico não tem poupança, nem FGTS, nem direito a seguro desemprego. O dinheiro que ganham hoje é para comer amanhã. Duas semanas sem faturar vem o desespero. Tem ainda policiais, politicos e até gente do judiciário que recebe algum para auxiliar o tráfico. O dinheiro deles também desaparece.
Qual a solução para tudo? Os próprios traficantes encontrarem e devolverem os malditos fuzis ao exército, para que a tropa volte ao quartel e os negócios também voltem ao normal. E depois nunca mais roubar armas dos quartéis. É isto que o EB espera que aconteça. Que alguém telefone informando onde estão as armas.
Vai dar certo? Se conseguirem manter a pressão por uns quinze dias talvez dê. O prejuizo pelo negócio parado é muito maior que o valor das armas roubadas. Acho uma boa estratégia.

Saudações


Desculpem citar a mim mesmo (escrito em 07/03). Está claro, desde o inicio, que a estratégia do exército era que os próprios traficantes encontrassem e devolvessem as armas. A pressão sobre os negócios funcionou e as armas foram devolvidas. O espantoso é a crítica, agora, pelo fato dos traficantes terem entregues as armas, quando isto sempre foi o objetivo da ação.
Fica um pergunta. Qual a razão para a policia carioca não continuar com a pressão, cortando o oxigênio dos traficantes?

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#429 Mensagem por ZeRo4 » Qua Mar 15, 2006 11:15 pm

delmar escreveu:
delmar escreveu:.
Qual o objetivo do exército nesta operação?

No meu entender é o de sufocar economicamente os traficantes. Quanto mais tempo os militares ficarem fazendo barreiras, maior será o prejuizo causado e quanto mais favelas forem ocupadas maior será o número de prejudicados. A possibilidades das armas estarem ou não nas favelas bloqueadas é irrelevante.
O tráfico precisa vender sua mercadoria, abastecer as "bocas", recolher o dinheiro. Enquanto durar a ação militar fica tudo parado. Os consumidores desaparecem, a mercadoria fica em estoque.
A maior parte do pessoal envolvido no tráfico não tem poupança, nem FGTS, nem direito a seguro desemprego. O dinheiro que ganham hoje é para comer amanhã. Duas semanas sem faturar vem o desespero. Tem ainda policiais, politicos e até gente do judiciário que recebe algum para auxiliar o tráfico. O dinheiro deles também desaparece.
Qual a solução para tudo? Os próprios traficantes encontrarem e devolverem os malditos fuzis ao exército, para que a tropa volte ao quartel e os negócios também voltem ao normal. E depois nunca mais roubar armas dos quartéis. É isto que o EB espera que aconteça. Que alguém telefone informando onde estão as armas.
Vai dar certo? Se conseguirem manter a pressão por uns quinze dias talvez dê. O prejuizo pelo negócio parado é muito maior que o valor das armas roubadas. Acho uma boa estratégia.

Saudações


Desculpem citar a mim mesmo (escrito em 07/03). Está claro, desde o inicio, que a estratégia do exército era que os próprios traficantes encontrassem e devolvessem as armas. A pressão sobre os negócios funcionou e as armas foram devolvidas. O espantoso é a crítica, agora, pelo fato dos traficantes terem entregues as armas, quando isto sempre foi o objetivo da ação.
Fica um pergunta. Qual a razão para a policia carioca não continuar com a pressão, cortando o oxigênio dos traficantes?

Saudações


Sinto dizer... mas você está errado!!! o problema não foi sufocar o tráfico, isso a PMERJ já faz a algum tempo e dai que veio o nome "Operação Asfixia", o problema foi a iminente guerra entre traficantes da mesma facção pois um ordenou o roubo e o outro simplesmente não ficou sabendo e/ou não opiniou sobre o roubo.




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#430 Mensagem por delmar » Qua Mar 15, 2006 11:46 pm

Sinto dizer... mas você está errado!!! o problema não foi sufocar o tráfico, isso a PMERJ já faz a algum tempo e dai que veio o nome "Operação Asfixia", o problema foi a iminente guerra entre traficantes da mesma facção pois um ordenou o roubo e o outro simplesmente não ficou sabendo e/ou não opiniou sobre o roubo


Discordo do colega. Uma facção roubou os fuzis sem comunicar aos demais. Pergunto, se o exército tivesse ficado quieto o que teria acontecido? Teriam devolvidos as armas? Teriam brigado entre eles? a resposta é não, a menos que alguém ainda acredite em papai noel.
Como houve a reação e o prejuízo para todos, vieram as cobranças entre os marginais. É aquela história "voces fazem e nós pagamos". A solução encontrada foi devolver as armas.
Agora se voce acredita mesmo que os ladrões iriam devolver as armas, de livre e expontânea vontade, caso o exército tivesse ficado quieto, lamento.




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#431 Mensagem por ZeRo4 » Qui Mar 16, 2006 12:03 am

delmar escreveu:
Sinto dizer... mas você está errado!!! o problema não foi sufocar o tráfico, isso a PMERJ já faz a algum tempo e dai que veio o nome "Operação Asfixia", o problema foi a iminente guerra entre traficantes da mesma facção pois um ordenou o roubo e o outro simplesmente não ficou sabendo e/ou não opiniou sobre o roubo


Discordo do colega. Uma facção roubou os fuzis sem comunicar aos demais. Pergunto, se o exército tivesse ficado quieto o que teria acontecido? Teriam devolvidos as armas? Teriam brigado entre eles? a resposta é não, a menos que alguém ainda acredite em papai noel.
Como houve a reação e o prejuízo para todos, vieram as cobranças entre os marginais. É aquela história "voces fazem e nós pagamos". A solução encontrada foi devolver as armas.
Agora se voce acredita mesmo que os ladrões iriam devolver as armas, de livre e expontânea vontade, caso o exército tivesse ficado quieto, lamento.


Brother, é preciso conhecer a estrutura do tráfico... dps que eu fiquei sabendo da tal trama eu analisei tudo de um melhor ângulo!!! E posso te afirmar que msm que o EB não tivesse pressionado essas armas iriam aparecer!!! Pq se não o C.V iria rachar logo na "matriz" que é Complexo do Alemão... justamente onde o Dinho e o V.P travaram essa guerra particular.

O problema então não foi "o" roubo dos fuzis e nem "a" operação asfixia, até pq os traficantes deram vários cargueiros na Providência, Mangueira, Jacaré, PA e Mandela, mas sim o fato do Dinho ter mandado o Tota (atual chefe do Complexo foragido da justiça...) roubar os fuzis sem pedir a opinião do V.P que é bem mais antigo no complexo... pra quem não lembra, a missão de matar o U.Ê era do Marcinho V.P pra vcs terem noção da antiguidade dele na frente do Complexo.

O alto comando do C.V (Isaías, Tuchinha, Polegar...) então ordenou que os fuzis fossem entregues para eliminar essa guerra de egos... É evidente que essa ação do EB acelerou o acontecimento... mas cedo ou tarde isso iria acontecer!!!




As GATs e RPs estão em toda cidade!

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#432 Mensagem por Einsamkeit » Qui Mar 16, 2006 12:08 am

nao entendo, só no brasil os traficantes sao ate identificados, e ainda estao vivos?




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
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#433 Mensagem por Bolovo » Qui Mar 16, 2006 12:18 am

Einsamkeit escreveu:nao entendo, só no brasil os traficantes sao ate identificados, e ainda estao vivos?

Parece que até são colegas. Todos se conhecem, de repente até trocam emails! :lol:




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#434 Mensagem por Einsamkeit » Qui Mar 16, 2006 12:32 am

falta macho nesse pais pra tratar bandido com mao de ferro




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#435 Mensagem por Túlio » Qui Mar 16, 2006 12:35 am

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