O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9406 Mensagem por LeandroGCard » Seg Fev 13, 2017 9:35 am

Marechal-do-ar escreveu:Essa mistura de sistemas com propósitos diferentes é até compreensível quando parte da imprensa não especializada, mas quando o EB ou o MD colocam os dois tipos de sistemas no mesmo balde (ou então, classificando os sistemas por algo como "altitude") isso diz pra mim que eles não estão realmente preocupados com uma defesa antiaérea eficaz, a preocupação é só dizer que tem AAAe, ou seriam mais específicos em relação ao tipo de defesa que querem.
Realmente,

Todas as informações que vejo vindas da parte do EB e da FAB sobre defesa AAe faz este tipo de confusão (e insiste na classificação por altura, que dá margem a ela). Por isso também não levo a sério nada do que é dito por "especialistas" destas forças sobre AAe, como não levaria de um especialista que confundisse bazuca com pistola.

Pode até ser que dentro das forças exista alguém que entenda do assunto, mas tudo o que sai pra fora é enviesado e praticamente sem sentido. Quem sabe é contra-informação :wink: .


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9407 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 13, 2017 10:22 am

Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:Pelo que era divulgado pela imprensa, a proposta das 3 baterias do Pantsir era de USD 1 bilhão...
E o pacote incluia uns 200 mísseis.

Não eram 200 mísseis. Eram 8 mísseis para cada unidade de tiro. Eram 4 unidades de tiro por bateria. Dão 96 mísseis.
Marechal escreveu: Pagando por essa integração seria possível e seria interessante, mas não essencial
O Pantsir é um sistema de defesa de ponto, seus alvos provavelmente nem apareceriam nos radares do SISDABRA, e de qualquer jeito, a reação precisa ser mais rápida do que uma decisão centralizada permite, quer dizer, a decisão de disparar a arma precisa ser local, alias, provavelmente uma decisão automática contra bombas e mísseis.
O radar de vigilancia do Centro de Comando e Controle da bateria do Pantsir (Kasta 2e2) tem um alcance de 150km. Na mesma ordem dos outros.

Com relação ao alcance,o missil do Pantsir chega a 15km de altura, o mesmo do sistema BAMSE, o Spyder MR 16km. Só o Iris-t é um pouco mais, 20km. A Bia do Pantsir cobre uma área quase tão grande quanto a dos outros. E os outros ofereceram integração, eles, não.

Falando sobre a proposta da Dihel, na edicao 137 da T&D, pág 132 a 134, o sistema Iris-T SLM seria integrado aos radares SABER.
Marechal escreveu:
A situação é diferente no caso de sistemas de defesa de área como o S-300, Patriot, SPYDER ou MEADS, onde a integração com algo como o SISDABRA é essencial
Essa mistura de sistemas com propósitos diferentes é até compreensível quando parte da imprensa não especializada, mas quando o EB ou o MD colocam os dois tipos de sistemas no mesmo balde (ou então, classificando os sistemas por algo como "altitude") isso diz pra mim que eles não estão realmente preocupados com uma defesa antiaérea eficaz, a preocupação é só dizer que tem AAAe, ou seriam mais específicos em relação ao tipo de defesa que querem.
As propostas dos outros foram também de sistemas de média altura. Mas diferentemente dos russos com integração com os sistemas nacionais.




Editado pela última vez por knigh7 em Seg Fev 13, 2017 1:02 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9408 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 13, 2017 10:38 am

LeandroGCard escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Essa mistura de sistemas com propósitos diferentes é até compreensível quando parte da imprensa não especializada, mas quando o EB ou o MD colocam os dois tipos de sistemas no mesmo balde (ou então, classificando os sistemas por algo como "altitude") isso diz pra mim que eles não estão realmente preocupados com uma defesa antiaérea eficaz, a preocupação é só dizer que tem AAAe, ou seriam mais específicos em relação ao tipo de defesa que querem.
Realmente,

Todas as informações que vejo vindas da parte do EB e da FAB sobre defesa AAe faz este tipo de confusão (e insiste na classificação por altura, que dá margem a ela). Por isso também não levo a sério nada do que é dito por "especialistas" destas forças sobre AAe, como não levaria de um especialista que confundisse bazuca com pistola.

Pode até ser que dentro das forças exista alguém que entenda do assunto, mas tudo o que sai pra fora é enviesado e praticamente sem sentido. Quem sabe é contra-informação :wink: .


Leandro G. Card

Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.

E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9409 Mensagem por knigh7 » Seg Fev 13, 2017 11:15 am

Bolovo escreveu:
knigh7 escreveu:Pelo que era divulgado pela imprensa, a proposta das 3 baterias do Pantsir era de USD 1 bilhão...
E a mesma imprensa diz que o preço elevado era por conta da transferência de tecnologia total. Engraçado que você sempre omite essas partes, né?

"ToT total" por 3 baterias? Então tá.
Aliás nas 2 palestras divulgadas pela Alide deu para perceber a grande disposição deles em colaborar...NENHUMA.
Bolovo escreveu:
knigh7 escreveu:Por 2 ocasiões de palestras que a Rosoboronexport realizou para o MD sobre a proposta da artilharia antiaérea de media altura foram divulgadas pela Alide. E nenhuma delas mencionaram a integração ao SISDABRA. O que mais chegou perto foi que poderia ser utilizados IFF de origem ocidental e poderia ser integrado dentro dos sistemas deles de grande altura. Se fossem fazer a integração ao SISDABRA teriam mencionados e a Alide, que colocou entusiasmada os PPTs e realizou a matéria teria mencionado. E pouco que importa que foram de 3 anos e meio atrás. Porque é um tremendo ponto negativo. Teriam falado se fossem integrar desde aquela época.

Um sistema que seria usado por 30 anos, num ambiente de guerra NCW, o COMDABRA passando a instrucao pela fonia para o Centro de Operações da bia de Pantsir. ..

Isso faz parte do problema de integracão com os sitemas ocidentais, algo que a gente fala sempre. O Caiafa mencionou a intregacao do sistema da Diehl ao SISDABRA, que aliás eu também já li nas matérias sobre a proposta. A Rafael também propôs com o Spyder. O problema está nos sistemas russos.
Knight, todo mundo aqui já entendeu que você é contra a aquisição do Pantsir e não gosta dele e qualquer outro sistema russo.

Não precisa repetir isso em cada página.
Eu sou contra, mas eu não estou repetindo que eu sou contra. Estou rebatendo sua tentativa de rasteira de distorcer quem é contra para ridicularizar.
Bolovo escreveu: Por favor, não me cite mais, porque eu não aguento mais ler essa história de integração ao SISDABRA e etc.
Vc tentou ridicularizar todos os que criticam o Pantsir. Isso implica a mim também. Portanto eu vou responder.
Bolovo escreveu: E obrigado por confirmar minha história do Chaparral...
Ah, sim, sobre AAAe de média altura discutimos sobre sistemas vagabundos que seriam bons aqui.
Bolovo escreveu: Agora uma notícia interessante: a Grécia assinou um acordo de 16mi EUR com a Rússia para manter seus sistemas Osa-AK, Tor-M1 e S-300 (http://bmpd.livejournal.com/2429193.html). Esse bizarro país membro da OTAN que opera sistemas AAAe russos. Vai entender. Talvez os gregos nunca tenham feito um estágio com os mestres brasileiros da artilharia antiaérea ou pelos menos lido alguns tópicos do fórum Defesa Brasil, que comprova que essa heresia é imperdoável.
Os concorrentes oferecem integração com os nossos sistemas, tem até quem inclua com os nossos radares. E os russos nada. Ah, perdao, IFF ocidental. Mas tem de comprar dos russos...




Editado pela última vez por knigh7 em Seg Fev 13, 2017 11:34 am, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9410 Mensagem por LeandroGCard » Seg Fev 13, 2017 11:30 am

knigh7 escreveu:Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.

E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".
Não conheço ninguém mais no mundo que classifique sistemas AAe por altura, a classificação é sempre por alcance e tipo de alvo. Classificação por altura não faz sentido, e as razões disso já foram discutidas à exaustão por aqui.

E porque as criticas às FAA's poderiam ser feitas especificamente se o sistema escolhido fosse russo? Por acaso os sistemas AAe russos não foram de longe os que mais abateram aeronaves inimigas em toda a história? Não são os mais empregados do mundo, inclusive por nações de todos os continentes em tudo o mais alinhadas com os EUA e a Europa , e inclusive por membros da OTAN?

Também sei que a escolha do Pantsir foi do GF e não do EB ou da FAB, e para a aplicação divulgada (defesa de pontos estratégicos) também acho que era o sistema errado. Mas não por ser russo ou por ser ruim, e sim porque não era um sistema desenvolvido para esta aplicação. E isso não justifica ficar tentando encontrar problemas inexistentes para denegrir o Pantsir, ou qualquer outro sistema AAe, apenas por causa da sua origem.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9411 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Fev 13, 2017 4:40 pm

knigh7 escreveu:Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.
Só li coisas sobre essa classificação vindo de nossas FFAA, de quem mais?
knigh7 escreveu:E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".
Com certeza há coisas muito mais urgentes nas FFAA do que a defesa anti-aérea (anti-aérea para defender o que, afinal?).
knigh7 escreveu:Não eram 200 mísseis. Eram 8 mísseis para cada unidade de tiro. Eram 4 unidades de tiro por bateria. Dão 96 mísseis.
240 mísseis para ser exato, e são 12 por unidade de tiro, não 8, e há unidades remuniciadoras.
knigh7 escreveu:O radar de vigilancia do Centro de Comando e Controle da bateria do Pantsir (Kasta 2e2) tem um alcance de 150km. Na mesma ordem dos outros.
É um alcance residual, devido ao tipo de alvo que o Pantsir visa (mísseis e bombas que possuem um RCS muito baixo) ele precisa de um radar muito sensível para guiar seus mísseis até o alvo, um efeito colateral disso é um alcance estendido contra alvos com RCS maior, mas ele não tem qualquer objetivo de exercer controle sobre o espaço aéreo, apenas defender sua localidade.

A propósito, os outros sistemas citados tem guiagem autônoma (exceto BANSE) e dizem oferecer integração, então para que eles precisam de radares?, não seria mais simples usar os radares que já possuímos? Ou há ressalvas em relação a integração de alguns deles?
knigh7 escreveu:Com relação ao alcance,o missil do Pantsir chega a 15km de altura, o mesmo do sistema BAMSE, o Spyder MR 16km. Só o Iris-t é um pouco mais, 20km. A Bia do Pantsir cobre uma área quase tão grande quanto a dos outros. E os outros ofereceram integração, eles, não.
O Iris-T só chega nos 20 km de altitude se for lançado de uma grande altitude (ou você realmente acha que o míssil com menor alcance realmente chega a uma maior altitude?), o folder do fabricante não diz isso, e não os culpo, essa informação é completamente irrelevante, NÂO SE CLASSIFICA SISTEMAS AAAE POR ALTITUDE.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9412 Mensagem por juarez castro » Seg Fev 13, 2017 10:51 pm

Bolovo escreveu:
juarez castro escreveu:Quem costuma contar "histórias" por aqui não sou eu, não falo daquilo que não sei e não conheço, quem costuma contar histórias por aqui são os que costumam super avaliar equipamentos militares Russos, quantificar disponibilidade de anvs Russas baseado em fotografias, Sputnik news e por aí afora.
Obviamene que eu não vou questionar os teus conhecimentos militares baseados nas tuas trocentas mil horas de internet.

G abraco
Juarez, quem tem fama de "profeta" pelos fóruns afora não sou eu, pode ter certeza. Eu leio o que você escreve há pelo menos uma década e se formos listar todas as suas profecias, dá pra escrever um livro, o que diga os F-16BR com recheio israelense, F-35 durante o comando do Saito etc etc. Agora temos mais uma novidade, a "artilharia antiaérea usada" que nos foi oferecida. Bem, cada um acredita no que quiser, não é mesmo?

Olha, se tu tiveres oportunidade conversar com algum oficial superior que fez intercâmbio em Israel vai te surpreender com a quantidade de F 16 com radares Israelenses, sim aqueles que o teu "mentor didático" esbravejou por aqui que era impossível, sim o famigerado Pedro Rio Pardense. O F 35 era consequência F 16, mas como o Nelson Jobin entendia muito mais de doutrina militar de combate aéreo do que qualquer militar da FAB, ele achou que era demais para nós...a propósito isto aqui é costumeiro no DB, a pouco tempo atrás tinha gente aqui que conheciam mais doutrina ASW que um aviados naval da MB, instrutor de ASW.
Bolovo, o tempo foi senhor de todas as verdades, hoje eu estou aqui e o que eu e outros aqui tiveram a coragem de dizer está acontecendo, agora as previsões mirabolantes, intergaláticas, nunca antes vistas neste "paif" alardeadas por teus mestres ficaram na "história" como tua desfaçatez me acusou. Aonde estão as escoltas de 6.000 tons, os 48 Rafales, os PAs de 65.000 tons, os 46 Napas???? Ahhh,mas recentemente temos o Pantsyr e agora para fechar com chave de ouro o S 300, e o tempo vai passando e vai me mostrando a verdade e a realidade.


Quanto a "quantificar disponibilidade de anvs Russas baseado em fotografias, Sputnik news e por aí afora", gostaria que me explicasse do que está falando, pois não sei do que está falando. O fórum é público, todas minhas mensagens estão aí e qualquer um pode comprovar que eu nunca me baseio em fontes como essa, alias, evito ao máximo. Além disso, você tem um mês a mais de registro do que eu nesse fórum, quase doze anos, portanto olhe antes para o espelho se quiser acusar alguém te ter "trocentas mil horas de internet".
Ora bolas, fizeste a pouco uma explanação da disponibilidade força Aérea russa, do número de células, em fim tudo baseado no mais puro dos achismos psicodélicos. tu é daqueles que vê uma foto de um OM repleta de aviões na linha de voo para uma foto e tem um orgasmo pleonástico...
A diferença entre mim e tu está exatamente nas tuas "trocentas mil horas" de internetez, coisa que eu jamais vou me igualar, pois a experiência, a realidade operacional e verdade não permitiriam, nunca.

G abraço




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9413 Mensagem por juarez castro » Seg Fev 13, 2017 11:01 pm

Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.
Só li coisas sobre essa classificação vindo de nossas FFAA, de quem mais?
knigh7 escreveu:E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".
Com certeza há coisas muito mais urgentes nas FFAA do que a defesa anti-aérea (anti-aérea para defender o que, afinal?).
knigh7 escreveu:Não eram 200 mísseis. Eram 8 mísseis para cada unidade de tiro. Eram 4 unidades de tiro por bateria. Dão 96 mísseis.
240 mísseis para ser exato, e são 12 por unidade de tiro, não 8, e há unidades remuniciadoras.
knigh7 escreveu:O radar de vigilancia do Centro de Comando e Controle da bateria do Pantsir (Kasta 2e2) tem um alcance de 150km. Na mesma ordem dos outros.
É um alcance residual, devido ao tipo de alvo que o Pantsir visa (mísseis e bombas que possuem um RCS muito baixo) ele precisa de um radar muito sensível para guiar seus mísseis até o alvo, um efeito colateral disso é um alcance estendido contra alvos com RCS maior, mas ele não tem qualquer objetivo de exercer controle sobre o espaço aéreo, apenas defender sua localidade.

A propósito, os outros sistemas citados tem guiagem autônoma (exceto BANSE) e dizem oferecer integração, então para que eles precisam de radares?, não seria mais simples usar os radares que já possuímos? Ou há ressalvas em relação a integração de alguns deles?
knigh7 escreveu:Com relação ao alcance,o missil do Pantsir chega a 15km de altura, o mesmo do sistema BAMSE, o Spyder MR 16km. Só o Iris-t é um pouco mais, 20km. A Bia do Pantsir cobre uma área quase tão grande quanto a dos outros. E os outros ofereceram integração, eles, não.
O Iris-T só chega nos 20 km de altitude se for lançado de uma grande altitude (ou você realmente acha que o míssil com menor alcance realmente chega a uma maior altitude?), o folder do fabricante não diz isso, e não os culpo, essa informação é completamente irrelevante, NÂO SE CLASSIFICA SISTEMAS AAAE POR ALTITUDE.
Aqui uma observação:

Estamos falando, penso eu do Iris T SL, que provavelmente deve ter um buster de aceleração inicial, para partido do solo chegar até 25 KM de alcance a uma determinada altura, pois acho que é esta a confusão que se faz por aqui, ou seja, quanto mais alto ele vai, menor será o alcance horizontal.

G abraço




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9414 Mensagem por Bolovo » Ter Fev 14, 2017 2:35 am

juarez castro escreveu:Olha, se tu tiveres oportunidade conversar com algum oficial superior que fez intercâmbio em Israel vai te surpreender com a quantidade de F 16 com radares Israelenses, sim aqueles que o teu "mentor didático" esbravejou por aqui que era impossível, sim o famigerado Pedro Rio Pardense. O F 35 era consequência F 16, mas como o Nelson Jobin entendia muito mais de doutrina militar de combate aéreo do que qualquer militar da FAB, ele achou que era demais para nós...a propósito isto aqui é costumeiro no DB, a pouco tempo atrás tinha gente aqui que conheciam mais doutrina ASW que um aviados naval da MB, instrutor de ASW.
Meu "mentor didático"? Que porra é essa? Eu nem sei quem diabos é Pedro Rio Pardense!!!
juarez castro escreveu:Bolovo, o tempo foi senhor de todas as verdades, hoje eu estou aqui e o que eu e outros aqui tiveram a coragem de dizer está acontecendo, agora as previsões mirabolantes, intergaláticas, nunca antes vistas neste "paif" alardeadas por teus mestres ficaram na "história" como tua desfaçatez me acusou. Aonde estão as escoltas de 6.000 tons, os 48 Rafales, os PAs de 65.000 tons, os 46 Napas???? Ahhh,mas recentemente temos o Pantsyr e agora para fechar com chave de ouro o S 300, e o tempo vai passando e vai me mostrando a verdade e a realidade.
Aonde estão as fragatas de 6 mil tons, os Rafales, os porta-aviões? Oras, estão voando com os seus F-16 e F-35! [003]
juarez castro escreveu:Ora bolas, fizeste a pouco uma explanação da disponibilidade força Aérea russa, do número de células, em fim tudo baseado no mais puro dos achismos psicodélicos.
Ah, entendi, se você não concorda é achismo psicodélico (outro ad hominem - está ficando bom nisso, fera!).

Os números que eu tirei são das encomendas de novas aeronaves (públicas e disponíveis pela internet) e pela contagem dos atuais esquadrões da ativa da Força Aérea e Marinha russas (fonte: revistas Air Force Monthly dos últimos dois, três anos). Eu fiz uma contagem do inventário, não há nada psicodélico nisso. O que você me diz sobre operacionalidade é curioso, pois recentemente foi revelado que apenas 25% dos Hornets dos Marines estão operacionais (http://taskandpurpose.com/75-marine-cor ... right-now/), ou seja, dos 280 Hornets apenas 72 estão em condições de voo. Maior parte está parada por falta de peças por serem aviões velhos e muito rodados, com umas três décadas de operações reais no currículo. Os russos, por outro lado, estão com uma restruturação imensa, só de caças novos são 100 Su-35, 100+ Su-30, 100+ Su-34, 30 MiG-35...

Como você mesmo diz, "ter não significa operar", mas se os mesmos Marines fizerem um esforço herculano e colocaram mais 25% em operação, teremos 140 caças, o que já seria superior a maior parte das forças aéreas do planeta. Portanto eu lanço uma máxima aqui "ter não significa operar, porém não ter significa operar porra nenhuma".
juarez castro escreveu:tu é daqueles que vê uma foto de um OM repleta de aviões na linha de voo para uma foto e tem um orgasmo pleonástico...
Olha lá... outro ataque... mas... o que seria um "orgasmo pleonástico"? Isso sim é curioso.
juarez castro escreveu:A diferença entre mim e tu está exatamente nas tuas "trocentas mil horas" de internetez, coisa que eu jamais vou me igualar, pois a experiencia, a realidade operacional e verdade não permitiriam, nunca.
Graças a deus somos diferentes. A última coisa que eu queria era ter alguma semelhança com um ser soberbo e arrogante como você que não conseguiu até agora escrever uma réplica sem ter que me atacar. O ano mal começou, mas eu creio que o "Prémio 2017 de falácia ad hominem" já tem dono garantido...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9415 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Fev 14, 2017 3:10 am

juarez castro escreveu:Aqui uma observação:

Estamos falando, penso eu do Iris T SL, que provavelmente deve ter um buster de aceleração inicial, para partido do solo chegar até 25 KM de alcance a uma determinada altura, pois acho que é esta a confusão que se faz por aqui, ou seja, quanto mais alto ele vai, menor será o alcance horizontal.

G abraço
juarez, realmente o alcance vai variar com a altitude do alvo, alias, o alcance dos mísseis depende de muitas coisas, isso já foi discutido em um tópico la nas aéreas.

Esses 20km de altitude é um número trazido pelo knigh7, vários locais dizem que esse é o "teto operacional" do Iris-T, mas sem menção em relação a altitude do Iris-T SL, de qualquer jeito, pelas características do míssil esse valor é irrelevante, para comparação, o Patriot que é muito maior e tem alcance muito maior que o Iris-T (de todas as versões) tem o "teto" de 25km e mesmo nessa altitude ele usa jatos laterais para manobrar devido ao ar rarefeito.

E ainda sobre o Iris-T SL, em testes ele abateu um alvo a 30km:
http://www.diehl.com/en/nc/diehl-defenc ... s-t/6.html

E ele não usa booster, ao invés disso ele é um pouco mais "gordo" que o Iris-T e usa uma "capinha" na frente do sensor IR para reduzir o arrasto e aumentar o alcance:
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9416 Mensagem por Túlio » Ter Fev 14, 2017 2:25 pm

Basta! O forista JUAREZ CASTRO tem sido denunciado repetidamente por violações do Regulamento, especialmente por falta de CIVILIDADE, um dos preceitos mais caros ao Conselho. Ofensas e Depreciações dirigidas aos Colegas devem parar agora!

Assim, o CMFDB aplica pena de SUSPENSÃO por 15 (quinze) dias ao citado forista.

Que os aproveite bem para repensar seu comportamento, são os nossos votos.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9417 Mensagem por arcanjo » Ter Fev 14, 2017 3:02 pm

14/02/2017
Brasil cancela a Pantzir
Um documento de 2015 e advertiu de anulação de fundos

Por Roberto Caiafa/Infodefensa

http://www.infodefensa.com/latam/2017/0 ... ovela.html

abs.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9418 Mensagem por Túlio » Ter Fev 14, 2017 3:05 pm

arcanjo escreveu:14/02/2017
Brasil cancela a Pantzir
Um documento de 2015 e advertiu de anulação de fundos

Por Roberto Caiafa/Infodefensa

http://www.infodefensa.com/latam/2017/0 ... ovela.html

abs.

arcanjo

Só CEGO não via isso, e "falta de fundos" é desculpa. O EB nunca quis o Pantsir, é "soviético" (de certo modo estou brincando, é que aqui ou cumpre norma STANAG ou não entra, como se fôssemos da OTAN)... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9419 Mensagem por knigh7 » Ter Fev 14, 2017 6:16 pm

Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.
Só li coisas sobre essa classificação vindo de nossas FFAA, de quem mais?
Até a alteração para encaixar o Pantsir (ROC Nº 40/2013) ond eeles tiveram de reduzir o alcance para 20km, o requisito era alcance 30km horizontal e 15km de altura. Conhece algum sistema de AAAe cujo míssil tenha esse alcance mas não chegue pelo menos próximo a essa altura?

Fonte via:
http://www.forte.jor.br/2013/09/10/pant ... ia-altura/
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knigh7 escreveu:E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".
Com certeza há coisas muito mais urgentes nas FFAA do que a defesa anti-aérea (anti-aérea para defender o que, afinal?).
Mas é fim da picada o MD seguir diretrizes da Presidência da República não tendo participação direta do EB sobre o assunto, alterando inclusive os requisitos essenciais. Naquele link acima que eu coloquei mostra os requisitos essenciais que eles tiveram que alterar.
Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:Não eram 200 mísseis. Eram 8 mísseis para cada unidade de tiro. Eram 4 unidades de tiro por bateria. Dão 96 mísseis.
240 mísseis para ser exato, e são 12 por unidade de tiro, não 8, e há unidades remuniciadoras.
240 mísseis vem de uma matéria do Pepê, que eu conheço mas desconsidero, como qualquer coisa que venha dele pelo histórico que ele tem:
Fonte: http://www.defesanet.com.br/br_ru/notic ... ANTSIR-S1/
Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:O radar de vigilancia do Centro de Comando e Controle da bateria do Pantsir (Kasta 2e2) tem um alcance de 150km. Na mesma ordem dos outros.
É um alcance residual, devido ao tipo de alvo que o Pantsir visa (mísseis e bombas que possuem um RCS muito baixo) ele precisa de um radar muito sensível para guiar seus mísseis até o alvo, um efeito colateral disso é um alcance estendido contra alvos com RCS maior, mas ele não tem qualquer objetivo de exercer controle sobre o espaço aéreo, apenas defender sua localidade.
O missil do Pantsir tem um alcance menor, de fato, é CLOS, dependendo bastante do radar, mas a UT é a que tem maior mobilidade dentre os concorrentes. Com o radar de vigilância do Centro de Operações da Bia, que tem um bom alcance (150km) as UT poderia circualr dentro da área.

Por isso que na minha opinião, não atender ao item 8 do ROC de 2012 pesa contra:
8) Requisitos de Interfaces Externas

8.1) Interface de Coordenação e Controle

Deve possuir protocolos compatíveis com os meios de Comando e Controle (C²) das FA.
Marechal-do-ar escreveu:
A propósito, os outros sistemas citados tem guiagem autônoma (exceto BANSE) e dizem oferecer integração, então para que eles precisam de radares?, não seria mais simples usar os radares que já possuímos? Ou há ressalvas em relação a integração de alguns deles?
É importante para esclarecer: a proposta que já inclui o SABER dentro do sistema da AAAe é a da Diehl. A da Rafael, com o Spyder é interface dentro do sistema podendo incluir o SABER e a da SAAB é de interface com os sistemas do COMDABRA.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9420 Mensagem por knigh7 » Ter Fev 14, 2017 6:42 pm

LeandroGCard escreveu:
knigh7 escreveu:Como se a classificação dos sistemas de baixa, média e grande altura (até 3km, até 15km e a outra em diante) fosse feita pelas nossas FFAA.

E se havia um sistema um pouco diferente era o dos russos. As FFAA poderiam ser criticadas se elas tivessem escolhido. Mas quem escolheu foi a Presidência da República e o "MD estava seguindo as diretrizes traçadas por ela".
Não conheço ninguém mais no mundo que classifique sistemas AAe por altura, a classificação é sempre por alcance e tipo de alvo. Classificação por altura não faz sentido, e as razões disso já foram discutidas à exaustão por aqui.
Esse ponto eu respondi para o Marechal.
LeandroGCard escreveu:
E porque as criticas às FAA's poderiam ser feitas especificamente se o sistema escolhido fosse russo? Por acaso os sistemas AAe russos não foram de longe os que mais abateram aeronaves inimigas em toda a história? Não são os mais empregados do mundo, inclusive por nações de todos os continentes em tudo o mais alinhadas com os EUA e a Europa , e inclusive por membros da OTAN?
Não, não foi isso que eu quis dizer. Eu estava respondendo ao seu post sobre a "confusão" das FFAA. Acrescentando ao que eu respondi ao Marechal, o Spyder, o CAMM L, o Iris SLM e o BAMSE não precisariam ter alterado o ROC da AAAe para qualquer um deles, exceto diminuir o alcance de 30km para 25.

LeandroGCard escreveu:
Também sei que a escolha do Pantsir foi do GF e não do EB ou da FAB, e para a aplicação divulgada (defesa de pontos estratégicos) também acho que era o sistema errado. Mas não por ser russo ou por ser ruim, e sim porque não era um sistema desenvolvido para esta aplicação. E isso não justifica ficar tentando encontrar problemas inexistentes para denegrir o Pantsir, ou qualquer outro sistema AAe, apenas por causa da sua origem.
Estamos discutindo sobre capacidades e requisitos.Se eles não atenderam requisito de interface externa com o sistema de C2 das FFAA, ou foi porque teriam dificuldade ou porque não queriam. As 2 hipóteses são negativas. A hipótese da dificuldade é a menos negativa para eles. Pois a outra pode significar que eles estejam querendo forçar todo um sistema de defesa antiaéreo deles, incluindo Comando e Controle do SISDABRA.




Editado pela última vez por knigh7 em Ter Fev 14, 2017 7:19 pm, em um total de 1 vez.
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