MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A hora que tu mostrar um economista sério defendendo uma moratória, voltamos a conversar sobre esta ideia mirabolante.
Quanto a Argentina, está quebrada e com inflação nas alturas. No que foi benéfico a moratória?
Quanto ao "soltar os juros na economia", me refiro a sua proposta, injetar dinheiro que seria para os juros, para alavancar a economia. Só vai gerar mais inflação.
Ainda teria que manter uma valor fixo para o dólar, pois ele explodiria. Quer que sigamos o belo exemplo da Argentina e da Venezuela?
Quanto a Argentina, está quebrada e com inflação nas alturas. No que foi benéfico a moratória?
Quanto ao "soltar os juros na economia", me refiro a sua proposta, injetar dinheiro que seria para os juros, para alavancar a economia. Só vai gerar mais inflação.
Ainda teria que manter uma valor fixo para o dólar, pois ele explodiria. Quer que sigamos o belo exemplo da Argentina e da Venezuela?
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Se for para ferrar só os banqueiros é mais fácil criar um imposto específico, se uma ideia dessas passasse.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Deixa o dolar explodir... E compra dolar ainda, depois detalhoMatheus escreveu: teria que manter uma valor fixo para o dólar, pois ele explodiria. Quer que sigamos o belo exemplo da Argentina e da Venezuela?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A única forma sadia de sair deste buraco é cobrando um pouco mais de quem pode, por exemplo, taxar lucros e dividendos, IR maior pra rendas maiores, quem sabe a CPMF...e reduzir o Estado de forma efetiva.
Temos um governo que nunca preocupou-se com o gasto público. O chefe do xerox do legislativo (vê se isso precisa num governo saudável!?) recebe a bagatela de 32 mil por mês! Só a presidência da Republica gastou 9,3 bilhões em 2014, o que representa um aumento de 210% já descontada inflação com o valor despendido em 2005. Só o gasto com os palácios ocupados pela presidente custaram o dobro do que a rainha da Inglaterra. Temos uma presidente que levou 900 assessores e cupinchas pra conferência do clima em hotéis de luxo. (enquanto Macri levou meia dúzia em voo comercial). Mamãe Dilma foi ao States e locou uma dúzia de limusines para a "equipe" se deslocar. Órgãos inchados, pensões abusivas, estatais que não servem pra nada....enfim, de que adianta decretar uma moratória, com todos os problemas que isso causaria para o país e continuar com um governo descontrolado e corrupto?
Imprimir dinheiro e jogar na economia só alimentaria esse monstro. Temos é que reformar o Estado com urgência, isso baixaria as pressões inflacionárias, o dólar, melhoraria as expectativas e por fim, ajudaria a ter juros mais saudáveis. Lula conseguiu diminuir a relação da dívida e melhorar o perfil dela pq não reinventou a roda, no primeiro mandato. Tivesse seguido a mesmo política, hoje estaríamos rindo a toa. Deveria ter aproveitado o momento em 2006 para ter reformado o Estado, realizada as concessões que querem fazer agora, ter expandido o crédito de forma mais gradual, etc.
Uma pena. Voltamos a "herança maldita". Se não quebrarmos até 2018, o novo governante terá um trabalho hercúleo pela frente.
Quando ouço gente esclarecida falando em moratória, entendo pq não somos um país sério. É a institucionalização do "jeitinho". É a defesa do "fins justifica os meios"....enfim, entristece.
Temos um governo que nunca preocupou-se com o gasto público. O chefe do xerox do legislativo (vê se isso precisa num governo saudável!?) recebe a bagatela de 32 mil por mês! Só a presidência da Republica gastou 9,3 bilhões em 2014, o que representa um aumento de 210% já descontada inflação com o valor despendido em 2005. Só o gasto com os palácios ocupados pela presidente custaram o dobro do que a rainha da Inglaterra. Temos uma presidente que levou 900 assessores e cupinchas pra conferência do clima em hotéis de luxo. (enquanto Macri levou meia dúzia em voo comercial). Mamãe Dilma foi ao States e locou uma dúzia de limusines para a "equipe" se deslocar. Órgãos inchados, pensões abusivas, estatais que não servem pra nada....enfim, de que adianta decretar uma moratória, com todos os problemas que isso causaria para o país e continuar com um governo descontrolado e corrupto?
Imprimir dinheiro e jogar na economia só alimentaria esse monstro. Temos é que reformar o Estado com urgência, isso baixaria as pressões inflacionárias, o dólar, melhoraria as expectativas e por fim, ajudaria a ter juros mais saudáveis. Lula conseguiu diminuir a relação da dívida e melhorar o perfil dela pq não reinventou a roda, no primeiro mandato. Tivesse seguido a mesmo política, hoje estaríamos rindo a toa. Deveria ter aproveitado o momento em 2006 para ter reformado o Estado, realizada as concessões que querem fazer agora, ter expandido o crédito de forma mais gradual, etc.
Uma pena. Voltamos a "herança maldita". Se não quebrarmos até 2018, o novo governante terá um trabalho hercúleo pela frente.
Quando ouço gente esclarecida falando em moratória, entendo pq não somos um país sério. É a institucionalização do "jeitinho". É a defesa do "fins justifica os meios"....enfim, entristece.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
http://www.auditoriacidada.org.br/quem-somos/Matheus escreveu:A hora que tu mostrar um economista sério defendendo uma moratória, voltamos a conversar sobre esta ideia mirabolante.
Mas veja bem, não propus isso a sério, como uma solução mágica para a economia. Só que com a catástrofe econômica que se avizinha, se for para pensar em saídas desesperadas porque apenas prejudicar a economia real e proteger os especuladores, e não o contrário?
E o mais engraçado é que tem até economistas e governadores da oposição defendendo moratórias por aí. Mas claro, neste caso beneficiando os estados que administram:
http://www.gazetadigital.com.br/conteud ... moratoria-
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=89065
Mas não foi a moratória que a quebrou, inclusive nos anos imediatamente posteriores a ela eles cresceram a taxas mais elevadas do que nós, bons pagadores. O que os derrubou foi a má administração, o que aliás causou o mesmo problema aqui também, e em escala até maior, sem precisar de moratória nenhuma.Quanto a Argentina, está quebrada e com inflação nas alturas. No que foi benéfico a moratória?
Mas eu não falei em injetar dinheiro algum, quem havia sugerido isso foi o Marechal, minha sugestão de moratória foi justamente em oposição à ideia dele. O dinheiro que sobraria seria do caixa normal do governo, não seria necessário imprimir uma só nota. É evidente que este dinheiro não poderia ser simplesmente despejado na economia para bancar gastança, teria que ser focado em investimentos. O que fosse liberado para os consumidores teria que ser dosado com mais cuidado do que morfina em tratamento de artrite. Mas isso acho que até a Dilma já aprendeu.Quanto ao "soltar os juros na economia", me refiro a sua proposta, injetar dinheiro que seria para os juros, para alavancar a economia. Só vai gerar mais inflação.
E com o confisco do capital que os bancos tem investido no tesouro a tendência seria o crédito ao consumidor secar violentamente nos primeiros meses pelo menos, até a coisa se estabilizar. Com certeza os bancos públicos teriam que cobrir a demanda que surgisse para manter o mercado ativo, mas com centenas de bilhões sobrando todo ano não vejo problema com isso. No final certamente o setor bancário público acabaria maior percentualmente do que é hoje, mas os bancos privados mais importantes encheram tanto a burra de dinheiro desde sempre que se quebrassem seria por excessiva incompetência, e aí tem mais é que se danar mesmo. E se alguns dos menores quebrassem, existem já dispositivos prontos para evitar que o problema seja grave para o sistema como um todo.
A Venezuela importa quase tudo o que usa internamente, por isso sofre tanto com o câmbio. A Argentina é mais auto-suficiente, e sofreu muito menos com o câmbio. Nós somos bastante mais auto-suficientes (e na verdade fechados) do que a Argentina. Haveria é claro problemas, mas não seria o fim do mundo e não vejo porque duraria mais do que alguns meses. A oportunidade aliás é ótima, com juros negativos em boa parte do planeta.Ainda teria que manter uma valor fixo para o dólar, pois ele explodiria. Quer que sigamos o belo exemplo da Argentina e da Venezuela?
Mas é melhor eu parar de falar nesta ideia, já estão passando umas Kombis pretas com discretos símbolos de grandes bancos brasileiros aqui em frente ao escritório... .
Leandro G. Card
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Vocês tão tudo louco. Reclamam de hoje e querem voltar para os anos 1980s. daqui a pouco propõe fechar as importações, criar um câmbio fixo desvalorizado e voltar a incentivar a nossa industria nascente da competição malvadona delas mesmas no mercado internacional.
A magia da inflação é disfarça divida, bomba arrecadação e permite que a política fiscal do governo não faça ajuste nenhum. Gostem ou não, o governo está fazendo isso. Juros reais hoje está na casa de 4%, tendendo a cair e ser negativo devido a inflação que é provocada pela política fiscal. E joga toda a pressão de refinanciamento da dívida pública em cima dos títulos indexados pelo IPCA mais uma montanha de rendimento para manter gente disposta a financiar a dívida.
A perda do grau de investimento tem reflexo agora. Os cerca de 20% de estrangeiros que estavam no Brasil foram embora. Esse rombo de 20% tem que ser coberto por brasileiros e especuladores profissionais. Se o fazem se recebem mais e forçam o prazo ser reduzido também. Acompanhem o tesouro direto que tem quebra na definição dos juros e prazos da dívida pública quase toda a semana. O mercado está extremamente instável.
No limite o que acontece é fuga de capitais. No caso do Brasil é fuga de capitais nacionais que se protegeriam no exterior e jogariam com a rentabilidade da explosão do dólar. Se o cenário internacional mudar como, por exemplo, o banco central alemão implodir é o que possivelmente ocorreria.
Os estados estão muito melhores que o governo federal. Por que eles tem regras de conduta e são obrigados a seguir. O problema é que a dívidas dos estados é com governo federal e indexados ao IGP-DI + 6 a 9 % a.a. O governo federal nos anos 1990s salvou os estados, impôs reformas e cobra juros de agiota. E pela inflação atual é para chorar rios de sangue. Ainda força que novos empréstimos saiam dos bancos federais que cobram rios de sangue em relação ao mercado e opções externas.
A magia da inflação é disfarça divida, bomba arrecadação e permite que a política fiscal do governo não faça ajuste nenhum. Gostem ou não, o governo está fazendo isso. Juros reais hoje está na casa de 4%, tendendo a cair e ser negativo devido a inflação que é provocada pela política fiscal. E joga toda a pressão de refinanciamento da dívida pública em cima dos títulos indexados pelo IPCA mais uma montanha de rendimento para manter gente disposta a financiar a dívida.
A perda do grau de investimento tem reflexo agora. Os cerca de 20% de estrangeiros que estavam no Brasil foram embora. Esse rombo de 20% tem que ser coberto por brasileiros e especuladores profissionais. Se o fazem se recebem mais e forçam o prazo ser reduzido também. Acompanhem o tesouro direto que tem quebra na definição dos juros e prazos da dívida pública quase toda a semana. O mercado está extremamente instável.
No limite o que acontece é fuga de capitais. No caso do Brasil é fuga de capitais nacionais que se protegeriam no exterior e jogariam com a rentabilidade da explosão do dólar. Se o cenário internacional mudar como, por exemplo, o banco central alemão implodir é o que possivelmente ocorreria.
Os estados estão muito melhores que o governo federal. Por que eles tem regras de conduta e são obrigados a seguir. O problema é que a dívidas dos estados é com governo federal e indexados ao IGP-DI + 6 a 9 % a.a. O governo federal nos anos 1990s salvou os estados, impôs reformas e cobra juros de agiota. E pela inflação atual é para chorar rios de sangue. Ainda força que novos empréstimos saiam dos bancos federais que cobram rios de sangue em relação ao mercado e opções externas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sim, estamos caminhando para isso, já sabemos. Mas isto é o mundo financeiro. Pensando em quem trabalha, produz e não tem recursos significativos para enriquecer com títulos da dívida pública (imagino que isso dê uns 95% da população do país pelo menos) a solução seria... ?Bourne escreveu:Vocês tão tudo louco. Reclamam de hoje e querem voltar para os anos 1980s. daqui a pouco propõe fechar as importações, criar um câmbio fixo desvalorizado e voltar a incentivar a nossa industria nascente da competição malvadona delas mesmas no mercado internacional.
A magia da inflação é disfarça divida, bomba arrecadação e permite que a política fiscal do governo não faça ajuste nenhum. Gostem ou não, o governo está fazendo isso. Juros reais hoje está na casa de 4%, tendendo a cair e ser negativo devido a inflação que é provocada pela política fiscal. E joga toda a pressão de refinanciamento da dívida pública em cima dos títulos indexados pelo IPCA mais uma montanha de rendimento para manter gente disposta a financiar a dívida.
A perda do grau de investimento tem reflexo agora. Os cerca de 20% de estrangeiros que estavam no Brasil foram embora. Esse rombo de 20% tem que ser coberto por brasileiros e especuladores profissionais. Se o fazem se recebem mais e forçam o prazo ser reduzido também. Acompanhem o tesouro direto que tem quebra na definição dos juros e prazos da dívida pública quase toda a semana. O mercado está extremamente instável.
No limite o que acontece é fuga de capitais. No caso do Brasil é fuga de capitais nacionais que se protegeriam no exterior e jogariam com a rentabilidade da explosão do dólar. Se o cenário internacional mudar como, por exemplo, o banco central alemão implodir é o que possivelmente ocorreria.
E mesmo assim todos estão mal e alguns quebrados. Resolver a situação deles jogando a conta de volta para o governo federal vai ajudar a piorar a situação já desesperada deste.Os estados estão muito melhores que o governo federal. Por que eles tem regras de conduta e são obrigados a seguir. O problema é que a dívidas dos estados é com governo federal e indexados ao IGP-DI + 6 a 9 % a.a. O governo federal nos anos 1990s salvou os estados, impôs reformas e cobra juros de agiota. E pela inflação atual é para chorar rios de sangue. Ainda força que novos empréstimos saiam dos bancos federais que cobram rios de sangue em relação ao mercado e opções externas.
E novamente, a solução seria... ?
Leandro G. Card
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Pq os estados estão mal?
1º - inchaço - maior parte tão no limite de gasto pessoal, mas mesmo assim continuaram dando reajustes e contratando como se não houvesse amanhã. Concedem pensões integrais a indivíduos com menos de 50 anos.
2º - custo da dívida - os juros de agiota cobrados pelo GF, que agora passaram a ser selic ou igp-m mais 4%.
3º - queda da arrecadação - erros estratégicos do GF ocasionaram queda abrupta da atividade econômica. Assim, cai ICMS, IPVA, e as transferências constitucionais.
O que penso que deveriam fazer:
1º - enxugar todo gasto desnecessário
2º - livrar-se do peso das estatais que dão déficit
3º - estimular a fiscalização a cobrar de quem não paga (sonegação)
4º - fazer concessões de rodovias, portos, aeroportos, etc
1º - inchaço - maior parte tão no limite de gasto pessoal, mas mesmo assim continuaram dando reajustes e contratando como se não houvesse amanhã. Concedem pensões integrais a indivíduos com menos de 50 anos.
2º - custo da dívida - os juros de agiota cobrados pelo GF, que agora passaram a ser selic ou igp-m mais 4%.
3º - queda da arrecadação - erros estratégicos do GF ocasionaram queda abrupta da atividade econômica. Assim, cai ICMS, IPVA, e as transferências constitucionais.
O que penso que deveriam fazer:
1º - enxugar todo gasto desnecessário
2º - livrar-se do peso das estatais que dão déficit
3º - estimular a fiscalização a cobrar de quem não paga (sonegação)
4º - fazer concessões de rodovias, portos, aeroportos, etc
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A solução para esses problemas estavam previstos no aprimoramento das regras fiscais que deveria se seguir a lei de responsabilidade fiscal. Por exemplo, criar um fundo de estabilização para estabilizar gastos frente as flutuações de receitas, somados a possibilidade de suspender gastos obrigatórios em situações extremas e criar travas para não elevar gastos obrigatórios e indexados. Tudo isso incorporados nas regras para não fazer maluquices.
O problema é que precisa deixar claro que o montante de arrecadação chegou no limite em relação a participação ao produto. Não tem como aumentar a receita na taxa maior do que do produto. O que resta é se virar com o dinheiro que tem e buscar eficiência. Essa vai ser a discussão nacional, estadual e municipal que vai estar em pauta no próximo governo. Já que esse não tem força para fazer nada. E tudo que fizer vai parecer que é para fugir do ajuste fiscal.
E tem que ter reforma tributária também. O governo precisa aprender a arrecadar e ser redistribuidor. A lenta é que uma reforma que seria feita nos negros tempos de FHC e até hoje nada. E mexer com impostos é a física quântica do planejamento por que precisa tentar prever o que acontece quando mexe numa alíquota e onde cobrar. Pode dar o resultado esperado ou um desastre completo. Fora que a politicaiada e burocrataiada gosta de fazer coisas na machadada, sem pensar nesses detalhes.
O problema é que precisa deixar claro que o montante de arrecadação chegou no limite em relação a participação ao produto. Não tem como aumentar a receita na taxa maior do que do produto. O que resta é se virar com o dinheiro que tem e buscar eficiência. Essa vai ser a discussão nacional, estadual e municipal que vai estar em pauta no próximo governo. Já que esse não tem força para fazer nada. E tudo que fizer vai parecer que é para fugir do ajuste fiscal.
E tem que ter reforma tributária também. O governo precisa aprender a arrecadar e ser redistribuidor. A lenta é que uma reforma que seria feita nos negros tempos de FHC e até hoje nada. E mexer com impostos é a física quântica do planejamento por que precisa tentar prever o que acontece quando mexe numa alíquota e onde cobrar. Pode dar o resultado esperado ou um desastre completo. Fora que a politicaiada e burocrataiada gosta de fazer coisas na machadada, sem pensar nesses detalhes.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa é a parte do seu post que eu mais concordo, o problema é, isso foi para o congresso, e parou lá, não aprovaram, a Dilma pode ter culpa por tudo, menos pela estupidez do congresso.Matheus escreveu:A única forma sadia de sair deste buraco é cobrando um pouco mais de quem pode, por exemplo, taxar lucros e dividendos, IR maior pra rendas maiores, quem sabe a CPMF...e reduzir o Estado de forma efetiva.
E o legislativo atacando novamente!Matheus escreveu:O chefe do xerox do legislativo (vê se isso precisa num governo saudável!?) recebe a bagatela de 32 mil por mês!
De resto, sim, há outros cortes possíveis e ineficiências, a política não ajuda.
Um ano atrás eu acreditava no ajuste fiscal, hoje tenho certeza que não vai sair, não adianta chorar, então, é ver o governo pagar juros cada vez mais altos para rolar a dívida até se tornarem impagáveis e ai, dar calote ou emitir para pagar a dívida.
Eu pularia os angustiantes anos rolando essa bola de neve e já partiria para uma das duas soluções finais, mas daria preferencia a emissão de moeda, sim, a emissão causa inflação, sim, a emissão desvaloriza nossa moeda, mas existe um limite para isso, os cerca de 400 bi de reservas internacionais, nossa moeda desvalorizaria no máximo até essas reservas internacionais cobrirem como lastro, ai o cambio ficaria ancorado e de quebra, a inflação, e por isso também não gastaria um centavo dessas reservas para tentar combater a inflação agora e até, tentaria aumentar as reservas, claro, é um caso extremo, quando essas reservas servirem de lastro o real não valeria quase nada, mas daria para recomeçar do jeito certo.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Também acho que esperar tudo ficar ainda muito pior para aí tentar uma jogada desesperada não ajudará em nada, só tornará a recuperação ainda mais difícil. Se já se sabe que a gangrena levará uma parte do corpo, melhor que seja uma mão ou um pé do que um braço ou uma perna .Marechal-do-ar escreveu:Eu pularia os angustiantes anos rolando essa bola de neve e já partiria para uma das duas soluções finais, mas daria preferencia a emissão de moeda, sim, a emissão causa inflação, sim, a emissão desvaloriza nossa moeda, mas existe um limite para isso, os cerca de 400 bi de reservas internacionais, nossa moeda desvalorizaria no máximo até essas reservas internacionais cobrirem como lastro, ai o cambio ficaria ancorado e de quebra, a inflação, e por isso também não gastaria um centavo dessas reservas para tentar combater a inflação agora e até, tentaria aumentar as reservas, claro, é um caso extremo, quando essas reservas servirem de lastro o real não valeria quase nada, mas daria para recomeçar do jeito certo.
Mas não estou convencido de que a emissão maciça seria melhor que o calote. Além deste jogo da inflação ser uma brincadeira que a gente sabe como começa mas nunca sabe como termina (e ele seria exacerbado pelos mecanismos de indexação que ainda existem e que não há clima político para desmontar), haveria a desvantagem do nosso completo isolamento dos mercados internacionais devido ao desmoronamento da moeda e do empobrecimento da população, que afetaria ainda mais a demanda e dificultaria ainda mais a recuperação. Um monte de países muito melhor organizados caiu nesta armadilha concentradora de renda e nem eles agora conseguem escapar dela, imagine o que aconteceria aqui.
Quando aplicamos o calote (Plano Collor) o princípio da recuperação veio em dois anos. Quando aplicamos a inflação, levou mais de duas décadas. Claro que em nenhum dos casos a solução foi definitiva, porque tudo o mais que precisava ter sido feito para colocar o país nos trilhos foi deixado de lado, e depois tudo piorou de novo. Mas no período imediato após sua implantação a primeira solução foi melhor do que a segunda. E na Argentina ocorreu exatamente o mesmo, sem falar nos casos mais antigos da Alemanha e até dos EUA.
Por outro lado, uma combinação de renegociação da dívida com emissão de moeda talvez pudesse levar a um equilíbrio que minimize os estragos que qualquer uma das soluções vai trazer.
Sim, sim, coisa que deveria ter sido feita há mais de vinte anos, mas que não existe a mínima possibilidade de que venha a ser feita em um horizonte previsível, ao passo que a catástrofe já está acontecendo agora (em qualquer outro lugar do mundo uma queda de mais de 3% do PIB por dois anos seguidos e sem perspectiva alguma de melhora não receberia outro nome que não catástrofe). O que fazer, agora? Sentar, chorar pelo que poderia ter sido e morrer?Bourne escreveu:A solução para esses problemas estavam previstos no aprimoramento das regras fiscais que deveria se seguir a lei de responsabilidade fiscal. Por exemplo, criar um fundo de estabilização para estabilizar gastos frente as flutuações de receitas, somados a possibilidade de suspender gastos obrigatórios em situações extremas e criar travas para não elevar gastos obrigatórios e indexados. Tudo isso incorporados nas regras para não fazer maluquices.
Vai estar na pauta? Do próximo governo daqui a quase 3 anos? E até lá a situação só indo ladeira abaixo?O problema é que precisa deixar claro que o montante de arrecadação chegou no limite em relação a participação ao produto. Não tem como aumentar a receita na taxa maior do que do produto. O que resta é se virar com o dinheiro que tem e buscar eficiência. Essa vai ser a discussão nacional, estadual e municipal que vai estar em pauta no próximo governo. Já que esse não tem força para fazer nada. E tudo que fizer vai parecer que é para fugir do ajuste fiscal.
Desculpe a franqueza, mas acho uma utopia completamente fora da realidade. A situação hoje já está péssima e é evidente que na balada em que está só vai piorar, e muito. E daqui a anos é que se parar para colocar na pauta o que todos sabiam que deveria ter sido feito décadas atrás e que hoje ainda nem se discute? E aí vão querer resolver uma situação ainda muito pior do que a de agora com conversas entre políticos que só querem cada um saber do seu?
Duvido que a sociedade brasileira aguente até que este caminho leve a algum lugar.
Esta história de reforma tributária é outro caso que já precisava necessariamente ter sido resolvido há décadas, e até agora nada. E em um quadro de desabamento das receitas é que isso não vai para a frente mesmo, pois "casa em que não tem pão, todo mundo briga e ninguém tem razão". Só surgirá alguma possibilidade de se tentar alguma coisa útil em termos de reforma tributária (que não se resuma a aumentar impostos) em um cenário de equilíbrio razoável das contas públicas, não só as primárias mas as totais, incluindo juros, e se a economia parar de desabar.E tem que ter reforma tributária também. O governo precisa aprender a arrecadar e ser redistribuidor. A lenta é que uma reforma que seria feita nos negros tempos de FHC e até hoje nada. E mexer com impostos é a física quântica do planejamento por que precisa tentar prever o que acontece quando mexe numa alíquota e onde cobrar. Pode dar o resultado esperado ou um desastre completo. Fora que a politicaiada e burocrataiada gosta de fazer coisas na machadada, sem pensar nesses detalhes.
Então, novamente, neste ambiente de catástrofe imediata, o que fazer??? Sem utopias sobre como poderia ter sido bom... .
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O primeiro passo eu acho que deveria ser a desindexação total da inflação. Acho que isso é o maior câncer que ocorre aqui no BR.
Não é possível que setores tenham aumentos automáticos por causa da inflação, enquanto quem realmente trabalha e luta toma ferro e seus rendimentos são achatados. Nisso volta aquela máxima "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?"
Não é possível que setores tenham aumentos automáticos por causa da inflação, enquanto quem realmente trabalha e luta toma ferro e seus rendimentos são achatados. Nisso volta aquela máxima "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?"
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Todos achamos que a indexação é que desanda tudo. Por que faz com que um choque inflacionário dure muito mais do que deveria em uma economia com menos indexação e criando uma espécie de alimentação dela mesma. O problema é como bancar isso. E os contratos recentes de concessão estão indexados a algum tipo de medida de inflação.
E o que fazer é "FAZ O AJUSTE PÔ". Começa aprovando a reforma da previdência, segue com o corte de da bolsa empresário e segue para flexibilizar os gastos, desindexar, estabelecer o limite da dívida pública e plano de ajuste previsto em lei. Não dá superavit primário no momento. Apenas indique existe uma mudança estrutural. Coisa que não foi feita até agora e duvido que será feita. Ao contrário. O sinal é inverso devido a fragilidade do governo que não tem apoio nem do próprio partido para isso.
Mas o próximo irá fazer esse ajuste e vai ter uma força política que só foi vista no FHC I e Lula I. Por que a situação é tão grave que não tem espaço para blabla.
E o que fazer é "FAZ O AJUSTE PÔ". Começa aprovando a reforma da previdência, segue com o corte de da bolsa empresário e segue para flexibilizar os gastos, desindexar, estabelecer o limite da dívida pública e plano de ajuste previsto em lei. Não dá superavit primário no momento. Apenas indique existe uma mudança estrutural. Coisa que não foi feita até agora e duvido que será feita. Ao contrário. O sinal é inverso devido a fragilidade do governo que não tem apoio nem do próprio partido para isso.
Mas o próximo irá fazer esse ajuste e vai ter uma força política que só foi vista no FHC I e Lula I. Por que a situação é tão grave que não tem espaço para blabla.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Como o mundo da voltas, no final das contas o tão criticado pelo PT, FHC que só fez recessão e merda agora se saindo muito melhor do que a Dilma ao apertar a economia quando precisou.
A dentuça provavelmente será usada por muito tempo como exemplo negativo e de como não se governar um país.
A dentuça provavelmente será usada por muito tempo como exemplo negativo e de como não se governar um país.
Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não pode.Bourne escreveu:"FAZ O AJUSTE PÔ". Começa aprovando a reforma da previdência, (...)
João Pedro Stédile já disse que "não". Ele declarou, em alto e bom som, que qualquer reforma da previdência "provocará rebeliões em todo o Brasil".
E não queremos irritar Stédile e o MST.
Queremos?