ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3421 Mensagem por Pablo Maica » Dom Jan 21, 2018 6:12 pm

A princípio os A-3 vão permanecer como estão devido a os recursos escassos. E utilizando os M-992 junto com o A5+BR otimizaria a capacidade da plataforma mais avançada.


Um abraço e t+ :)




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3422 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 21, 2018 9:25 pm

gogogas escreveu:Modificações feitas a partir da versão M992 !
AGORA DENOMINADA M992 A1 !
Uma modernização pelo que entendi
Valeu. É também um caso a se estudar no longo prazo a modernização destes veículos. Afinal, os obuseiros a que eles estarão servindo vão estar com tudo e do melhor que se tem hoje na área. Seus apoiadores devem estar, por princípio, na mesma condição com fins de aproveitar todas as novas capacidades dos A5BR.

A ver.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3423 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 21, 2018 9:34 pm

Pablo Maica escreveu:A princípio os A-3 vão permanecer como estão devido a os recursos escassos. E utilizando os M-992 junto com o A5+BR otimizaria a capacidade da plataforma mais avançada.
Um abraço e t+ :)
Concordo. Mas acredito que eles devam ser todos modernizados e substituir na íntegra os M-108 de forma a tornar homogênea a frota. Mas isso vai levar um bom tempo, já que nem os 36 primeiros A5 BR contratados mesmo depois de 4 anos sequer chegaram. Este novo lote com certeza entre modernização, entrega e operação vai levar não menos que uns cinco anos. Então, deve ser coisa para bem depois de 2028. Mas aí eu me pergunto. Esperar mais 10 anos até pensar em modernizar ou não estes A3 não sei se compensa, já que eles serão os mais velhos e mais usados de todos. A conta tem que ser feita bem na ponta do lápis pois, depois da artilharia AP o exército ainda vai ter que se haver com um modo de atualizar os tubos AR, o que não é pouca coisa, para não falar da definição do tipo de apoio das bdas Inf e cav mecanizada, que pelo que tudo indica, deve receber material novo na forma de obuseiros 155 AP SR. E isso com certeza não vai sair nada barato.

abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3424 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 21, 2018 9:44 pm

Já falei sobre isso aqui antes, mas não custa lembrar. Os M-102 pesam menos que os M-118/119 anglo-americano e do LG-1 Mk III francês. Com uma simples mudança de tubo e as atualizações necessárias aos demais sistema de tiro, este obuseiro - existente aos milhares nos estoques do US Army - poderiam ser uma solução de consenso e barata para a troca dos vestutos M-101 e mesmo dos poucos L-118. Já os M-56 são bem mais difíceis de trocar, vistas as suas características muito apreciadas pelos artilheiros. Talvez por aqui hajam empresas que tenham condições de fazer uma atualização destas peças. A Imbel tem o Genêsis. Faltaria só arrumar quem conseguisse um tubo de 105mm leve o suficiente e adequado ao modelo, e fazer as adaptações necessárias. Se podemos modernizar M113 com kit importado, porque não podemos fazer a mesma coisa com um obuseiro?

abs




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3425 Mensagem por eligioep » Seg Jan 22, 2018 7:47 pm

FCarvalho escreveu:...............................................................................
Com estes 40 municiadores, ainda tem uma diferença significativa de 56 undes.

Agora, pergunte-se, se doaram 40, e ninguém por aqui tinha planos de adaptar os M-108 para esta função, porque não pediram logo a doação de todos os 96 conjuntos? Não seria mais fácil, mais rápido e barato, já que em tese estes veículos não precisariam ser modernizados como os obuseiros?
..............................................................................
abs.
Carvalho,
se entendi bem, colocas que deverá ser 01 M992A2 para cada M109??.....
A dotação é 01 por Bateria, e mais alguns na Bateria de Comando na Seção de Suprimentos.......




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3426 Mensagem por eligioep » Seg Jan 22, 2018 7:53 pm

Esqueçam a opção de transformar os M108 em remuniciadoras. Esta idéia está enterrada......
Os M109 A3 estão previsto serem modernizados, apenas dependendo de $$$$
E os M992A2 serão distribuídos para todos os GAC Ap, pois os M108 estão desativados.
Resta saber quantos irão para cada Grupo/Bateria, pois teremos grupos com 3 Batrias (M109 A5 +Br) e com duas Batrias (M109 A3).
O 22º GAC Ap, de Uruguaiana receberá M109, provavelmente A3.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3427 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 22, 2018 8:58 pm

eligioep escreveu:
FCarvalho escreveu:...............................................................................
Com estes 40 municiadores, ainda tem uma diferença significativa de 56 undes.
Agora, pergunte-se, se doaram 40, e ninguém por aqui tinha planos de adaptar os M-108 para esta função, porque não pediram logo a doação de todos os 96 conjuntos? Não seria mais fácil, mais rápido e barato, já que em tese estes veículos não precisariam ser modernizados como os obuseiros?
..............................................................................
abs.
Carvalho,
se entendi bem, colocas que deverá ser 01 M992A2 para cada M109??.....
A dotação é 01 por Bateria, e mais alguns na Bateria de Comando na Seção de Suprimentos.......
Sim, era este o meu entendimento. Obrigado pela correção.
Temos, salvo engano, 5 GAC AP. Então, o número doado pode muito bem aquinhoar todos eles.
E como o Eligio disse, resta saber quantos irão para cada GAC-AP/Bia.

abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3428 Mensagem por Pablo Maica » Ter Jan 23, 2018 2:14 am

Eu imaginava que o projeto dos 108 não fosse pra frente. E quanto aos A-3, justamente pela dependência de $$$ é que acho vão ficar como estão. Com a estimativa de que sobrem apenas 360 bilhões no cofre da união, para o próximo orçamento, os próximos cortes no orçamento da defesa devem ser absurdos. A não ser que o EB garanta essa verba ainda esse ano.


Um abraço e t+ :)




Editado pela última vez por Pablo Maica em Qua Jan 24, 2018 12:17 am, em um total de 1 vez.
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3429 Mensagem por Centauro » Ter Jan 23, 2018 10:48 pm

Srs, me lembro de ter lido em algum lugar que não me recordo agora, que os A3 serão modernizados em etapas, sendo que parte deles já estariam recebendo o kit de suspensão usado nos A5, e depois desta troca da suspensão não precisariam mais das "sapatas" para efetuar os disparos.




“Quero a ordem e a liberdade, mas quando esta perigar, minha espada estará pronta para defendê-la. As dificuldades não me quebrantam o ânimo” Marechal Manoel Luis Osorio
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3430 Mensagem por FCarvalho » Qua Jan 24, 2018 1:14 am

Se as limitações orçamentárias se tornarem mais severas do que já são hoje, é uma alternativa viável e lógica. Fazer uma coisa de cada vez quando não dá para fazer tudo, costuma dar o mesmo resultado.
Foi o que fizeram com os M113 e talvez fosse a solução ideal para a troca dos obuseiros AR.

abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3431 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 27, 2018 1:33 am

BAE Systems recebe contrato do Exército dos EUA para iniciar produção do M109A7
26 de dezembro de 2017

http://www.forte.jor.br/2017/12/26/bae- ... do-m109a7/

Estamos chegando ao nível dos A5. Eles vão se A7. Não estamos tão ruim assim, para quem usa obuseiros AP da GM II.

abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3432 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 27, 2018 7:31 pm

Em sequencia ao debate da atualização da artilharia do EB, com os M-109A5, que devem preencher a lacuna dos obsoletos M-108 nas OM's ligadas as duas bgdas bldas, e agora também as AD, fiz uma pequena e rápida pesquisa sobre a atual organização destas e o que encontrei foi o que segue.

AD/1
11º Grupo de Artilharia de Campanha
14º Grupo de Artilharia de Campanha
21º Grupo de Artilharia de Campanha

AD/3
13º Grupo de Artilharia de Campanha
27º Grupo de Artilharia de Campanha
29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado

A/D 5
15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado.

Cmdo Art Div EB (A/D 6)
16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado
13º Grupo de Artilharia de Campanha

Salvo algum erro de atualização organizacional - por favor me corrijam se houver - temos 6 GAC AR(155) e 3 GAC AP (155) nestas OM's, considerando que estes últimos terão seu material substituídos pelos M109A5, enquanto aqueles primeiros continuam a usar os vestutos M114.

Percebe-se logo a primeira vista uma falta de padronização dos mesmos, com 2 AD com 3 grupos, a AD 5 com 1 grupo e o cmdo Art EB com 2 grupos. Nenhum deles conta com lançadores Astros em sua composição, embora na teoria eles fossem próprios para atuar ligados a estas OM's provendo o apoio de fogo neste nível. Neste sentido, cabe aqui perguntar o porque da não existência dos mesmos neste grupos. Tirando o fator verba, claro.

A meu ver além de se pensar na recomposição do material organizo destas undes, é preciso também pensar na sua reestruturação organizacional. Estas 4 AD cobrem somente as regiões Sul e Sudeste do país, com as demais desprovidas de qualquer apoio de fogo neste nível (155).

Cada GAC AP, salvo melhor juízo, pode ser composto de 2 a 4 baterias de obuseiros. Honestamente desconheço a composição dos 6 GAC AP destas grandes OM's, mas à título de ilustração e reflexão aqui, vou utilizar a composição básica que conheço, que é de 3 bia's por grupo. Cada Bia pode ser aquinhoada de 3 a 9 bocas de tiro, dependendo de várias questões, mas via de regra geral, o EB utiliza 6 obuseiros por bia. Isso pode variar de acordo com as condições e a realidade de cada OM em seu contexto dentro da instituição.

Assim, considerando 6 GAC AP a 3 Bia cada um, temos uma demanda objetiva para cerca de 108 obuseiros AP 155.
Como já foi dito aqui várias vezes, existe a possibilidade de recebermos, se o EB assim desejar, por doação, os M-198 americanos. Apesar de sua produção ter se encerrado a mais de 25 anos, estas peças ainda são usadas no US Army e em outros exércitos por aí, e resguarda com certeza um aspecto de modernidade comparativamente aos M114 hora utilizados pelas AD's. Do ponto de vista operacional, em não havendo outros GAC AP 155 independentes do acima descrito, podemos presumir hoje que o recebimento daqueles obuseiros americanos via FMS seria mais que ideal para se recompor a atual organização das AD, visto se tratar de um número praticamente irrisório para os padrões das ffaa's americanas, e claro, existir o cito obuseiro estocado em grande quantidade.

Me parece que seria interessante tentar junto ao US Army ainda esse ano uma verificação destes obuseiros para um possível doação, tal qual os M109A5, escolhendo-se os que estiverem em melhor condição, de preferência entre aqueles fabricados ainda na década de 1990, e com vida útil considerável pela frente. Acredito que não haveria oposição da área econômica do GF e tudo poderia ser levado apenas em conta o orçamento da força terrestre. Além das 108 undes para os GAC AP das AD's, será necessário também algumas undes a mais para as escolas militares e centros de formação/instrução do exército, de tal forma que se possa oferecer instrução de acordo com o material em voga. Talvez 18 a 24 peças a mais possam cumprir esse papel.

Como se pode ver, com um pequeno investimento - menos de 150 obuseiros - podemos praticamente renovar o material das AD's, com um salto de mais de 40 anos em termos de projeto, e ainda proporcionar um avanço na doutrina que hoje é mais que necessário e significativo. Com os investimentos feitos aqui paralelamente em relação à guiagem e orientação do tiro de artilharia de fabricação nacional, daremos uma condição muito melhor para as nossas AD's trabalharem. Obviamente que no futuro se poderia pensar em uma atualização/modernização dos M198 dentro do possível e necessário, de forma a dar-lhes condições de se manter ainda por muito tempo no apoio de fogo divisional do EB.

Conquanto haja esta alternativa mais maleável ao bolso do nosso exército, ressalto aqui a necessidade de se pensar na reorganização das AD's não apenas do ponto de vista material, mas sobretudo doutrinal, tendo em vista que no médio/longo prazo a evolução da artilharia de campanha do EB deve ir na direção cada vez maior da sua mecanização. Neste sentido, é preciso perguntar-se também se não seria melhor uma homogenização do material das AD's com os GAC das futuras bgdas cav e inf mecanizadas. Isto poderia render muitos dividendos em termos operacionais e doutrinais para o EB, e também logísticos. Mas até o presente momento não temos uma solução objetiva para dar a este último caso, embora os estudos apontem para obuseiros 155 SR. E se esta tendência se firmar, não seria mais prudente esperar por uma decisão e só depois tratar da modernização do material das AD's? Se sim, teremos condições financeiras de apor recursos suficientes para angariar a quantidade de veículos necessária a composição de todas as OM's mec e da AD's? Em todo caso, os M114 ainda aguentam quanto tempo mais sem comprometer, ainda mais, a operacionalidade e eficiência do apoio prestado pela artilharia? Se o negócio dos obuseiros SR não tem prazo para acontecer, lançar mão dos M198 não traria ao menos uma folga para as AD's de forma a contemplá-las com material orgânico no mesmo nível da art camp das bgdas bldas?

Temos muitas perguntas, e pouco tempo e dinheiro para responder. Em todo caso, como apontei acima, levando-se em consideração que seriam poucas undes a serem recebidas, e que prestariam uma grande ajuda à atualização da artilharia de campanha, pelo menos em relação ao material usado, talvez seja honesto admitir que o recebimento dos M-198 por hora não compromete a evolução da artilharia mecanizada, que afinal, ainda está longe de ser ela mesma, um consenso dentro do próprio EB.

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3433 Mensagem por jauro » Seg Jan 29, 2018 5:55 pm

Em sequencia ao debate da atualização da artilharia do EB, com os M-109A5, que devem preencher a lacuna dos obsoletos M-108 nas OM's ligadas as duas bgdas bldas, e agora também as AD, fiz uma pequena e rápida pesquisa sobre a atual organização destas e o que encontrei foi o que segue.

AD/1
11º Grupo de Artilharia de Campanha
14º Grupo de Artilharia de Campanha
21º Grupo de Artilharia de Campanha

AD/3
13º Grupo de Artilharia de Campanha
27º Grupo de Artilharia de Campanha
29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado

[destacar]13º GAC está temporariamente na 3ª DE, destino incerto[/destacar]

A/D 5
15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado.

Cmdo Art Div EB (A/D 6)
16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado
13º Grupo de Artilharia de Campanha

[destacar]A AD/6 não existe mais e o 16º GAC para transformar em 16º GMF em Formosa GO[/destacar]

Salvo algum erro de atualização organizacional - por favor me corrijam se houver - temos 6 GAC AR(155) e 3 GAC AP (155) nestas OM's, considerando que estes últimos terão seu material substituídos pelos M109A5, enquanto aqueles primeiros continuam a usar os vestutos M114.

Tem 08 GAC 155mm, o 13 aparece duas vezes.

Percebe-se logo a primeira vista uma falta de padronização dos mesmos, com 2 AD com 3 grupos, a AD 5 com 1 grupo e o cmdo Art EB com 2 grupos.
[destacar]Com a arrumação do 13 e do 16 a A/D 5 terá dois grupos.[/destacar]

Nenhum deles conta com lançadores Astros em sua composição, embora na teoria eles fossem próprios para atuar ligados a estas OM's provendo o apoio de fogo neste nível. Neste sentido, cabe aqui perguntar o porque da não existência dos mesmos neste grupos. Tirando o fator verba, claro.
[destacar]Não tem e não terão a curto prazo. Questões de doutrina, economia de meios e de centralização de meios muito dispendiosos, caros e que poucos sabem manusear e empregar.[/destacar]
A meu ver além de se pensar na recomposição do material organizo destas undes, é preciso também pensar na sua reestruturação organizacional. Estas 4 AD cobrem somente as regiões Sul e Sudeste do país, com as demais desprovidas de qualquer apoio de fogo neste nível (155).
[destacar]A médio prazo o EB só contará com 03 AD e um Cmdo de Art com 02 grupos de Mísseis e foguetes.

No entanto, dentro de seus projetos e programas o EB dificilmente vai reestruturar suas AD, pois a prioridade é reestruturar, modernizar ou transformar suas brigadas. AD não deixa de ser uma estrutura de nível Bda, mas vai ter de esperar um pouco.[/destacar]




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3434 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 29, 2018 11:52 pm

Jauro, a partir de suas observações a organização passa a ser a que segue.

AD/1
11º Grupo de Artilharia de Campanha
14º Grupo de Artilharia de Campanha
21º Grupo de Artilharia de Campanha

AD/3
27º Grupo de Artilharia de Campanha
29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado

A/D 5
13º Grupo de Artilharia de Campanha
15º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado.

Cmdo Art Div EB - Formosa
6o GMF
16º GMF

Com esta organização temos: 3 AD's com 5 GAC AR 155mm, 2 GAC AP 155mm e 1 cmdo Art a 2 GMF Astros 2020

Como não se prevê no curto prazo mudanças na composição das AD's, seria de se presumir que uma eventual atualização do material, por doação ou compra de oportunidade, seria algo a se pensar, tendo em vista os baixos custos da operação.

Por outro lado, fica também estranho levar a termo esta mudança por agora sem uma definição clara quanto ao destinho das OM's de art em nível bgda, no caso das mecanizadas. Por mais que a tendência hoje seja pela opção de um obuseiro 155mm montado em veículo sobre rodas. Mas realmente hoje não se pode confiar realmente que tal escolha venha a se tornar realidade.

Então, tanto do ponto de vista da reestrutura organizacional como material, as AD's por hora encontram-se em stand by, sem saber exatamente qual o seu futuro.

Aqui abro um parentese aproveitando a sua intervenção jauro. Já que a brigada passou a ser a grande unidade de referência para o EB, e como nem todas elas hoje possuem apoio de artilharia, não seria lógico e prudente que as AD's fossem extintas e suas OM's repassadas e reequipadas as bgdas que não contam com GAC's? Como o calibre 155 tende a ser o padrão para as undes mecanizadas, suponho que no longo prazo a troca dos atuais obuseiros AR por AP-SR 155 seria o caminho a seguir. Isso poderia já começar a ser feito a partir de agora, mesmo que utilizando os vestutos M-114 por hora. Mas já seria um avanço em termos de reorganização da artilharia.

Afinal são 5 GAC AR que poderiam cobrir 5 bgdas e outros 2 GAC AP que por transformação poderiam apoiar mais 2 bgdas. Seriam 7 brigadas que passariam a contar com apoio de artilharia. Algo hoje tão indispensável quanto sempre a qualquer unidade militar. Inclusive a eventual doação de M-198 ajudaria na poupar recursos e diminuir problemas logísticos. Até que uma decisão sobre os obuseiros 155 AP sobre rodas seja tomada. O que provavelmente ainda irá levar, talvez, um bom par de anos.

abs.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#3435 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 30, 2018 12:05 am

Pensando melhor, das 9 bgdas previstas no planejamento do EB para o CMA/CMN, apenas duas hoje possuem GAC Sl. As outras 3 não dispõe desse apoio.

Então, não sou eu que vai deixar passar essa oportunidade. Extingue as AD's, transforma os 5 GAC AP em GAC Sl com os Oto M-56 e fica tudo numa boa. Podemos ganhar mais uma bgda de lambuja ou encorpar as que virão.

abs.




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