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Mensagem
por Mateus Dias » Qua Abr 07, 2004 11:34 am
Há estudos para recuperar os Mirages
Momento atual prejudica decisão de compra dos novos aviões e
facilita alternativas mais baratas.
A revisão completa do motor de um Mirage custaria hoje cerca de US$ 800 mil
Virginia Silveira
Por causa do atual momento político, somado à situação social e à falta de recursos orçamentários, começam a ser estudadas soluções alternativas para a compra de novos caças supersônicos para o País (conhecida como programa F-X), cuja definição está programada para os próximos dias. Embora a possibilidade de suspensão ou adiamento do processo, que já se arrasta por quase oito anos, não serem consideradas oportunas pelo Ministério da Defesa, fontes ligadas ao assunto confirmaram estudos alternativos para preencher o lapso de tempo entre a desativação dos Mirage III e a entrega das novas aeronaves.
A proposta, já defendida pela Aeronáutica em 2002. O então Comandante Carlos de Almeida Baptista, na época, havia optado pela aeronave israelense Kfir C-10. Agora, é bem vista por alguns militares do alto comando da Aeronáutica como mais indicado para o momento fazer uma revitalização da atual frota de Mirage da Força Aérea Brasileira (FAB). "Poderíamos optar por uma revisão parcial dos motores, o que daria uma sobrevida aos aviões até que os novos caças entrassem em operação", disse uma fonte.
A revisão completa do motor de uma aeronave Mirage, segundo a fonte, custaria cerca de US$ 800 mil e permitiria que os aviões voassem mais 1200 horas ou aproximadamente quatro anos. "A FAB voa uma média de 150 horas por ano. Isso daria uma folga de oito anos, tempo até superior ao da chegada dos novos caças, estimado em seis anos", disse.
Além disso, todas as cinco empresas envolvidas na concorrência F-X mandaram propostas alternativas de fornecimento de aeronaves para a FAB, enquanto os novos caças não entrassem em operação. A mais recente delas foi a dos russos, que ofereceram 12 caças Sukhoi-27, mas os americanos da Lockheed também encaminharam proposta de leasing do F-16, assim como o consórcio anglo-sueco Gripen International.
A utilização de caças usados ou o prolongamento da vida dos atuais Mirage no período de transição para o F-X, segundo a fonte, serão estudadas pela FAB mesmo que a escolha dos novos aviões seja definida neste momento, pois há consenso quanto a importância da manutenção da integridade do espaço aéreo. "Neste caso a escolha do novo avião deverá influenciar na escolha do provisório", disse a fonte.
Dassault respeita
O adiamento ou a suspensão do processo de escolha do novo caça supersônico são considerados desgastantes pelas empresas que disputam o contrato F-X, tanto pelos investimentos já aplicados (mais de US$ 5 milhões de cada participante) quanto pelas relações de governo dos países envolvidos no processo.
O vice presidente Internacional da Dassault, uma das empresas que fazem parte do Consórcio Mirage 2000BR, liderado pela Embraer, Bruno Cotté, disse que ficaria decepcionado com um novo adiamento, mas que a decisão do governo é soberana e será respeitada pela empresa. O executivo voltou a afirmar que a proposta do Consórcio Mirage deu ênfase aos aspectos de transferência de tecnologia de alto valor agregado (códigos fonte, software, capacidade de integração de armamentos entre outras) do que às compensações comerciais.
"A transferência das tecnologias envolvidas no avião será feita sem restrições, sendo que 80% delas já a partir do primeiro lote de 12 aeronaves". As indústrias francesas envolvidas no Consórcio Mirage, segundo Cotté, só estão impedidas de transferir tecnologias na área nuclear e de mísseis balísticos de longo alcance, cujas restrições foram definidas em acordos internacionais assinados pelo governo da França. Um desses acordos é o MTCR (sigla em inglês para Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis), organização de 25 países, inclusive o Brasil, que fiscaliza e controla a fabricação e exportação de meios de destruição em massa.
FAB tem plano de prolongar uso de Mirages
Se concorrência for adiada, caças passarão por revisão que
permitirá voar por até 8 anos
Tânia Monteiro
BRASÍLIA- Caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida adiar ou cancelar a licitação para a compra dos novos caças, como cogita o governo federal, a Força Aérea já tem pronto um estudo com alternativas que poderiam ser usadas para que o País continue dispondo de aeronaves capazes de defender o espaço aéreo. Uma das propostas - a mais viável economicamente, segundo o Estado Maior da Aeronáutica - é a revisão dos motores dos 16 Mirage que o Brasil possui.
Essa repontencialização dos motores não é considerada ideal, mas possível. Dependendo do tempo necessário à espera de novos aviões, a FAB pode revisar apenas parte do motor.
A revisão total pode prolongar a vida do caça em até oito anos. Neste caso, o custo seria de US$ 800 mil a US$ 900 mil, cada. A revisão completa permitirá que o avião voe mais 1.200 horas. Técnicos avaliam que a "reforma" não precisa ser completa. Neste caso, seria mais barata. Esta e outras opções foram apresentadas pelas empresas inscritas na licitação, a pedido da própria Aeronáutica. Isso porque a FAB precisava garantir o patrulhamento do espaço aéreo enquanto não fossem entregues as novas aeronaves.
A decisão sobre o futuro da licitação dos FX só deverá ser tomada na semana que vem, após reunião entre o presidente e o ministro da Defesa, José Viegas. A divulgação, na terça-feira, de que o caça sueco Gripen venceu a primeira fase da concorrência, realizada ainda no governo Fernando Henrique, e que haveria preocupação com o que teria sido chamado de "risco agregado" no projeto da Embraer- Daussault provocou enérgica reação da empresa francesa. O governo brasileiro sustenta a segunda etapa da licitação começou do zero e as empresas refizeram suas propostas.
O vice-presidente da Dassault, Bruno Cotté, declarou-se "chocado" com a notícia e alegou que a Embraer não está sozinha no processo. Isso porque a empresa francesa dará todo o suporte necessário a ela. Segundo a Dassault, a compra dos 12 primeiros aviões implicaria na transferência de 80% da tecnologia. Os 20% restantes seriam repassados quando ocorressem novas encomendas.
SERÁ POSSÍVEL ?????
Se isso se confirmar será um desrespeito aos militares, em particular com a Força Aerea. Já não aumentaram os salários e agora essa.....
Pelo jeito o governo do PT só atende as necessidades de quem grita e faz barulho, como o saqueador do Stédille......
Os militares deviam ter uma atitude mais firme, senão esse governo de indecentes vai acabar com as Forças Armadas... É revoltante
Mateus Dias
BRASIL ACIMA DE TUDO !!!