Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Valentim
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Re: Aviação do Exército

#1111 Mensagem por Valentim » Sex Ago 19, 2011 5:35 pm

gogogas escreveu:
Valentim escreveu:. O pior é que já estão falando em aquisição de aeronaves de asa fixa...
Asa fixa não é exclusividade da FAB???Aeronaves de asa fixa na MB só é compativel com o porta aviões ;;;;;seria possível agora o EB adquirir aeronaves de asa fixa????
Essa foi a realidade até a Marinha comprar os seus A-4 Skyhawk.
O caminho natural para o EB é tambem querer aeronaves de asa fixa, para inclusive, apoiar as operações helitransportadas, logisticamente falando.
A aeronave que já esteve em Taubaté para avaliação, como já disse no passado foi o Cessna-208 caravan, que já é operado pela FAB, aeronave turbo- hélice monomotor. Parece que existe concenso no alto comando para adoção de asa fixa também, espero estar na reserva quando isso acontecer.




Editado pela última vez por Valentim em Sáb Ago 20, 2011 8:44 am, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação do Exército

#1112 Mensagem por binfa » Sex Ago 19, 2011 5:49 pm

Valentim escreveu:
gogogas escreveu:Alguém saberia se vai vir mais 6 blackwalks ???
A possivel compra de mais S70A para o EB, foi pelo ralo quando a Eurocopter ofereceu ao Governo Brasileiro, a versão UE do Super pane, digo puma(vulgo cougar) pela bagatela de 10 milhões de dólares, contra os 12 milhôes da versão de exportação do HM-2. Esta jogada suja da Eurocopter tinha como objetivo enganar o EB que se mobilizava para adquirir mais Black Hawks. Foi o que aconteceu, e o processo de compra de mais S70A, já em andamento, foi repassado a FAB que nunca trocaria os BH por mais pumas devido sua terrível experiencia com o Super puma na Amazônia.. pelo menos saiu ganhado a FAB com esta maracutaia comercial dos franceses. Agora com os 16 EC 725 empurrados goela abaixo pela Eurocopter, podemos esquecer qualquer aquisição de novos aeronaves BH por parte do EB. Vida longa e próspera a FAB com seus Black Hawks e MI-35!
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Re: Aviação do Exército

#1113 Mensagem por binfa » Sex Ago 19, 2011 5:51 pm

Valentim escreveu:
glauberprestes escreveu:Antes de falar mal da manutenção de um, ou da boa vontade de outro, é bom lembrar o tamanho da estrutura que o EB tem para fazer a manutenção dos helicópteros da Eurocopter, e que o Blackhawk não tem. Só o galpão de peças sobressalentes, e os N certificados para manutenção que os mecânicos de Taubaté tem, são suficientes pra quase transformar aquela base numa linha de produção...
Infelizmente Glauber a sua visão de nosso complexo de Taubaté, ainda que a primeira vista seja impressionante aos olhos menos acostumados à atividade, não corresponde bem a realidade.
Veja bem, a AvEx em 1986 foi idealizada para ser um único BAvEx. Toda aquela estrutura que vc viu em Taubaté foi projetada para ser apenas uma Unidade Aérea:
Após o lago vc viu tres hangares:
no 1º existe o Batalhão de Manutenção BMS (era no inicio apenas a Cia de Manutenção e Suprimento do 1ºBavEx).
No 2º Hangar, aquele menor, atualmente é o 1ºBAvEx (no projeto inicial, a Cia Rec Atq) e
No 3º Hangar maior, até pouco tempo, estavam os 2º e 3º BAvEx (no inicio a 1ª e 2ª Cia de Helcp Man)

Como podemos ver até aqui, uma estrutura destinada a apenas 1 BAvEx, evoluiu sem nenhuma preocupação com infra-estrutura para 4 Unidades distintas, não precisa ser muito esperto para ver que já existe um problema de espaço para acomodar inumeras seçãos duplicadas que cada unidade dessa deve possuir. Isso posto sem dizer que os 20 Fennec adquiridos em uma contrato adicional em 1992, não possuiam hangar para ser acomodados, tão pouco os 4 Cougar de 2002 e agora 16 EC 725 que devem caber , pelo menos a metade, no minusculo hangar do atual 1ºBavEx, unidade escolhida para receber e operar a jaca 725.
Muito bem agora imagine que a Avex possui um centro de instrução para formação de pilotos e mecanicos e que este está em instalações provisórias a nada mais nada menos, que 20 anos!!! Como despejaram o 3ºBAvEx para instalações ainda não construidas em campo grande, o Ciavex herdou metade do hangar do 2º para manutenir suas 16 aeronaves esquilos do primeiro contrato.
Bom até agora falei apenas em espaço fisico, imagine então os problemas advindos, com pessoal que teve que ser ampliado, mas que foi colocado em um ambiente que não comporta pessoas para equipar 5 unidades, mas onde só existe espaço para uma.
Nosso batalhão de manutenção, teoricamente responsável pela manutenção de 3º, 4º e 5º escalões. Tem o espaço fisico de apenas uma companhia, mas tem pessoal para equipar 3 Bavex! Imagine que o BMS era para fazer no máximo as Inspeções de 500 horas e 18 meses da frota Esquilo, fennec, Panther e Cougar, mas por causa de orgulho de um oficial comandante que passou apenas 2 anos no comando, passou a ser responsável pela inspeção geral de 10 anos (que dura em média na melhor das hipóteses, 6 meses, mas que nós fazemos em 10 meses) de uma frota 72 aeronaves que foi recebida em um período de apenas 6 anos, ou seja toda a frota original tem que passar por uma inspeção que dura em média 10 meses, em um periodo de tempo de 6 anos, fez as contas? então vc sabe que isso é impossível.
Uma coisa que vc citou e que me chamou atenção foi a existencia de um galpão de peças sobressalentes, sabe eu não sabia disso. Em Taubaté temos duas instalaçoes de suprimento uma é a Cia de Suprimento que faz parte do BMS, de lá sai o suprimento para todas as unidades da Avex, há muio tempo não trabalho lá , mas ainda existem militares de minha turma ainda servindo lá, mesmo assim é muito comum após a realização de uma requisição de suprimento, ouvirmos do responsável "esta peça não tem, e a informação que temos do escalão superior que não há verba de aviação, no momento para solicitar ao DE (depósito alfandegado).
O DE é a segunda instalação de suprimento, mas ela não pertence a Avex, mas sim a eurocopter que por força de contrato deve possuir um estoque minimo de sobressalentes (mas não de grandes componentes, necessários a uma frota já bem envelhecida, como é nosso caso). Ou seja se tiver do DE, eu preciso primeiro comprar e "importar" uma peça que apesar de estar em taubaté não pertence ao EB, deve ser adquirida e legalizada para incorporar a nossa frota. Sabe quanto tempo isso demora? Não, nem eu ao certo, em média 30 dias, por isso as equipes de mnt de todas as unidades aéreas e também de manutenção vivem tirando desta aeronave para colocar naquela aeronave, isso tem nome, canibalização, prática condenável que muitas vezes pode trazer consequencias graves.
Quanto as N certificados que nós temos, está muito a quem do minimo necessário, fazemos muitas intervenções em sistemas das aeronaves onde não somos totalmente qualificados. De qualquer forma somos muito dependentes da assistencia técnica da HB e Turbomeca para a frota francesa, muitas aeronaves são enviadas para a HB afim de realizar inspeçoes de aeronaves que ficam paradas aguardando espaço no BMS.
No caso do BH apesar da aeronave ser mais rustica e menos panosas, nos falta uma estrutura minima de peças de reposição, como o DE, que se tendo verba disponivel diminuiria o enorme tempo de importação e transporte que neste caso dura em média , como disse 45 dias, na melhor das hipóteses. Espero ter exclarecido alguma coisa.
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Re: Aviação do Exército

#1114 Mensagem por FCarvalho » Sex Ago 19, 2011 6:05 pm

Valetim, em algum momento na história, acredito que o EB pensou, ou deve ter pensado, na evolução da Avex enquanto um de seus quadros de armas, juntamente aquelas já existentes.

E não somente neste sentido, mas também na própria evolução da missão da infraestrutura de apoio a mesma. Não consigo acreditar que o Estado-Maior do EB possa ter cometido erro tão primário (diria quase infantil) ao ponto de planejar a criação de um corpo de aviação com uma visão tão apequenada e medíocre.

Parece ao menos óbvio, mesmo aos olhos de leigos como eu, que a arma da aviação do EB estaria "fadada" a evoluir e multiplicar-se na forma de suas demandas e missões. Mas tornar-se quase incompreensível essa intolerância tecno-burocrática com a qual a mesma é tratada, como se fosse um apêndice mal resolvido da doutrina de emprego do EB.

N'outros exércitos, que possuem suas próprias aviações (os exemplos são muitos), as mesmas são tratadas com prioridade, seus membros tem destaque na formação militar e em alguns casos, essas Avex's são tratadas como armas independentes, o que não é o caso da nossa, que como tu disseste, está relegada a ser um mero apoio logistico ou táxi de luxo para uns poucos, atrelada a um nível de comando que não representa efetivamente sua importância para o EB e nem para o país.

Será que os generais que criaram a Avex lá nos idos de 1986 tinham exata idéia de que este seu filhote um dia criaria suas próprias asas e tomaria as rédeas de seu caminho, por força de sua própria gênese? Ou eles, na sua mesmice doutrinária e de pensamento apenas acolheram a idéia de uma aviação para a exército pensando apenas nas medalhas que lustrariam seus pijamas ou nos elogios péfidos ao seu currículo de aposentados?

O que tornou a AVex este retalho de casa dos horrores logistico e doutrinário? Mediocridade, egocentrismo ou falta de talento para o planejamento?

ps 1: só tenho a lamentar o fato de nossa Avex ser tratada como algo que deu certo, sem nunca ter sido criada para isso. :|

ps 2: só a lamentar também o fato de que não podemos sequer nutrir a esperança de ver um dia não só a evolução material e organizacional da Avex, como também de sua doutrina, uma vez subjulgada ao ostracismo por seu próprio comando.

ps 3: talvez a cultura que hora se forma nestes últimos governos, cada vez mais forte e implacável, do envolvimento em missões subsidiárias por parte das ffaa's, obrigatóriamente sensibilize o cmmdo do EB a investir até o que não queira/possa no fortalecimento de sua Avex. Ao menos neste sentido, há males que viriam para o bem.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Aviação do Exército

#1115 Mensagem por Valentim » Sex Ago 19, 2011 6:18 pm

PRick escreveu:Os outros HM´s são ainda mais caros! Como já vimos aqui pelos informativos do próprio EB. Não tem helo de manuntenção barata. Todos custam muito. O mais caro é o HM-2.
A manutenção do HM-1 tente a ser a mais cara de todas por razões obvias: primeiro a frota é muito grande 36 aeronaves, inicialmente. Segundo, além de ainda ser a maior é a de maior complexidade (maior inclusive que HM-2) e encerrando é uma frota grande, de manutenção complexa e envelhecida.

Acho que vc está confundindo custo de aquisição, manutenção e custo de operação. Para facilitar o etendimento:

Aeronaves adquiridas até agora (valores aproximados):

HA-1 Esquilo US$ 1.700.000 Hora de vôo: US$ 1.500 Manutenção simples e de baixo custo em relação a outros modelos da AvEx.
HM-1 Panther US$ 6.000.000 Hora de vôo: US$ 2.500 Manutenção complexa. Panes continuas de Aviônica, trem de pouso retratil, Motores com baixa disponibilidade devido idade e inclusão de modificações constantes
HM-2 Black Hawk US$ 12.000.000 Hora de vôo: US$ 3.300 Manutenção simples. Projeto aviônico simples e robusto. Porém vem apresentando muitas trincas, em razão da idade das células exigindo reparos constantes. É a aeronave mais confiável e solicitada pelas unidades de Infantaria de Selva. Quando se ventilou levá-los para Taubaté o CMA recusou sua saída.
HM-3 Super Puma (vulgo Cougar) US$ 10.000.000 Hora de vôo: US$ 4.500 Aeronave de manutenção muito parecida com Panther, pois para reduzir o custo de venda, veio com os sistemas do Panther, porém seu maior porte, em alguns casos facilita as operações de manutenção da aeronave. Seu trem de pouso fixo, incomum na familia super puma, apesar de reduzir a velocidade de cruzeiro, teve como vantagem sua quase inexistencia de manutenção, constante eu seu primo menor AS365. Outra vantagem de ter incorporado uma eletronica mais simples, se comparado com o Super Puma de série (US$ 18.000.000) foi que se adaptou melhor ao serviço amazonico, diferente da versão operada pela FAB. Com o envelhecimento de sua célula deverá apresentar as mesmas falhas de estrutura do BH, por causa de seu componente estrutural duraluminio, mesmo material usado na célula do S70.
HM-4 Caracal (EC 725) US$ 28.000.000 Hora de vôo: US$ 4.500 Não entrou em operação em terras brasilis, mas já apresentou a falha de esxudação de tanques comum na familia Eurocopter militar. Por sua complexidade eletrônica ainda é uma incógnita de como se comportará na amazonia, porém é forte candidato a substituir o Panther, como aeronave mais panosa da frota AvEx, os mecanicos do 1ºBavex e da equipe de assistencia técnica já devem estar de cabelo em pé. Assim que souber de novidades, posto.




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Re: Aviação do Exército

#1116 Mensagem por gogogas » Sex Ago 19, 2011 7:03 pm

knigh7 escreveu:
gogogas escreveu: Asa fixa não é exclusividade da FAB???Aeronaves de asa fixa na MB só é compativel com o porta aviões ;;;;;seria possível agora o EB adquirir aeronaves de asa fixa????
Basta uma lateracão Legal, do mesmo tipo que possibilitou a MB a voltar a operar com aeroanves de asa fixa que posssam ser embarcadas.

E há noticias que há intencão do EB em operar aeronaves de asa fixa. Não sei é algo considerado muito prioritário pela Forca.
No meu ponto de vista o EB deveria ter aviões de asas fixas ,em varios exércitos sulamericanos ,utilizam aeronaves de asa fixa em caso especial o ECH e o Ejército Venezolano e o Ejército Argentino possuem cargueiros e aeronaves pequenas que ajuda muito as forças aéreas de ambos países ,acho que futuramente o EB deveria comprar mais helicópteros ,alguns CASA C-212 Aviocar e quem sabe o KC-390 ...não custa nada sonhar !




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Re: Aviação do Exército

#1117 Mensagem por Valentim » Sex Ago 19, 2011 7:33 pm

FCarvalho escreveu:Valentim, em algum momento na história, acredito que o EB pensou, ou deve ter pensado, na evolução da Avex enquanto um de seus quadros de armas, juntamente aquelas já existentes.
Bom a julgar como a história nos é contata pelos mais antigos, cheguei a seguinte conclusão: A criação da AvEx em 1986 tem mais haver com orgulho pessoal do Gen Leonidas Pires Gonçalves, do que com uma necessidade tática do EB. Digo isso pq em 1986 o Exército tinha uma birra grande com o apoio aéreo prestado pela FAB. É comum ouvir relatos de comandantes do EB que solicitavam apoio a FAB e não eram atendidos prontamente ou quando atendidos com aeronaves da FAB. seus tripulantes, por razões operacionais, não realizavam a missão para o EB da forma que se esperava. Os comandantes do EB queriam mais, queriam poder dar ordens diretas aos tripulantes da FAB, apesar das necessidades e restrições operacionais que limitavam tais operações. Assim nasceu a idéia de se emancipar do apoio que a FAB prestava.
FCarvalho escreveu:E não somente neste sentido, mas também na própria evolução da missão da infraestrutura de apoio a mesma. Não consigo acreditar que o Estado-Maior do EB possa ter cometido erro tão primário (diria quase infantil) ao ponto de planejar a criação de um corpo de aviação com uma visão tão apequenada e medíocre..
Sim eu sei que é dificil acreditar que alguém se lançe em um projeto de grande vulto como este, sem pensar se estava preparado e quais seriam as consequencias disso. Mas respeitadas as proporções, acho foi algo muito parecido com isso: O EB nunca teve a intenção de reativar a sua arma perdida para o Ministério da Aeronáutica, o que ele queria era provar para a FAB e para si mesmo que o "melhor combatente do Mundo", o Infante do Exército Brasileiro podia também operar aeronaves de forma independente e mais operacional que os irmão da nossa Força Aérea. Ou seja a Aviação não retornaria como Arma, mas sim como uma ferramenta que qualquer Oficial de Arma do EB pudesse operar. Logo no inicio das operações da AvEx, tentaram criar um novo conceito para aeronaves operadas pelo EB, foi ouvido o absurdo que as aeronaves eram "viaturas com capacidade de voar", acho que a partir dai as coisas já estavam meio que definidas.
Existia o 1ºBAvEx com suas companhias perfeitamente alojadas em seus 3 hangares, havia as 52 aeronaves originais, que apesar da escolha das aeronaves que nitidamente beneficiavam a Helibrás, empresa que naquele momento, alguns dizem, estava mau das pernas, acho que a coisa estava bem equilibrada e equacionada.
Mas, então algo mudou. Existia um gen bda na em brasilia que era o Diretor de Material de Aviação, responsavel pelo planejamento do apoio logistico da AvEx, ele era oriundo da Arma de Infantaria, PQDT, com curso de Comandos e FE, cargo pouco condigente com um Gen combatente da elite do Exército Brasileiro, então do nada a DMAVEX, virou da noite para o dia BDA de Aviação do Exército e foi transferida de Brasilia para Taubaté.
Em 1991, portanto a apenas 5 anos de assinado o decreto de criação da AvEx e dois anos do primeiro voo de uma aeronave do EB, pilotada por um Oficial EB, o 1ºBatalhão de Aviação do Exército foi desmembrado em 1ºBatalhão de Helicópteros e Base de Aviação de Taubaté, neste mesmo ano foi criado o Nucleo do CIAvEX. Estava "azeitada" a unidade para que justifica-se o Comando de um Gen (1 batalhão de tornou 2 sem mais nem menos). No ano de 1992, os Matebelianos conseguiram sua sonhada independencia dos pilotos, a Cia Mnt e Sup, se tornou, sem mais nem menos, o atual Btl Mnt Sup , na época B Log AvEx. Em 1993, as outras duas Cia de Helcp, viraram da noite para o dia também 3 Esquadrões de Aviação do Exército (nova denominação). Na minha opinião não houve uma necessidade que justifica-se estes desmembramentos, dentro de um espaço fisico taão pequeno e ainda em construção, foi a necessidade de montar uma Bda, de onde só existia um batalhão, para justificar a presença de um general de bda em Taubaté.

Estarei comentando o que observo sobre suas outras considerações quando tiver mais tempo. Abs




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Re: Aviação do Exército

#1118 Mensagem por knigh7 » Sex Ago 19, 2011 9:26 pm

Valentim,

Com a chegada dos 16 EC725, vc acredita que o EB irá criar outra unidade?




PRick

Re: Aviação do Exército

#1119 Mensagem por PRick » Sex Ago 19, 2011 10:08 pm

binfa escreveu:
Valentim escreveu: A possivel compra de mais S70A para o EB, foi pelo ralo quando a Eurocopter ofereceu ao Governo Brasileiro, a versão UE do Super pane, digo puma(vulgo cougar) pela bagatela de 10 milhões de dólares, contra os 12 milhôes da versão de exportação do HM-2. Esta jogada suja da Eurocopter tinha como objetivo enganar o EB que se mobilizava para adquirir mais Black Hawks. Foi o que aconteceu, e o processo de compra de mais S70A, já em andamento, foi repassado a FAB que nunca trocaria os BH por mais pumas devido sua terrível experiencia com o Super puma na Amazônia.. pelo menos saiu ganhado a FAB com esta maracutaia comercial dos franceses. Agora com os 16 EC 725 empurrados goela abaixo pela Eurocopter, podemos esquecer qualquer aquisição de novos aeronaves BH por parte do EB. Vida longa e próspera a FAB com seus Black Hawks e MI-35!
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Incrível como lemos sucessivos absurdos aqui, um fabricante oferecer um produto mais barato é sujo. KKKKKKKKKKK!!

E continuam espalhando boatos mais agora eu vou fazer o seguinte vou começar a enviar esses comentários ao setor responsável do EB, as relações publicas, alguém tem o endereço eletrônico aí, e vou enviar também para a Helibras, para que eles tomem providência para consertar seus produtos. :twisted: :twisted:

[]´s




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Re: Aviação do Exército

#1120 Mensagem por binfa » Sáb Ago 20, 2011 12:08 am

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Re: Aviação do Exército

#1121 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 7:04 am

knigh7 escreveu:Valentim,
Com a chegada dos 16 EC725, vc acredita que o EB irá criar outra unidade?
Com certeza o correto seria isso. No ano passado, eu ainda estava no 3ºBavEx em Taubaté, e nosso Cmt (atual Chefe do estado maior do Cavex), tentou convercer o então Gen cmt do CAvEx, da necessidade de converter o grupo remascente do Batalhão Pantera em Taubaté, em um 5ºBAvEx, que então receberia os EC 725, mas como sabemos esta ideia não foi ouvida e os Caracal serão absorvidos, metade pelo 1ºBAvEx e a médio prazo,a outra metade pelo 4ºBAvEx, a partir de 2014, segundo as ultimas informações a respeito.




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Re: Aviação do Exército

#1122 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 7:28 am

FCarvalho escreveu:Parece ao menos óbvio, mesmo aos olhos de leigos como eu, que a arma da aviação do EB estaria "fadada" a evoluir e multiplicar-se na forma de suas demandas e missões. Mas tornar-se quase incompreensível essa intolerância tecno-burocrática com a qual a mesma é tratada, como se fosse um apêndice mal resolvido da doutrina de emprego do EB.
Acho que o EB, como já citei anteriormente, não sabia exatamente onde estava se metendo. A aquisição de aeronaves ou de qualquer outro material bélico, nunca foi o grande problema para o EB. O problema sempre foi e ainda é, manter as atividades de apoio e logistica em um nivel aceitavel, do ponto de vista militar.
No ano de 1990, eu tinha acabado de sair da Escola de Formação e tinha escolhido servir no 9º Esquadrão C Mec, da 9ºBda Inf Mtz (Es), foi quando eu tive o primeiro contato com os problemas logísticos do EB. Lá encontrei várias VTR comerciais e de Combate, parada por falta de suprimento. Cascaveis e Urutus parados aguardando peças e manutenção. Como todos sabemos essas viaturas blindadas são de fabricação nacional e a Engesa, naquela época, ainda existia. Este era o cenário no EB logo no inicio das operações da AvEx (primeiro voo abril de 1989), não é dificil entender que este cenário, dado o custo de se manter uma aviação organica, logo chegaria as aeronaves também. Daí para se perceber o custo da Avex para o Exército como um todo não demorou muito. Em 1994, eu fazia parte do grupo que se deslocou para Manaus para implantar a primeira Unidade Aérea fora de Taubaté, nosso Cmt na época, o Cel Pavanello,(nosso patrono do 4º BAvex), tinha participado de uma reunião em Brasilia que, entre outras coisas, citava o futuro da Avex. No retorno ele estava um pouco desmotivado pq nesta reunião se falou pela primeira vez, numa possivel desativação da AvEx. Porém até a desativação da AvEx não é uma opção facil, seria a confirmação que EB se lançara em uma aventura que não estava preparado. Em meus 23 anos de força, uma coisa que ainda não vi foi o EB admitir os próprios erros...




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Re: Aviação do Exército

#1123 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 9:43 am

PRick escreveu:Incrível como lemos sucessivos absurdos aqui, um fabricante oferecer um produto mais barato é sujo. KKKKKKKKKKK!!
[]´s
A sujeira está no fato da AvEx ter escolhido o S70A ao inves do AS532 Cougar (o verdadeiro e não a versão UE), na avaliação feita nos anos 90, quando recebemos a visita em Taubaté das aeronaves para serem testadas. Para mim são aeronaves bem diferentes e possuem propósitos diferentes, mas o AvEx decidiu que avaliaria as duas aeronaves e se decidiria por uma delas e isso foi feito.
Dentro dos critérios levandos em consideração pelo AvEx, na época o BH venceu em todos os quesitos avaliados, exceto em um deles apenas: O Black hawk não consegue transportar em sua cabine as suas próprias pás do Rotor principal, nos demais deu BH na cabeça.
Acredito que o principal quesito levado em consideração pelo BH era que ele cumpria muito melhor o transporte de um CG equipado (função básica do Panther) e custava muito menos que o AS532 Cougar equipado com motores MK 2 (25.000.000), sua eletronica era mais simples que das aeronaves francesas e eram bem mais rustico, sem falar que era um projeto genuinamente militar, enquanto que o Super Puma/Cougar sempre foi na verdade uma versão civil do AS330 Puma, este sim originariamente militar.
Em 1997 para cumprir a missão de paz MOMEP nos Andes, foram adquiridos os 4 BH. Foi escolhido S70 pq além de ter vencido a avaliação feita em 92, ele possuia maior reserva de potencia que as aeronaves francesas, existentes na fota avex. Quem já voou no panther sabe que em altitudes elevadas e com peso máximo, a aeronave pena para sair do chão e este não é o caso do Falcão Negro. Quando a missão terminou as aeronaves foram deslocadas para Manaus e lá começou a conquistar a confiança de pilotos e de combatentes transportados na amazônia, a aeronave parecia para eles a solução ideal para todas as deficiencias apresentadas pelo Panther na selva amazonica.
Tudo levava a crer que o EB, ouvindo a AvEx e ao CMA, iria solicitar ao Congresso americano a autorização para adquirir, pelo menos mais 6 BH para o 4ºBAvEx.
Aí, a Eurocopter/Helibrás, vendo que seu reinado absoluto no EB começava realmente ser ameaçado, tratou de jogar sujo: criou a versão inédita AS532 UE "Cougar" pela bagatela de 10 milhões de dólares. A avaliação de 92 foi feita com uma aeronave AS532 L2 Cougar equipada com motor Makila 2, uma aeronave com peso max decolagem da ordem de 11 toneladas, seu preço em torno de 25 milhões, ja que era uma "evolução" do AS332 L1 Super Puma de 18 milhões e peso max 9 ton.
Pareceu para o EB uma maravilha adquirir uma aeronave de 25 milhões por 10. Mas o milagre só foi possível pq na prática não de tratava de um Cougar, mas sim de um Super Puma com motorizaçao padrão e aviônica equivalente ao do panther. Acredito até que eles ofereceram direto ao comando do EB, pq na AvEx a compra dos 6 BH já era certa.
Se isso não for uma jogada suja, não sei realmente o que é, até pq isso já tinha acontecido no passado, nos ofereceram o AS365M Panther motor Turbomeca 333 (protótipo militar) e nos entregaram 36 AS365K "Panther" motor Arriel 1M1 ( na verdade o AS365 N Dauphin, aeronave civil de série, sem o acabamento luxuoso de série). Cada um que tire suas conclusões.




S Ten M Valentim - 4o Batalhão de Aviação do Exército
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Re: Aviação do Exército

#1124 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 10:32 am

FCarvalho escreveu:N'outros exércitos, que possuem suas próprias aviações (os exemplos são muitos), as mesmas são tratadas com prioridade, seus membros tem destaque na formação militar e em alguns casos, essas Avex's são tratadas como armas independentes, o que não é o caso da nossa, que como tu disseste, está relegada a ser um mero apoio logistico ou táxi de luxo para uns poucos, atrelada a um nível de comando que não representa efetivamente sua importância para o EB e nem para o país.


É muito dificil determinar a verdadeira identidade da AvEx, eu diria pelo meu cotidiano que ela, no formato atual, não possui uma identidade como corpo de tropa.

O Comando de Aviação do Exército (antiga Brigada de Aviação do Exército) é Comandada atualmente por um General Piloto. Tudo leva a crer que será o melhor Cmt que a AvEx já teve. Mas ser integrante da Avex nunca foi pressuposto para ser Cmt de AvEx. Tivemos inumeros Cmt que não tinha a menor noção do fazíamos em Taubaté. É claro que no final de 2 anos de cmdo esses Generais "Terráqueos" acabavam por entender alguma coisa e passavam a conhecer nossas reais possibilidades e limitações.
Mas o grande problema, eu diria não é esse, mas sim o fato da Aviação, não ser uma arma independente. O EB sempre teve medo de perder o controle sobre sua aviação e decidiu que os oficiais das armas da AMAN, seriam os pilotos.
Então veja bem, as armas INF, CAV, ART e ENG possuem caracteristicas, linguagens e experiencias próprias, possuem apenas em comum a formação ideológica da AMAN. Cada arma dessa vê a situação de combate por um angulo diferente. Imagine agora essa miscelania de ideias misturadas em um ambiente único que é a AvEx. Por mais que tenha sido formados pilotos de helicópteros e tenha inumeras especializações em aviação, eles continuam sendo oficiais das armas, continuam com sua formação especifica por toda a sua carreira. Então é muito comum que certas decisões tomadas pelos Cmt de AvEx e mesmo de BAvEx, sejam influenciadas por esta identidade da arma de origem, o que com certeza não são as melhores decisões para AvEx, por se tratar de experiencias estranhas a atividade de Aviação, mas mesmo assim, isso é feito.
Vou dar um exemplo bem simples para que todos entendam: Em aviação as decisões e o planejamento deve levar em consideração o longo prazo, decisões devem ser baseadas em consequencias futuras, no entanto o cmt fica no comando por um tempo muito curto de 2 a 3 anos normalmente, a visão de planejamento dele é de no máximo 3 anos. Mas para os assuntos de aviação deve ser levando em consideração que tempo curto é da ordem de 5, médio da ordem de 15 a 20 anos.
O que fazemos hoje certo ou errado repercute daqui a 15, 20 anos. No entanto os cmt em todos os niveis tomam decisões apenas para solucionar problemas em seu próprio cmdo, não se importando as consequencias para os comandos seguintes, essa é máxima do EB. Soluções imediatas...
Por isso problemas de ordem técnica e logistica, surpreendem a todo tempo a nossa manutenção. O certo em tempo de paz, seria dimenssionar as missões em função da disponibilidade de aeronaves, mas ocorre justamente o contrário, se programa uma gama de missões e horas de vôo, mas se esquece que a capacidade logística deveria ser proporcional, isso raramente ocorre, nossa diagonal de manutenção, nunca é cumprida conforme o planejamento.
Alguem aqui citou que a compra dos EC 725 será acompanhada por assistencia técnica durante cinco anos, infelizmente é assim que o EB pensa também, junto com a compra das aeronaves, vou adquirir também um pacote de manutenção de 5 "longos" anos e o meu problema está resolvido fiz meu trabalho de casa de forma exemplar. Daqui a 5 anos seremos surpreendidos pq o tempo de 5 anos acabou e decisões para assumirmos a manutenção efetivamente da aeronave, serão tomadas só a daqui a 5 anos, essa tem sido a nossa realidade




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Re: Aviação do Exército

#1125 Mensagem por prp » Sáb Ago 20, 2011 11:45 am

Valentim escreveu:
PRick escreveu:Incrível como lemos sucessivos absurdos aqui, um fabricante oferecer um produto mais barato é sujo. KKKKKKKKKKK!!
[]´s
A sujeira está no fato da AvEx ter escolhido o S70A ao inves do AS532 Cougar (o verdadeiro e não a versão UE), na avaliação feita nos anos 90, quando recebemos a visita em Taubaté das aeronaves para serem testadas. Para mim são aeronaves bem diferentes e possuem propósitos diferentes, mas o AvEx decidiu que avaliaria as duas aeronaves e se decidiria por uma delas e isso foi feito.
Dentro dos critérios levandos em consideração pelo AvEx, na época o BH venceu em todos os quesitos avaliados, exceto em um deles apenas: O Black hawk não consegue transportar em sua cabine as suas próprias pás do Rotor principal, nos demais deu BH na cabeça.
Acredito que o principal quesito levado em consideração pelo BH era que ele cumpria muito melhor o transporte de um CG equipado (função básica do Panther) e custava muito menos que o AS532 Cougar equipado com motores MK 2 (25.000.000), sua eletronica era mais simples que das aeronaves francesas e eram bem mais rustico, sem falar que era um projeto genuinamente militar, enquanto que o Super Puma/Cougar sempre foi na verdade uma versão civil do AS330 Puma, este sim originariamente militar.
Em 1997 para cumprir a missão de paz MOMEP nos Andes, foram adquiridos os 4 BH. Foi escolhido S70 pq além de ter vencido a avaliação feita em 92, ele possuia maior reserva de potencia que as aeronaves francesas, existentes na fota avex. Quem já voou no panther sabe que em altitudes elevadas e com peso máximo, a aeronave pena para sair do chão e este não é o caso do Falcão Negro. Quando a missão terminou as aeronaves foram deslocadas para Manaus e lá começou a conquistar a confiança de pilotos e de combatentes transportados na amazônia, a aeronave parecia para eles a solução ideal para todas as deficiencias apresentadas pelo Panther na selva amazonica.
Tudo levava a crer que o EB, ouvindo a AvEx e ao CMA, iria solicitar ao Congresso americano a autorização para adquirir, pelo menos mais 6 BH para o 4ºBAvEx.
Aí, a Eurocopter/Helibrás, vendo que seu reinado absoluto no EB começava realmente ser ameaçado, tratou de jogar sujo: criou a versão inédita AS532 UE "Cougar" pela bagatela de 10 milhões de dólares. A avaliação de 92 foi feita com uma aeronave AS532 L2 Cougar equipada com motor Makila 2, uma aeronave com peso max decolagem da ordem de 11 toneladas, seu preço em torno de 25 milhões, ja que era uma "evolução" do AS332 L1 Super Puma de 18 milhões e peso max 9 ton.
Pareceu para o EB uma maravilha adquirir uma aeronave de 25 milhões por 10. Mas o milagre só foi possível pq na prática não de tratava de um Cougar, mas sim de um Super Puma com motorizaçao padrão e aviônica equivalente ao do panther. Acredito até que eles ofereceram direto ao comando do EB, pq na AvEx a compra dos 6 BH já era certa.
Se isso não for uma jogada suja, não sei realmente o que é, até pq isso já tinha acontecido no passado, nos ofereceram o AS365M Panther motor Turbomeca 333 (protótipo militar) e nos entregaram 36 AS365K "Panther" motor Arriel 1M1 ( na verdade o AS365 N Dauphin, aeronave civil de série, sem o acabamento luxuoso de série). Cada um que tire suas conclusões.
Não é por nada não, mas se foi do jeito que você falou ai a incompetência foi toda do EB, se um exercito pede algo e o fabricante entrega outro isso se caracteriza quebra de contrato, simples assim. Se o EB aceitou foi porque nao soube fazer contrato, ou fingiu não saber, ou sofre de sadomazoquismo.
Se aconteceu do jeito que vc falou o EB mereceu isso.




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