MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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LeandroGCard
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7441 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 22, 2017 12:39 pm

E enquanto isso, no Brasil...
BC vê inflação menor em 2017 e 2018, mas deve reduzir corte nos juros

Órgão revisou previsão para o IPCA de 4% para 3,8% ao fim do ano, porém citou 'incerteza elevada' sobre avanço das reformas e do ajuste fiscal
- Fabrício de Castro, Eduardo Rodrigues e Fernando Nakagawa, O Estado de S.Paulo, 22 Junho 2017

BRASÍLIA - O Banco Central reduziu as projeções para a inflação deste e do próximo ano. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 22, o cenário de mercado prevê IPCA de 3,8% em 2017. A mais recente ata do Comitê de Política Monetária citava previsão de alta de 4,0%. No relatório de inflação divulgado em março, o BC também esperava alta do índice oficial de inflação de 4,0% pelo cenário de mercado.

Para 2018, o cenário de mercado indica que o IPCA ficará em 4,5%, e não mais em 4,6% como constava na mais recente ata do Copom. No RTI de março, a projeção era justamente de 4,5%, ou seja, no centro da meta.

O cenário de mercado utiliza como parâmetros as previsões dos analistas, contidas no Relatório de Mercado Focus, para a taxa de câmbio e os juros no horizonte da previsão. O BC informou também, no RTI, que a projeção para o IPCA nos 12 meses encerrados no segundo trimestre de 2019 está em 4,3% no cenário de mercado. No relatório, o Banco Central ainda manteve a projeção para o PIB de 2017 em 0,5%.

Taxa de juros. O Banco Central repetiu a avaliação de que "uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado naquela ocasião deveria se mostrar adequada em sua próxima reunião, em julho". Na última reunião do Copom, o Banco Central reduziu a taxa Selic em 1 ponto porcentual.

Apesar de repetir a avaliação, o documento tenta relativizar o quadro com a lembrança de que "o ritmo de flexibilização monetária continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".

A despeito do aumento das incertezas, o Banco Central reafirmou a avaliação de que estatísticas reforçam o entendimento de "estabilização e perspectiva de retomada gradual da atividade econômica". No Relatório Trimestral de Inflação, os diretores do BC reconhecem, porém, que a manutenção das incertezas sobre reformas pode prejudicar a atividade.

"A trajetória recente dos principais indicadores econômicos corrobora o cenário de estabilização e perspectiva de retomada gradual da atividade econômica. Entretanto, a manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade", citam os diretores do BC no documento divulgado com atraso nesta manhã.

Mesmo com a avaliação relativamente positiva sobre as perspectivas da economia, o BC avalia que a "economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego".

Sobre o cenário externo, o Relatório de Inflação diz que essa influência "tem se mostrado favorável". A avaliação é feita com base na percepção de que "a atividade econômica global mais forte tem mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de possíveis mudanças de política econômica nos países centrais".

PIB. O Banco Central manteve a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) terá crescimento de 0,5% em 2017. O documento trouxe piora para vários indicadores, como o consumo das famílias, do governo e dos investimentos, mas houve aumento da expectativa de crescimento do setor agropecuário e da indústria - o que anulou o efeito negativo das outras componentes do PIB.

Entre as componentes do PIB para este ano, o BC melhorou expressivamente a expectativa para o setor agropecuário e a estimativa para o PIB do campo melhorou de +6,4% para +9,6%. A expectativa para a indústria também melhorou e passou -0,1% para +0,3%. Para o segmento de serviços, ao contrário, a expectativa passou de +0,1% para -0,1%.

Pela ótica da demanda, o BC pirou a expectativa do consumo das famílias em 2017 de +0,5% para zero. O consumo do governo também foi piorado e a previsão passou de +0,2% para -0,6%. O relatório indica que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento na economia - deverá ter recuo ainda mais intenso, de -0,6%. No RTI de março, a expectativa era de -0,3%.
A inflação caiu devido à depressão econômica que o país atravessa, e o cenário de instabilidade política tende a manter a atividade econômica em níveis baixos no horizonte previsível. Ainda assim, esta mesma instabilidade que travou a economia e consequentemente derrubou a inflação é apresentada como argumento para reduzir a velocidade da queda da taxa básica de juros :? .

Ou seja, agora que a expectativa de inflação está ABAIXO da meta buscam-se outros argumentos para impedir a todo custo uma queda mais acentuada dos juros, já que manter o máximo de remuneração aos rentistas que não produzem nada é só o que importa :shock: .


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7442 Mensagem por Bourne » Sex Jun 23, 2017 8:52 pm

Mais aí tu entre no simplismo de curto prazo dos nossos desenvolvimentistas campineiros. De que tudo se resolve pela agregada e o problema é de vontade política. Ao mesmo tempo, como forma de dar condições de crescimento, defendem a formação de "campeões nacionais" com subsídio e flexibilidade na legislação, somados gastar sempre mais já que ativa a demanda agregada, fechar o mercado e dar incentivos diversos aos empresariados. Além disso, quem faz política econômica é um politiqueiro que ajusta os interesses mudando impostos e regras.

Quando dá tudo errado, a inflação dispara, o PIB desaba junto com a produtividade, desemprego explode, põe a culpa nos rentistas do mercado financeiro. Mas não falam dos rentistas do BNDES e que se beneficiam da estrutura de governo que são o grosso. Ai entram a Odebrecht e JBS, nossos empréstimos e multinacionais nacionalistas que ganham subsídios, elites de funcionalismo público, outras elites políticas e do funcionalismo que têm ótimas relações com os rentistas. Eles não falam que o estado brasileiro concentra renda. O gasto não vai para melhorar educação, saúde e infraestrutura. Vai para subsídio de crédito, pegar elite de funcionalismo público, ser desviado nas compras e contratos públicos.

Aliás, a visão de crescimento da china nos termos acima é deles. Eu acredita nela no passado distante. Só que em lugar nenhum no mundo ou na China vai achar uma explicação similar. O padrão de explicação do crescimento chinês consiste: elevada poupança e investimento; integração produtiva; internalização e desenvolvimento de tecnologia. É claro que entram outras coisas como mão de obra barata, mercado interno e tal, mas são reflexo desses elementos.

Por que a juros no Brasil é alto?

:arrow: Orçamento do governo não respeita a restrição intertemporal e indica insustentabilidade que eleva a possibilidade de financiar gasto por senhoriagem ou divida pública

:arrow: Se financia por dívida pública eleva o risco de insustentabilidade e força a pagar juros mais elevados para atrair financiadores. Também, reduzindo a poupança privada e externa, elevando custo de financiamento no mercado. Essa dificuldade está ocorrendo desde idos de 2012/2013. Não se enganem. O Brasil tem uma dívida bruta explosiva e potencialmente impagável.

:arrow: Quando maior a dívida e mais próximo da insustentabilidade, eleva o medo do governo recorrer a senhoriagem que é o imposto inflacionário. Isto é, ao invés de elevar impostos formais, eleva a inflação e extrair renda do setor privado na surdina. Isso era praxe no país nos anos 1980 e primeira metade dos 1990. É o pior imposto que existe por ser regressivo, instável e acelera inflação.

:arrow: No Brasil sempre tem os episódios de "default branco" que é não pagar a dívida ou forçar renegociações. Mais um elemento de instabilidade e risco.

:arrow: Os grandes tomadores de crédito recebem crédito subsidiado do BNDES, BB e Caixa com recursos custeados pelo Tesouro Nacional. Ou seja, eles são imunes a variação da taxa de juros do bancos central e do setor financeiro. Os impactos que recebem são indiretos por meio da demanda agregada que pode ser mais que compensada pela possibilidade de arbitragem reempreestando recursos ao governo.

:arrow: Não tem mercado de capitais na medida que o setor público já supre as boas firmas e é uma ótima aplicação.

:arrow: Já que tem o juros alto em relação ao mundo atrai capital do exterior que valoriza a moeda. Por que o governo precisa de capital para rolar a dívida, então capita poupança privada nacional e estrangeira.

:arrow: O Brasil desenvolveu uma grande tecnologia nos anos 1960 que é indexar tudo para neutralizar a inflação. O resultado é inflação é persistente e ter inercia. Já que a renegociação de contratos em geral sobre influencia da inflação passada. Dos aluguéis até compras públicas. No fim todos que se beneficiam disso são rentistas e se aproveita da concentração de renda.

São alguns elementos que justificam inflação alta e juros alto. Só cai quebrar isso com reforma no sistema tributário, de eficiência e qualidade de gasto, cortar os empresários nacionalistas que estão no BNDES. Aliás, os empresários nacionalistas são aqueles que não querem mudar nada. Já derrubaram até a presidente do BNDES que fechou a torneira, nem reformas que permitam competição interna ou externa. Eles odeiam o capitalismo. O que querem manter o país como está e ter acesso aos recurso do governo.
Laura Carvalho vs. Ilan Goldfajn: quem tem razão?

Todos os anos, o Banco Central publica em seu Relatório Trimestral de março uma decomposição da inflação ocorrida no ano anterior. Isto é, ele busca ilustrar a contribuição de alguns "fatores" para a inflação no período. Laura Carvalho, professora da FEA-USP, utilizou esse exercício para refutar a "tese" do presidente da autoridade monetária, para quem a mudança na equipe econômica teria "quebrado a espinha dorsal da inflação". Nesse embate, quem está certo: Laura ou Ilan?

Em sua coluna de ontem na Folha, Laura teve o cuidado de não fazer menção ao aumento da inércia inflacionária entre 2015 e 2016, mostrado no mesmo exercício do Banco Central. Certamente, porque isso causaria embaraços à sua narrativa. Nesse post, explico os motivos. Antes, por suposto, é de bom tom dizer ao leitor que a inflação no curto prazo pode ser explicada conforme a seguinte equação


Além da inflação, o gráfico também traz a média dos cinco núcleos construídos e divulgados pelo Banco Central mensalmente. A ideia de um núcleo de inflação é basicamente retirar fatores idissiocráticos, concentrando-se na tendência de longo prazo da inflação. O que fica nítido no gráfico acima, por suposto, é que a inflação medida pelo IPCA encontrava-se em elevação desde 2010, distanciando-se assim da meta, ilustrada pela linha azul.

Esse comportamento da inflação, diga-se, tem nítidos efeitos sobre os agentes econômicos. O mais óbvio é que a meta de inflação deixa de ser uma âncora, bem como a inflação passada ganha importância na determinação da taxa de crescimento dos preços. Isso, a propósito, pode ser capturado pela estimação da equação (1). Acaso o leitor interessado fizer o exercício, irá verificar que o coeficiente do componente regressivo \pi_{t-1}, isto é, da inflação passada, passará a ter maior importância para explicar o crescimento dos preços. O gráfico abaixo ilustra, no exercício que fizemos no Clube do Código sobre assunto.

O aumento da inércia torna a desinflação do organismo econômico muito mais custosa, em termos de hiato do produto e, portanto, de taxa de desemprego. É justamente por isso que é prejudicial desviar de forma rotineira da meta de inflação, dado que isso contribui inexoravelmente para o aumento da inércia inflacionária. Isso dito, o que podemos dizer sobre as alegações de Laura Carvalho em relação ao que disse o presidente do BC?

Laura Carvalho se baseia no exercício de decomposição da inflação do Banco Central para confrontar o que disse Ilan, mas isso faz pouco sentido se considerarmos os parágrafos anteriores. O presidente da autoridade monetária fez referência justamente à quebra da inércia, medida pela convergência das expectativas de inflação para a meta. Laura, por seu turno, se concentra em uma avaliação contábil da inflação, deixando cuidadosamente de lado o aumento da inércia no período.

Isso não é correto, uma vez que esse aumento da inércia está associado justamente aos erros de condução da política econômica no período anterior a Ilan. Dentre esses erros, cabe mencionar o controle dos preços administrados de forma paralela à redução forçada da taxa de juros. Em outras palavras, em algum momento entre 2011-2013, o governo resolveu acreditar em mecanismos não monetários de controle da inflação, levando a mesma à tendência crescente ilustrada no primeiro gráfico.

A volta aos cânones da profissão, patrocinada pela nova equipe econômica, fez com que a inflação efetiva convergisse de forma mais rápida para a meta, como pode ser visto na área hachurada do primeiro gráfico. Certamente, a inflação cederia, dada a abertura do hiato do produto, mas provavelmente não com a velocidade verificada, uma vez que era preciso romper com o aumento da inércia dos últimos anos e, ademais, a taxa de câmbio dificilmente teria se valorizado do jeito que se valorizou com a equipe econômica anterior.

Em assim sendo, leitor, não me parece que a professora da FEA USP tenha refutado o presidente da autoridade monetária, dado que cuidadosamente evitou discorrer sobre o aumento da inércia inflacionária nos últimos anos. Talvez fosse o caso de fazê-lo em sua próxima coluna...

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https://analisemacro.com.br/economia/po ... tem-razao/




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7443 Mensagem por Bourne » Qua Jun 28, 2017 9:18 am

Penguin escreveu:A tragédia nacional muito bem mapeada e comparada com outros países:

DOING BUSINESS / Measuring Business Regulations
http://www.doingbusiness.org/data/explo ... a-business
Com nossos empresários nacionalistas pensando assim, querias o que? Esses empresários que apoiaram a aberração da política industrial e de estimulo fiscal do governo Dilma. Não só no governo federal, mas também nos estadual que encheram de benefícios fiscais e aumentaram gastos para esses grupos, vide Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O resultado do trem da alegria foi derrubar a produtividade, acabar com a competitividade em setores e matar a concorrência (JBS, uma das mais espertas), criar um enorme custo fiscal por meio do BNDES, derrubou a arrecadação do governo federal, estadual e municipal. Hoje, o país está em recessão profunda que é, em boa parte, ajuste derivado do desmonte dessa estrutura. E desmontou se não o país quebrava ou ia para hiperinflação. Nos dois casos, os anos seguintes e o ajuste seria muito pior e mais doloroso. Enquanto os empresários nacionalistas, pelo menos em termos de patrimônio pessoal, estão muito bem. Os anos passados foram muito lucrativos.

Eles jogaram a Dilma no fogo, agora fazem lobbie forte com o Presidento para liberar mais dinheiro do BNDES. Já derrubaram a presidente do BNDES que queria mudar o perfil do banco e cortar os empréstimos amigos. E, aguardem, farão o mesmo nas eleições 2018. Não aprenderam nada ou não querem assumir a culpa. Fato é o poder coercitivo do estado apoiado pela democracia para ter regras equânimes para competição e evitar aparelhamento do estado e instrumentos do estado (BNDES, principalmente) e acabar com essas bizarrices.
Só obras financiadas e estimuladas pelo setor público tiram país da crise

A crise política é tão intensa que muita gente já desistiu de olhar para possíveis saídas que o país tem para escapar da recessão.

Eu, não. Entendo que, mesmo numa conjuntura em que as bases do sistema político estão em assustador processo de destruição, a condução econômica pode conseguir pelo menos atenuar a crise que joga 14 milhões de brasileiros no desemprego.

Essa forte recessão, que fecha empresas e extingue empregos, derruba a inflação —o país está à beira da deflação, uma doença tão perigosa quanto a inflação.

Existe um certo consenso a respeito de erros que levaram o país a esse quadro recessivo. As desonerações, reivindicação de toda a sociedade :lol: , talvez tenham passado do limite, o que ajudou a deteriorar as contas públicas.

O congelamento de tarifas também ultrapassou o nível do razoável, embora no caso da energia elétrica também houvesse um clamor geral pela redução dos custos que prejudicavam a competitividade da empresa brasileira.

Assumidos esses erros, entre outros, veio uma tentativa catastrófica de corrigi-los no início de 2015. A economia já estava em desaceleração.

Mesmo assim, foi aplicado um choque tarifário que elevou a inflação e levou o Banco Central a aumentar os juros, enquanto a equipe econômica tentava impor um feroz ajuste fiscal.

Em 2015 não se falava em outra coisa: ajuste fiscal, ajuste fiscal. Era um discurso único e depressivo, cujo resultado foi obviamente aprofundar a recessão.

O crescimento anêmico do PIB, de 0,5% em 2014, virou retração de 3,8% em 2015. Isso derrubou ainda mais as receitas do governo e aumentou o buraco nas contas, em vez de reduzi-lo.

O deficit primário, que era de 0,6% do PIB em 2014, subiu para 2,5% em 2015. Em resumo, erros foram cometidos e, na hora de corrigi-los, houve novos erros, porque a correção deveria ter sido feita de maneira mais suave.

Hoje, a despeito da angustiante crise política, há espaço para começar a levantar a economia e, à luz do passado recente, evitar a estratégia desastrosa de corrigir erros com outros erros.

Há uma tênue recuperação da economia a ser estimulada. O discurso da austeridade e das reformas precisa ser abandonado.

Não as iniciativas em si, que são necessárias, mas o discurso, que é monótono e depressivo. Em seu lugar tem de surgir o discurso do crescimento, do investimento, do desenvolvimento.

Não há outro caminho para sair da recessão que não passe por obras financiadas e estimuladas pelo setor público.

Estradas precisam e podem ser recapeadas; rodovias, asfaltadas; ferrovias, concluídas; obras de saneamento, iniciadas; concessões públicas, continuadas; escolas, construídas; habitações, financiadas.

Quem souber outro caminho que indique. O que está sendo trilhado, apoiado em reformas e austeridade, na esperança de que isso crie um ambiente de confiança, favorável a investimentos, é solução de longo prazo, de quem não se sensibiliza com o flagelo do desemprego.

Obras nessas áreas podem ter efeito imediato. Além de atender a carências básicas, criam emprego, impulsionam o consumo, destravam investimentos.

E de onde viria o dinheiro para essas obras? Parte do setor público e parte do privado. Não faz sentido, por exemplo, o BNDES estar guardando quase R$ 200 bilhões em caixa enquanto o país derrete na recessão.

Assim como não faz sentido, após três anos de afundamento econômico, continuarmos com juros acima de 10% ao ano, essa aberração brasileira que virou chacota internacional, que inibe o crédito, os investimentos e cria custos inacreditáveis para o próprio governo.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/be ... pid=compfb




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7444 Mensagem por J.Ricardo » Qua Jun 28, 2017 5:18 pm

O problema é que o governo investe mal e porcamente, investe em projetos errados, faz política fiscal direcionada, ao invés de beneficiar toda a cadeia, fica escolhendo nixos.
Não sei o que falta para alguém em Brasília ver que a produção de grãos do centro oeste deveria ser exportada pelo Pará e não pelo Paraná, através de hidrovias e ferrovias, não faz sentido descer toda produção via rodovia para o sul para depois subir novamente de navio para a Europa e China.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7445 Mensagem por Bourne » Seg Jul 03, 2017 12:52 pm

Estava escrito já no primeiro governo Lula, quando Palloci propunha a série de reformas que até caminharam. Depois demitiram todo mundo e voltamos ao desenvolvimentismo com estimulo a demanda agregada.
Para cumprir teto, governo terá de cortar despesas obrigatórias

Cálculo da IFI, do Senado, aponta que reduções de gastos obrigatórios precisa ser de R$ 100 bi até 2026

BRASÍLIA - Para poder cumprir o teto nos próximos anos, o governo vai perder muito da chamada “margem fiscal” – a parcela da despesa que, em tese pode ser cortada, realocada ou protelada e que contempla também gastos essenciais ao funcionamento da máquina pública.

Mais de 90% dos gastos são obrigatórios, previstos em lei. A parcela que resta é bem pequena. Neste ano, são R$ 114 bilhões. Ocorre que não é possível mexer em todo esse dinheiro. O governo não pode prescindir de energia elétrica, vigilância ou serviços de informática, uma vez que são necessários à atividade da administração pública. Ou seja, a margem fiscal, na prática, é menor.

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, calcula que a margem fiscal, na prática, gira hoje em torno de R$ 70 bilhões. Mesmo com a reforma da Previdência, as despesas obrigatórias continuariam avançando, estreitando a margem fiscal. Ele estima que ela pode cair para R$ 48 bilhões em 2021.

Se a reforma da Previdência não sair, a margem ficará mais estreita ainda, porque vai ser consumida com pagamento de aposentadorias e pensões.

A IFI calcula que, para conseguir cumprir o teto e manter uma margem, o governo federal precisará encontrar alternativas legais para reduzir R$ 100 bilhões de gastos obrigatórios até o fim de 2026. “O teto de gastos é uma regra importante como sinalização, mas se o governo não tomar medidas que ajudem o teto a parar de pé, ele vai ruir”, diz Salto.

Ganhos fiscais. Sem o teto, o gasto primário (que não inclui pagamentos de juros) chegaria a 25,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026. Com o limite, cai para 15,5%, de acordo com estimativas da área econômica. “O problema não é tanto para os primeiros anos do teto, mas a partir do terceiro ou quarto ano, que ele começa a exercer mesmo o poder dele. E aí, se o governo não tiver aprovado a reforma da Previdência e não tiver feito contenções importantes nos gastos com pessoal, em termos quantitativos e também de salário, vai ser praticamente impossível cumprir o teto”, avalia o economista-chefe da Tullet Prebon, Fernando Montero.

Mais desafios. Na visão do economista, de qualquer maneira, o teto apertará em 2019, quando um novo governo, entre outras coisas, precisará discutir a regra do salário mínimo e negociar um novo pacote de reajustes salariais do funcionalismo.

“O cumprimento do teto mandará acabar com vários programas como compensações ao INSS, abono salarial, uma montanha de subsídios. Pode impor aumento de contribuições previdenciárias sobre funcionalismo federal e até mesmo um nova rodada de reformas”, ressalta Prebon.

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 0001874394




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7446 Mensagem por Bourne » Ter Jul 04, 2017 3:10 pm

Prosseguindo na saga do câmbio. O texto exprime três visões:

:arrow: Primeiro, tudo é culpa do câmbio. Só desvalorizar que a mágica acontecer. Àqueles que tem fixação na doença holandesa e desindustrialização Coisa do Bresser-Pereira. Se não fizer isso o mundo acaba. As conclusões podem ser legais, mas falta muita coisa para ser levada a sério dentro do país. Inclusive explicar a relação entre câmbio e densidade tecnológica quando se isola de outros fatores citados no terceiro item abaixo.

:arrow: Segundo, tudo é culpa da falta de investimento e o câmbio faz parte. Então, se subsidiar investimento em máquinas e equipamentos, fechar o mercado mais que compensa os custos fiscais com crescimento espetacular da tecnologia e produtividade. Essa é a visão do campineiros e do pessoal da UFRJ do governo Dilma. Inclusive vi um tal prof. da UFRJ que esteve no governo literalmente falando "a política industrial no governo Dilma deu certo, não há subsídio no BNDES, o problema fiscal é só de arrecadação, o país não cresceu por circunstâncias". Essa gente que sobrou no governo depois que demitiram o pessoal do Lula I.

:arrow: Terceiro, existe um monte de fatores que afetam a produtividade. Entre eles educação, saúde, seguridade social, qualidade de infraestrutura, níveis de competição entre setores, abertura da economia, integração produtiva, qualidade da burocracia do estado e da regulação setorial. Assim não há saída mágica. A discussão base de política de desenvolvimento e econômico ao redor do mundo.

O primeiro e o segundo são coisa do Brasil. Isso é uma inovação da literatura nacional em relação ao resto do mundo em como leu o que foi feito até hoje. E consegue ser líder nessa visão como se não tivesse competição e, de fato, não tem. Pelo menos, não de gente em quantidade e qualidade. A terceira é a linha padrão de estudo que todos enfatizam e trabalham já que tem muito a ser feito. Isso vale da China até Hungria.
O FETICHISMO DOS PRODUTOS
04.jul.2017 (terça-feira) - 5h30

Caso não venhamos a superar o desempenho pífio da produtividade média do trabalhador brasileiro das últimas décadas não poderemos sonhar com crescimento econômico sustentado e socialmente inclusivo. Aumentos de salários reais serão limitados, o retorno de investimentos privados em atividades produtivas ficará comprimido, a tributação necessária para cobrir gastos públicos será sentida como escorchante…

Como fazê-lo? Há três grandes linhas de entendimento do problema. Para enfrentá-lo, delas tendem a se desdobrar diferentes propostas de políticas públicas.

Há, por exemplo, aqueles que acreditam estar o desempenho ruim da produtividade média brasileira associado ao conjunto de bens e serviços produzidos no país. Caso tivéssemos mais gente empregada na indústria manufatureira ou em serviços intensivos em tecnologia, segue o argumento, o valor do produto médio por trabalhador seria maior, mesmo com os níveis educacionais e condições gerais de operação das empresas no Brasil das últimas décadas.

Tal crença subjaz a opinião daqueles que propugnam subsídios e proteção comercial a setores em particular. O ônus imposto aos demais, sob a forma de menos recursos públicos disponíveis para outros fins ou de perda de acesso a produtos melhores e mais baratos disponíveis fora do país, seria mais que compensado pelo esperado ganho com maior operação doméstica nas atividades protegidas. Em geral reconhecem que os custos serão tão mais altos e a eficácia tão menor quanto mais ampla, longa e sem contrapartidas for tal política.

Uma forma particular dessa crença está no argumento dos que dizem que o quadro teria sido diferente caso os últimos governos tivessem forçado a taxa de câmbio, em termos reais, a permanecer em níveis desvalorizados em relação aos colocados pelo mercado. Teria ocorrido maior competitividade e estímulo à produção manufatureira, com supostas vantagens mais que compensando o ônus em termos de menores salários reais –poder de compra– dos trabalhadores. Têm que reconhecer que, para evitar que uma aceleração inflacionária frustrasse tais tentativas de forçar desvalorização real, essas teriam exigido considerável aperto fiscal.

Uma segunda linha de interpretação do problema da baixa produtividade põe a culpa nos baixos níveis de investimento em capital fixo como proporção do PIB brasileiro nas últimas décadas. Com efeito, essa taxa tem-se mantido igual ou inferior a 20% e a ampliação do estoque de capital tem pouco contribuído para aumentar a produtividade do trabalho.

Em algumas versões dessa crença, subjaz uma noção de que aprendizado tecnológico e produtividade do trabalhador dependem primordialmente das máquinas e equipamentos operados por este. Segue-se uma prescrição de que vale a pena dar subsídios fiscais ou creditícios ao investimento privado e até forçar a barra no lado fiscal com investimentos públicos, já que saltos no volume de capital fixo e consequentemente da produtividade do trabalhador mudariam a trajetória, instaurando círculos virtuosos de crescimento econômico e produtividade que mais que pagariam a conta fiscal.

A terceira linha dá predominância a fatores intangíveis, de âmbito mais horizontal e dissociados de bens e serviços em particular como nos casos anteriores. Só com a melhora em tais fatores haveria aumentos de produtividade que tornariam sustentáveis e atraentes tanto os maiores investimentos fixos quanto a presença em atividades produtivas com maior conteúdo tecnológico e apropriação de valor para os resultados do trabalho. Investimento e empregos de qualidade seriam mais consequência que causa. Para além de melhores níveis educacionais e formação técnica da população em geral, incluem-se, entre tais fatores intangíveis, disponibilidade de infraestrutura e um ambiente de negócios que não implique em desperdícios e má alocação de recursos.

Estudos recentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), organizados por Fernanda de Negri e Luiz Ricardo Cavalcante, trouxeram luz ao tema. Por exemplo, um deles – por Thiago Miguez e Thiago Moraes – simula o que teria acontecido caso, em 2009, o emprego brasileiro tivesse uma composição setorial igual à dos EUA: mesmo com os níveis setoriais de produtividade que tínhamos então a produtividade média do trabalhador teria um valor quase 70% maior. Por outro lado, mesmo com a estrutura setorial de emprego daquele ano, tal valor seria quase 600% superior se as produtividades em cada setor no Brasil fossem iguais às daquele país!

Tais resultados fortalecem a crença de que fatores mais gerais e horizontais predominam na baixa performance da produtividade do trabalho no Brasil. Ao invés de atribuirmos vida aos resultados da produção –manufaturas ou bens de capital– melhor focarmos no ambiente em que se desenvolvem. Até porque voluntarismos exacerbados com base em tal fetichismo tendem a ter efeitos deletérios sobre o que realmente pesa mais.

*As opiniões expressas neste texto são do autor, não necessariamente do Banco Mundial.

https://www.poder360.com.br/opiniao/eco ... s-entenda/




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7447 Mensagem por Bourne » Ter Jul 11, 2017 11:34 am

O BNDES fechou a tornei para nossos empresários nacionalistas. Segundo a Prof. Dr. Esther Dweck da UFRJ e outros ilustríssimos e ilustríssimas, muitos que dizem que não há subsídio nos empréstimos do BNDES e nem efeitos negativos na alocação de poupança, diziam que o mundo ia acabar. Porém, o resultado foi que as grandes empresas foram buscar recursos no mercado privado sem subsídio e custo fiscal para o governo. É um milagre.

Ou que as empresas que precisam de subsídios e choram pelo BNDES são aquelas que não tem boa governança e não sobrevivem se tiverem que ir ao mercado como uma tal de JBS. Essas que estão pressionando o governo para voltar a política anterior. Já derrubaram a Maria Silvia, estão atacando a MP 777 que cria a TLP e vincula o custo dos empréstimos aos títulos do tesouro nacional. Assim forçando que subsídios sejam negociados no congresso e apareçam no orçamento. Portanto, devem estar preocupados com a possibilidade de serem massacradas por concorrentes e não conseguirem competir com outras empresas nacionais.
Com BNDES menos ativo, empresas recorrem mais ao mercado de capitais

Captações crescem 30% no primeiro semestre, somando R$ 104,4 bilhões

SÃO PAULO - As empresas e instituições brasileiras captaram R$ 104,4 bilhões com emissões de ações e títulos de dívida no primeiro semestre do ano, o que representa um avanço de 30% em relação a igual período do ano passado. Esse crescimento ocorreu em um momento que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), importante agente de financiamento dos projetos de longo prazo no país, tirou o pé do freio e ficou com uma participação menor no financiamento às companhias.

Ao retirar do total das emissões o que foi feito por bancos e pelo Tesouro Nacional, as empresas conseguiram levantar R$ 87,9 bilhões, o triplo dos R$ 27,7 bilhões de desembolsos feitos pelo BNDES no período, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). No ano passado as operações no mercado de capitais para às companhias já tinha superado o total feito pelo banco público, mas em uma proporção menor - foram R$ 168,2 bilhões em captações no mercado interno e externo, quase o dobro dos R$ 88,3 bilhões do banco de fomento.

— O mercado de capitais está avançando como um financiador as empresas. Essa caminhada junto com o BNDES, com quem sempre conversamos, está começando a dar resultados — disse José Eduardo Laloni, diretor da Anbima, lembrando que os bancos de investimento vem conversando com o BNDES para o desenvolvimento do mercado de capitais.

De acordo com ele, a tendência é que essas operações continuem nesse ritmo mesmo com a crise política. Segundo ele, os investidores estão vendo que há oportunidades no Brasil no médio e longo prazo e por isso têm interesse em comprar ações e título de dívida (debêntures, notas promissórias, bond no exterior) de empresas brasileiras.

— Vimos alguns ajustes nas ofertas, com questões de governança e preço, mas o mercado não se fechou após meados de maio (quando ocorreu a delação da JBS). No médio e longo prazo os investidores acreditam que as soluções para as questão políticas vão aparecer — avaliou.

Segundo ele, uma prova disso é que nas próximas semanas deve ocorrer a finalização de ao menos mais duas oferta iniciais de ação (IPO, na sigla em inglês). Uma delas é a do Carrefour Brasil, que espera captar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,6 bilhões em uma operação que deve ter seu valor definido em 18 de julho. A Ômega, da área de energia, é outra que pode concluir a operação nas próximas semanas.

PRAZOS MAIS LONGOS

Já no mercado de renda fixa, ele vê a continuidade do alongamento dos prazos. Segundo ele, os investidores estão ficando mais confiantes na retomada, e por isso estão aceitando comprar papéis com vencimento mais longo. Por outro lado, as empresas, com a redução dos juros e a expectativa de retomada econômica, parte para operações mais longas. No entanto, a maior parte ainda é para o refinanciamento de dívidas, e não para investimentos.

— Estamos em uma tendência de alongamento dos prazos. Antes estava muito concentrado nas operações de um a três anos e agora já vemos prazos maiores. Além disso, as debêntures de infraestrutura, apesar do volume ainda baixo, têm um vencimento médio em quatro anos, o que ajuda a elevar os prazos médios — avaliou.

Os prazos médios estão em 4,4 anos. Ainda distantes dos 6,1 anos alcançados em 2012.

Laloni afirmou que a Anbima está trabalhando em várias frentes para aumentar a atratividade do mercado de capitais. Entre elas, está a de deixar mais flexível as regras para a criação de fundos de infraestrutura e a possibilidade dos fundos de previdência complementar comprarem títulos de empresas de capital fechado.

— É importante a presença de mais bolsos de investimentos para que o mercado de capitais fique mais dinâmico — disse.

Sobre o BNDES, afirmou que já se encontrou com o novo presidente, Paulo Rabello de Castro, e que conversa com o banco sobre a questão do compartilhamento de garantias. No entanto, defendeu a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que gradualmente substituirá a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) como referência nos financiamentos do BNDES. Rabello, ao assumir, criticou a criação da TLP, o que fez com que dois diretores pedissem demissão.

https://oglobo.globo.com/economia/negoc ... versao=amp




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Matheus
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7448 Mensagem por Matheus » Qua Jul 12, 2017 8:57 am

Renúncia e atividade menor reduzem carga tributária
11/7/2017 - Com as renúncias fiscais em patamar elevado e a fraca atividade econômica, a carga tributária brasileira manteve trajetória de queda e atingiu 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, contra 32,1% do PIB em 2016
Valor Econômico

Por Cristiane Bonfanti

Com as renúncias fiscais em patamar elevado e a fraca atividade econômica, a carga tributária brasileira manteve trajetória de queda e atingiu 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, contra 32,1% do PIB em 2016, segundo projeção do relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgado ontem.

O diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, explicou que o excesso de desonerações, sem uma contrapartida da atividade econômica, contribuiu para a queda da carga tributária. "Normalmente, a gente tem na cabeça aquele dado de 34% a 35% [do PIB de carga tributária], mas já faz algum tempo que ela não está nesse patamar. E ela vem caindo", afirmou Salto, que explicou que a carga tributária tende a avançar em períodos de maior crescimento econômico.

O relatório cita o "gigantismo" das renúncias de receita promovidas pelas desonerações tributárias nos últimos anos. De acordo com os dados da IFI, enquanto a renúncia fiscal era de 1,6% do PIB ou cerca de R$ 15 bilhões em 1997, os números mais recentes apontam para 4,8% do PIB ou cerca de R$ 300 bilhões em 2017. Desconsideradas as desonerações, o desempenho da arrecadação poderia estar pelo menos quatro pontos percentuais do PIB acima da carga efetiva atual, concluiu a instituição.

O economista Gabriel Leal de Barros, diretor da IFI, avaliou que o aumento das desonerações tributárias, consideradas um gasto indireto, reduz a carga tributária potencial do setor público e exerce uma pressão adicional sobre o financiamento do Estado e a execução das políticas públicas. Barros defendeu uma avaliação da eficiência das desonerações. "O que vemos é que a renúncia fiscal cresce muito a cada ano e nunca é reavaliada", afirmou.

Barros destacou ainda que há uma evolução de tributos do chamado orçamento parafiscal, que não contribuem para a composição do resultado primário. Entre os exemplos estão as contribuições para o FGTS, de cerca de 2,0% do PIB por ano, e para o Sistema S, de cerca de 0,3% do PIB anualmente.

A instituição manteve a projeção de déficit primário do setor público consolidado equivalente a 2,2% do PIB este ano. Pelas contas da IFI, o governo central deverá registrar déficit de R$ 144,1 bilhões em 2017, estourando, com isso, a meta de déficit de R$ 139 bilhões para o ano. Salto observou, porém, que, em termos de cumprimento de meta, o que se considera é o resultado do setor público consolidado.

"Como Estados e municípios apresentam resultado positivo, temos um cenário de cumprimento de meta do setor público consolidado", disse Salto, observando que o déficit do setor público consolidado deve ser de R$ 142,9 bilhões no fim do ano, ante a meta de R$ 143,1 bilhões.

Na avaliação da IFI, mesmo com o descumprimento da meta do governo central, é nítido o esforço do governo em realizar o ajuste fiscal. "Quando combinamos as duas coisas - descumprimento da meta do governo central e, ao mesmo tempo, os esforços que estão sendo feitos -, a avaliação não é negativa. Mas não estão claras as medidas estruturais que serão tomadas no ano que vem", disse Salto.

O relatório da IFI mostrou ainda que, a despeito da melhora dos dados da atividade econômica em abril e maio, o PIB do segundo trimestre deve cair 0,3% na comparação com o primeiro. Uma recuperação é prevista para os dois últimos trimestres, levando a economia a um crescimento de 0,46% no fechamento do ano.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7449 Mensagem por Bourne » Ter Jul 18, 2017 10:08 am

Uma arma secreta do Brasil. Desenvolvida com tecnologia nacional e que pode abalar o mundo.
Brasil tem 2 dos 14 gargalos que ameaçam abastecimento global de alimentos

Há apenas 14 gargalos no comércio mundial de alimentos, mas eles são fundamentais para a segurança alimentar de toda a população do planeta.

São portos e pontos de comercialização fundamentais para a compra, a venda e a distribuição de alimentos, de acordo com um recente relatório da Chatham House, centro de estudos com base no Reino Unido.

Três deles estão na América Latina: o canal do Panamá, as rodovias do interior brasileiro e os portos do sul e sudeste do Brasil.

Outros desses pontos de gargalo incluem o estreito de Gibraltar, as ferrovias do interior dos Estados Unidos, o estreito de Hormuz (no Oriente Médio) e o estreito de Dover, no norte da Europa, por exemplo.

Mas as mudanças climáticas, a estrutura deficiente e as potenciais crises poderiam colocar em risco essas rotas de comércio.

"Há pontos de gargalo marítimos (estreitos e canais), costeiros (portos) e terrrestes (estradas, ferrovias e hidrovias), e o comércio global de alimentos depende fortemente deles", afirma o estudo.

"Interrupções em um ou mais desses pontos poderiam ter enormes impactos. Os preços globais dos alimentos, o abastecimento de mercados locais, a sobrevivência de comerciantes e agricultores e a provisão de comida para as comunidades mais vulneráveis dependem do movimento contínuo de bens através de fronteiras e oceanos."

Sobre o Brasil, que é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, o relatório lembra que "fortes chuvas tornam intransitáveis as rodovias mal conservadas em diversas ocasiões, impedindo o transporte de comida das fazendas no interior do país aos portos litorâneos".

"Um cenário extremo - em que portos na costa americana fossem fechados por conta de um furacão ao mesmo tempo em que estradas-chave do Brasil fossem inundadas pelas chuvas - poderia reduzir pela metade o suprimento global de soja", prossegue o estudo.

Os pesquisadores citam também os impactos políticos que crises relacionadas à distribuição de alimentos podem causar.

"Interrupções (de fornecimento alimentar) podem estimular a instabilidade política. Governos dependem do funcionamento desses pontos de gargalo para garantir o suprimento eficiente de comida para suas populações. Uma colheita fraca de trigo na região do mar Negro, por exemplo, contribuiu para a ocorrência de protestos no norte da África entre 2010 e 2011; esses protestos evoluíram para a Primavera Árabe."

Proteção

A Chatham House também advertiu que é preciso agir para proteger as principais rotas de transporte de alimentos, tais como o canal do Panamá, o canal de Suez e do estreito da Turquia.

Quase 25% dos alimentos do mundo são comercializados nos mercados internacionais. Isso, diz o relatório, faz com que a oferta de produtos e seus preços sejam vulneráveis a crises imprevistas ou mudanças climáticas.

A infraestrutura nesses pontos é, em muitos casos, antiga e enfrentaria dificuldades para fazer frente a desastres naturais que devem se multiplicar à medida que o planeta se aquece, diz o relatório.

Seus autores também aconselham os governos a investir em infraestrutura "resistente ao tempo" e a diversificar a produção e o armazenamento de alimentos.

Interdependência

O relatório dá exemplos de quão dependente é o mundo dessas negociações internacionais:

Três quartos das importações de milho e trigo do Japão passam pelo canal do Panamá;
Pouco mais de um terço das importações de cereais para o Oriente Médio e o Norte da África passam por estreitos turcos, sem rota marítima alternativa disponível;
Mais de 25% de exportação de soja circula pelo estreito de Malaca, entre a Malásia e a Indonésia;

Estradas do Brasil, maior exportador de soja do mundo, estão sob risco de inundações e deslizamentos de terra em caso de fortes chuvas;

Os portos dos EUA na costa do golfo da Califórnia enfrentam tempestades impulsionadas pelo aumento das mares;

Os países do Conselho de Cooperação do Golfo dependem de grãos da região do mar Negro que são transportados por pontos comercialização de ferrovias e portos russos e ucranianos do estreito da Turquia e do canal de Suez.

"Os riscos crescem à medida que fazemos mais interações comerciais entre os países e aumenta a presença de alterações climáticas", diz Laura Wellesley, uma das autoras do estudo.

"Existem riscos tanto para a segurança alimentar dos países importadores como para as economisas exportadoras de alimentos."

Imagem

http://www.bbc.com/portuguese/amp/inter ... l-40439147




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7450 Mensagem por Túlio » Ter Jul 18, 2017 1:27 pm

Tá, mas Colegas tugas têm dito reiteradamente que em Europa (especialmente na UE) muitos agricultores são PAGOS para não produzir, ou seja, disso infiro que no que desse treta bastaria liberar a tigrada e, ao menos lá, a crise de abastecimento duraria pouco, com ou sem Brasil...




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7451 Mensagem por Bourne » Ter Jul 18, 2017 5:34 pm

Mas o mundo não é a Europa.

A Ásia é um grande importador de alimentos e depende do exterior para ter um dieta saudável e contemporânea. Já compram mais grãos do Brasil, EUA, Argentina e Canadá do que a Europa.

O problema do mapa é mostrar que a produção de alimentos é interligada, especialmente em países continentais como Brasil, Argentina, EUA, Canadá, Austrália entre outros. Se houver ameaça a produção e ao transporte desses alimentos, a segurança alimentar pode entrar em colapso. Seja pelo preço elevado impedindo o acesso, especialmente para países em desenvolvimento com salários mais baixos. Seja por falta de certos produtos que tem impacto no consumidor final e na cadeia produtiva que usa o insumo.

Esses estão entre os motivos da ONU, organizações e pesquisadores não gostarem de biocombustíveis como etanol de milho/cana de açúcar ou bio-diesel de grãos ou outras planos. Já que tem um custo enorme para a sociedade ao degradar o meio ambiente, destruir estruturais sociais, elevar os custos e reduzir o interesse de produzir alimentos. Por exemplo, no Brasil até pouco tempo atrás o interior de São Paulo era um grande canavial. Hoje, com a queda dos preços do etanol e diversos problemas no setor, a produção de alimento está crescendo. isso acontece nos EUA e na Europa, especialmente depois das novas tecnologias de energias renováveis e redução do custo da energia elétrica.

Outro tema que está inserido é temor de mudanças climáticas e desastres em geral. Não que necessariamente tenha haver com aquecimento global ou que a humanidade vai acabar. Mas que eventos como secas prolongadas, chuvas intensas, invernos ou verões mais extremos podem desequilibrar a oferta e integração dos mercados. Os chineses são tão preocupados com isso que começam a buscar forçar a África a produzir alimentos, especialmente soja para não ficar dependente apenas da América do Sul e do Norte.

No caso Brasil, o engraçado é que os dois principais problemas são de infraestrutura. Um da rede de estradas e ferrovias para saída ao norte não existe ou são precárias. A rodovia que liga o norte do centro-oeste com os portos do norte tem 300 km de chão. Mesmo com potenciais gigantes de retorno no investimento na infraestrutura de portos e estradas até hoje não foi terminada. O que torna a estrutura muito mais propensa a não ser eficiente e travar o transporte da safra e insumos como ocorreu esse ano. Os portos do sul/sudeste problema de ser sobrecarregada pela demanda do centro-oeste de cargas já que não podem sair pelo norte na intensidade que deveriam. Ao mesmo tempo acompanhado de organização e investimento que não consegue fazer a tarefa bem.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7452 Mensagem por Túlio » Ter Jul 18, 2017 5:46 pm

Não estou tentando te desmentir, cupincha véio, é que ao ler teu (para variar) ótimo texto, lembrei daqueles Colegas que vivem reclamando que as nossas FFAA nunca segurariam um ataque (eles não dizem mas é) de uma coalizão liderada pelos EUA. Ah tá, Coalizão só põe os boots on terrain após a infraestrutura do País a ser invadido estar aos cacos. Arrasar a nossa, que já não é lá grande coisa, bueno, ganhavam a guerra mas depois morriam de fome... :lol: :lol: :lol: :lol:

Bourne escreveu:Uma arma secreta do Brasil. Desenvolvida com tecnologia nacional e que pode abalar o mundo.

http://www.bbc.com/portuguese/amp/inter ... l-40439147




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7453 Mensagem por Bourne » Qua Jul 19, 2017 1:02 pm

Eu si empolgo :( :|




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7454 Mensagem por Clermont » Qui Jul 20, 2017 1:47 pm

Falência múltipla dos órgãos.

Gil Castello Branco - O Globo, 20.07.17.

É conhecido o provérbio português: "Em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão'! A frase espelha a atual situação dos órgãos públicos. A degradação atinge a emissão de passaportes, ações da Polícia Rodoviária, benefícios do INSS, manutenção de rodovias, funcionamento das universidades e outras áreas do governo. A penúria da administração federal como em vários estados e municípios - está atrelada à grave crise fiscal.

Neste ano, a previsão de déficit primário (excluídas as despesas com juros) do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) é de R$ 139 bilhões. A título de comparação, o orçamento global do Ministério da Saúde para este ano é de R$ 125 bilhões. Ou seja, o rombo fiscal é maior do que todas as ações da União em Saúde, incluindo o que é transferido para os fundos estaduais e municipais! E, pasmem, é grande a possibilidade de essa tenebrosa meta não ser cumprida.

O que já estava ruim ficou pior quando o presidente Temer assumiu e promoveu um festival de aumentos salariais dos servidores públicos, anteriormente combinados com a ex-presidente Dilma. Governos fracos saindo e entrando. Se comparados os cinco primeiros meses deste ano com igual período do ano passado, as despesas com pessoal aumentaram em termos reais 7,6%. Paralelamente, como a reforma da Previdência não saiu do papel até o momento, os gastos previdenciários tiveram expansão real de 5,1%. Para complicar o quadro, a economia anêmica fez minguar as receitas dos impostos, e a arrecadação despencou.

A conta não fecha. Como as despesas obrigatórias crescem, e as receitas diminuem, restou ao governo arrochar os investimentos (obras e aquisição de equipamentos) e o custeio dos ministérios, o que pode ser feito sem depender do Congresso. Daí a falência múltipla dos órgãos...

A bem da verdade, se prevalecesse o bom senso, ainda haveria muito o que cortar na administração pública, no mínimo para não prejudicar, ainda mais, a sociedade. Exemplos não faltam. Apesar das promessas de racionalidade, ainda temos cerca de 30 ministérios com quase 20 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) e Funções Comissionadas do Poder Executivo (FCPE). Se somarmos todos os cargos de confiança, funções comissionadas e gratificações, o número chega a exatos 99.657 (maio/2017), segundo dados do Ministério do Planejamento. No ano passado, Executivo, Legislativo e Judiciário desembolsaram R$ 1,6 bilhão com aluguéis. Basta uma volta pela cidade de Brasília para constatar a quantidade de órgãos públicos espalhados em prédios luxuosos pagando aluguéis. Com passagens e diárias foram R$ 2,2 bilhões. Neste mês, por exemplo, de 9 a 16 de julho, o ministro do Esporte foi autorizado a viajar para Londres com o objetivo de realizar uma "visita técnica" às instalações do Torneio de Wimbledon, vencido no último domingo por Roger Federer. Fala-se muito em privatizações, mas ainda temos 151 empresas estatais com mais de meio milhão de empregados. Em 12 meses encerrados em abril, as estatais federais apresentaram déficit de R$ 1,6 bilhão.

No Legislativo, o funcionamento da Câmara e do Senado custa aproximadamente R$ 28 milhões por dia, ou seja, mais de um milhão por hora. Cada deputado pode ter até 25 assessores! O dinheiro distribuído aos partidos políticos às custas do contribuinte, o chamado Fundo Partidário, que já alcança cerca de R$ 1 bilhão, poderá ser aumentado para a casa dos R$ 6 bilhões. É assunto para agosto, pois em julho, após os membros da Comissão de Constituição e Justiça receberem R$ 2 bilhões em emendas parlamentares e votarem pela não admissão de processo contra Temer, as excelências entram em recesso...

No Judiciário, apesar da morosidade dos processos, as "férias" são de quase 60 dias. O "auxilio-moradia" pago a juízes e promotores beneficia até mesmo os que têm imóveis próprios. No país dos caciques, quase 55 mil autoridades têm foro privilegiado, 79% no Judiciário e no Ministério Público, conforme estudo da Consultoria Legislativa do Senado. O país precisa enxugar um déficit de quase 3% do PIB (se desconsiderarmos as receitas não recorrentes) e ninguém entrega um anel. O Estado é paquidérmico, ineficiente e corporativo. Prevalece o conceito de que privilégios são vantagens que os "outros" usufruem. Nos casos pessoais são "direitos adquiridos''.

Enfim, em casa onde falta o pão, educação, saúde, segurança, honestidade e tantas outras necessidades e virtudes inerentes ao ser humano, todos gritam. Quem tem razão?




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7455 Mensagem por Túlio » Qui Jul 20, 2017 5:04 pm

Tem muito mais coisa que não fecha: as províncias recolhem seu quinhão da arrecadação central enquanto promovem uma verdadeira farra de isenções fiscais em casa; só o RS já passa dos 10 bi (e o des-governador prefere morrer a revelar QUEM são os beneficiários), e nem vou falar do Rio que, com seus "eternos vilões" (os funcionários mais mal pagos, os do executivo) vivendo de caridade. Outra coisa da qual pouco se fala é o pesadelo da legislação tributária (pesadelo para quem é SÉRIO, quem não é tá nem aí, paga uns pixulecos e segue a vida)...




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