Corsário01 escreveu:brisa escreveu:A propósito.....cadê o Corsário.....ooooopssssss
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Eu estou na varanda.
O que foi colocado no PN é fato. Preto no branco, só faltando os numeros e a contrapartida deles, é claro.
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Desculpem o desabafo, mas muito se escreveu, muito tempo foi desperdiçado em vão por algo irreal. Não temos como pagar esta conta de Bilhões e mais Bilhões.
O Déficit público matou todo o trabalho. O Governo não está errado em cortar os custos. A hora é essa antes que todo o trabalho feito seja perdido.
Por isso, entre sonhar com Escoltas de 6.000T, NaPaOcs de 1.8t e PA, NaPaLog 0Km, eu prefiro esses usados mesmo. Pelo menos assim, ainda teremos uma Marinha. Alias, se isso tudo vier, mas o RFA Fort George, seremos a melhor Marinha do AS.
E viva a COLEIRA! Vamos aprender a falar inglês, porque é melhor do que falar chines.
Meus 2 cents. ( CB, peguei emprestado sua expressão, espero que não se zangue
)
Prezado amigo Corsário, sabe porque não concordo com esta sua opinião?
Porque se partirmos para "estreitar nossa grande amizade" com os EUA, a França, a China, ou até Júpiter agora, aceitando presentes como estes, daqui a dois ou três anos estaremos razoavelmente felizes operando navios que não são os ideais para nós, mas "no contexto latino-americano” não teriam rivais.
Daqui a cinco ou seis estaríamos reclamando que nossos navios mais poderosos ainda operariam Harpoon quando todos os demais equivalentes no mundo já operariam mísseis supersônicos, os mísseis Standard estariam saindo de linha e não teriam reposição, os SM-3 estariam com a validade vencendo e seriam muito caros para repor, o sistema AEGIS seria alvo fácil para mísseis anti-radar que estariam entrando em operação (e sendo comprados por uma Venezuela ou um Chile), etc... .
Daqui a 13 ou 15 anos nossos navios já estariam defasados, teriam quatro vezes o RCS das novas construções estrangeiras, fariam muito barulho tornando-se alvos fáceis para sub´s, etc... .
Daqui a 20 anos teríamos uma marinha defasada, difícil de manter e cara de operar, e estaríamos sonhando em obter navios novos com projeto de acordo com nossas reais necessidades e interesses.
E daqui a 30 anos estaríamos novamente no mesmo patamar em que estamos agora, recebendo felizes navios usados de alguma potência estrangeira que não seriam os ideais para nós e nada acrescentariam para a nação além de uma capacidade militar transitória, que se perderia de novo com o tempo, como ocorre com a MB já vai mais de 100 anos. E o mundo todo olharia para nós exatamente como olha hoje, um gigante bobalhão que de tempos em tempos aceita brinquedinhos novos e fica feliz por mais uma ou duas décadas, sem jamais crescer e se tornar um adulto de verdade.
Por isso prefiro esperar 2, 4 ou mesmo 8 anos pelo pré-sal, pela sucessão dos governos e a aposentadoria dos almirantes para então começar um programa naval de verdade, que permita que passemos de simples usuários a geradores de doutrinas e equipamentos adequados às nossas realidades e interesses, que tenha o respeito não apenas de nossos pequenos vizinhos continentais mas de todo o mundo, e cuja indústria e base tecnológica estejam sendo tão beneficiadas pelos programas de reequipamento da marinha quanto já o são pelos da FAB (vide Embraer, Mectron, Orbisat, etc...), mesmo em tempo de paz.
Já assisto a este filme há mais de 30 anos, e se o enredo continuar o mesmo não tem mais nenhuma graça assistí-lo, porque já sei o seu final. Prefiro esperar mais um pouco e ver se consigo assistir a um filme diferente.
Leandro G. Card