rcolistete escreveu:orestespf escreveu:Se ela não deseja mais um caça multi-função, se ela aceita comprar um caça não multi-função, mas com potencial de atualização para não sei quando, se, se e se, bem, aí as coisas mudam. O certo é que o Rafale hoje não é multi-missão. Se a FAB o comprar, saberá em que chão está pisando e eu não questionarei. O que eu não aceito é tampar o sol com a peneira, dizendo que faz coisas que sabemos claramente que não faz.
Caro Orestes,
Você toda hora está repetindo isso. Qual a sua definição de multi-função, então ?
Hoje, o Rafale F2 já é ar-ar muito bom (RBE-2 PESA LPI, Spectra, OSF com MICA EM/IR) e ar-solo (SCALP, AASM e lançamento de GBU). Falta ar-mar (AM-39 Exocet), designação laser (Damoclès) e reconhecimento (RECO-NG), para 2009.
[]s, Roberto
Olá Roberto,
inicialmente gostaria de agradecer pelo outro post muito esclarecedor, muito bom mesmo. Desculpe-me por não comentar antes, só agora cheguei do trabalho.
Vou tentar comentar sobre o "multi-função" do Rafale. Existe uma diferença: ser multifunção e estar multifunção.
O Rafale foi projetado para ser multifunção, mas ele ainda não está multifunção. Você citou vários armamentos ar-solo, sim verdade. Mas estes armamentos estão sendo integrados agora, e ainda precisa de algum tempo para que o caça seja homologado para tais armamentos.
Veja o caso do Afeganistão, algo claro e bastante sintomático. O Rafale levou sob as asas bombas inteligentes, mas que iluminou o alvo foi um Mirage. O F-16 chileno não precisa disso. Ah... Mas é a questão do pod designador. Sim, este é um grande problema, ainda não foi integrado e depois de integrado precisa ser homolgado.
Rigorosamente falando, até um A-1 sem modernização pode levar bombas inteligentes (confirmei isso na FAB e mais, estão testando coisas por aí, com compra em quantidade para o próximo ano). Só que as mesmas não serão efetivas.
No caso do Rafale, nem bomba burra ainda estão integradas e homologadas. Carregar ele pode, mas soltará em queda-livre ou em mergulho, técnicas ultrapassadas (2ªG).
Para ataque naval a mesma coisa, nem integrado ainda está, nada mesmo. Na realidade o Rafale só opera o MICA. Claro, tem o Magic 2 também, mas estão optando pelo MICA nas "duas versões".
Na verdade o Rafale não está apto para missões confiáveis que não seja ar-ar. Este é o ponto.
Mas nada disso diminui as qualidades deste caça, principalmente pelo elevado grau de crescimento que ele permite. Minhas críticas não são pejorativas, visa apenas mostrar que ainda existem problemas e que aos poucos estão sendo resolvidos. Em suma, o Rafale ainda não é um caça "pronto" (no sentido amplo). Explico, na minha opinião um F-16 blc 52 é um caça pronto, maduro. Já deu o que tinha que dar.
Comparando os dois caças (Rafale e F-16), sou muito mais o Rafale. Comparando o SU-35-1 e Rafale, eu prefiro o SU-35-1 porque sou cabeça dura!
Abraços,
Orestes